sábado, 31 de maio de 2014

D. MARIA ISABEL DE BRAGANÇA, RAINHA DE ESPANHA


MARIA ISABEL DE BRAGANÇA, RAINHA DE ESPANHA E FUNDADORA DO MUSEU DO PRADO

 
Muitos, mesmo muitos, portugueses desconhecem ter sido uma portuguesa a fundadora do Museu do Prado, sem dúvida um dos mais importantes museus do mundo MARIA ISABEL DE BRAGANÇA, assim se chamou ela, era filha do nosso rei D. João VI e de D. Carlota Joaquina de Bourbon e tornou-se rainha de Espanha, ao casar com o seu tio D. Fernando VII, em 28 de Setembro de 1816, e de quem foi segunda mulher.
Contam os seus biógrafos ser Isabel de Bragança uma aficionada das Belas Artes, Académica de Honra e Conselheira da Real Academia de Belas Artes de São Fernando, em Madrid.
A rainha Maria Isabel de Bragança, que morreu de parto em 26 Dezembro de 1818, figura na Galeria de retratos do Museu do Prado onde tem um retrato datado de 1829, pintado onze anos depois da sua morte, sendo seu autor Bernardo López Piquer, filho do grande pintor Vicente López. É um retrato a óleo sobre tela, com as dimensões 258 x 174 cm, na execução do qual o seu autor utilizou como modelo um retrato de um busto em formato oval da autoria de seu pai, datado do ano do casamento da rainha.
É de sublinhar a especial iconografia deste retrato, no qual a rainha é representada como fundadora do Real Museu de Pintura e Escultura do Prado, cuja imagem, ela aponta com o braço direito e se encontra visível através de uma janela, assinalando com a mão esquerda alguns planos do museu, em pergaminhos ou papéis, que se encontram depositados sobre uma mesa.
No catálogo dos quadros do Museu Real, datado de 1854, o seu autor, Pedro de Madrazo, escreve que “foi a rainha Maria Isabel de Bragança quem sugeriu ao Rei a ideia (da criação do Museu), por “escitacion” (sic) de algumas personalidades amantes das Belas Artes, ideia que o Rei acolheu com verdadeiro entusiasmo”.
Gabriele Finaldi, crítico e historiador e Director Adjunto de Conservação e Investigação do Museu do Prado, assinala que o esboceto prévio executado a óleo realizado por Bernardo López (do qual se conhece uma repetição autografada em aguarela e assinada pelo pintor em 1928, que esteve exposto na Galeria
Guillermo de Osma, em Madrid, em 1997), apresenta umas diferenças interessantes em relação ao quadro final: nas folhas que estão colocadas sobre a mesa, que está representada no retrato, são mostradas plantas do edifício, enquanto que o que está representado no retrato final são alçados das salas (do Museu), com quadros já colocados. Acrescenta Gabriele Finaldi que “seguramente há que interpretar este detalhe como testemunho de um interesse bastante mais que superficial da rainha pela museologia do Prado.”
O crítico e historiador Gabriele Finaldi, em recente catálogo de uma exposição sobre “O retrato Espanhol no Museu o Prado de Goya a Sorolla”, sublinha a importância desse retrato, que considera uma “imagem emblemática para a História do Museu do Prado”.
Isabel de Bragança não teve a ventura de assistir à inauguração do Museu, dado que faleceu um ano antes da sua inauguração.
Se é certo que os espanhóis não esquecem e muito menos escondem haver sido uma portuguesa e rainha do seu País a fundadora do Museu do Prado, é lamentável que tal facto seja desconhecido da generalidade dos portugueses, e que o seu nome não conste da toponímia dos nossos grandes centros urbanos, nem o seu feito seja registado nos compêndios escolares de História. Quantos lá se encontram por muito menos, ou até por nada.



Correio da Manhã

quinta-feira, 29 de maio de 2014

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA III

D. CATARINA DE BRAGANÇA


 
Princesa Portuguesa, filha do rei D. João IV, que foi rainha de Inglaterra, por ter casado com o rei Carlos II. A cerimónia do casamento realizou-se em Maio de 1662, e assim, começou a parte infeliz da vida de Catarina de Bragança, uma princesa nascida e criada no seio de uma família com cultura, educação e hábitos tradicionais portugueses que, por sua infelicidade, foi desterrada para uma corte que, contrariamente ao que alguns escritores e cineastas de pacotilha nos querem fazer crer, era rude e atrasada, em relação à restante Europa.

Catarina, teve um papel importantíssimo na modernização da Inglaterra e na alteração da filosofia de vida dos ingleses pelo que, embora não suficientemente, ainda hoje é admirada e homenageada.

Provocou uma autêntica revolução na corte de Inglaterra, apesar de ter sido sempre hostilizada por ser diferente mas nunca desistiu da sua maneira de ser, nem consentiu que as damas portuguesas do seu séquito o fizessem.

Tinha uma personalidade tão forte que conseguiu que aqueles (principalmente aquelas) que a criticavam, em breve, passassem a imitá-la.

E assim, se derem grandes alterações na corte inglesa:
 

O conhecimento da laranja :

Catarina adorava laranjas e nunca deixou de as comer graças aos cestos delas que a mãe lhe enviava.

O costume do “CHÁ DAS 5” :

Costume que levou de casa e que continuou a seguir organizando reuniões com amigas e inimigas. Este hábito generalizou-se de tal maneira que, ainda hoje, há quem pense que o costume de tomar chá a meio da tarde é de origem britânica. 

A compota de laranja :

Que os ingleses chamam de “marmelade”, usando, erradamente, o termo português marmelada, porque a marmelada portuguesa já tinha sido introduzida na Inglaterra em 1495. Catarina guardava a compota de laranjas normais para si e suas amigas e a de laranjas amargas para as inimigas, principalmente, para as amantes do rei.

Ifluenciou o modo de vestir :

Introduziu a saia curta. Naquele tempo, saia curta era acima do tornozelo e Catarina escandalizou a corte inglesa por mostrar os pés, o que era considerado de mau-gosto e que não admira devido aos pés enormes das inglesas. Como ela tinha pés pequeninos, isso arranjou-lhe mais inimigas.

Introduziu o hábito de vestir roupa masculina para montar.

O uso do garfo para comer :

Na Inglaterra, mesmo na corte, comiam com as mãos, embora o garfo já fosse conhecido, mas só para trinchar ou servir. Catarina estava habituada a usá-lo para comer e, em breve, todos faziam o mesmo.

Introdução da porcelana :

Estranhou comerem em pratos de ouro ou de prata e perguntou porque não comiam em pratos de porcelana como se fazia, já há muitos anos, em Portugal. A partir de aí, o uso de louça de porcelana generalizou-se.

Música :

Do séquito que levou de Portugal fazia parte uma orquestra de músicos portugueses e foi por sua mão que se ouviu a primeira ópera em Inglaterra.

Mobiliário :

Catarina também levou consigo alguns móveis, entre os quais preciosos contadores indo-portugueses que nunca tinham sido vistos em Inglaterra.

O nascimento do “Império Britânico” :

Como já se disse, o dote de Catarina foi grandioso pela quantia em dinheiro mas, muito mais importante para o futuro, por incluir a cidade de Tânger, no Norte de África e a ilha de Bombaim, na Índia.

Traindo os Tratados que tinham assumido e com a desculpa de que o rei de Portugal era espanhol, os ingleses conseguiram, apesar do controle da Marinha Portuguesa, navegar até à Índia onde criaram um entreposto em Guzarate.

Em 1670, depois de receber Bombaim dos portugueses, o rei Carlos II autorizou a Companhia das Índias Orientais a adquirir territórios.

Nasceu, assim, o Império Britânico !

Hoje, há pouca gente que saiba a importância que a raínha Catarina teve para os ingleses e o carinho que eles tiveram por ela. A sua popularidade estendeu-se até à América, onde um dos cinco bairros de Nova Iorque (Queens) foi batizado em sua homenagem.

Em 1998, a associação “Friends of Queen Catherina” fez uma coleta de fundos para lhe erguer uma estátua; não o conseguiu, devido à oposição de alguns movimentos cívicos que acusaram Catarina de ser uma das promotoras da escravidão.

Mais uma vez, a ignorância venceu ! ...

Arnaldo Norton

Publicada por
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A PÁTRIA E O HOMEM


 ( Pintura de Gabriela Marques Costa )

" O Homem Universal pode nascer na Terra, alimentar-se da Terra e ter a Terra por sepultura. Mas o homem concreto, « o bicho da terra tão pequeno » de que falava o poeta, esse nasce numa terra, alimenta-se de uma terra, e é uma terra que lhe recebe o corpo. A animalidade prende. Depois, o espírito transfigura. Porque o homem é feito de tal maneira que, quando a terra lhe marca o corpo, também lhe marca a alma. E a alma, como é próprio do que é espiritual, responde com mais do que recebeu. Assim a terra patrum se vai dignificando à medida que passam as gerações. E cada vez é mais grave a negação da Pátria ou a revolta contra ela. Cada nova geração recebe mais do que as passadas. E deve mais. A Pátria espera ainda que o espírito a sagre. E tem direito a essa esperança, porque o espírito que há-de sagrá-la já recebeu dela muitos daqueles valores de que se alimenta.
A Pátria é a História que nos deu forma. É comunhão do Passado com o Presente. Para o Futuro."

Henrique Barrilaro Ruas

Fonte: Prometheo Liberto

A DEMOCRACIA NÃO É COMPATÍVEL COM SOCIEDADES SECRETAS!



O Dr. Rui Pereira, sobre quem já me pronunciei num outro Blog a 13 de Outubro de 2012, personalidade ideologicamente primária e maçon declarado, a propósito dos ajustes directos realizados por João Alberto Correia, ex-director geral de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI),  escreveu na edição em papel do Correio da Manhã de ontem, o seguinte: "A instituição (a Maçonaria) merece ser evocada a propósito de causas nobres: o liberalismo, a república, a democracia; a abolição da escravatura, da pena de morte e da tortura; o ensino público e o serviço nacional de saúde".

Como canta Jorge Palma: Deixa-me rir, Essa história não é tua...Deixa-me rir, Tu nunca lambeste uma lágrima...Pois é, pois é, Há quem viva escondido a vida inteira, Domingo sabe de cor, o que vai dizer Segunda feira...Deixa-me rir, Tu nunca auscultaste esse engenho, De que falas com tanto apreço, Esse curioso alambique, Onde são destilados, Noite e dia o choro e o riso...Pois é, pois é, Há quem viva escondido a vida inteira...

No seu artigo de opinião, qual paladino dos tempos modernos da Maçonaria, refere que como responsável pela primeira nomeação de João Alberto Correia, apenas atendeu ao Curriculum do filho do antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), João Rosado Correia, ex-ministro de um governo liderado por Mário Soares, e não ao facto de ser também maçon e membro da Loja 25 de Abril, integrada no GOL.

De novo Jorge Palma: Deixa-me rir…

Refira-se que João Correia é doutorado em Arquitectura pela Universidade de Salford, no Reino Unido, e foi docente na extinta Universidade Independente, integrando também o corpo docente da Escola Superior Gallaecia, de Vila Nova de Cerveira, onde vários familiares também leccionam, e que pertence à Fundação Convento da Orada, fundada em 1988 pelo seu pai, com sede em Monsaraz, à qual também já presidiu.

É urgente mudar o estado a que chegou o nosso país, cujos órgãos de decisão (governo, Assembleia da República, serviços de informação, etc.) estão repletos membros de obediência a rituais “aventaleiros”.

Assim, entendemos que os deputados, membros do governo, magistrados, agentes dos serviços de informação, etc., devem declarar as suas ligações maçónicas, permitindo uma maior transparência na democracia portuguesa e contrariamente ao que pensa o Dr. Rui Pereira, não há qualquer inconstitucionalidade nisso.

De acordo com o Jornal Público, João Alberto Correia Integrou o conselho editorial da Revista de Segurança e Defesa, juntamente com um restrito grupo de influentes maçons, como Ângelo Correia, António Vitorino, etc.

Noticia o jornal i, que João Alberto Correia, se encontra detido desde a semana passada e que terá alegado no interrogatório a que foi sujeito no Tribunal Central de Instrução Criminal, que os ajustes directos foram feitos com aval superior e que, nalguns casos terá mesmo "desenrascado" respostas a ordens superiores que tinham carácter de urgência.

É muito importante descobrir a verdadeira dimensão da teia!

A propósito Dr. Rui Pereira, carece de fontes fidedignas a afirmação de que a maçonaria esteve na origem da abolição da pena de morte e da tortura em Portugal, mas de facto esteve na génese da implantação da república em Portugal, ordenando o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe, baptismo de sangue desse regime.

Sobre a Maçonaria, o histórico do PS Henrique Neto acusou-a de corromper o PS e a democracia com alianças secretas e planos de poder que atropelam os interesses do país, acrescentado que: ”Técnicas maçónicas, usadas por maçónicos. A maçonaria tem uma grande importância no PS. A maçonaria tem essa diferença em relação ao país – a maçonaria tem e sempre teve uma estratégia, uma estratégia de poder. Não o poder como instituição, mas o poder para os membros da maçonaria. Hoje o poder é poder económico. E como o secretismo é uma vantagem, é fácil aos maçons controlarem deliberações, grupos de decisão. Tenho experiência de quando estava no parlamento. Numa comissão de inquérito, se quatro ou cinco das 20 pessoas são da maçonaria, os outros votam de acordo com a sua visão e eles decidem todos juntos a nomeação de alguém, numa instituição, num concurso público, e a maçonaria tem vantagem”.

Perante isto, está tudo dito!


publicado por José Aníbal Marinho Gomes, em Risco Contínuo

terça-feira, 20 de maio de 2014

TROIKA - E DEPOIS DO ADEUS?



O problema é que o sucesso do resgate português deixou um rasto de destruição no que restava da reputação do regime e das suas instituições. E para ganhar um balão de oxigénio o regime necessita da imolação dum cordeiro, leia-se dos executantes do programa da Troika: o pouco provável descalabro da Aliança Portugal nas eleições europeias. Explicável pelo o vazio estético e mediocridade intelectual que reflectem os movimentos e protagonistas alternativos, que não conseguem aproveitar a fragilidade das instituições e do modelo partidário agonizante. É do seu interior que, numa despudorada cacofonia esquizofrénica, surgem as vozes das desgastadas elites que por mais que estrebuchem não conseguem emergir da lama – Capuchos, Marcelos e quejandos - mais do mesmo como é fácil concluir. Dado como certo, é a crise moral que emergiu do ajustamento financeiro que se apresenta como uma oportunidade de remissão. Para uma profunda reforma do regime, que tarda.

Publicado por JoãoTávora em Corta-Fitas

segunda-feira, 19 de maio de 2014

12 ANOS DEPOIS DO ROUBO DAS JÓIAS DA COROA PORTUGUESA

Castão de bengala em ouro e brilhantes

Esmeraldas, Brilhantes, Ouro, Prata, propriedade inicial de D. Mariana, irmã de
D. Maria Pia. Alfinete origem: Portugal, séc. XVIII


 
Diamante de  135 quilates (o da direita) em bruto, um dos maiores do mundo
 
Passaram uma dúzia de anos desde que as peças mais valiosas da Coroa Portuguesa foram roubadas de um museu holandês, em Haia, a quem tinham sido emprestadas para uma exposição. Os incompetentes dos holandeses - que tinham câmaras de vigilância não ligadas, guardas-seguranças a ressonar, janelas sem alarme e cofres sem segurança- até hoje não nos deram nenhuma explicação. Recebemos 6,5 milhões de euros por peças de valor insubstituível, sem que os holandeses do museu e da segurança encarregue de velar pelas jóias fossem responsabilizados pela sua incompetência grosseira e criminosa e sem que um único português fosse responsabilizado pela incúria e displicência com que [não] se acompanhou o empréstimo das peças. Uma súcia de incompetentes que governa o mundo, em tudo e mais alguma coisa. Daí o estado em que ele está...

publicado por beatriz j a, em edicoespqp

quinta-feira, 15 de maio de 2014

69º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA



 
O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança é filho dos Duques de Bragança, Dom Duarte Nuno, Neto de D. Miguel I, Rei de Portugal e Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, trineta do Imperador D. Pedro I do Brasil, também conhecido como D. Pedro IV de Portugal.

Em período de exílio que atingiu a Família Real, nasceu na Suíça mas em território português: na Embaixada de Portugal em Berna, a 15 de Maio de 1945. Teve por padrinhos Sua Santidade o Papa Pio XII e por madrinha a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança, então viúva de D. Carlos I, Rei de Portugal.

Permitido o regresso a Portugal da Família Real nos anos 50, estudou no Colégio Nuno Álvares (Caldas da Saúde) em Santo Tirso entre 1957 e 1959.

Em 1960 ingressou no Colégio Militar, prosseguindo, posteriormente, os Seus estudos no Instituto Superior de Agronomia e ainda no Instituto para o Desenvolvimento na Universidade de Genebra.

Cumpre o serviço militar em Angola como Tenente Piloto Aviador da Força Aérea entre 1968 e 1971. Durante esse período conheceu em profundidade as populações das então Províncias Ultramarinas, estabelecendo relações de amizade, em particular, com chefes tradicionais e lideres espirituais das várias religiões, circunstancias essas que lhe criaram dificuldades acrescidas com as autoridades em Lisboa.

Como Presidente da Campanha “Timor 87”, desenvolveu actividades de apoio a Timor e aos Timorenses residentes em Portugal e noutros países, iniciativa que teve o mérito de dar um maior destaque à Causa Timorense.

Sob a presidência do Senhor Dom Duarte participaram dessa campanha numerosas personalidades notáveis de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa da altura, conseguindo-se a construção de um bairro para Timorenses desalojados.

Através da Fundação Dom Manuel II, instituição que preside, deu continuidade a esse empenho através de ajudas financeiras para a concretização de projectos nos domínios da educação, cultura e promoção do desenvolvimento humano em Timor e noutros países lusófonos.

Encetou contactos a vários níveis incluindo uma visita aos Governantes Indonésios, e a Timor Sob ocupação, que contribuiu decisivamente para uma mudança da atitude do Governo Indonésio e para O despertar de consciências em relação ao processo de independência daquele território.

É Presidente Honorário e membro de diversas instituições, sendo actualmente membro do Conselho Supremo dos Antigos Alunos do Colégio Militar e Presidente Honorário do Prémio Infante D. Henrique, programa vocacionado para jovens e que tem como Presidente Internacional S.A.R. o Duque de Edimburgo.

Desde muito jovem dedicou a sua atenção á defesa do ambiente, pertencendo desde os dez anos à Liga para a Protecção da Natureza.

Manifestando um profundo interesse e amor por Portugal e por toda a presença de Portugal no mundo, só ou acompanhado da sua Família percorre anualmente várias regiões do País, países lusófonos e comunidades portuguesas no mundo inteiro a convite dos responsáveis locais.

Agraciado por múltiplas ordens honoríficas, o Duque De Bragança está ligado por laços familiares a várias Casas Reais da Europa, nomeadamente: Luxemburgo, Áustria-Hungria, Bélgica, Liechenstein, Itália, Espanha, Roménia, Sérvia, Bulgária Thurn e Taxis, Bourbom Parma, Loewenstein etc.

Visita regularmente países com estreita relação histórica a Portugal frequentemente a convite dos respectivos Governos ou Chefes de Estado com quem mantém laços de amizade, como por exemplo o Brasil, Arábia Saudita, os Emiratos Árabes Unidos, Japão, China, Marrocos, Rússia, Estados Unidos, etc.

Casou a 13 de Maio de 1995, com a Senhora Dona Isabel de Herédia, e é pai de:
Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, nascido a 25 de Março de 1996 e baptizado em Braga a 1 de Junho de 1996, Dona Maria Francisca nascida a 3 de Março de 1997 e baptizada em Vila Viçosa em 31 de Maio de 1997, Dom Dinis nascido a 25 de Novembro de 1999 e baptizado no Porto em 19 de Fevereiro de 2000.6

Casa Real Portuguesa


Hoje, 15 de Maio, S.A.R., O Senhor Dom Duarte Pio de Bragança celebra o seu aniversário.

Os nossos desejos de que esta data seja abençoada por Deus, que a repita por muitos e longos anos na companhia da Família que ama e que a todos nos enche de alegria.

Que Deus O ajude a fazer da Pátria o Reino que todos sonhamos.


VIVA O REI!
VIVA A MONARQUIA!
VIVA PORTUGAL!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

CRÓNICA DE UMA MONARQUIA ANUNCIADA


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Autor: Miguel Villas-Boas *

Temos ajudado a construir, ao longo do nosso já extenso rol de artigos, o edifício da futura Monarquia, para que esta não seja lançada com grande peso em cena, como uma obra rápida à qual falta cuidado.
 
À Monarquia QUE HÁ-DE VIR falta apenas aprovação expressa por parte do Povo, já que tacitamente parece que já a merece.
 
É necessário que os políticos republicanos deixem de teimosamente bater na terra com o pé e permitir que seja dada à vontade popular a possibilidade de se pronunciar sobre se quer continuar a viver neste Estado das Coisas republicano ou se prefere, antes, aclamar o regresso da Monarquia que fez a Nação grande e grande a Nação.
 
Porque querem os republicanos impedir os portugueses, com a força pétrea de uma cláusula que dizem irrevogável, de puderem escolher o seu caminho. Porque entendem que devem escolher por nós a forma de nos realizarmos e sermos felizes, quando assim sucede exactamente o contrário: permanecemos os mesmos irresolvidos e infelizes que os da república velha!
 
Também, Hércules diante de Anteu se viu a braços com uma pesada tarefa, pois o gigante estava ligado à terra. Ora então, Hércules arrancou Anteu à terra e venceu-o desse modo.
 
Não façam os positivistas republicanos, nem o seus “irmãos” e “primos”, um valor Absoluto, um santuário inquestionável do republicanismo, pois se num abrir e fechar de olhos a História muda porque há-de ficar imutável uma já velha ideia!
 
Não podemos deixar de lançar mão da magistral conclusão do Grande Horácio, Príncipe dos Poetas Latinos in “Arte Poética” fazendo a ponte entre as suas palavras e a forma como os políticos republicanos nos tratam: «Muitas agruras rodeiam o velho, ou porque, depois de procurar, miseravelmente se abstém e hesita em fazer uso do que encontrou, ou porque tudo realiza com temor e frieza, atrasando com sua esperança a longo prazo, inerte e ávido do futuro, de carácter descontente, lamuriento, louvador dos tempos passados, de quando era menino, castiga e censura os que são mais novos”. Sim, porque velho é o republicanismo, bolorento e imutável, sem estratégia nem plano, ao contrário do sistema de governo monárquico que se soube adaptar à passagem do tempo e que como se pode constatar pelas democráticas monarquias contemporâneas é nele que o Homem e o Cidadão mais se potenciam.
 
É notório que o regime republicano já não merece junto do “grande público” o mérito que os seus regimentares reclamam. Como fazer alguém feliz, tudo fazendo para sua infelicidade?!
 
Eis como chegou ao nosso dia o Estado das Coisas republicano: a pairar!
 
A realidade histórica mostra que quando um certo “dado” não funciona tem o dever de se deixar afastar. 

Que suba às nuvens, então!
 
É facto consumado que o actual regime caducou, pois, para além de quem dele beneficia e retira modo de vida, já ninguém se revê nele. «Pirliteiro dá pilritos, a mais não é obrigado!» Não se esperem pois, do actual sistema de governo, revelações.
 
Foi assim que o regime chegou à nossa época como um repouso desnecessário de 104 anos no decorrer da História de Portugal – o pior capítulo do nosso “Livro”!
 
Ora perante esta inércia regimental cumpre-se, exige-se mesmo, a correcção necessária, ou seja encontrar no plano teórico a solução para a parte má da nossa História e depois levar a teoria para a realidade.
 
Não fazemos uma interpretação ambígua da história, nem a reinterpretação da mesma, não nos confundam com os republicanos da 1.ª república.
 
Qual a realidade que aparece como o melhor desenlace da História: a Realidade do Rei!
 
Não falámos de uma especulação teórica, mas uma ideia que já é concreta face à realidade.
 
A realidade da Monarquia apresenta-se não como mera possibilidade, mas a verdadeira solução para o entrave à evolução histórica e da Nação que é o actual regímen.
 
Não vale pois tentar ganhar na burocracia da secretaria o jogo que não têm engenho e arte para vencer em campo. Nenhum entrave, nenhum freio pode impedir o indivíduo de ficar em estado de cumprir o seu dever, de construir uma nova realidade e de resolver os problemas da ideia antiga e bolorenta, isto é de realizar a obra colectiva da Nação Portuguesa.
 
Não existem princípios absolutos, nem ontem nem hoje, nenhum passado pode prender a liberdade, porque a liberdade é, essa sim, absoluta e ilimitada.
 
Porque haveremos de ficar presos a uma realidade menor se podemos alcançar um bem maior para a realidade?!
 
Que Rei é esse que desponta para a realidade?
 
Que Rei a Ser?
 
É necessário, Alguém com a força miraculosa de um princípio para chefiar a Nação, Esse só pode ser por propriedade do direito natural um Rei!
 
Síntese da História da Nação, o Rei torna-se ideal na concepção hegeliana: o Chefe máximo da Nação e do poder executivo, e como tal uma figura bastante poderosa, mas um Monarca constitucional pois o seu poder será limitado pela Constituição e pelo Parlamento eleito.
 
Dentro das Monarquias Constitucionais com um sistema parlamentar o Monarca pode ter funções estritamente cerimoniais ou possuir poderes de reserva, o chamado Poder Moderador, de acordo com a Constituição. Nas Monarquias Constitucionais contemporâneas cabe ao primeiro-ministro, que é o chefe de governo, exercer o poder político efectivo. Também existem hoje várias Monarquias Constitucionais federais. Nesses países, cada subdivisão tem um governo distinto e chefe de governo, mas todas as subdivisões compartilham um Monarca que é o Chefe de Estado da federação como um todo unido. O Rei é a mais agregadora das Figuras!
 
Assim, existem pelo menos dois tipos diferentes de Monarquias Constitucionais no mundo contemporâneo: Executiva e Cerimonial.
 
Em Monarquias executivas, o Monarca exerce o poder executivo de forma significativa, embora não absoluta. A Monarquia sob esse sistema de governo é uma poderosa instituição política e social. Por outro lado, nas Monarquias cerimoniais, o Monarca tem pouco poder real ou influência política directa, mas possui a importância de um símbolo e os poderes de reserva.
 
Independentemente do modelo a adoptar para o nosso País, que até pode ser um modelo híbrido, o Rei servirá o tradicional papel de encarnar e representar a Nação, enquanto o governo é exercido por um gabinete composto predominantemente de membros eleitos do Parlamento.
 
A Monarquia Constitucional sobre a forma de governo de uma Monarquia Parlamentar deriva de uma legitimidade democrática, pois caberá ao Parlamento e ao Governo exercer, respectivamente, os poderes legislativo e executivo sob Prerrogativa Real, isto é, em nome do Rei e com os poderes ainda formalmente havidos pelo Monarca.
 
Os órgãos que verdadeiramente exercem o poder político conquistam a sua legalidade e legitimidade das eleições por sufrágio directo e universal: originariamente, o poder reside no Povo, contudo exerce-se sob a forma de governo monárquico.
 
O Parlamento será democraticamente eleito, e o primeiro-ministro deterá o poder executivo, o Rei adjudica o poder e permanece apenas com a posição de titular.
 
Não menos importante é a necessidade de uma nova lei eleitoral que caucione a possibilidade de representação não apenas das clientelas partidárias – como até aqui -, mas das diversas vontades e interesses gerais e locais, mesmo não sendo sancionados pelos partidos. Isso garantirá a genuína representação no Parlamento, algo que só será assegurado com eleições por círculos uninominais ou mesmo de pequenas circunscrições eleitorais. Não podemos assistir mais, impassíveis, a esta partidocracia em que num joguete de rotativismo os partidos do sistema se revelam amigos-inimigos.
 
Assim, os membros do parlamento serão eleitos pelo voto popular com base no sistema uninominal distrital.
 
O Rei nunca será um indivíduo decidido à polémica, mas não será – nem que seja por virtude da própria condição de independência – a inércia em pessoa.
 
Com a intervenção real evitar-se-á que a bills de indemnidade – isenção de responsabilidade mesmo quando violam a constituição – de que gozam os políticos se transforme em decretos ditatoriais que oprimem a democracia. O árbitro real acautelará com o seu Poder Moderador a separação de poderes e o seu funcionamento devido, assim como será o garante máximo dos direitos e garantias constitucionais e legais do cidadão.
 
O Rei carrega a lição do passado que não é uma velha lição, mas um exemplo, a virtude do exemplo, tão essencial para o funcionamento de todas as instituições do Estado e também para exprimir a relação do Povo com a Nação.
 
Este passado tem aos olhos de cada indivíduo que constituiu o Povo uma mística que permitirá no girar da história aplicar as premissas do bom e da rectidão à realidade presente.
 
O Rei será assim o Chefe Supremo do Estado e da Nação.
 
É o momento, é a hora, como escreveu o 2.º Conde Alvellos in “O Berço Exilado”:

“…essa Pátria tereis, porque Deus o quer e já marcou o Dia e a Hora!
 
Ainda depois, urge-Vos o Chefe, à usança do velho lema: «Deus – Pátria – Rei».”

segunda-feira, 5 de maio de 2014

MONÁRQUICO E DETECTIVE


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Autor: Miguel Villas-Boas *

O economista norte-americano Thomas Sowell advertiu para o que hoje sabemos, malogradamente, de cor: “Parece que estamos a rumar em direcção a uma sociedade onde ninguém é responsável pelo que faz, mas todos nós somos responsáveis por aquilo que outras pessoas fizeram no presente e no passado”.

Dão-se alvíssaras: À PROCURA DA ALEGADA ÉTICA REPUBLICANA!

Mandatasse o maior detective do Mundo para tal demanda – a de procurar a alegada Ética republicana – e mesmo ele teria uma dificuldade oceânica em encontrar bom porto! Como desenvolver positivamente essa tarefa de encontrar “a dita e tão referida” – à boca cheia – se nunca dela vislumbramos um assomo que seja, ou mesmo um assombro, já que é de republicanisses que se trata.

Assim, não precisava de ser indivíduo de poderosa imaginação – como o maior detective do mundo – para concluir que só se pode tratar de “UMA AGULHA NUM PALHEIRO!”

Mas se a não descubro, será porque a fabricaram – mas lembremos que qualquer mentira para parecer verdadeira tem que ter nem que seja um elemento de verdade.

Mas não, pelo que sou levado a concluir que se trata tão-somente de um bordão linguístico!

Uma palavra ou uma expressão usada com elevada frequência no discurso oral que, por ser repetida imensas vezes, acaba por se tornar uma espécie de vício na fala.

Parece então, que, ética republicana são palavras ou uma expressão que servem de “bengala” aos políticos quando estão a falar, e, que das duas, uma, ou mesmo as duas: lhes permitem dar algum tempo para pensar no que se vão dizer a seguir e/ ou evitam pausas longas no seu discurso.

De facto, tornou-se um bordão linguístico tão comum como os conhecidos: ó pá…. quer dizer… portanto… pronto(s)… é assim… tipo… então…

Dá vontade de rir, embora não se trata de uma comédia, mas sim de uma tragédia que assume proporções iguais ou semelhantes à grega.

O traço mais grave e mais geral desta falta de Ética republicana é a condescendência com os plutocratas cleptomaníacos, permitindo-se-lhes – inclusive a Justiça – “uma vida airada!”, à custa dos sacrifícios do contribuinte. Paralelamente, a uma enorme sufocação com impostos a que os verdugos submetem o cidadão comum – confiscando-lhes os rendimentos mais diversos -, assiste-se a uma complacência generalizada com os grandes corsários seus amigos.

Quando saem à “Caça” – palavra deles – é para “Caçar” os que já são esboroados pela carga da canga fiscal, e sempre às ordens de uma entidade estrangeira sem personalidade jurídica que teimam em agradar a todo o custo, mesmo que à custa das vidas dos portugueses que deviam defender, desiderato pelo qual foram eleitos.

Não é incomum, os interesses mais abusivos do Estado tomarem a forma e a cor do direito para se imporem.

Consequências gravíssimas atingem o Povo sobrecarregado com cortes nos salários, esbulho das pensões, confisco dos rendimentos, fome, penúria, falta de saúde, emigração dos adultos jovens – desempregados e sem oportunidades – quebra na natalidade, enquanto se verifica um aumento galopante da dívida pública e se assiste à criação de proveitosas sinecuras.

Depois os politiqueiros dando-se ares de importância que manifestamente não possuem, enclausurados numa redoma de privilégios, a todo custo tentam manter o status quo e procuram mascarar a má qualidade do produto que “vendem” em tempos de eleições, mas cuja banda sonora de fundo grita o refrão: “Desculpem o Pouco!”

Enfatuam uma pose institucional e calcorreiam periclitantes desfilando a vaidade, um mais ombreado que outro por energúmenos de pistolita ou em potentes limusinas bávaras. Fazem-se afectados por uma cultura que não têm mas que supõem ter, ostentando, outrossim, uma ignorância efectiva, que não se inibem de mostrar publicamente através da eloquência histérica! Que alacridade mostram as criaturas com as suas quixotadas – bazófias ridículas de quem não reconhece que falha a toda a linha!

Afrontados que somos por esta falta de mínimo ético, por quem com o seu clubismo imergiu as instituições estatais numa crise abissal ao assinarem os contratos da nossa desgraça, não podemos conter o nosso protesto sabendo que há efectivamente uma solução, um modelo que nos afastará desta espiral de crise e dos manifestamente responsáveis pela actual situação do País, e que nunca estiveram à altura das enormes responsabilidades que assumiram sem qualquer preparação. Com frequência rodeados de bandidos que chamam muitas vezes para o seu círculo de poder, distribuindo-lhes cargos e alvíssaras: “pingues sinecuras e rendosas conezias” – como lhes chamava o nosso Eça de Queiroz.

Não poucas vezes, após um curto período de nojo, impõem-nos os caídos em desgraça, que, picados pela ambição, retornam sem pudor. Não deixa de ser preocupante a redenção institucional que se fazem a figuras de má-memória!

E tudo isso pagámos nós, cidadãos comuns, enredados na teia do Confisco que nos cerca preparando-se sempre para dar o bote.

“Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.”

- António Aleixo


De facto, “As repúblicas são mais oligárquicas, mais aristocráticas e mais plutocráticas do que as Monarquias”, como defendeu André Rebouças, o Abolicionista Brasileiro. E também, apontou para um facto fundamental: “É mais fácil democratizar um rei ou uma rainha do que um parlamento aristocrático, oligárquico e plutocrático.” Porque não subsista dúvida que é isso que é hoje o Parlamento português.

Foi um século perdido, com exuberância dos políticos cada dia mais gordos e aperto das gentes cada dia mais magras.

Mesmo os melhores programas de reforma apresentados em tempo de candidatura ao poder acabam por converter-se num establishment tecnocrático tão curto de vista como um Ciclope.

Recorde-se o pensamento de Correia dos Remolares: «Que sendo uma República governo de muitos e já tão difícil encontrar Homem Bom para Rei, mais difícil seria conseguir-se juntar os tantos honrados para uma República…»

E claro que se pode e deve distinguir uma e outra coisa e pode-se afirmar que é difícil saber como obtê-la, mas ninguém pode negar a outrem o entendimento de que só se muda chamando o REI! Isto porque, Reinar é uma especialização na defesa dos interesses da Nação.

É essencial que a prática do poder deixe de ser confusa e passe a ser executada de acordo, não só com o mínimo ético, mas, ainda mais além, que se irmane com a moral. Não se deve demarcar nem contrapor Moral e Política, uma vez que o bem-ser regula sempre o bem-fazer. Não pode subsistir o Poder pelo Poder, com a frustração da Moral, mas sim unir-se os dois conceitos, para se alcançar o soberano bem da Nação. Fazer mal porque se pode, não!

É necessário, uma verdadeira comunicação entre os cidadãos e aqueles que são eleitos para os representarem. Não podem continuar cativos de um mundo gasto, embarrancados na imutabilidade, sem poder realizar outro caminho.

É, também, por isso que a Monarquia será uma terapia de choque democrático.

Atente-se o exemplo do Sistema Eleitoral na Monarquia Constitucional Parlamentar Britânica no qual para a eleição dos Membros do Parlamento se estabelece um sistema de eleição individual, por método maioritário e por meio de círculos eleitorais uninominais. E, consequentemente, todos os cidadãos britânicos têm o direito tradicional de pedir para serem recebidos pelos seus Membros do Parlamento, encontro que se verifica no ornamentado Salão Central (Central Lobby). Hoje, nenhum cidadão pode requerer o mesmo no nosso País!

Ora aí está um exemplo de Monarquia de Democracia meritória que queremos ver implementado no nosso País!

Depois, a figura do Rei que exprime a virtude da abnegação ao bem comum fará repercutir nas instituições democráticas essa disciplina moral. Pouco mais se imporá aos políticos, depois fazer, pois evoquemos as palavras do 2.º Conde de Alvellos, em “O Berço Exilado”: «Para bem governar Portugal basta ser – realmente – Bom, porque a Bondade dos Antigos Reis, fez deste Povo, o melhor dos melhores povos do Mundo».

sábado, 3 de maio de 2014

O ILUSIONISMO REPUBLICANO


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“A Verdade é apenas uma perspectiva” – evocamos o célebre pensamento do Imperador Marco Aurélio para dissertar sobre a realidade que o Estado das Coisas republicano pespegou durante um século e uns pozinhos.

Os Ministros da Propaganda republicana não foram somíticos no revisionismo histórico! E essa Verdade é aquela que se compra porque se vende!

Os portugueses foram iludidos – fizeram-lhes crer que só havia uma certeza! Parecer sem ser é a suprema conquista do ilusionista para alcançar a admiração!

Segundo o criador do positivismo Augusto Comte, “a História é uma disciplina fundamentalmente ambígua” e portanto, passível de várias interpretações.

O Revisionismo histórico é a reinterpretação da História, baseado na obscuridade e na imparcialidade com que os factos históricos podem ser descritos.

Os republicanos portugueses não se detiveram e aproveitaram a tirada de um dos seus mestres. Sim, porque a golpada que derrubou a Monarquia, em 5 de Outubro de 1910, não foi mais do que um pontapé que, meia dúzia de positivistas mal-intencionados, deram em 771 anos de História de um Reino, que apesar de ter tido alguns poucos momentos menos bons, foi grandiosa.

O Coup terrorista do 5 de Outubro apoiou-se nas bombas dos anarquistas, nos interesses dos pedreiros-livres da Maçonaria e no seu braço armado, a Carbonária. Juntos, com a complacência do “olhar convenientemente para o lado” de alguns políticos monárquicos, implantaram o novo regime republicano.
Mas o que é hoje contado é bem diferente!

Devido ao uso de instrumentos como a censura, devido a frequentemente envolver interesses políticos de pessoas que nem sempre estão dispostos a testemunhar contra si próprios, desse modo, criou-se uma doutrina em torno do assunto que torna quase impraticável o bom uso da realidade histórica para mostrar a Verdade! De resto – talvez por essa razão – apenas alguns poucos países como a França, consideram o revisionismo histórico um estudo necessário, por entenderem que os esteios da História não podem apoiar-se sobre motivos, às vezes desconexos, preenchidos com episódios alegóricos e com a inventiva dos escribas da História.

Devido a isso, o estudo do que passou pelo revisionismo histórico, mesmo em pesquisas independentes, ficou restrito apenas à explicação de factos históricos antecipadamente censurados. Mas é mais do que o momento de começar o cruzamento dos dados já conhecidos, mas que não foram considerados para fazer a Verdadeira História!
A Verdadeira Verdade do Partido Republicano Português
Longe de ser um Partido dilatado em militantes e agregador de uma vasta multidão de simpatizantes, o Partido Republicano Português era um grémio ou se preferirem um redil com uma pequena caterva de adeptos, ou seja, republicanos sem público!

A essa parca abrangência popular juntava-se a falta de organização e a incompetência do seu directório, ele próprio enredado em lutas intestinas.

O PRP não era um partido que arrastava multidões, como quer fazer crer o negacionismo histórico de quem conta a sua estória. Pode-se constatar pelos resultados das Eleições Gerais realizadas no Reino de Portugal entre 1878 e 1910 que o Partido Republicano Português não passava da insipiência, e que a sua pequena franja de admiradores se concentrava sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto – que até não eram tão densamente povoadas como presentemente.

Podemo-nos também auxiliar do exame do dito PRP feito pelo fidedigno Eça de Queiroz em “Novos Factores da Política Portuguesa”, de 1890: «Mas ainda mesmo sem direcção, ou com uma direcção impotente porque incompetente, o Partido Republicano existe, exibe-se, fala, escreve, vota.»; e, «Foi possível porém durante muito tempo contá-los, como se diz, pelos dedos de uma só mão.»

Como se poderá verificar pela leitura dos resultados das Eleições gerais realizadas no Reino de Portugal entre 1878 e 1910, o Partido Republicano Português só alcançou os seus melhores resultados a partir do Ultimatum e da Revolução republicana brasileira, factores que concorreram para que crescesse e mesmo assim, como se verifica, não muito. Desta forma não pode ser declarado, por quem quiser ter o mínimo de probidade e honestidade na leitura da História, que a o 5 de Outubro de 1910 se tratou de um movimento popular.
Resultados das Eleições Gerais realizadas no Reino de Portugal entre 1878 e 1910:
.13 de Outubro 1878 – 148 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.19 de Outubro 1879 – 137 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.21 de agosto1881 – 148 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.29 de Junho 1884 – 167 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.6 de Março 1887 – 157 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.20 de Outubro 1889 – 157 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.30 de Março 1890 – 148 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.23 de Outubro 1892 – 119 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.15 e 30 de Abril 1894 – 167 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.17 de novembro1895 – 141 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.02 de Maio 1897 – 141 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.26 de Novembro 1899 – 142 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.25 de Novembro 1900 – 145 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.6 de Outubro 1901 – 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.26 de Junho 1904 – 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.29 de Abril 1906 – 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.5 de Abril 1908 – 148 deputados monárquicos e 7 deputados republicanos
.28 de Agosto 1910 – 139 deputados monárquicos e 14 deputados republicanos
Perante estes factos o que é a Verdade? A verdade é simplesmente a opinião que sobreviveu!
Vae Victis! Porque a História é feita pelo vencedor e depois, pouco mais bastou dado que “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”, lembrou Joseph Pulitzer.

Portanto, nunca é demais relembrar o mais popular dos poetas, António Aleixo, que tinha tiradas excepcionais de precisão, como a que se reproduz: “Esta mascarada enorme com que o mundo nos aldraba dura enquanto o povo dorme. Quando acordar acaba.”
 
Vamos refazer as Crónicas da História, vamos contar o Grande Passado no pouco Presente, para que o Futuro seja tão sublime como o Pretérito!
VAMOS ENGALANAR A HISTÓRIA COM A VERDADE DA MONARQUIA!

Miguel Villas-Boas