domingo, 31 de agosto de 2014

O Estado, a Nação e o Rei



Consta que, interpelado pelo presidente americano Theodore Roosevelt sobre o papel que desempenhava, o Imperador Francisco José, da Austria-Hungria, terá respondido - a minha missão como rei é defender o meu povo dos seus Governos.
 
Eis como se diz tudo. E cem anos depois, estas palavras, com estes propósitos não podem ser mais actuais.
 
Em monarquia, o Rei é o Chefe de Estado apenas por inerência das suas funções essenciais, as de representante da Nação - da nossa História, da nossa entidade cultural, da nossa independência, da nossa projecção num futuro sem termo.
 
A índole política da chefia estatal tem um alcance meramente instrumental no contexto do significado nacional do Rei e da Família Real.
 
O que tudo é tão mais verdade quanto é certo, em marés de Positivismo, a lei passou a - citando António Sardinha - determinar a sociedade, em vez de unicamente a exprimir. Quer dizer, nos tempos correntes em que o Estado, inchando sempre, desenfreadamente voraz, passou a alimentar-se à custa dos cidadãos.
 
Paradoxo dos paradoxos, a saúde das gentes recomenda hoje, mais do que nunca, uma anarquia sã, pelo enaltecimento do municipalismo; e um regime estável, apenas alcançável pela aplicação do Princípio Dinástico. Pela Monarquia, enfim.

João Afonso Machado

Fonte: Corta-fitas

Sem comentários:

Enviar um comentário