terça-feira, 29 de setembro de 2015

Festa Litúrgica do Arcanjo São Miguel


Hoje, dia 29 de Setembro, é a Festa Litúrgica do Arcanjo São Miguel, Príncipe da Milícia Celeste e Arcanjo de Portugal.

" Quem como DEUS?"

Apresentação do livro: "Foi assim que aconteceu..."


REAL FOOT-BALL CLUB DO PORTO!

Em 28 de Setembro de 1893, no dia dos aniversários natalícios de SS.MM. Fidelíssimas El-Rei Dom Carlos I de Portugal e Rainha Dona Amélia, foi fundado o Real Foot-Ball Club do Porto, por iniciativa do monárquico António Nicolau D’Almeida, um jovem comerciante de Vinho do Porto e mais tarde vitivinicultor de grande prestígio (produtor do Barca Velha), que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra.
 
Logo no jogo de inauguração o entusiasmo pelo match foi óbvio.
 
Verde não é decididamente uma cor monárquica, liberal talvez!

“De azul e branco essa bandeira avança,
De azul e branco indomável e imortal,
Como não pôr no Porto uma esperança
Se daqui se fez o nome de Portugal.” - Eugénio de Andrade.


 

 

 

 
SM Fidelíssima El-Rei Dom Carlos I de Portugal assiste ao 2.º Jogo do Real Foot-Ball Club do Porto

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

28 de Setembro – Aniversários Reis D. Carlos I e D. Amélia de Portugal

Aniversários Reais

A 28 de Setembro de 1863, nascia Dom Carlos I de Portugal, no Palácio da Ajuda, em Lisboa. De Seu nome completo Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo-Gotha, foi o penúltimo Rei de Portugal, mas como filho primogénito varão do Rei Dom Luís I e da Rainha Dona Maria Pia, e na qualidade de Príncipe herdeiro da coroa de Portugal, recebeu desde cedo os títulos oficiais de Príncipe Real de Portugal (o 4.º) e Duque de Bragança (19.º), possuindo o usufruto dos rendimentos dessa grande e Sereníssima Casa, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal. O Ducado de Bragança é o único título real hereditário, atribuído sempre ao herdeiro presuntivo da coroa que, ao subir ao trono, por sua vez o passa para o seu próprio herdeiro.

Dom Carlos recebeu desde muito cedo uma esmerada educação, aquela reservada aos herdeiros presuntivos. Os melhores preceptores instruíram Dom Carlos nas mais variadas ciências e artes, e, também, ministraram-lhe diversas línguas estrangeiras. Ainda jovem viajou pelas diferentes cortes europeias.

Exímio pintor, oceanógrafo, atirador, etc., recebeu inúmeros prémios internacionais pela sua pintura e ficaram para a posteridade os seus estudos oceanográficos e ornitológicos.

‘Com uma instrução geral que o não deixava encontrar hóspede em qualquer assunto de conversação; conhecedor e possuidor de línguas, especialmente do francês e do inglês, por forma que delas se servia como de sua própria; dado ao gosto e cultura das Belas-Artes, em uma das quais, a Pintura, foi distintíssimo; habituado nos sports e, como atirador, excepcionalmente forte – reunia a tudo isso ser o homem mais bem-criado do seu País, dotado de um humor sempre igual, sem descair nunca na vulgaridade, nem deixar perceber de si, em qualquer circunstância, sinal de contrariedade, despeito ou irritação.’, escreveu João Franco Castello-Branco, in Cartas D’El-Rei Dom Carlos I a João Franco Castello-Branco, Seu Último Presidente do Conselho.

Em 28 de Setembro de 1865, durante o exílio da família real francesa, em Inglaterra, nascia, em Twickenhem, Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França. Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier, infanta de Espanha, filha do Príncipe Antoine D’ Orleães, Duque de Montpensier e Infante de Espanha, por sua vez filho do último Rei de França.

A princesa Dona Amélia passou parte da infância em Inglaterra, até à queda do II.º Império. Então, a Casa Real de Orleães pode regressar ao país, e, embora o seu pai apenas fosse pretendente à Coroa, a princesa teve então uma esmerada educação.

Dona Amélia era uma jovem encantadora e culta, admiradora de ópera e teatro, era leitora compulsiva da melhor literatura da época, chegando a corresponder-se com os seus autores favoritos. Além disso possuía, tal-qualmente, dotes para a pintura que ultrapassavam o elementar.

Tudo parecia predestinado para que o casamento da jovem Princesa francesa ocorre-se com o herdeiro de uma coroa norte-europeia, mas uma feliz coincidência impeliu os acontecimentos. De férias em Paris, o Príncipe Real Dom Carlos de Portugal, Duque de Bragança, que procurava esposa, num encontro organizado pela Infanta de Portugal Dona Maria Antónia foi apresentado a Dona Amélia de Orleães e a seus pais. A Princesa de França Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier, infanta de Espanha, filha do Príncipe Antoine D’ Orleães, Duque de Montpensier e Infante de Espanha, por sua vez filho do último Rei de França. O encanto foi mútuo e o pedido oficial foi realizado por Dom Carlos ao Conde de Paris, a 6 de Fevereiro de 1886, sendo lavrado registo matrimonial nesse mesmo dia no Castelo d’ Eu.

A 17 de Maio de 1886, a princesa Dona Amélia, futura Duquesa de Bragança partiu de França e chegou à Pampilhosa no dia seguinte. Em 19 de Maio, pelas 17 horas, a Princesa foi apresentada à Corte em Lisboa.

O casamento real entre Dom Carlos de Bragança, Príncipe Real, Príncipe hereditário de Portugal e Duque de Bragança com Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França, foi celebrado no dia 22 de Maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e foi acompanhado pela multidão que saiu às ruas de Lisboa para acompanhar o cortejo nupcial.

Depois do casamento, e terminada a lua-de-mel, os Duques de Bragança mudaram-se para a sua nova residência, o Palácio de Belém.

O casamento foi abençoado pelo nascimento do Príncipe Real Dom Luís Filipe de Bragança, o primogénito do presuntivo herdeiro do trono de Portugal, e como tal Príncipe da Beira (4.º).

A 19 de Outubro de 1889 falece El-Rei Dom Luís I, e Dom Carlos é entronizado e aclamado novo Rei de Portugal, passando o muito jovem Príncipe da Beira, como presuntivo herdeiro, a ter o título de Sua Alteza Real, o Príncipe Real Dom Luís Filipe, Duque de Bragança.

Depois, em 15 de Novembro de 1889, nasceu o Príncipe Dom Manuel de Bragança, Duque de Beja.

‘Foi uma coroa de espinhos a que o moço rei teve para colocar sobre a cabeça, e nem o brio da juventude lhe permitiu um instante o gozo da vaidade, a que se chama fortuna. (…) E antes, depois e sempre, em todo o decurso deste já longo terramoto, cujo fim não vimos ainda, o moço rei, sozinho, desajudado de homens prestigiosos que lhe amparassem o trono, com partidos desconjunturados que na hora do perigo se demitem, confessando meritoriamente a sua impotência, ouvia estalar os tiros sediciosos do Porto e crescer a vozearia, confundindo os erros da sociedade com a responsabilidade da Coroa, esperando a salvação da queda da monarquia.’, escreveu Oliveira Martins sobre o Reinado de D. Carlos I.

Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

CLXX Real Regatta de Canoas


domingo, 27 de setembro de 2015

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO "A RAINHA DONA AMÉLIA E A FOTOGRAFIA"



UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA, UMA SOBERANA

 ADMIRÁVEL!



Inauguração da Exposição:
 
Tirée par… a Rainha Dona Amélia e a Fotografia
Que terá lugar no dia 29 de Setembro de 2015, pelas 19:00h, no Palácio Nacional da Ajuda. 

Os últimos 20 anos da monarquia ficaram registados fotograficamente, não só através do trabalho de diversos profissionais portugueses, como pelas imagens feitas pela família real revelando um interesse invulgar na utilização da fotografia. Os inúmeros álbuns de fotografia coligidos pela Rainha Dona Amélia e pelo Rei D. Carlos tornam evidente o interesse destes monarcas pela fotografia. A família real foi retratada pelos grandes fotógrafos portugueses e estrangeiros, chegando até nós imagens excepcionais, em grande parte desconhecidas.

A exposição comissariada por Luís Pavão reúne cerca de 130 imagens, e é produzida em parceria pela Fundação Casa de Bragança, Palácio Nacional da Ajuda e Centro Português de Fotografia

D. AFONSO CONSAGRADO PRÍNCIPE HERDEIRO


O filho mais velho de S.A.R., D. Duarte de Bragança cumpriu a tradição.

Príncipe Real D. Afonso de Santa Maria Herédia de Bragança, filho mais velho de S.A.R., D. Duarte, Duque de Bragança, cumpriu a tradição de ser consagrado príncipe herdeiro, numa cerimónia que teve lugar no Santuário da Lapa, em Sernancelhe. 

É um ritual que acontece há muitos anos quando os príncipes da Beira atingem a maioridade. D. Afonso de Bragança celebrou 18 anos em 2014, no dia 25 de Março.

Fonte: Flash!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Faz Anos A 1.ª Constituição Portuguesa De 1822

Constituição 1822

Art. 12.º – Todos os portugueses podem ser admitidos aos cargos públicos, sem outra distinção que não seja a dos seus talentos e das suas virtudes.

Em 23 de Setembro de 1822, há precisamente 193 anos, era promulgada a primeira Constituição Portuguesa. Em plena Monarquia, os direitos dos Cidadãos, porque se lhes dava enorme relevância, foram elencados logo nos primeiros 19 artigos. Ao ler alguns desses artigos não podemos deixar de reflectir e tirar conclusões entre o que se pretendia num sistema de governo de Monarquia Constitucional, e portanto, democrático, e ao que o actual regime republicano conduziu o País e os seus Cidadãos!

DIREITOS DO CIDADÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1822:

Art. 1.º – A Constituição política da nação portuguesa tem por objectivo manter a liberdade, segurança e propriedade de todos os portugueses.

Art. 2.º – A liberdade consiste em não serem obrigados a fazer o que a lei não manda, nem a deixar de fazer o que a lei não proíbe. A conservação desta liberdade depende da exacta observância das leis.

Art. 3.º – A segurança pessoal consiste na protecção que o Governo deve dar a todos para poderem conservar os seus direitos pessoais.

Art. 4.º – Ninguém deve ser preso sem culpa formada, salvo nos casos e pela maneira decalarada no artigo 203.º e seguintes (…).

Art. 5.º – A casa de todo o português é para ele um asilo. Nenhum oficial público poderá entrara nela sem ordem escrita da competente autoridade, salvo nos casos e pelo modo que a lei determinar.

Art. 6.º – A propriedade é um direito sagrado e inviolável que tem qualquer português de dispor à sua vontade de todos os seus bens, segundo as leis. Quando por alguma razão de necessidade pública e urgente for preciso que ele seja privado deste direito, será primeiramente indemnizado na forma que as leis estabelecerem.

Art. 7.º – A livre comunicação dos pensamentos é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo o português pode conseguintemente, sem dependência de censura prévia, manifestar as suas opiniões em qualquer matéria, contanto que haja de responder pelo abuso dessa liberdade nos casos e pela forma que a lei determinar.

Art. 8.º – As Cortes nomearão um tribunal especial para proteger a liberdade de imprensa e coibir os delitos resultantes do seu abuso, conforme a disposição dos artigos 177.º e 189.º (…).

Art. 9.º – A lei é igual para todos. Não se devem portanto tolerar privilégios do foro nas causas cíveis ou crimes, nem comissões especiais. (…)

Art. 10.º – Nenhuma lei, e muito menos a penal, será estabelecida sem absoluta necessidade.

Art. 11.º – Toda a pena deve ser proporcionada ao delito; e nenhuma passará da pessoa do delinquente. Fica abolida a tortura, a confiscação de bens, a infâmia, os açoites, o baraço e o pregão, a marca de ferro quente, e todas as mais penas cruéis e infamantes.

Art. 12.º – Todos os portugueses podem ser admitidos aos cargos públicos, sem outra distinção que não seja a dos seus talentos e das suas virtudes. (…)

[…]

Art. 15.º – Todo o português tem direito a ser remunerado por serviços importantes feitos à pátria, nos casos e pela forma que as leis determinarem.

Art. 16.º – Todo o português poderá apresentar por escrito às Cortes e ao poder executivo reclamações, queixas ou petições, que deverão ser examinadas.

Art. 17.º – Todo o português tem igualmente o direito de expor qualquer infracção da Constituição e de requerer perante a competente autoridade a efectiva responsabilidade do infractor.

Art. 18.º – O segredo de cartas é inviolável. A administração do correio fica rigorosamente responsável por qualquer infracção a este artigo.

Recolha de Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

O MONÁRQUICO FERNANDO HILÁRIO EXPÕE NO MUSEU DE AVEIRO


Fernando Hilário Mendes Ferreira, é Filiado da Real Associação de Viana do Castelo, natural do Porto, onde nasceu em 1953 e reside há vários anos em Vilar do Monte, Ponte de Lima. 
Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Português e Francês) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Universidade de Santiago de Compostela, tem trabalho de investigação desenvolvido nas áreas do Modernismo, da Literatura Africana de Expressão Portuguesa e da Poesia Concreta. 
Poeta, colaborador da imprensa escrita, para além da actividade literária expõe pintura desde 1980 e é membro da Academia Cittá di Roma.



PARA DESPERTAR A CONSCIÊNCIA DOS PORTUGUESES, CONTAR A VERDADE


‘Eu bem sei que seria mais fácil, e menos penoso para nós, o tratar de agradar a todos; mas espero também que um dia a opinião pública, que felizmente não é sempre a opinião que se publica, saberá fazer-nos justiça.’
 
- S.M.F. El-Rei Dom Carlos I de Portugal

De facto, despertar a consciência dos Portugueses para a Monarquia, passa por contar a verdade que difere daquela dos episódios alegóricos dactilografada pelos escribas republicanos, sem método histórico, mas caligrafada sobre a nuvem da má intencionada patranha.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"REINO DE PORTUGAL"

Da Reflexão, considero primordial a necessidade de um modelo criativo que transforme o regime republicano, no sentido de valorizar mais as pessoas, as famílias, a sociedade e a dignidade da pessoa humana.

É preciso transformar o mundo em que vivemos e oferecer uma alternativa mais credível aos cidadãos através do regime monárquico, constitucional e parlamentarista.

É olhando o mundo com "outros olhos" e agindo de forma diferente que se poderá deixar de ter uma cultura excessivamente materialista, adoptando uma visão de um mundo novo e fresco, mais centrado na pessoa humana e nos valores da família.

A "Boa Notícia" é que não teremos que aceitar ad aeternum o actual regime republicano que nos é imposto, baseado no puro egoísmo e absoluto materialismo.

Podemos enveredar pelo Caminho alternativo, que valoriza e engrandece a identidade nacional, a cultura, as tradições e os costumes, a dignidade da pessoa humana, os valores da família e da sociedade, em torno de uma organização colectiva mais justa, equitativa e solidária.

"A Unidade é a maior força, agora e para sempre".

Quando descobrirmos a verdadeira essência do Reino, viveremos mais felizes e uma vida melhor.

O Reino de Portugal era a denominação de Portugal sob a governação de um regime monárquico.

Viva o Regime Monárquico, Democrático, Constitucional e Parlamentarista

Viva a Família Real Portuguesa
Viva o REI
VIVA PORTUGAL

Artigo de Opinião de António Martins Mendes

 

Uma Visão Sobre O Regicídio

Rei e Príncipe Real

‘Porque foi, por exemplo, morto D. Carlos? (…) E no entanto já hoje se pode afirmar sem erro que D. Carlos não foi morto pelos seus defeitos, mas pelas suas qualidades. Respirou-se! Respirou-se! – o que não impede que, a cada ano que passa, esta figura cresça, a ponto de me parecer um dos maiores reis da sua dinastia. Já redobra de proporções e não se tira do horizonte da nossa consciência. (…) Não foram os seus defeitos que o mataram, foram as suas qualidades. Só o assassinaram quando ele tomou a sério o seu papel de reinar, e quando, João Franco, quis realizar dentro da monarquia o sonho de Portugal Maior. Foi esse o momento em que, talvez pela primeira vez na história, os monárquicos aplaudiram um crime que os deixava sem chefe, e se abriram de par em par as portas das prisões, congraçando-se todos os políticos sobre os corpos ainda mornos dos dois desventurados.’

– Raul Brandão, in “Memórias”, 1.º Volume, Renascença Portuguesa, Porto, 1919, p. 289

Plataforma de Cidadania Monárquica - Miguel Villas Boas

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Há 150 Anos D. Luís Inaugurou O Palácio De Cristal

D. Luis I inaugura Palácio de Cristal

Com Dom Luís I, Portugal ganha a estabilidade política e social necessária para o progresso material.

Assim, há precisamente 150 anos, em 18 de Setembro de 1865, S.M.F. El-Rei Dom Luís I de Portugal inaugurava a 1.ª Expo realizada em Portugal, a Exposição Internacional do Porto, inaugurando simultaneamente o lendário Palácio de Crystal Portuense. Situado no campo da Torre da Marca, o Palácio – como é comummente conhecido – foi projectado pelo arquitecto britânico Thomas Dillen Jones, tendo por modelo o Crystal Palace de Londres que em 1854 tinha sido reinstalado em Sydenham Hill.

Como fora planeado para acolher a grande Exposição Internacional do Porto, o Palácio de Crystal Portuense era uma espécie de gloriosa e gigante vitrina, e a sua dimensão era de 150 metros de comprimento por 72 metros de largura estando dividido em três naves. No decorrer dos seus 86 anos, o Palácio recebeu a Exposição Agrícola de 1903 e a Exposição Colonial de 1934 para além de outras centenas de importantes exposições. Mas o Palácio era mais do que um escaparate tendo funcionado de igual modo como um relevante espaço cultural, podendo orgulhar-se de possuir, inclusive, um dos maiores órgãos de tubos do mundo, pelo que foi palco de inúmeros concertos e performances dos mais consagrados músicos enquanto existiu.

Dom Luís I de Portugal foi um Monarca ilustrado e o seu reinado lançou Portugal na senda do progresso e desenvolvimento material, social e cultural que haveria de continuar com a Sua Augusta descendência.

Já em tempos republicanos, o modelo cultural – a exemplo dos restantes – adulterou-se e o Palácio de Crystal Portuense foi demolido em 1951 com a justificação de que se devia construir sob os seus escombros um Pavilhão para albergar o Campeonato Mundial de Hóquei em Patins no Porto; e assim foi erguido no seu lugar uma nave – ovni – de betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, e, ulteriormente, Pavilhão Rosa Mota. O mamarracho nunca conseguiu fazer vingar o novel nome, e todos continuam a referir-se carinhosamente ao local como O Palácio.

Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

HOJE – ABALAR CERTEZAS

Luís Miguel Duarte

Hoje – dia 18 de Setembro, pelas 18h30, na Fnac do NorteShopping – uma oportunidade para conhecer LUÍS MIGUEL DUARTE. O mote da conversa é a obra CEUTA 1415-SEISCENTOS ANOS DEPOIS, inquestionavelmente o melhor trabalho de investigação sobre a TOMADA DE CEUTA pelos portugueses, um livro de escrita escorreita onde, de cátedra e ao estilo franco e conversador, o professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto mostra também como não pode acreditar-se no que se ouve ou lê sem espírito crítico.

Uma oportunidade  porque os historiadores também podem ser, como no caso, um espectáculo a não perder.

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 Ceuta _luís_livro

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 Publicado por Virgínia da Silva Veiga


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

UM PROBLEMA ANTIGO: A REMODELAÇÃO DOS PARTIDOS

‘Muito há a fazer e que trabalhar na política portuguesa, e nela se nos depara um problema importantíssimo: a remodelação dos partidos.’

- S.M.F. El-Rei Dom Manuel II de Portugal ao Conselheiro José Luciano de Castro.


COLÓQUIO – LUGAR DE MEMÓRIA DA DINASTIA DE AVIS

 

Reis e Rainhas...precisamos deles

Muitas vezes emerge a teoria de que o sucesso dos países monárquicos não está relacionado com o tipo de regime vigente, nem tão pouco pelo facto de existirem reis e rainhas. Em grande parte essa corrente sedimenta-se e resume-se à suposta existência de questões culturais muito mais profundas. Contudo, é preciso explicar a origem dessas questões culturais muito mais profundas.

É preciso notar que existem muitas repúblicas e essas são, em regra, menos desenvolvidas que os países monárquicos e cujas debilidades tudo têm que ver com Presidentes e "Presidentas". Neste contexto, nada melhor do que verificar/confirmar os índices de referência: Desenvolvimento Humano, Democracia, Alegria, Corrupção, etc. Há coincidências a mais.

A explicação reside no facto da sociedade ocidental ter começado num formato de antiga república, na Grécia curiosamente. Qualquer um sabe que os romanos foram lá beber e que foram superiores enquanto civilização. Porquê? Porque evoluíram da velhinha república para o modelo centralizado no Imperador. A partir daí o progresso aconteceu. Os reinos na Europa foram a continuidade desse modelo durante séculos, e o velho Continente era a referência e inspiração para o mundo.

Entretanto a moda voltou e as velhas repúblicas também. No caso caso (português) regredimos e a França também, bem como outros. Agora existem muitas repúblicas e é notório o retrocesso comparativo.

Além disso, as maiores barbaridades que a humanidade conheceu foram cometidas por políticos em repúblicas, casos da Alemanha Nacional Socialista e das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Em suma, tudo tem que ver com Reis e Rainhas...precisamos deles.

Parafraseando Alexandre Herculano: "Se mandarem os Reis embora, hão de tornar a chamá-los".

PPA

terça-feira, 15 de setembro de 2015

D. Carlos I – Rei e Pintor

A Bom Porto
Marinha - Barco à Vela (pastel sobre cartão)
Autor: Rei D. Carlos I - assinado "Carlos, 1894"

É de todos conhecido, para além de um largo escol de outros dotes, o mérito D’El-Rei Dom Carlos I, como pintor.

O 1.º mestre – se assim se pode chamar – de D. Carlos foi o avô (o Rei-viúvo D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gotha) que vendo o talento do jovem Príncipe instigou o Rei D. Luís I a contratar um Mestre. Assim, seguiu-se Teodoro da Mota, depois Tomás José da Anunciação, António Manuel da Fonseca, Miguel Ângelo Lupi e por fim Enrique Casanova.

Dom Carlos I privou com os melhores artistas da época e naturalmente que trocariam ideias, e foi não só Malhoa, mas, também, Columbano, Silva Porto, Carlos Reis, etc. Enquanto criança Dom Carlos assinava com as iniciais C.F. (Carlos Fernando), como no caso das aguarelas e desenhos a lápis do ‘Álbum dos Yachts’. Já pintor e já Rei, reconhecido naturalista, assinava desinvestido de realeza, simplesmente, como Carlos, e apresentando-se como simples ‘artista’ ganhou diversos concursos nacionais e internacionais, como no ‘Salon de Paris’ que entre milhares dos melhores pintores do Mundo e sem qualquer deferência ganhou a Medalha de Prata ou na Exposição Internacional de St. Louis onde com ’Gado à Bebida – Ribatejo’ alcançou o Ouro!

Nem o costumeiro maldizente Fialho de Almeida conseguiu ficar indiferente ao imenso talento do Monarca Português:

‘No grupo novo, o lugar de honra pertence ao rei D. Carlos, cujos pastéis passam de prenda à categoria de verdadeiro trabalho de arte. O curioso acabou-se, e agora é necessário apontá-lo entre os pouquíssimos que, neste país de costa, verdadeiramente sentem a marinha e entre os raros que, na exposição [Grémio Artístico, 1892], se esforçam por pintar em português.’

Assim, não temos pejo em afirmar que, Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Carlos I de Portugal foi um dos melhores aguarelistas da Sua época e o melhor pastelista português da Sua era, pois a pintura a pastel é uma técnica que não admite correcções e as suas telas parecem óleos dos mais renomados pintores mundiais do Seu tempo.

Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

Os Reis E Os Banhos De Multidão

Rei D. Manuel II de Portugal recebido com banho de multidão no Porto

Síntese da História da Nação, o Rei torna-se um ideal: o Chefe máximo da Nação, ou seja, o Chefe Supremo do Estado e o Primeiro entre os Portugueses.
‘A própria República de Platão é a imagem proverbial de um ideal vazio.’, afirmou Hegel.
De facto, Platão é amigo, mas a verdade é mais amiga. Um presidente não personifica a Nação, pois não tem história; já um Rei não é apenas um Homem, mas um sonho em que se junta realidade e fantasia, é a mística Portucalense que encarnou num depositário de um Portugal quase Milenar e que, caso único no Mundo, descende do primeiro dos Reis, Dom Afonso I Henriques, pois apesar da Monarquia Portuguesa ter conhecido quatro Dinastias, todas elas eram pertencentes à mesma primeva Família.«A História há-de ser luz da verdade e testemunha dos antigos tempos»,escreveu Fernão Lopes nas suas “Crónicas”.
Os nossos antigos Reis criaram um Império de espanto, primeiro pela Espada depois com a Epopeia dos Descobrimentos, a descoberta geográfica do Mundo, com que Portugal participou na primeira linha da edificação de um admirável Mundo Novo e assim o Rei de Portugal se tornou, tal-qualmente, Rei do Mundo, por Rei desta Nação ser, que mundos dá ao Mundo quando quer…
O Povo simples e bom sempre soube que para seu Defensor e cautela do bem-estar da coisa comum só poderia contar com a solícita ajuda do Rei, pelo que lhe fez sempre penhor da maior das afeições. Ora o Rei deve então prezar a Gente Portuguesa pagando com justiça esse afecto.
Por isso os Reis de Portugal sempre souberam qual a fórmula certa para reinar rectamente: reinar com o Alto Preceito e a Mão da Justiça, e, sempre, acolher o Povo nas dobras do seu Manto evitando que sofresse nas mãos caprichosas e ambiciosas dos políticos.
Ser Rei é ser o Pai da Nação e por isso no Rei está encarnada a Pátria inteira, Rei de Todos e para Todos, sem as excepções que os sufrágios criam por defeito de sistema que procura eleger para presidente de todos o procurador de uma minoria. Um Rei justo e recto é o Ideal profundo e o alto Sentimento pela História nove vezes secular de Portugal.
Bem sabiam os nossos Reis que, primeiro deviam garantir os súbditos e só depois a Eles mesmos, por isso, El-Rei Dom Manuel II tinha como divisa «Depois de Vós, Nós», premissa de que o Rei serve primeiro os interesses da Nação.
Só o soberano real acautelará com o seu Poder Moderador a separação de poderes e o funcionamento das instituições, assim como será o garante máximo dos direitos e garantias constitucionais e legais do cidadão.
O golpe republicano do 5 de Outubro não foi uma manifestação da vontade popular, até o disse e melhor escreveu o génio de Fernando Pessoa que «a revolução é só da superfície», e que «a maioria do país era monárquica (…)».
Por isso, ainda nas rimas do Príncipe das Letras Portuguesas, assim estamos, olhando para o infinito:
E ao abismo do futuro clama
Por quem enfim
Vier, régia lusitana chama!
Pelo Rei que a Esperança chama…
A função do Monarca é personificar o carácter nacional e nenhum Rei esquece que a Sua função é um Ofício que deve desempenhar com sentido de Missão sempre fiel ao Senhor-Rei que é Portugal e à História de um Povo… por isso é Real e por isso é Mito.
Miguel Villas-Boas

domingo, 13 de setembro de 2015

À ESPERA DO REI...


À Espera do Rei…

‘A vida antiga tinha raízes, talvez a vida futura as venha a ter. A nossa época é horrível porque já não cremos – e não cremos… ainda. O passado desapareceu, do futuro nem alicerces existem. E aqui estamos nós sem tecto, entre ruínas, à espera…’

- Raul Brandão in ‘Memórias’ (Depois do Regicídio)

ISABEL II


Em 63 anos de reinado, Isabel II nunca se desviou da postura tranquila de poder moderador e árbitro imparcial.

Na próxima quarta-feira, 9 de Setembro, a rainha Isabel II de Inglaterra tornar-se-á a monarca que mais tempo ocupou o trono, ultrapassando a Rainha Vitória.

O caso é particularmente curioso, porque a rainha e a monarquia britânicas mantém elevadíssimas taxas de popularidade. E é a monarquia constitucional mais antiga do planeta. A rainha é a Chefe de Estado de 16 países da Commonwealth (incluindo Austrália, Canadá e Nova Zelândia), reinando sobre cerca de um quarto da população mundial. A que se deve este fenómeno?

Muitos responderão sem dificuldade. A Inglaterra é um país conservador, dominado há séculos por uma oligarquia aristocrática/capitalista que finge ser democrática. Essa era, sem dúvida, a opinião de Karl Marx  que, todavia, escreveu tranquilamente O Capital na magnífica sala redonda da Biblioteca Britânica, sem nunca ser incomodado pela polícia.

Elie Halévy, o célebre historiador francês do século XIX inglês, falou em contrapartida do “milagre inglês”: o milagre de a Inglaterra ter feito todas as revoluções da época moderna sem nunca ter recorrido à Revolução. Por outras palavras, Halévy não distinguiu a Inglaterra por ser imobilista. Pelo contrário, sublinhou que fizera muitas mudanças, frequentemente antes dos outros países. Mas que as fizera sempre sem rupturas, sem revoluções e contra-revoluções, sem fanatismo.

Com efeito, a última Revolução ocorrida em Inglaterra teve lugar em 1688, quase cem anos antes da revolução americana de 1776 e mais de cem anos antes da funesta revolução francesa de 1789. Sobre esse precoce regime constitucional inglês, disse William Pitt num discurso no Parlamento em 1763: “O homem mais pobre pode na sua cabana desafiar todo o poder da Coroa. A cabana pode ser frágil, o seu telhado pode abanar, o vento pode soprar no seu interior, as tempestades podem entrar, a chuva pode entrar  mas o Rei de Inglaterra não pode entrar. Todas as suas forças não se atrevem a atravessar o limiar do alojamento arruinado.”

Esta ideia de governo limitado pela lei era na época distintivo da monarquia constitucional inglesa. Hoje, felizmente, distingue todas as democracias ocidentais, monárquicas ou republicanas. Mas, até conseguirem alcançar a democracia constitucional, muitos países tiveram de atravessar revoluções e contra-revoluções, golpes de estado de sinal contrário, censura e perseguições mútuas. Não foi esse o caso de Inglaterra, desde 1688.

Winston Churchill descreveu essa especificidade britânica com a expressão “corrente de ouro”, a propósito da filosofia política de seu pai: “[Lord Randolph Churchill] não via razão para que as velhas glórias da Igreja e do Estado, do Rei e do país, não pudessem ser reconciliadas com a democracia moderna; ou por que razão as massas do povo trabalhador não pudessem tornar-se os maiores defensores destas antigas instituições através das quais tinham adquirido as suas liberdades e o seu progresso.

É esta união do passado e do presente, da tradição e do progresso, esta corrente de ouro [golden chain], nunca até agora quebrada, porque nenhuma pressão indevida foi exercida sobre ela, que tem constituído o mérito peculiar e a qualidade soberana da vida nacional inglesa.”

Isabel II tem sido seguramente o símbolo destacado desta “corrente de ouro” que permitiu ao Reino Unido fazer todas as revoluções da época moderna sem recurso à Revolução. Em 63 anos de reinado, teve 12 primeiros-ministros britânicos (incluindo Churchill, Thatcher e Blair) e enfrentou as mais diversas paixões políticas. Nunca se desviou da postura tranquila de poder moderador e árbitro imparcial da liberdade ordeira dos seus súbditos.

Num artigo notável no Telegraph do passado sábado, Charles Moore (antigo director do jornal e biógrafo autorizado de Margaret Thatcher) recordou vários episódios difíceis do reinado de Isabel II. Ainda recentemente, nas vésperas do referendo na Escócia, a rainha disse simplesmente ter a certeza de que os escoceses pensariam seriamente antes de votarem.

Escreveu ainda Charles Moore: “Ela compreendeu que a monarquia é potencialmente hostil à democracia, e por isso teve o cuidado de evitar esse confronto. Mas também viu que a democracia, porque inevitavelmente funciona através do conflito, poder tornar-se demasiado rude. Pode levar os participantes a desprezarem-se uns aos outros. Por isso ela pode ajudar a acalmar os ânimos  uma figura de paz, cortesia e confiança. […] Esta combinação de monarquia e democracia ajudou o país a ser livre e seguro ao mesmo tempo.”

 
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