domingo, 12 de novembro de 2017

Uma embaixada portuguesa ao Sião em 1859

Foto de Nova Portugalidade.

"No segundo mês [ de Fevereiro de 1859)] o Rei de Portugal enviou Isidoro Francisco Guimarães, governador de Macau, que veio ao Sião como seu embaixador, com José Maria da Fonseca como vice-embaixador e Sìsùkoomeewáruuprassù [Francisco de Mello Baracho] como terceiro enviado, todos acompanhados de outros nobres portugueses.


Chegaram a bordo de um vaso chamado Mongdikoo [Mondêgo]. O comandante do navio era Triikonggarii [Capitão de Mar e Guerra José Severo Tavares ?].

(...) O Rei ordenou que os enviados portugueses fossem recebidos e trazidos para Banguecoque. (...) Foram hospedados no edifício de tijolo destinados a visitantes estrangeiros, o qual se situa no canal phadung krungsaseem.

(...) O Rei recebeu-os no Dusith Mahaaprasad (sala do trono do palácio real) e estes ofereceram-lhe um samovar de prata, uma grande carpete, duas cenas de batalhas emolduradas, um livro sobre a Rússia, uma caixa contendo perfumes, um telescópio e duas caixas de frutas cristalizadas. Outras ofertas destinadas ao Rei Phrapinklao [Phrabat Somdet Phra Pinklao Chao Yuhua, segundo rei de Rama IV] incluíam um samovar de prata, um par de molduras, uma caixa de perfumes, binóculos, um óculo e duas caixas de licores doçaria. 

(...) O Rei indicou o comité para o representar (...). O tratado consistia em vinte e sete artigos. No dia da assinatura do Tratado e aposição dos selos, vinte e uma salvas foram disparadas no forte Widchajeentharáprasàd e o vaso de guerra português [que estava fundeando em frente do palácio] correspondeu à saudação com vinte e uma salvas."

Retirado da Crónica do Quarto Reinado da Era de Bangkok. Trad. de Miguel Castelo-Branco.



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