quarta-feira, 27 de junho de 2018

20 inimigos para cada Português (Conquista de Jor)

Foto de Nova Portugalidade.


As espantosas vitórias militares alcançadas pelos soldados portugueses contra multidões de inimigos apareciam aos olhos dos naturais asiáticos como a prova mais evidente de que o deus dos europeus era mais poderoso que os seus antigos deuses e facilitavam as conversões; por seu turno, a cristianização dos nativos pelos religiosos fornecia aos soldados milhares de auxiliares dedicadíssimos que lhes permitiam duplicar ou triplicar, a baixo custo, os reduzidos efectivos vindos da metrópole. Em contrapartida, as injustiças, as desonestidades e por vezes mesmo as crueldades praticadas pelos soldados eram um péssimo exemplo da aplicação prática da doutrina cristã que comprometia a evangelização. Por outro lado, a obrigação moral de proteger as comunidades cristãs obrigava os soldados a envolver-se em numerosas guerras que não tinham qualquer interesse sob o ponto de vista político ou económico. A verdade é que não era fácil harmonizar e coordenar no tempo e no espaço acções tão díspares como eram as de Comerciar, Evangelizar e Subjugar. 

Nos últimos dias de Julho do ano de 1587, chegou a Malaca o já referido num artigo anterior grande Dom Paulo de Lima, com três galeões da sua armada. 

Dirigiu-se para Jor, onde chegou a 6 de Agosto. Reunido o conselho, foi decidido que o assalto à cidade teria logo no dia 15 de Agosto por ser dia da Nossa Senhora. 

Ao que parece, nem sequer foi considerada a linha de acção, muito mais segura, de obrigar o inimigo à rendição por intermédio de um bloqueio naval prolongado, certamente porque este tipo de vitória ser muito mais demorada e incompatível com o brio militar dos bravos fidalgos lusos. 

A 13 de Agosto foi armado um altar em terra, e dita missa, a que assistiam Dom Paulo de Lima, acompanhado por todos os fidalgos e muitos soldados. O dia 14 foi consumido em exercícios espirituais e preparativos de toda a ordem. 

As tropas portuguesas, num total de cerca de seiscentos homens, iam divididas em três «bandeiras»: a que constituía a vanguarda, formada por cerca de duzentos soldados, era comandada por Dom António de Noronha; a que constituía o corpo principal, formada por cerca de duzentos e cinquenta soldados, era comandada por Dom Paulo de Lima; a que constituía a rectaguarda, formada por cerca de cento e cinquenta soldados, era comandada por Mateus Pereira de Sampaio. 

O sol já ia alto, o calor começava a apertar, e os nossos soldados, principalmente os fidalgos, tinham grande dificuldade em marchar, devido não só ao peso das armaduras e dos capacetes como também, e muito principalmente, às temperaturas elevadíssimas que estes atingiam. 

Tinham os soldados conseguido abrir uma passagem através da estacada e, depois de um ferocíssimo combate, começaram a entrar na cidade. 

Mas o avanço tornou-se muito lento porque a rua estava atulhada de inimigos e da muralha que lhe ficava sobranceira choviam sobre os nossos os pelouros das espingardas, de que as tropas de Jor dispunham em número impressionante, e as flechas envenenadas. 

Mesmo que o quisessem fazer, os soldados inimigos que enfrentavam os nossos na rua não podiam recuar devido à massa de gente que tinham atrás de si. 

Para prosseguir, era necessário aos portugueses matar à lança e à espada ou a tiro de arcabuz um a um os adversários que tinham pela frente e passar por cima dos seus corpos. 

O calor era cada vez mais intenso e as armaduras e os capacetes queimavam. Mas, se não fossem eles, os portugueses teriam ficado todos mortos. Os fidalgos que iam na testa da coluna, eram quem suportava todo o peso da batalha. 

Apesar de tudo, a estreiteza da rua favorecia os nossos, porque a frente de combate impedia o inimigo de tirar partido da sua avassaladora superioridade numérica, que era da ordem de vinte para um. 

Enquanto a nossa coluna, qual serpente de ferro, continuava a deslizar muito lentamente para o interior da cidade, os navios de alto bordo continuavam a bater furiosamente as fortificações inimigas com a sua artilharia. Mas o efeito deste bombardeamento era mais de natureza psicológica. 

Bem abrigados dos pelouros vindos do mar, os soldados de Jor que estavam nos baluartes e na muralha sobranceiros à rua continuavam a disparar incessantemente as suas espingardas e os seus arcos sobre a coluna portuguesa, que tinham, praticamente imobilizada, a seus pés. 

Debaixo de um dilúvio de tiros de espingarda e de flechas e acossados por centenas de lanças e de terçados manejados por braços frescos, os soldados da bandeira de Dom António caíam como tordos, apesar de estarem a ser constantemente reforçados pela gente da bandeira de Dom Paulo de Lima, que continuava nas suas costas. 

O combate foi pavoroso! 

E, num instante, o pânico espalhou-se entre o inimigo e as suas hostes desagregaram-se. Montados nos seus elefantes e levando consigo as mulheres e os tesouros, o rei de Jor e os reis seus aliados, que o tinham vindo auxiliar, fugiram espavoridos, acompanhados por um tropel de soldados sem armas e da população da cidade que dava gritos lancinantes. 

Mal podendo acreditar no que os seus olhos viam, os soldados portugueses arrancavam as armaduras e os capacetes que os assavam, bebiam toda a água que podiam apanhar e sentavam-se ou deitavam-se pelo chão, exaustos. 

Extinto o fogo, Dom Paulo de Lima entregou a cidade durante seis dias ao saque dos soldados que, apesar do muito que tinha ardido, ainda acharam por entre os escombros o suficiente para se sentirem compensados do transe aflictivo por que tinham passado. 

Os despojos de natureza militar foram dos maiores que os Portugueses alcançaram nas guerras do Oriente: mais de mil canhões de bronze, entre eles alguns de grosso calibre, mil e quinhentas espingardas, a maior parte delas com as coronhas consumidas pelo fogo e um nunca acabar de lanças, espadas e punhais. Nos esteiros a norte e a sul da cidade foram incendiados cerca de DOIS MIL NAVIOS, entre naus, galés, juncos, galeotas, fustas, lancharas, bantins, champanas e outros de menor porte! 

O rei de Jor perdeu quatro mil soldados que lhe foram mortos em combate pelos portugueses e outros três mil que lhe foram mortos durante a retirada pelos javos que levava consigo. Dos nossos morreram oitenta. 

Tendo deixado a cidade e a maior parte da armada inimiga reduzida a cinzas, Dom Paulo de Lima regressou com todos os navios a Malaca, onde chegou a 5 de Setembro. 

Ali foi recebido em triunfo à maneira da Roma antiga, atravessando a cidade com uma coroa de louros na cabeça, seguido pelos capitães e soldados armados como quando tinham desembarcado em Jor de bandeiras desfraldadas, tocando trombetas e tambores, acompanhados de um cortejo de catipvos acorrentados, com as bandeiras inimigas a arrastar pelo chão e chusmas de escravos transportando aos ombros exemplares das armas capturadas. Salvou a artilharia e a arcabuzaria com um estrondo jamais ouvido, repicaram os sinos e cantou-se solene Te Deum. Pasmavam os gentios e exultavam os portugueses, depois dos longos meses de miséria por que tinham passado. Finalmente, Malaca podia respirar tranquila e olhar com confiança o futuro. Os dois eternos inimigos da cidade, o Achém pela mão de Deus e o Jor pela força do braço português, pareciam liquidados.

(Batalhas e combates da marinha portuguesa volume IV, Saturnino Monteiro)

Ricardo da Silva

Homem português debanda um elefante de guerra, sozinho

Foto de Nova Portugalidade.

Aquando o segundo cerco de Chaúl em 1594, um soldado luso deparou-se durante a batalha com um elefante frente a frente, a besta estava armada com espadas na tromba e em cima de si trazia os costumados castelos. Este elefante, vendo defronte um soldado português, «arremmetteu contra elle com natural fúria, para que nam pudesse fugir. Porém, o soldado não sòmente nam fugiu, mas pondo a espingarda no rosto empregou o tiro em um dos mouros que vinham em cima, & lançando a mão à espada se chegou ao elephante & lhe deu huma tão espantosa cutilada por uma perna, que com grande força de dor voltou para os seus & por meio dêles fêz caminho para o forte. (...) Tiveram os mouros para cima de quinze mil mortos no final da peleja, segundo como fonte o próprio Faratecão, general de todo o campo (exército) inimigo & mais de mil captivos, sòmente estes dissera que um homem com humas armas brancas num cavalo branco, que não havia outro antre nós, lhe matava infinidades de seus, & uma mulher muy formosa, vestida de azul, os fazia ir afastando, donde se entende quão milagrosa & desacostumada foy esta victória, & quanto Nosso Senhor a tinha tomado à sua conta, pois quis mandar do céu, quem ajudasse os seus fiéis soldados», relata o cronista. 

"Há mais de cem anos que os otomanos procuram apossar-se desta parte do mundo, mas não o conseguiram. Não fossem os portugueses, os turcos há muito não só se teriam apossado da Índia e da Etiópia, como teriam chegado à China."

— Cristoval de Jaque de los Rios de Mancaned 

Ricardo da Silva


DEUS - PÁTRIA - REI

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Algumas das maiores vitórias portuguesas nos 1560's

Foto de Nova Portugalidade.

Quem tiver lido as obras do comandante Saturnino Monteiro, saberá que Portugal teve tantas, mas tantas batalhas ao longo do século XVI que é de se estranhar não haver, tanto quanto eu saiba, cursos que se especializem sistematicamente nesta matéria. Foi-me difícil escolher as que me parecem ser as principais vitórias portuguesas na década de 60. Excluí o Cerco de Mazagão em 1562 porque planeio fazer no futuro um artigo inteiro sobre esse confronto. Para já, ficam aqui extraídas do terceiro volume do comandante Saturnino as que me parecem, pessoalmente, ser as principais vitórias lusas nessa década. Desfrutem!
"No dia 20 de Janeiro do ano de 1568, Malaca estava em festa para comemorar o aniversário de Dom Sebastião, que nesse dia completava catorze anos de idade e assumia o governo de facto. Juntamente com outros fidalgos e gente grada da cidade estava o capitão Dom Leoniz Pereira, divertindo-se num jogo de canas quando, subitamente, no meio de grande alvoroço, o foram avisar que estava à vista uma grande armada que devia ser do Achém.
Não se perturbou Dom Leoniz e, com uma fleuma capaz de fazer inveja ao mais fleumático dos ingleses, continuou a jogar, limitando-se a dizer: “Ainda bem que os Achéns vieram, porque assim poderemos festejar o aniversário del Rey com huma grande victória!” E só quando terminou o jogo é que foi observar a armada inimiga!
Ao fim de alguns dias de conversações inúteis, o Rei do Achém desembarcou as suas tropas, construiu várias tranqueiras em volta da cidade e começou a batê-la com a sua artilharia. Respondiam os portugueses com a sua e, por vezes, faziam surtidas contra as posições inimigas.
Desta forma continuou o cerco por cerca de um mês sem que os Achéns conseguissem abrir brecha nas muralhas da cidade e muito menos quebrantar o ânimo dos defensores.
A 16 de Fevereiro, na sequência de um bombardeamento terrível que durou um dia e uma noite e a coberto de espessas nuvens de fumo, os muçulmanos achéns encostaram centenas de escadas às muralhas e começaram a subir por elas como formigas, fazendo alarde de grande valentia e determinação.
Mas os portugueses não se desorientaram. Lançando sobre os assaltantes grande quantidade de pedras e panelas de pólvora e travando com eles renhidos combates acabaram por os obrigar a desistir, depois de terem sofrido pesadas baixas.
Neste cerco os Achéns tiveram três mil mortos e tantos feridos que se viram obrigados a mandar queimar um certo número de navios por não disporem de gente para os guarnecer.
Em finais de Abril do ano de 1568, largou de Goa uma armada capitaneada por Dom Luís de Almeida. Certo dia foram avistadas embarcações que vinham do Mar Vermelho. Contra elas foram imediatamente as nossas, que depois de uma bem travada peleja as conseguiram render.
No dia 20 de Janeiro de 1568, ao completar catorze anos de idade, el Rey Dom Sebastião assumiu o governo de Portugal e do seu vasto império, que então se encontrava no apogeu.
Um dos seus primeiros actos como Rei foi nomear Dom Luís de Athaíde como Visorey da Índia Portuguesa. Dom Luís de Athaíde chegou a Goa a 10 de Setembro de 1568, acompanhado por cinco naus, em que iam embarcados muitos fidalgos ávidos de ganharem honra e proveito.
Dom Luís de Athaíde, durante o seu governo, continuou a mandar armadas para o mar, disposto a pôr um fim às actividades dos corsários malabares que, por essa altura, infestavam a costa ocidental da Índia, então controlada pelos portugueses.
No ano de 1569, saiu de Goa mais outra armada, com a missão de continuar a caça aos corsários. Poucos dias depois, foram avistadas ao alvorecer embarcações de malabares navegando. Imediatamente a nossa armada foi atrás delas.
Os soldados portugueses atiraram-se para dentro das embarcações inimigas, armados com escudos e espadas, travando com os mouros um terrível combate, e começando-se a pelejar muito denodadamente às espingardadas, e frechadas, e com muitas bombas, e artifícios de fogo com que de parte a parte se tiravam, travou-se a peleja de maneira que não deixava de fazer a vitória duvidosa.
Às espadas foram os mouros todos mortos sem se tomar algum vivo.
Pouco tempo depois, o Visorey mandou aprontar mais uma armada, cujo comando entregou a Aires Teles.
Quando os mouros viram aproximar-se a nossa nau, pejada de soldados cobertos com armaduras reluzentes desmoralizaram e fugiram para terra.
Em princípios de Maio do ano de 1569, largaram de Goa um galeão e uma pequena nau, com propósitos comerciais, de abastecer as Molucas e ir buscar pimenta a Sunda.
A caminho, a nau passou por Achém, onde começaram a ser avistadas numerosas velas saindo do porto.
Tratava-se de uma poderosa armada, composta por vinte galés, vinte juncos e cerca de duzentos navios mais pequenos, com que o Rei daquela cidade se preparava para ir novamente pôr cerco a Malaca na Malásia.
Vendo aparecer inesperadamente uma nau portuguesa deu imediatamente ordem aos seus navios para a irem tomar.
Por três dias contínuos os portugueses, com um único navio, se bateram contra o seu adversário duzentas vezes mais numeroso, que acabou por se retirar.
Nas palavras de Saturnino Monteiro; «na verdade, o combate que aquele travou ao largo do Achém, em fins de Maio de 1569, é um dos mais espantosos combates navais de todos os tempos, em que uma única nau, guarnecida apenas com quarenta soldados se bateu durante três dias consecutivos contra duzentos navios, dos quais afundou cerca de quarenta, obrigando os restantes a bater em retirada muito destroçados."
(Batalhas e combates da marinha portuguesa volume III, de Saturnino Monteiro).

Ricardo da Silva

Bloco de Esquerda, partido racista

Foto de Nova Portugalidade.

O Bloco de Esquerda distingue-se entre os partidos políticos portugueses pela insistência retórica nos assuntos das “minorias”. Recentemente, o Bloco tem ganhado protagonismo pela denúncia de um alegado “racismo” com que as pessoas de ascendência africana são vitimadas em Portugal, para o que é um instrumento a caricatura da história, as contendas com os mortos, a ostentação de desprezo pela “República” e pela nacionalidade. Com tudo isto, pretende ser “anti-racista”.

Mas a verdade é que é o Bloco que segue a prática, já de si questionável, de dividir a população por categorias rácicas e de proceder à colagem dos respectivos estereótipos. Para o Bloco, uma sociedade de unidade na diversidade, em que a raça seja um não-assunto, não é uma opção. O Bloco não deseja a integração das minorias rácicas ou de quaisquer outras das que pretensamente defende, porque essa integração significaria a sua extinção política. Passaria rapidamente para a irrelevância.

Ao Bloco de Esquerda convém que essas minorias se mantenham separadas e em estado de guerra permanente com a sociedade que, supostamente, as oprime. Só assim o Bloco se pode encontrar acolhimento eleitoral como frente política de combate dessas minorias. Desejar a integração das mesmas equivaleria a tentar o suicídio. 

O Bloco é um partido que está dependente do racismo instrumental para a sua sobrevivência. Ao contrário desta ferida purulenta aberta no seio da nossa vida política, a Nova Portugalidade é pela integração, como iguais, das gentes de todas as raças, etnias e culturas que compõem a Portugalidade.

Hugo Dantas




DEUS - PÁTRIA - REI

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Portugal: um exemplo sem igual

DEUS - PÁTRIA - REI: Portugal: um exemplo sem igual: Em todas as regiões do mundo por onde passei, sempre que via uma ponte perguntava quem a construíra e sempre me respondiam: os portugue...

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Portugalidade - Um ideal de todos

Foto de Nova Portugalidade.


Dia 29, todos ao Porto

A Portugalidade é transversal. Como civilização dos 300 milhões de homens e mulheres de cultura lusíada, ela é de todos: de esquerda ou de direita, conservadores, socialistas ou liberais, monárquicos ou republicanos, todos podem - e todos devem - nela reconhecer-se. A NP convida para debaterem a Portugalidade Raul Almeida, ex-deputado do CDS à Assembleia da República, e Ricardo Lima, presidente do Instituto Mises Portugal e destacado blogger n'O Insurgente. Estão todos convidados.


DEUS - PÁTRIA - REI


Contra Factos, Não Há Argumentos!


Foto de Plataforma de Cidadania Monárquica.

Nas últimas eleições gerais realizadas em Portugal durante a Monarquia Constitucional, a 46ª eleição geral, 37ª eleição da 3ª vigência da Carta que se realizou a 28 de Agosto de 1910, recorde-se que os partidos monárquicos obtiveram 91% dos votos expressos e os republicanos 9%. De facto, longe de ser um partido engrandecido pelos militantes e agregador de uma vasta multidão de simpatizantes, o Partido Republicano Português era um grémio ou se preferirem um redil com uma pequena chusma de simpatizantes, isto é, não passavam de republicanos sem público! A essa parca abrangência popular juntava-se a falta de organização e a incompetência do seu directório, ele próprio enredado em lutas intestinas.

O PRP não era um partido que arrastava multidões, como quer fazer crer a negação histórica de quem conta a sua historieta. Assim, pode, constatar-se pelos resultados das Eleições Gerais realizadas no Reino de Portugal entre 1878 e 1910 que o Partido Republicano Português não passava da insipiência, e que a sua pequena franja de admiradores se concentrava sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto:

.13 de Outubro 1878 - 148 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.19 de Outubro 1879 – 137 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.21 de agosto1881 - 148 deputados monárquicos e 1 deputado republicano
.29 de Junho 1884 - 167 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.6 de Março 1887 - 157 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.20 de Outubro 1889 - 157 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.30 de Março 1890 - 148 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.23 de Outubro 1892 – 119 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.15 e 30 de Abril 1894 – 167 deputados monárquicos e 2 deputados republicanos
.17 de novembro1895 - 141 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.02 de Maio 1897 - 141 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.26 de Novembro 1899 - 142 deputados monárquicos e 3 deputados republicanos
.25 de Novembro 1900 - 145 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.6 de Outubro 1901 – 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.26 de Junho 1904 - 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.29 de Abril 1906 – 157 deputados monárquicos e 0 deputados republicanos
.5 de Abril 1908 - 148 deputados monárquicos e 7 deputados republicanos
.28 de Agosto 1910 - 139 deputados monárquicos e 14 deputados republicanos
Miguel Villas-Boas

quinta-feira, 14 de junho de 2018

OH, PORTUGAL - IN 4K - Basti Hansen - Stock Footage - Canon 70D + Glidecam

Sim, também os mouros se convertiam à religião dos portugueses

Foto de Miguel Castelo Branco.

No emaranhado de crenças que obscurecem o conhecimento das relações entre o mundo islâmico e o mundo cristão, avulta aquela que nos pretende fazer crer que havia portugueses que se convertiam ao Islão, vulgarmente chamados de renegados (ou arrenegados). Havia arrenegados, pois, mas esquece-se amiúde que havia conversões em sentido contrário, ou seja, de muçulmanos que expostos à cultura e usanças portuguesas exprimiam vontade em conhecer a doutrina cristã e a ela se converterem.

Tais mouros, sobretudo norte-africanos e, com mais precisão, marroquinos, começaram a aderir à religião dos portugueses por alturas das primeiras conquistas de praças no norte de Marrocos, no século XV, mas nos séculos que se seguiram, o seu número aumentou, exigindo-se das autoridades eclesiásticas portuguesas especial acompanhamento de tais conversos.

Ali para os lados de S. Roque, entrando pelo Bairro Alto, chega-se à Rua dos Calafates. A cerca de trinta metros da esquina da Travessa da Queimada, situa-se o Colégio Real dos Catecúmenos, fundado em 1579 por ordem do Cardeal Rei Dom Henrique e destinado a mouros aliados de Portugal e que haviam participado na Jornada de África nas hostes de Dom Sebastião na malograda batalha de Alcácer Quibir. Inicialmente destinado a catorze mouros, a instituição foi acolhendo levas de novos refugiados que iam chegando a Lisboa e manifestavam vontade de se familiarizarem com a doutrina católica. Esse constante movimento prolongou-se pelos séculos XVII e XVIII e exigia dos pretendentes a conversos que aprendessem a língua portuguesa e alguns rudimentos de latim antes de iniciarem a frequência da catequese, processo lento de aprendizagem que só terminava quando os catequistas confirmavam a plena aptidão dos seus alunos para conscientemente receberem o baptismo.

No dia da cerimónia de conversão pública, realizava-se uma procissão que atravessava solenemente as ruas da capital. Os neófitos faziam-se acompanhar dos seus padrinhos de baptismo, habitualmente grandes do Reino que a partir desse momento os acolheriam como membros das suas famílias, tratando-os como se filhos seus fossem. Posto tratarem-se de jovens adultos no pleno das suas faculdades, os conversos escolhiam um nome de baptismo, a que juntavam o nome da família de adopção, eram baptizados e recebiam a comunhão.

Ainda hoje, volvidos quase quinhentos anos, remanesce o edifício desse Colégio dos Catecúmenos, felizmente poupado aos estragos e intolerâncias do século XIX. Encimado pelas armas reais portuguesas, o pórtico lembra aos viandantes: "Este Colégio ordenou Sua Majestade para nele serem instruídos os catecúmenos que se convertem à nossa Santa Fé Católica".


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Uma profecia de São João Paulo II

A Igreja do terceiro milénio tem o dever de conter esta nova invasão muçulmana. Não com as armas, mas com a fé vivida integralmente.


Quando o jovem sacerdote Karol Wojtyla foi chamado à nunciatura, para que lhe fosse comunicada a sua nomeação episcopal, fez uma pergunta inédita ao núncio:
– Um bispo pode fazer esqui?
O representante diplomático do Papa ficou surpreendido com a questão, que nunca até então lhe tinha sido feita por nenhum outro candidato ao episcopado. Mas não lhe faltou presença de espírito quando respondeu ao futuro São João Paulo II:
– É a primeira vez que alguém me faz esta pergunta, mas uma coisa posso-lhe assegurar: um bispo não pode fazer mal esqui!
A verdade é que Karol Wojtyla veio a ser um óptimo bispo esquiador, um excelente cardeal esquiador e, até, um santo papa esquiador!
Eleito vigário de Cristo com 58 anos e uma óptima saúde, João Paulo II procurava, quando as suas obrigações lho permitiam, fazer uma escapadela para praticar esqui numa estância não muito longe de Roma, perto de Áquila. Para o efeito, costumava pernoitar na sede de verão do seminário internacional da prelatura do Opus Dei, que era posta à sua disposição para esse efeito. Aí, sem outras presenças que não fossem os membros da sua reduzida comitiva, bem como o pessoal que assegurava o serviço doméstico e cuja descrição era absoluta, João Paulo II podia descansar e esquiar à vontade, sem ser importunado pelos ‘paparazzi’, nem pelo fervor dos fiéis.
Um jovem economista italiano, Mauro Longhi, também esquiador, acompanhou São João Paulo II nessas excursões, que aconteceram quatro ou cinco vezes por ano, de 1985 até 1995. Mais tarde, foi ordenado sacerdote e nomeado membro da congregação vaticana para o clero. Actualmente exerce o ministério sacerdotal no norte de Itália.
Foi a propósito da última festa litúrgica de São João Paulo II que Monsenhor Longhi proferiu uma conferência sobre Karol Wojtyla, no ‘Eremo dei Santi Pietro e Paolo’, em Bienno, no norte de Itália. Nessa ocasião, revelou uma surpreendente profecia de São João Paulo II, que lhe foi referida pelo próprio, durante uma pausa de uma dessas excursões: “Vejo a Igreja do terceiro milénio afligida para uma praga mortal. Chama-se Islão. Invadirão a Europa”.
Esta impressionante confidência do Papa que veio do Leste teve lugar em Março de 1993, quando nada fazia ainda prever a avalanche de muçulmanos que, entretanto, entraram na Europa, tendo já uma presença dominante em muitas cidades e regiões do Ocidente. Não é por acaso que Maomé foi, entre os recém-nascidos em Bruxelas, o nome masculino mais vezes registado no ano transacto.
Ainda a propósito desta visão, Mons. Longhi disse que, nessa ocasião, o último Papa a ser canonizado, afirmou: “Invadirão a Europa, a Europa será arruinada, uma sombra do que foi outrora. Vocês, Igreja do terceiro milénio, têm o dever de conter esta invasão. Mas não com as armas, que não serão suficientes, mas com a fé vivida integralmente.”
Não é novidade para ninguém que São João Paulo II era um místico. Desde jovem sacerdote, foi protagonista de fenómenos extraordinários, que eram apenas do conhecimento de poucas pessoas. Uma delas era um seu compatriota e grande amigo, o cardeal Andrzej Maria Deskur que, em conversa com Mons. Longhi, disse que São João Paulo II falava com Jesus e via também o rosto de sua Mãe, Maria. Segundo a mesma fonte, essa graça foi-lhe concedida na sua primeira Missa, no dia 2 de Novembro de 1946, quando o recém-ordenado Padre Karol Wojtyla celebrou a Eucaristia, em sufrágio pela alma de seu pai, na cripta de São Leonardo, na catedral de Wawel, em Cracóvia, a diocese de que era arcebispo e cardeal quando foi eleito bispo de Roma.
Mons. Longhi também foi testemunha de algumas graças especiais concedidas a São João Paulo II, durante as suas breves estadias na modesta casa em que se alojava sempre que ia esquiar: às vezes ficava, “ajoelhado, horas a fio, num desconfortável banco de madeira, em frente ao sacrário” da capela. Nalguma ocasião, Longhi surpreendeu-o de noite, falando em voz alta com Jesus e com Nossa Senhora.
São João Paulo II, não obstante o seu inicial vigor físico, perdeu depois muitas das suas faculdades motoras, embora tenha mantido até ao fim uma extraordinária lucidez. Numa ocasião em que a sua mão tremia – era já um sintoma da doença de Parkinson – disse, resignado:
– Meu caro Mauro, é a velhice!
Longhi, tirando importância à tremura, quis ser simpático com João Paulo II:
– Não, Santo Padre! Vossa Santidade ainda é jovem!
Wojtyla era muito realista e não gostava de ser adulado e, por isso, retorquiu:
– Não é verdade! Se digo que estou velho é porque estou velho!
O Papa Wojtyla era um lutador e um resistente, que fez frente à ditadura comunista no seu país. Foi também o principal artífice da pacífica libertação dos países de Leste, mas não era, de modo nenhum, partidário de guerras santas, nem muito menos de uma nova cruzada contra o Islão. Foi, precisamente, São João Paulo II quem teve a iniciativa de reunir, em Assis, os representantes de todas as religiões, muçulmanos incluídos, para os comprometer com a causa da paz.
São João Paulo II é também o Papa do terceiro segredo de Fátima, que nele se cumpriu, tal como, muitos anos antes, tinha sido dito aos três videntes. Em 1917, Nossa Senhora disse também que “em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da fé”. Se Maria o disse como algo excepcional, que apenas acontecerá no nosso país, é porque no resto da Europa não será assim. Estaria a ‘Senhora mais brilhante do que o Sol’ a aludir à profecia de São João Paulo II, em relação aos outros países europeus?! A história, a seu tempo, o dirá.
Fonte: Observador
DEUS - PÁTRIA - REI

domingo, 10 de junho de 2018

10 DE JUNHO - O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Foto de Antonio Saldanha de Sousa.

Celebra a data de 10 de Junho de 1580, data da morte de Camões, sendo também este o dia dedicado ao Anjo Custódio de Portugal. Este é também o dia da Língua Portuguesa, do cidadão nacional e das Forças Armadas.


Durante o Estado Novo, de 1933 a 1974, era celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou as portuguesas e portugueses.



Dia do Santo Anjo da Guarda de Portugal: A pedido do rei D. Manuel I de Portugal, o papa Júlio II instituiu em 1504 a festa do «Anjo Custódio do Reino» cujo culto já seria antigo em Portugal. O pedido terá sido feito ao papa Leão X e este autorizou a sua realização no terceiro Domingo de Julho. A sua devoção quase desapareceu depois do séc. XVII, mas seria restaurada mais tarde, em 1952, quando mandada inserir no Calendário Litúrgico português pelo papa Pio XII, para comemorar o Dia de Portugal no 10 de Junho. 



Terá surgido pela primeira vez na Batalha de Ourique, e a sua devoção deu uma tal vitória às forças de D. Afonso Henriques sobre os invasores muçulmanos que lhe deu a oportunidade de autoproclamar-se rei de Portugal.



O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, é comemorado um pouco por todo o mundo. Sendo Portugal um país que já foi dono de colónias nos 5 continentes, este dia é então comemorado pelos milhões de luso-descendentes espalhados pelo mundo e também pelos cerca de 5 milhões de emigrantes portugueses que vivem fora de Portugal.

Foto de José Paulo Amaral Rocha de Oliveira.



sábado, 9 de junho de 2018

DEUS - PÁTRIA - REI: SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança em Montalegre

DEUS - PÁTRIA - REI: SAR, O Senhor D. Duarte de Bragança em Montalegre: Dom Duarte Pio de Bragança presidiu à conferência, realizada nos Paços do Concelho, subordinada ao tema "Couto Misto - Caminho P...

Tratado de Tordesilhas Foi Assinado Há 524 Anos

Foto de Plataforma de Cidadania Monárquica.


Em 7 de Junho de 1494 foi celebrado entre o Reino de Portugal e o recente Reino de Espanha o Tratado de Tordesilhas, para dividir as terras ‘descobertas e por descobrir’ por ambas as Coroas fora do Continente Europeu. O Tratado ocorreu no seguimento da contestação portuguesa às aspirações da Coroa espanhola que reclamara oficialmente o Continente Americano para a Rainha Espanhola Isabel, a Católica, resultantes da viagem empreendida por Colombo, que um ano e meio antes chegara ao Novo Mundo.
O Tratado de Tordesilhas, assim chamado embora fosse assinado na povoação castelhana de Arévalo, foi assinado por El-Rei Dom João II de Portugal e pelo Rei-consorte Espanhol D. Fernando II de Aragão, marido da Rainha Soberana Dona Isabel I de Castela, a Católica e que juntos ficaram para a História como os Reis Católicos.
O tratado definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio caminho entre estas ilhas - já portuguesas - e as ilhas das Caraíbas descobertas por Cristóvão Colombo, no tratado referidas como Cipango e Antilha. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal a 5 de Setembro de 1494.

Mas mais importante que a História do Tratado de Tordesilhas é a lenda, pois este tratado encerra muitos mistérios.
El-Rei Dom João II de Portugal ganhou o cognome de 'O Príncipe Perfeito', pois em tudo o que fazia ou deliberava punha um cunho de perfeição, e para o sucesso das suas decisões em termos de política externa e geoestratégia contava sem dúvida as decisões que tomava em função da informação privilegiada que os seus serviços secretos recolhiam e que o tornavam no mais esclarecido dos monarcas europeus da época. Prova disso, e expoente máximo da sua política, é o Tratado de Tordesilhas. É muitas vezes apontada a tese de que a Descoberta do Brasil, apesar de ter ocorrido oficialmente em 1500, por Pedro Álvares Cabral ao serviço d’El-Rei Dom Manuel I de Portugal, já havia sido achado nas misteriosas viagens do capitão Duarte Pacheco Pereira para oeste de Cabo Verde e que um lançado – Lançados eram agentes desembarcados na costa oriental de África e depois seguiam para o interior recolhendo informação que facilitasse a expansão portuguesa no continente que se começava a explorar, e sobretudo sobre o então lendário Reino de Preste João. Eram homens de uma enorme coragem lançados no desconhecido e que por isso lhes deram o nome indígena de Tangomaos, sendo que tangomao significa: ‘aquele que morre ausente ou desterrado da pátria’ - de nome João Fernandes ‘Lavrador’ terá mesmo feito uma pequeníssima exploração do território. Então, sabendo disso, Dom João II nas negociações do Tratado de Tordesilhas tudo fez para que o acordo fosse gizado daquela forma, incluindo a ainda por descobrir Terra de Vera Cruz.

Miguel Villas-Boas



quinta-feira, 7 de junho de 2018

Feu d'enfer português no velho Sião

Foto de Nova Portugalidade.
Pavilhão real siamês, c. 1820

A ordem chegou do palácio real por intermédio do Chaophraya Maha Senabodi, ministro do Kalahom (Guerra) no quarto mês (Agosto) do ano de 2380 da era budista, ou seja, 1837 da Era Comum. O destinatário, o governador da província de Tonburi, recebia instruções para mobilizar tropas destinadas a apoiar o Camboja, que se preparava para se rebelar contra o ocupante vietnamita e pedira ajuda a Banguecoque. Organizava-se grande expedição militar e fora investido como seu comandante o temível Chao Phraya Bodindecha, que anos antes (1828) fora investido de plenos poderes para reduzir a pó as veleidades independentistas de Lan Chang, ou seja, do actual Laos. Nessa terrível guerra, a hegemonia siamesa fora conseguida pelo poder de fogo do corpo móvel de artilharia constituído por peças que Wellington utilizara em Waterloo e que, após o colapso de Napoleão, haviam sido enviadas para a Ásia e vendidas aos siameses como favor pelo apoio que o Sião dera aos britânicos na primeira guerra anglo-birmanesa (1824-26).

Tonburi, hoje cidade-satélite de Banguecoque, situada na outra margem do rio Chao Phraia - como o é Almada para Lisboa - fora por alguns anos capital do Sião após a queda de Ayutthaya e aí residia uma numerosa comunidade luso-descendente em torno da sua igreja. Os católicos portugueses eram, no quadro do regime social que vigorava no Sião, algo equivalente aos servos russos do século XIX. Mas estes servos eram considerados homens livres, exigindo-se-lhes apenas que pagassem corveia de trabalho anual obrigatório ao Rei em troca de protecção. No Sião, havia duas categorias de homens livres: os Phrai Som, que tinham por senhores príncipes ou nobres semi-hereditários, e os Phrai Luang, que eram servidores do Rei. Na categoria de Phrai Luang havia uma elite, dispensada de trabalhos pesados na construção de templos e palácios, abertura de canais, pavimentação e preparação de muralhas. Este grupo de Phrai Luang - os Phrai Suay - eram artífices, engenheiros, artistas, médicos e boticários, ou especialistas na produção de pólvora, o alimento dos numerosos conflitos militares em que o Sião se encontrava envolvido: a oeste com a Birmânia, no sul com os sultanatos malaios e no leste com o arqui-inimigo vietnamita.

Os cálculos demográficos a que temos procedido parecem coincidir, com uma ou outra flutuação, com os quantitativos opinados pelas missões diplomáticas britânicas e norte-americanas que tocaram o Sião nas década de 20 e 30 de Oitocentos. Em Tonburi, o número de luso-descendentes ascenderia a 600-700 pessoas, pois o efectivo militar que lhe corresponde (250 homens) parece cobrir o universo masculino de uma população integrada num regime social que era decalcado do modelo militar. Com exclusão dos idosos - a esperança de vida andaria então pelos 40 anos de idade - e das crianças, haveria cerca de 280 homens entre os 16 e os 35 anos aptos para prestar serviço militar em situação de guerra.

Recentemente acedi a um censo populacional datado de 1854. Em Tonburi, a quadrícula militar registava 256 artilheiros. Estes artilheiros tinham por função guarnecer as baterias de artilharia incumbidas de flagelar embarcações inimigas que subissem o rio. No lado oposto, na margem de Banguecoque, outras baterias permitiam varejar em fogo cruzado qualquer navio inimigo. Era, como se dizia na gíria militar do tempo, o feu d'enfer. Mais uma prova, pois, da importância que os protuket detinham no exército siamês.

MCB




DEUS - PÁTRIA - REI

terça-feira, 5 de junho de 2018

Comemorar Portugal no Casino de Tróia


O Casino de Tróia, a Real Associação de Lisboa e a Academia de Letras e Artes de Portugal, têm a honra de convidar para a cerimónia de inauguração da exposição do pintor Luís Athouguia e para o serão de Portugalidade, que vai decorrer no próximo dia 9 de Junho, a partir das 21h30, no Casino de Tróia (será servido um beberete).

Este evento que, para além da inauguração da exposição de pintura, integrará ainda uma declamação encenada da “Mensagem” de Fernando Pessoa pela actriz Susana Vitorino e uma noite de fados pela fadista Mariana Oliveira (Casa de Papel), tem como objectivo comemorar a antemanhã do Dia de Portugal, recuperando princípios e valores essenciais para o reforço da Identidade Nacional, assentes de forma estruturante nos fundamentos monárquicos da nossa nação.

Sendo a entrada livre para todos os simpatizantes da Real Associação de Lisboa, apelamos desde já à participação activa de todos, na expectativa de que desta iniciativa resulte um efectivo reforço da nossa mensagem junto de todos os Portugueses.

Para mais esclarecimentos contacte-nos através do endereço secretariado@reallisboa.pt, pelo telefone 213 428 115 ou presencialmente na nossa sede nos horários habituais.

Informações Casino de Tróia: rp@casinotroia.pt ou pelo telefone 265 101 500