terça-feira, 30 de julho de 2019

sábado, 27 de julho de 2019

OS FOGOS …

        


 “Tanto é ladrão o que rouba a vinha, como o que fica a ver”
                                                                  Provérbio popular

            Vou escrever o artigo mais curto da minha lavra, até hoje. Podia até ser apenas isto: o que se escreve a 90% sobre os fogos em Portugal são apenas lucubrações mentais mentirosas e, ou, acessórias.
            Mas tenho que acrescentar algo mais.          
            O país continua a arder – nomeadamente nos locais onde já ardeu – e assim continuará, enquanto não se puser o dedo nas razões porque arde. Ora estas podem-se resumir a duas causas principais: naturais (diria menos de 1%) e humanas (as restantes). Esta última (causas humanas) pode ainda subdividir-se em três, a saber: por desleixo/imprevidência; por acção de tarados e “doentinhos”, que sentem prazer patológico em ver arder, e por intenção dolosa, isto é, criminosa.
            Não sei, nem é possível saber em concreto, a percentagem de umas e outras.
            Sei apenas – como qualquer cidadão mesmo sem escolaridade obrigatória – que para haver fogo são precisas três coisas em simultâneo: combustível, comburente e uma ignição.
            Em simultâneo.
            Isto é o fogo não nasce por geração espontânea.
            Neste momento percorrem as pantalhas da televisão imagens de artefactos supostamente usados na deflagração propositada de incêndios. São numerosas as vezes que tal já ocorreu.
            Há dezenas de pessoas presas todos os anos, que depois não se sabe o que lhes acontece sendo que a maioria é posta em liberdade sem mais aquelas.
            Ora não se resolverá jamais o problema desta desgraça dos fogos florestais que, lembra-se, não tem paralelo em qualquer outro país, senão se fizer duas de duas coisas, a saber: castigar a sério os autores de fogos por descuido ou irresponsabilidade e, “enforcar in situ”, aqueles apanhados em flagrante delito, o que seria acompanhado de investigação da possível “mão que os arma” o que está seguramente ligado a vários “negócios” que de algum modo possam prosperar, directa ou indirectamente, com os fogos.
            Enquanto não houver coragem para se fazer isto a tragédia continuará. Esta tragédia deve ser encarada como um problema de Segurança Nacional e os criminosos equiparados a terroristas.
            Mas não, ainda não vai ser desta.
            Quando a coisa amainar os adiantados mentais de serviço, lá vão voltar às velhas desculpas, a saber: as alterações climáticas; as populações que não limpam os terrenos à volta das casas; o reordenamento da floresta, a prevenção, blá, blá, blá…
            A que se segue a conclusão costumeira de que se vai envidar esforços (para o ano) na prevenção e no reforço de meios.
            Sem nunca se atacar o essencial. [1]
            Até quando é que vamos todos andar a fazer de estúpidos e a aturar este estado de coisas?




                                            João José Brandão Ferreira
                                           Oficial Piloto Aviador (Ref.)



[1] Lembram-se por acaso de uma reportagem passada num canal de televisão onde se descreveu e mostraram imagens assaz importantes de como se organizou a destruição do Pinhal de Leiria há dois anos atrás? Aconteceu alguma coisa?

Fonte: O Adamastor

DEUS - PÁTRIA - REI


quinta-feira, 25 de julho de 2019

Contra quantos querem pôr portugueses contra portugueses

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Contra quantos querem pôr portugueses contra portugueses, contra quantos querem semear nesta terra a erva daninha da divisão e do ódio, contra aqueles que pela direita importam da Europa o racismo e os que pela esquerda querem impor-nos um anti-racismo racista, supremacista, feito na América e sem relação com Portugal, o nosso valente soldado Aliu Camará continua a ser exemplo e fonte de esperança. Eis aqui quem é a prova em carne de que não têm razão nenhuns dos racistas, da esquerda do SOS Racismo ou da direita "identitária". Eis aqui um português que o é orgulhosa e completamente, e que pela fidelidade a esta pátria pagou o preço que Mamadou Bá julga que um homem negro não pode pagar sem trair a sua pele, e que os racistas que lhe negam a portugalidade não pagaram e jamais pagariam. Com os dois tipos de extremistas a tomar conta do debate por eles criado e só por eles desejado, impõe-se - é verdadeira urgência nacional - que fujamos dos tribalismos a que ambos pretendem reduzir-nos. Não falemos em brancos e negros; falemos em portugueses. Não caiamos na armadilha - que é a mesma e quer, no fundo, o mesmo - de fazer identidades raciais onde só pode existir a nossa identidade de portugueses cidadãos e servidores de Portugal. A identidade portuguesa transcende largamente a gaiola primária da cor da pele - e tem sido essa a sua força escondida ao longo dos séculos e a razão verdadeira da nossa grandeza. Não, do que precisamos é de encontro e união sob a única bandeira que nos representa. Essa bandeira não é a da raça, da religião, da tribo ou do sexo. É a de Portugal. Essa ideia simples é o que oferece razão de ser à Nova Portugalidade, e aquela por que continuaremos a bater-nos enquanto tivermos sangue nas veias.

 Nova Portugalidade


Há 880 anos D. Afonso Henriques derrotou cinco reis mouros da Península, na Batalha de Ourique

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A batalha de Ourique, ocorrida em 1139, reveste-se da maior importância para a independência e afirmação de Portugal como nação independente. Ela determina não o momento de afirmação da independência, mas o momento da justificação divina para a existência de um país independente, reconhecido pelo próprio Deus dos cristãos.
A batalha está envolvida em mistério, havendo mesmo quem afirme que efectivamente nunca ocorreu, pelo menos da forma como se julga.

A batalha ocorreu a 25 de Julho de 1139, num local que as fontes denominam de Ourique (Aulic, Oric, Ouric), que na altura estaria no território controlado pelos muçulmanos. Na batalha, D. Afonso Henriques terá defrontado os exércitos de cinco taifas, ou reinos muçulmanos, vindos de Sevilha, Badajoz, Elvas, Beja e Évora. A batalha terá ocorrido durante uma das muitas «correrias» que tinham lugar naquele tempo durante a Primavera e o Verão, durante as quais se aproveitava para atacar os muito divididos reinos muçulmanos da península.

Segundo a lenda - que viria a condicionar a História - as forças muçulmanas eram claramente superiores às forças portuguesas e a certeza da derrota tinha-se apoderado do pequeno exército comandado por D. Afonso Henriques.
O futuro rei, terá tido uma visão na véspera da esperada batalha, em que um eremita e depois o próprio Jesus Cristo terá aparecido e profetizado que D. Afonso Henriques sob o sinal da cruz, seria Rei, e que o seu reino se expandiria pelos lugares mais estranhos e recônditos do mundo, para espalhar a fé cristã e a palavra de Cristo.



A batalha foi ganha pelas forças portuguesas, e é a partir de aí, que embora não reconhecido, D. Afonso Henriques se proclama «Rex», e já não «Princeps».

A batalha de Ourique, tenha ou não ocorrido conforme as lendas e tradições indicam, tem no entanto a maior importância histórica porque ela marca o início de uma lenda que suporta e justifica mais tarde o direito de D. Afonso Henriques a declarar-se Rei de Portugal, garantindo assim definitivamente a separação de Portugal do Reino de Leão.

«IN HOC SIGNO VINCES»
A importância da batalha, ficou marcada ainda pela referência à frase que Cristo terá proferido perante Constantino o Imperador de Roma e que é comum em várias culturas europeias em que Cristo promete a vitória àqueles que defenderem a Cruz: IN HOC SIGNO VINCES», ou Com este sinal vencerás.

Por causa dessa referência, as armas e escudo armorial de Portugal, mantêm desde então e até hoje, cinco escudetes posicionados em forma de cruz, representando cada um dos cinco reinos derrotados na batalha. Sobre esses cinco escudetes, estão inscritos besantes em número variável (inicialmente onze em cada escudete), que significavam, que por direito divino D. Afonso Henriques era Rei, e que por isso tinha direito a cunhar a sua própria moeda.

Moeda D. Afonso Henriques (1128-1185)

Posteriormente, foi estabelecido o número de cinco besantes (em vez de onze) sobre cada um dos escudetes, passando a contar-se segundo a tradição duas vezes os besantes do escudete central, totalizando assim o número de trinta, que significará as trinta moedas pelas quais Judas vendeu Cristo. Essa simbologia foi continuamente mantida durante os quase novecentos anos de existência do país.

Extremamente importante do ponto de vista histórico, a batalha não tem porém qualquer relevância do ponto de vista militar, porque não há qualquer referência a que tenha alterado nenhum equilíbrio estratégico na região.

Dom Duarte Pio: “A meia dúzia de pessoas que são contra as touradas, também são contra a família, são contra a cultura portuguesa(…)”



Aparte da apresentação das comemorações do centenário de Amália Rodrigues, Dom Duarte Pio falou ao Infocul sobre a polémica cada vez mais acentuada para com a tauromaquia, uma tradição secular que provém dos tempos da monarquia.
Para Dom Duarte Pio, “há por um lado um certo desprezo para com a cultura tauromáquica e esse desprezo manifesta-se de várias maneiras. A meia dúzia de pessoas que são contra as touradas, também são contra a família, são contra a cultura portuguesa, são contra o facto de haver uma tradição em Portugal. Claro que há pessoas, que eu compreendo, que por motivos afectivos, sentimentais, ficam chocados com alguns aspectos da tourada, compreendo e respeito esses sentimentos. Por outro lado há outros aspectos também muito chocantes, como a criação de galinhas em cativeiro, criação de porcos para a abate… Se formos a ver há imensos aspectos da nossa vida que são um bocado chocantes, dentro desses a tourada talvez é a menos chocante, porque é aquela onde se trata o animal com alguma dignidade”.
O Chefe da Casa Real Portuguesa confidenciou-nos ainda que marcará presença na Tourada Real a 26 de Julho em Salvaterra de Magos.
A corrida organizada por Rafael Vilhais Empresa conta com Ana Batista, Diego Ventura e Francisco Palha frente a touros Alves Inácio, que serão pegados pelos forcados amadores de Vila Franca de Xira e Alcochete.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Origem dos Guardas Florestais

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Foi nos bons tempos da Monarquia Portuguesa que surgiram os elementos dedicados à conservação do Pinhal do Rei e das florestas portuguesas. Inicialmente, tratavam-se de simples couteiros que com o passar do tempo viram as suas funções ampliadas, atingindo, em 1605, o número de 24.

Mas foi no reinado do bom Rei João VI de Portugal, cognominado ‘O Clemente’, que efectivamente foi criada a carreira de guarda-florestal, integrada no quadro da Administração Geral das Matas, e foi em 1856, no reinado do Bem-Amado e pragmático El-Rei Dom Pedro V, que começaram a usar o uniforme específico que duraria até 1905, data da sua substituição por novo fardamento.


De entre as funções dos guardas-florestais destacavam-se: evitar incêndios criminosos, deter pirómanos, observar as florestas para evitar incêndios ou a sua progressão, zelar pela não realização de queimadas, fiscalização do abate autorizado e da madeira que saía da mata, medições de lenhas e madeiras, assim como proceder a sementeiras das espécies arvoráceas, arbustivas, herbáceas e graminosas autóctones, limpezas, autos de marca e, tal-qualmente, algum trabalho administrativo.

Miguel Villas-Boas

Um Rei Não Toma Partido


A Monarquia não é uma ideologia, os partidos são ideológicos!
O Rei não toma partido, não é de nenhum partido! ‘Partido é uma parte, sê inteiro’, escreveu Agostinho da Silva; ora inteiro só um Rei, pois um monarca não tem partido nem toma partido, pois é supra-partidário. Assim, o único partido do Rei é o interesse nacional. O Rei é português por inteiro.
Por muito marcante que, por vezes, possam ser a personalidade e carácter de um presidente, existe uma falha original na chefatura de estado republicana, que melhor não podia ser descrita do que como fez Ramalho Ortigão:
‘Um Rei é Presidente de todos os cidadãos. Um Presidente é apenas o Rei dos seus correligionários’.
Assim só um Rei será o “defensor do equilíbrio da Nação”, como foi estatuído nas Cortes de 1211.
Miguel Villas-Boas 

DEUS - PÁTRIA - REI

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Municipalismo Na Monarquia

DEUS - PÁTRIA - REI: Municipalismo Na Monarquia: Foi com El-Rei Dom Afonso III de Portugal, nas Cortes de Leiria de 1254, que as liberdades municipais passaram a ser uma regra essencia...

domingo, 21 de julho de 2019

Demagogos, mentirosos e inimigos da ciência

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Li há tempos uma obra que me passara despercebida e cuja capa acima reproduzimos. Le Terrorisme Intellectuel, de Jean Sévillia, é mais do que uma história da cultura francesa contemporânea e suas polémicas: trata-se de original abordagem aos mecanismos de fabricação de um certo tipo de verdade imposta sem debate, à mistura com intimidação, amálgama e sufocação do normal processo de discussão que, juntas, permitem a ciência. 


Sévillia desmonta esta engrenagem nascida no imediato pós-guerra. Ao prestígio reclamado pelos comunistas - a tão propalada superioridade moral - foi-se edificando uma teia de lugares-comuns inquestionáveis, umas quantas crenças indiscutíveis, uns adornos pseudo-científicos que concorreram para que a percepção dos acontecimentos coroasse o discurso comunista.

Assim, os intelectuais impuseram até meados dos anos 50 um acrisolado culto por Estaline, tão intenso como cego ao ponto de inverter todos os dados de sensibilidade, rasurar todas as consabidas práticas do tirano e permitir fazer crer aos pacatos leitores de jornais que as causas da paz, da fraternidade entre os povos e da liberdade se encontravam para lá da Cortina de Ferro. Nessas piedosas patranhas acreditaram quase todos. O odioso ficou para os anti-comunistas, tidos como lacaios do americanismo "fascista", do imperialismo" e do belicismo.

Depois, assentaram armas contra o odioso "colonialismo". A esquerda francesa, incluindo o PCF, que sempre havia defendido o império colonial, receberam instruções do Kominform para desencadear a mais que questionável tese dos "ventos da História". Tratava-se, naturalmente, de abrir o campo à acção soviética e carrregar a má-consciência dos europeus, minando-lhes a capacidade de reagir e obrigando-os a reconhecer a inevitabilidade da descolonização. Sévillia desenvolve com particular argúcia esta questão, porquanto desmonta uma a uma as teses da sociologia e historiografia marxistas. Como os estudos mais recentes permitem demonstrar (vide Jacques Marseille, L' Empire Colonial et Capitalisme Français), as colónias jamais enriqueceram os colonizadores; antes pelo contrário, foram um peso acrescido e um freio ao crescimento económico metropolitano, um factor de conflitualidade entre as potências coloniais e um cadinho de problemas políticos internos em cada Estado colonizador. 

Mas aos comunistas interessava diabolizar, imobilizar pelo remorso, desconjuntar as forças anímicas de políticos, militares e administradores coloniais. Quando partiam para a Indochina e a Argélia, os jovens franceses já não tinham ao seu lado e atrás de si o incentivo da nação. Não, partiam como vulgares criminosos e opressores dos povos colonizados. Era o tempo que em Ho Chi Mihn se reverenciava como um sábio confuciano, em que Ben Bella reproduzia os românticos guerrilheiros da literatura oitocentista e em que Lumumba, era exibido como "mártir".

Com a descolonização executada, a desonestidade voltou-se para outras empolgantes causas: o multi-culturalismo, o proibido proibir, o ecolo-regressismo, o fim do estado-nação, etc, etc. 

Pese a expressão destas fortes correntes, verdade é que lhes falta, a todas, matéria académica credível. Estas opiniões, contudo, ganharam tamanha respeitabilidade que discuti-las acarreta o desprezo da auto-constituída "comunidade de razão", aquela que domina a "inteligência estúpida" do jornalismo, dos "fazedores de opinião" e demais pequenos intelectuais divulgadores. 

MCB


DEUS - PÁTRIA - REI


sábado, 20 de julho de 2019

ESSENCIAL LER:

Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.


O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.

Sem muita cerimónia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

Respondeu o jovem:
- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? Disse o senhor.

E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?

- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação,
falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.

O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
 
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo sentindo-se a pior pessoa do mundo.

No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur
Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional
da França. 

E, um pouco mais abaixo da frase, estava escrito em letras gótica e negrito:

*"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".*
 
Fato verídico ocorrido em 1892, integrante da biografia de Louis Pasteur...

DEUS - PÁTRIA - REI

terça-feira, 16 de julho de 2019

A CP e a Festa dos Tabuleiros

Já alguém fez contas a quanto as Finanças deixariam de arrecadar em impostos nos combustíveis se a maior parte dos portugueses deixasse o carro para andar encaixotada nos transportes públicos?

“O mundo conduz-se por mentiras.
Quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo,
cuidará de mentir delirantemente.
Fá-lo-á com tanto mais êxito, quanto a si
próprio mais mentir e se compenetrar da
verdade da mentira que criou.”
Fernando Pessoa
Como é do conhecimento geral esta festa – uma das mais importantes, pelo que representa, no nosso país – leva à cidade de Tomar centenas de milhares de visitantes, sobretudo no seu dia mais importante: o da Procissão dos Tabuleiros.
Avisado das dificuldades em entrar e circular de carro na cidade decidi, amparado no desconto de 50% no preço do bilhete (isto da “terceira idade” também tem as suas vantagens…) ir de comboio.
Bilhete comprado com antecedência, pois a demora nas bilheteiras assim o aconselha, e resolvido o problema de estacionar o carro junto a S. Apolónia – tarefa nada fácil por não haver nenhum parque digno desse nome junto a tão vetusta estação – lá consegui entrar no comboio regional que me levaria a Tomar em duas horas.
Não sem um pequeno percalço.
A composição (das 07H45) teria umas seis ou sete carruagens, mas só consegui entrar na terceira da frente por o mecanismo (botão) que abria as portas se recusar a funcionar em todas as carruagens da retaguarda. Diga-se que também não se pode passar interiormente de uma para a outra carruagem.
O resultado disto foi que o comboio saiu com as carruagens disponíveis completamente cheias e com muita gente em pé.
As carruagens, cuja idade ignoro, têm um aspecto “idoso” e pouco cuidado com assentos muito desconfortáveis, onde qualquer conceito ergonómico está ausente.
Na primeira paragem – a estação do Oriente – o comboio foi invadido por uma turba de gente (com muitos turistas), resultando ficar tipo “sardinha em lata”. E nunca mais deixaram de entrar pessoas até Tomar…
Aquelas acomodavam-se como podiam no meio de carros de bebé, “gaiolas” de cães, gente sentada no chão.
Era nítido o desconforto das pessoas idosas, e/ou alquebradas, o que fez com que lhes fossem cedidos alguns lugares, mas noutros casos também não…
O problema das portas abrirem só ficou resolvido por alturas de Vila Franca de Xira e até hoje não sei dizer se foi avaria ou feito de propósito.
Não há lugares marcados nos bilhetes e nunca apareceu um revisor. Dado que as paragens passassem a ser mais longas que o normal, o comboio chegou com cerca de 25 minutos de atraso.
A única coisa que felizmente funcionou, foi o ar condicionado.
O regresso a Lisboa foi idêntico, salvo o problema das portas e o atraso.
Não fiquei cliente da opção que fiz.
A gestão estatal dos transportes públicos tem-se mostrado, há mais de quatro décadas, ruinosa e incompetente. Foi agora notícia nos “média” que o Governo não aprova as contas da CP faz anos; o prejuízo acumulado é estimado em 2000 mil milhões de euros…
O que se passa na, e com a “Soflusa” é simplesmente escabroso, e fiquemos por aqui. A população tem-se mostrado mansa e tansa.
A responsabilidade maior tem a ver com as sucessivas administrações nomeadas pelos diferentes governos, nomeadamente de entre os “boys e girls” dos Partidos que os apoiam. Um forró que já bate de longe a bandalheira da Monarquia Liberal e sobretudo da I República.
A seguir temos que considerar as leis da greve e do trabalho que potenciam e exponenciam as injustiças e barbaridades, nas greves, nos contratos de trabalho, na desorganização e indisciplina laboral, baixas fraudulentas, abusos das horas extraordinárias, etc.
A falta de fiscalização adequada favorece o desregramento financeiro e a corrupção, já de si facilitada pelo decaimento da educação moral, religiosa e ética da população, por via do descalabro das relações familiares, do funcionamento da Escola e do desregramento da comunicação social.
No caso do transporte ferroviário a má prestação do serviço ainda tem uma agravante de peso: este sector fundamental dos transportes (e da economia) deixou de ter qualquer prioridade – o que só deve ter sido ultrapassado pela quase liquidação da Marinha Mercante – nos últimos 40 anos em favor das auto – estradas e dos camiões ”TIR”. Um erro estratégico de monta.
Parece que agora se estão a dar conta disso. Pois é, mas agora a dívida é que lidera as coisas…
Seja como for podíamos tentar minorar os problemas. Ocorre-me dizer que sendo difícil reservar os lugares neste tipo de composição dado o número de paragens que efectua, talvez se pudesse tentar não vender mais bilhetes do que lugares disponíveis e já que se sabe com uma antecedência de quatro anos que vai haver festa dos tabuleiros – uma coisa que até hoje em dia a Igreja aceita participar depois de ter tentado solapar, no século XVI, os fundamentos que a sustentam – talvez se pudesse programar uns quantos comboios extra. Partindo do princípio, é claro, que existe material circulante suficiente (e operacional) e gente disponível, para tal. O que, a acreditar nas notícias que há algum tempo a esta parte começaram a transbordar, não existe.
Lamentavelmente não podemos, assim, aceder aos apelos lancinantes cheios de argumentos e apelos sociais, financeiros, de cidadania e sobretudo ecológicos, que as mais diferentes personalidades, governantes, autarcas, comentadores, forças partidárias, nos fazem com uma frequência inusitada, para deixarmos o carro na garagem (ou mais propriamente na rua) e utilizarmos os transportes públicos, de resto um cancro mal cheiroso da Sociedade e do Estado Português.
Uma última questão: já alguma vez se fizeram contas de quanto é que o Ministério das Finanças deixava de arrecadar em impostos, cobrados leoninamente nos combustíveis, se a maior parte dos portugueses deixasse o carro para andar encaixotado nos transportes públicos?
Oficial Piloto Aviador (Ref.)
DEUS - PÁTRIA - REI

segunda-feira, 15 de julho de 2019

230 anos da Revolução Francesa

DEUS - PÁTRIA - REI: 230 anos da Revolução Francesa: Foi extraordinário aparecer este monstro; mas ainda foi mais extraordinário achar tantos sequazes esta infame doutrina. O mal não se at...

domingo, 14 de julho de 2019

Portugal católico, património da humanidade

Basílica, Convento e Palácio de Mafra, Bom Jesus do Monte. O Cristianismo está na matriz e na essência da cultura portuguesa. Negá-lo, seria negar a nossa história e identidade nacional.

No passado dia 7 de Julho, a Basílica, Convento e Palácio Nacional de Mafra e o Bom Jesus do Monte, em Braga, passaram a fazer parte do património cultural mundial, por decisão tomada em Baku, no Azerbaijão da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
É muito de saudar que mais dois monumentos nacionais tenham sido – a par, entre outros, dos mosteiros de Alcobaça, da Batalha e dos Jerónimos e do convento de Cristo, em Tomar – reconhecidos como expoentes máximos, não apenas da cultura nacional, mas mundial. É particularmente significativo que estes dois monumentos nacionais, agora incluídos no património mundial, sejam essencialmente religiosos: Mafra é, sobretudo, uma basílica e um convento, para além de palácio nacional; e o Bom Jesus é um conjunto arquitectónico constituído por uma basílica e várias capelas.
Segundo Paulo Pereira, professor da FAUL e historiador de arte, o Bom Jesus é “o maior e mais monumental sacro-monte do mundo; e é também um exemplo, o último de uma ‘espécie’ que se extinguiu” (Público, 8-7-2019). Já Manoel António Vieira, na sua Descripção do Prodigioso Augusto Santuário do Bom Jesus do Monte da Cidade de Braga, o equiparara às sete maravilhas do mundo.
Se, para Paulo Pereira, o Bom Jesus é “o maior e mais monumental sacro-monte do mundo”, o Real Edifício de Mafra – que compreende a basílica, o convento e o palácio – é “uma das maiores superfícies cobertas pré-modernas da Península Ibérica!” Com efeito, até excede o monumental palácio e convento de El Escorial, em Espanha, cujas enormes dimensões ficam, contudo, aquém da gigantesca construção planeada e edificada por João Frederico Ludovice, ao serviço de el-Rei D. João V. Ludovice foi, como muito acertadamente se escreveu no mais recente e documentado estudo sobre a sua vida e obra, a mão direita do Magnânimo (Leopoldo Frederico de Drummond Ludovice, A mão direita de D. João VJoão Federico LudoviciO arquiteto mor do reino, Edição do Autor, Lisboa 2019).
Como Leopoldo de Drummond Ludovice demonstra, a obra do seu ilustre antepassado, João Frederico Ludovice, é profundamente teológica. A sua arquitectura, na transição para o iluminismo laico é, por definição, uma aplicação da teologia católica, plasmada nas pedras que, segundo a mente do Magnânimo e o risco da sua ‘mão direita’, deveriam ser um perene testemunho da fé do fidelíssimo monarca. Recorde-se, a propósito, que o barroco nasce como resposta católica à heresia luterana e, por isso, esse estilo não pode ser dissociado da contrarreforma, nem da doutrina do Concílio de Trento.
Neste sentido – escreve-se no preâmbulo dessa obra – o convento palácio de Mafra inscreve-se na tradição das grandes catedrais góticas, cuja grandiosidade servia, certamente, um propósito de engrandecimento pátrio, mas também um intuito devocional. A monumentalidade destas empresas deve ser, portanto, lida e interpretada à luz da pneumatologia católica, porventura no esteio das profecias de um novo messianismo, também intimamente relacionado com o mito do quinto império, tão do agrado dos heraldos da presença lusitana em terras de aquém e além-mar. Sobre este particular, é relevante a tradicional devoção ao Espírito Santo, particularmente incentivada nas ilhas do arquipélago açoriano, também relacionada com as principais obras arquitectónicas de Ludovice.”
Se este desígnio transcendente inspirou algumas das magnas construções que se ficaram a dever ao risco de João Frederico Ludovice, também influenciou as suas construções civis, como o seu palácio em São Pedro de Alcântara, ou a sua quinta de Alfarrobeira, na freguesia lisboeta de Benfica. Com muito acertada intuição, Leopoldo de Drummond Ludovice descobriu na traça desses edifícios sinais que permitem concluir, com bastante probabilidade, uma mística afinidade com a sempre presente devoção ao Espírito Santo.
Se o Bom Jesus do Monte é uma obra tipicamente portuguesa, o mesmo já não se pode dizer do Real Edifício de Mafra, porque o seu arquitecto nasceu alemão e, só depois de uma estadia em Itália, passou a Portugal, onde foi o principal arquitecto de D. João V. Nestes tempos de construção do ideal europeu, em que as barreiras fronteiriças tendem a transformar-se em pontes de intercâmbio cultural, quem melhor do que Johan Friedrich Ludwig, aliás Giovanni Federico Ludovici, ou ainda João Frederico Ludovice, para dar nome a este ideal?! Seria bom que a Comunidade europeia, atenta a este exemplo de excepção, promovesse o conhecimento da sua personalidade e obra, na medida em que antecipou e realizou, de forma excelente, o que de melhor se fez na Europa. Não seria, porventura, o seu nome, uma excelente denominação para um prémio que galardoasse a melhor obra de um arquitecto europeu noutro país da comunidade europeia?!
Talvez alguém possa pensar que houve, na escolha destes dois monumentos nacionais, pouco respeito pela laicidade do Estado: com efeito, foram premiadas duas basílicas, ambas católicas! Até é de estranhar que uma organização internacional, como a UNESCO, em geral tão avessa à Igreja, tenha seleccionado dois templos construídos expressamente para o culto cristão. Teria sido mais politicamente correcta uma decisão que beneficiasse também grandes monumentos laicos nacionais … se os houvesse. De facto, a julgar pelo ridículo repuxo que, no cimo do parque Eduardo VII, celebra o 25 de Abril, não os há, talvez com a excepção de alguns castelos e da emblemática Torre de Belém, já declarada pela UNESCO, em 1983, património mundial. A verdade, porém, é que mesmo este monumento, essencialmente militar, de laico tem pouco.
Com efeito, o Castelo de São Vicente a par de Belém – assim foi a Torre de Belém oficialmente designada por D. Manuel I, em 1521 – conta com capela; imagens de Nossa Senhora no terraço do baluarte e num nicho exterior; de São Vicente, padroeiro de Lisboa; e de São Miguel arcanjo, também identificado como o anjo da guarda de Portugal; para além das inúmeras ameias, em forma de escudo, com a Cruz de Cristo (José Manuel Garcia, A magnífica Torre de Belém, Edição Verso da História, Vila do Conde 2014). Portugal católico, no seu melhor.
A conclusão é óbvia: o Cristianismo está na matriz e na essência da cultura portuguesa e, negá-lo, seria negar a nossa história e identidade nacional. Quer isto dizer que, se se destruíssem todos os edifícios religiosos, se se retirassem das bibliotecas nacionais todas as obras de inspiração cristã, se se banissem todas as esculturas e pinturas religiosas dos nossos museus, Portugal não seria muito diferente, culturalmente, do Sáara. Com algumas excepções, como as medonhas, embora excelentemente executadas, pinturas de Paula Rego; ou as obras da colecção Berardo que, graças a Deus, não são confessionais, nem portuguesas.
DEUS - PÁTRIA - REI

sábado, 13 de julho de 2019

A GUERRA CIVIL LARVAR E PERMANENTE EM QUE VIVEMOS

          “O tempora! O mores!
                                        “Ó tempos! Ó costumes!”
                                           Exclamação de Cícero
                        (Contra a depravação dos seus contemporâneos)

                O problema fundamental que temos é um problema Moral. Já o escrevemos várias vezes, mas não é demais repeti-lo.
                O problema moral origina um problema político, que resulta num problema financeiro que desemboca num problema económico e todos resultam num problema social.
                Atacando efeitos e não causas ou não entendendo a hierarquia dos problemas, apenas se baralha tudo cada vez mais e não se resolve nada.
                É no que estamos.
                O problema fundamental são as pessoas e a sua natureza (humana) – vejam até como no mundo animal e vegetal, tudo corre “normalmente” baseado no equilíbrio natural, cujo problema disruptor maior é, justamente, o ser humano…
                Porém os animais e as plantas, para já não falar nas rochas e minerais, não têm um cérebro nem sentimentos, que se possam assemelhar ao ser humano.
               Nos humanos convive o Bem e o Mal, sendo capazes tanto de actos de santidade como das piores atrocidades.
                Na mente humana convivem grandes ideias e verdadeiros disparates e a maioria passa por cá sem se lhe conhecer uma ideia. E mil minudências de permeio.
                E, ao contrário da procura da simplicidade, tudo se torna cada vez mais complexo e emaranhado correndo a informação e desinformação a níveis frenéticos que deixam pouca margem para pensar e reflectir!
                A Moral e a Ética nunca foram muito do agrado da natureza humana e pioram catastroficamente com a falta de exemplo, que vem sempre de cima – quanto mais não seja por efeito da gravidade…
                Nem as diferentes religiões, que estudaram e se adaptaram particularmente, à natureza humana que, supostamente é feita à imagem e semelhança de Deus - o que à partida representa uma contradição algo insolúvel dado que por definição Deus é perfeito, é bom, é amor, etc., e o género humano estar tão longe disto, como as galinhas terem dentes – dizia, a conseguiram domar ou meter em carris.
                E desde que inventaram o “Relativismo Moral” as coisas tornaram-se ainda mais complicadas. A Política, a Sociedade, a Família está cada vez mais atomizada. Tudo é centrífugo, nada é centrípeto.
                Ora nestes termos não é possível manter nada de pé, nem países, nem empresas, instituições, religiões, família. Desta anarquia resultará cada um ser cidadão do mundo; a sua individualidade considerada acima de tudo; ser “Deus” de si mesmo, resultando que a Humanidade será apenas uma. Mas será una? E será verosímil?
                Quem governará toda esta mole humana?
                Talvez quem esteja a empurrar as coisas nestes termos…
                Eis um bom tema para reflexão, para quem quiser e souber.
                Entretanto (e limitemo-nos a Portugal) a “guerra civil” e a maldição moral continuam.
                Implantou-se um regime político na forma republicana – ou seja uma fórmula potencialmente anárquica e abandalhada – não por acaso as residências dos estudantes em Coimbra são denominadas de “Repúblicas”…
                Sem embargo funcionam bem melhor que a dita cuja oficial - solapada por um conjunto de partidos – cuja designação é bem o espelho do que representam – em que se oficializou uma ditadura partidocrática, que impuseram uma carga fiscal opressora das famílias e empresas e uma dívida de escravatura à Nação; alienam constantemente, a soberania e o património material dos portugueses; mentem sobre a sua História; andam a destruir a matriz cultural, através da importação massiva de emigrantes e pela criminosa facilitação na atribuição da nacionalidade; acabaram com a moeda nacional (coisa que nem o Filipe I, se atreveu); reduziram as Forças Armadas a uma quase ficção; elevaram as “garantias dos direitos individuais” a tal ponto que paralisaram e viciaram o exercício da Justiça; transformaram a diplomacia num mero exercício de relações internacionais, em detrimento da defesa dos interesses estratégicos permanentes portugueses; transformaram o ensino numa manta de retalhos inadjectivável, que mal prepara a juventude para a vida, em todos os campos em que toca, etc..
              Destruíram ainda, grande parte do tecido produtivo português, em troca dos fundos comunitários de coesão, dos quais nunca se apresentaram contas, nem se apuraram responsabilidades.
                É certo que não se prende ninguém (até ver) por afirmar coisas, mas daí até haver oportunidades para o fazer vai alguma distância; a censura continua a existir a todos os níveis, só não tem um carácter oficial e ninguém admite que a faz. Sendo que, a tentativa de condicionar o pensamento, é uma realidade permanente.
                Como pano de fundo de tudo isto, temos uma Constituição da dita República, anacrónica, prolixa, mal escrita, irrealista e desajustada da realidade nacional.
                Que impôs um “sistema” semi - presidencialista, que não é carne nem é peixe, com um predomínio idiota e antinatural dos “Direitos” relativamente aos “Deveres”; uma organização desequilibrada do trabalho onde predomina uma relevância nefasta das organizações sindicais, donde resulta estar cerca de metade do funcionalismo público permanentemente de baixa ou em greve; uma permissividade irresponsável que, não poucas vezes, imobiliza sectores cruciais do país pondo em causa a própria economia e segurança nacionais; potencia um conflito constante nas empresas privadas oscilando o braço de ferro entre a ditadura dos sindicatos ou o capitalismo selvagem, e os órgãos de concertação social, raramente concertam seja o que for.
              No fundo uma verdadeira guerra civil, sem tiros (até ver) …
                Mas quase todo o mundo fica paralisado quando se ouve uma palavra mágica: Democracia!
                Esquecem-se é de dizer que a situação de “perda” em que nos encontramos foi conseguida, justamente, usando os tais “princípios ditos democráticos”!...
                Mas a questão Moral e Ética não originou apenas todo este descalabro, não. Fê-lo acompanhar de um cortejo de corrupção, nas suas vertentes moral, económica, financeira, de costumes, compadrio, nepotismo, etc., que passou a ser transversal ao país (e nenhuma instituição lhe está imune) com especial incidência nos organismos do Estado, nas Autarquias (que apenas são prolongamentos dos Partidos) e na Banca. Já nem falo do futebol…
                Por isso não passa um santo dia em que os jornais, as rádios e as televisões não relatem os casos mais incríveis neste âmbito, acompanhados por barbaridades várias (a asneira passou a ser livre) e imbecilidades muitas, pois uma verdadeira campanha de imbecilização caiu sobre todos nós - basta ouvir esta pergunta repetida à saciedade, “vem aí uma vaga de frio, (ou de calor), o que é que o senhor pensa fazer?”.
             Numa síntese que dói, bem pode dizer-se que o que se passou em Tancos, em Pedrógão Grande e à volta do Comendador Berardo ilustra bem o Estado em que estamos e a Sociedade que criámos.
              O problema fundamental não está entre “Esquerda” e Direita”, mas sim entre portugueses defensores da sua Nação e entre internacionalistas, globalistas ou defensores de ideologias estranhas à matriz cultural portuguesa; entre Patriotas e traidores, entre corruptos e sãos; entre viciados e limpos; entre competentes e coiros, entre degenerados e íntegros.
             O tal problema Moral e Ético (este sim civilizacional), que a actual Ministra da Cultura confundiu com as touradas.
                Perante tudo isto apetece fazer uma de três coisas: ir para a praia sempre que possível (leia-se também discutir futebol, novelas ou ir a um concerto rock); lutar contra o sistema ou eutanasiar-se.
                Em face do exposto não é difícil ao leitor e meu excelente concidadão acertar naquilo que a esmagadora maioria tem feito.
                É o que de resto, está mais conforme à natureza humana.


                                                                   João José Brandão Ferreira
                                                                  Oficial Piloto Aviador (Ref.)

DEUS - PÁTRIA - REI