sábado, 31 de outubro de 2020
Trump, um resistente
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
O maior legado do mundo para o Brasil
MCB
Não houve "aventura", mas racionalidade e método
Para lá da sempre evocada "aventura portuguesa" dos Descobrimentos, expressão com a qual não nos identificamos, há que concordar que nada naquele imparável movimento de expansão ultramarina foi obra do acaso, do improviso ou de lances individuais. Tratou-se de um plano, ou de uma sucessão de planos maduramente pensados, corrigidos e melhorados, com aturado conhecimento da geografia, dos regimes de ventos e marés, de observação, anotação e cartografação de linhas de costa, locais de fundeação e aguadas, conhecimento das riquezas locais de cada região, receptividade ou hostilidade dos povos, suas línguas e práticas comerciais. Depois de firmado o império, é notável seguir os actos governativos e da administração na sua diversidade de aspectos e necessidades. Nada, mas mesmo nada, terá sido fruto de uma arremetida impensada. Para cada região do Oriente, consoante as necessidades, foram criados estaleiros de reparação naval, ribeiras de construção de novas embarcações de tipologia adaptada às necessidades e tipos de carga, assim como pequenos estaleiros de reparação efémera destinadas a pequenas intervenções.
MCBPara saber mais: José Alberto Leitão Barata - Os Senhores da Navegação: o domínio português dos mares da Ásia por meados do século XVI. Cascais: Câmara Municipal, 2003.
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
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segunda-feira, 26 de outubro de 2020
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quinta-feira, 22 de outubro de 2020
As Outubradas Monárquicas
A 21 de Outubro de 1913 deu-se a Primeira Outubrada, a conspiração monárquica que ocorreu em diversas cidades portuguesas, e que, em Lisboa, foi liderada pelo heróico Almirante João de Azevedo Coutinho, coup que só foi contido porque o governo tinha um infiltrado entre os conspiradores.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
DEUS - PÁTRIA - REI: Trogloditas do Género
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domingo, 18 de outubro de 2020
A fraude da ideologia afrocentrista
Tem encontrado assinalável êxito entre nós as duas obras de François-Xavier Fauvelle recentemente traduzidas para o nosso idioma: O Atlas Histórico de África, publicado pela Guera e Paz em Julho passado, e, da mesma editora, A Ideologia Afrocentrista: à Conquista da História. Este segundo texto é de capital importância para desvelar a imensa fraude anti-científica que dá pelo nome de afrocentrismo, o qual pretende substituir o saber historiográfico pela ideologia. Dado o relevantíssimo conteúdo de A Ideologia Afrocentrista à Conquista da História, recomendamo-la como leitura prioritária para quantos ainda não terão compreendido que a "História" e a "memória" de que falam os "activistas", não só não é história, como uma anti-história. Sem documentos, sem provas materiais, sem campanhas arqueológicas e até sem testemunhos indirectos, passando sobre as cronologias e sobre quaisquer ciências auxiliares da História, dá-se por satisfeita pedindo à historiografia ocidental o ónus da prova, em vez de oferecer qualquer fundamento para as suas desvairadas teses.
Há décadas, pela mão de um improvisado historiador senegalês, Anta Diop, quis-se fazer crer que os egípcios antigos eram negros, que Sócrates era negro e que as pirâmides da América pré-colombiana teriam sido construídas por africanos ali chegados no século XIV. Não deixei passar a ocasião e escrevi a um amigo norte-americano, docente numa prestigiada universidade da Califórnia, que não só confirmou como alargou consideravelmente o leque de exemplos da campanha, hoje em curso, de africanização da história universal. A questão egípcia é importante, pois, aceitando uma certa tradição, velha de séculos, a civilização nilótica seria uma fonte matricial para o arranque da civilização no Egeu Oriental; logo, Creta e a Grécia seriam tributárias do Egipto. Ora, para além dos guerreiros da Núbia, que serviam nos exércitos dos faraós, só há registo de uma dinastia negra no alto Egipto: a dinastia Kush, de pouca duração e sem obra de vulto. O lóbi universitário afrocêntrico desenvolve uma campanha de crescente intimidação sobre a comunidade científica, teorizando e legislando ao arrepio da metodologia que valida o trabalho de investigação historiográfica.
Para essa corrente, fanatizada pelo preconceito ou espicaçada por motivos de natureza auto-terapêutica, toda a história mundial, codificada pelos europeus, esconde outra realidade. A génese das grandes civilizações dever-se-á ao protagonismo e engenho do homem negro: da Índia dos dravidianos aos "negritos" do sudeste-asiático, das civilizações pré-colombianas às mongólicas, todas teriam sido, primitivamente, tributárias da "civilização africana".
O fecho de abóbada desta tremenda mistificação incide, fatalmente, sobre uma das grandes figuras da Antiguidade. Cleópatra - mulher, satisfazendo o feminismo - seria, inevitavelmente negra, como negro teria sido Ramsés III. Se as elucubrações arianistas de finais do século XIX são hoje objecto do riso, o que dizer de uma historiografia feita sem arqueologia, sem decifração e hermenêutica ? Sabemos que pelas américas tudo é lícito: vende ou não vende, cumpre ou não cumpre a agenda dos grupos de pressão. Se não, não interessa.
MCB
François-Xavier Fauvelle - A Ideologia Afrocentrista - À Conquista da História. Lisboa: Guerra e Paz, 2020.
Preço: €14.50