domingo, 17 de fevereiro de 2013

D. DUARTE DE BRAGANÇA: O SIMBOLO VIVO DE UM PAÍS QUE TEIMA EM NÃO DESISTIR

 SAR D. Duarte de Bragança- nenhum obstáculo é grande demais (imagem retirada daqui)

Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael é o seu nome, extenso, como a História do País e da Família que se sentou no Trono de Portugal até 1910. Mas nem a Revolução do 5 de Outubro impediu os Braganças de continuarem teimosamente o seu papel histórico à revelia do que parecia ser o rumo da evolução.

A história provou que estavam certos, a Casa Real apesar de não reinar está bem fundeada na vida dos portugueses do País que representam como se de um um outro país numa outra realidade se tratasse. D. Duarte é uma verdadeira embaixada itinerante de Portugal no Mundo e um símbolo da tenacidade de um País que insiste em não desistir.

Poderiamos falar na teimosia de D. Afonso Henriques, da sabedoria de D. Duarte ou mesmo na grandeza de espirito de um D. Diniz ou de um D. João II, todos os adjectivos e cognomes que atribuimos aos Monarcas representam o espírito da época em que reinaram e o trabalho que deixaram a par da deferência que todo um povo lhes atribuia, mas dificilmente podemos atribuir uma frase que descreva a teimosia e perseverança que se apossou dos descendentes de D. Afonso I após a partida para o exílio.

D. Miguel partiria em 1834, para não mais voltar (assim pensavam os seus conterrâneos e assim deixaram escrito em Lei).D. Manuel II partiria para destino semelhante 76 anos depois e mais uma vez julgava-se que era de vez (e repetia-se o processo Legal). Tal como o chão de Lisboa onde Pombal martirizara os Távoras se julgava estéril ad eternum também com a descendência de D. Miguel a eternidade provar-se-ia de expressão menor. Duas gerações depois os Bragança voltavam a Portugal na Pessoa de D. Duarte Nuno (neto de D. Miguel I) a contra-gosto do regime que via em D. Duarte Nuno um espírito independente que influenciava muita gente e que representava um perigo real para o regime, um regime que pretendia fazer com os portugueses o mesmo que o 5 de Outubro de 1910 fez com o Rei: exilá-los.

Para o Estado Novo era complicado querer petrificar a glória e o labor dos monarcas portugueses e ter ao mesmo tempo um legitimo descendente (que ainda por cima era assim reconhecido pela população) com ideias próprias a andar livremente e de viva voz pelo País sem a ajuda de um qualquer historiador ou arqueólogo do regime.

Pouco tempo depois o povo, seguiria o exemplo: livrar-se-ia do exílio e retornaria à democracia com o 25 de Abril. Afinal a Republica nada tinha aprendido com o Marquês de Pombal.

Os descendentes dos Reis de Portugal poderiam ter optado pela via que a maioria das famílias Reais exiladas opta: viver comodamente no lugar que a História lhes reservava. Mas a estirpe da Coroa nacional é diferente e tal como o seu povo tem tendência a recusar aquilo que é o “curso natural dos povos” e insistir naquilo que lhe é mais verdadeiro em consciência

É muito provável que continuemos a ver D. Duarte, um português, a percorrer o seu País e o Mundo a apregoar os aspectos positivos de Portugal, com a simpatia das populações e a contragosto dos republicanos de uma nova República que insiste em negar o óbvio. São precisas mais do que duas Constituições, três revoluções e 100 anos de mentiras para erradicar o português de Portugal

Como diz o Povo: Portugal é “alma até Almeida” e o seu monarca não poderia ser diferente.

RGS
O Manto do Rei

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