segunda-feira, 26 de maio de 2014

A DEMOCRACIA NÃO É COMPATÍVEL COM SOCIEDADES SECRETAS!



O Dr. Rui Pereira, sobre quem já me pronunciei num outro Blog a 13 de Outubro de 2012, personalidade ideologicamente primária e maçon declarado, a propósito dos ajustes directos realizados por João Alberto Correia, ex-director geral de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI),  escreveu na edição em papel do Correio da Manhã de ontem, o seguinte: "A instituição (a Maçonaria) merece ser evocada a propósito de causas nobres: o liberalismo, a república, a democracia; a abolição da escravatura, da pena de morte e da tortura; o ensino público e o serviço nacional de saúde".

Como canta Jorge Palma: Deixa-me rir, Essa história não é tua...Deixa-me rir, Tu nunca lambeste uma lágrima...Pois é, pois é, Há quem viva escondido a vida inteira, Domingo sabe de cor, o que vai dizer Segunda feira...Deixa-me rir, Tu nunca auscultaste esse engenho, De que falas com tanto apreço, Esse curioso alambique, Onde são destilados, Noite e dia o choro e o riso...Pois é, pois é, Há quem viva escondido a vida inteira...

No seu artigo de opinião, qual paladino dos tempos modernos da Maçonaria, refere que como responsável pela primeira nomeação de João Alberto Correia, apenas atendeu ao Curriculum do filho do antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), João Rosado Correia, ex-ministro de um governo liderado por Mário Soares, e não ao facto de ser também maçon e membro da Loja 25 de Abril, integrada no GOL.

De novo Jorge Palma: Deixa-me rir…

Refira-se que João Correia é doutorado em Arquitectura pela Universidade de Salford, no Reino Unido, e foi docente na extinta Universidade Independente, integrando também o corpo docente da Escola Superior Gallaecia, de Vila Nova de Cerveira, onde vários familiares também leccionam, e que pertence à Fundação Convento da Orada, fundada em 1988 pelo seu pai, com sede em Monsaraz, à qual também já presidiu.

É urgente mudar o estado a que chegou o nosso país, cujos órgãos de decisão (governo, Assembleia da República, serviços de informação, etc.) estão repletos membros de obediência a rituais “aventaleiros”.

Assim, entendemos que os deputados, membros do governo, magistrados, agentes dos serviços de informação, etc., devem declarar as suas ligações maçónicas, permitindo uma maior transparência na democracia portuguesa e contrariamente ao que pensa o Dr. Rui Pereira, não há qualquer inconstitucionalidade nisso.

De acordo com o Jornal Público, João Alberto Correia Integrou o conselho editorial da Revista de Segurança e Defesa, juntamente com um restrito grupo de influentes maçons, como Ângelo Correia, António Vitorino, etc.

Noticia o jornal i, que João Alberto Correia, se encontra detido desde a semana passada e que terá alegado no interrogatório a que foi sujeito no Tribunal Central de Instrução Criminal, que os ajustes directos foram feitos com aval superior e que, nalguns casos terá mesmo "desenrascado" respostas a ordens superiores que tinham carácter de urgência.

É muito importante descobrir a verdadeira dimensão da teia!

A propósito Dr. Rui Pereira, carece de fontes fidedignas a afirmação de que a maçonaria esteve na origem da abolição da pena de morte e da tortura em Portugal, mas de facto esteve na génese da implantação da república em Portugal, ordenando o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe, baptismo de sangue desse regime.

Sobre a Maçonaria, o histórico do PS Henrique Neto acusou-a de corromper o PS e a democracia com alianças secretas e planos de poder que atropelam os interesses do país, acrescentado que: ”Técnicas maçónicas, usadas por maçónicos. A maçonaria tem uma grande importância no PS. A maçonaria tem essa diferença em relação ao país – a maçonaria tem e sempre teve uma estratégia, uma estratégia de poder. Não o poder como instituição, mas o poder para os membros da maçonaria. Hoje o poder é poder económico. E como o secretismo é uma vantagem, é fácil aos maçons controlarem deliberações, grupos de decisão. Tenho experiência de quando estava no parlamento. Numa comissão de inquérito, se quatro ou cinco das 20 pessoas são da maçonaria, os outros votam de acordo com a sua visão e eles decidem todos juntos a nomeação de alguém, numa instituição, num concurso público, e a maçonaria tem vantagem”.

Perante isto, está tudo dito!


publicado por José Aníbal Marinho Gomes, em Risco Contínuo

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