sábado, 27 de maio de 2017

GONÇALO RIBEIRO-TELLES AOS 95: UM VISIONÁRIO UTÓPICO


Por Vasco Rosa



Paladino do bom senso dos ecologistas, mestre 
de muitos arquitectos paisagistas e grande 
referência dos monárquicos portugueses desde 
1974, Gonçalo Pereira Ribeiro-Telles celebra, 
neste 25 de Maio, 95 anos do seu nascimento. 
O aniversário não foi registado, da mesma 
maneira que autarcas e outros decisores públicos 
e políticos encolhem os ombros à lição deste 
visionário utópico, cujo desvelo pela terra 
portuguesa não encontra rival. Devemos-lhe jardins 
urbanos muito aprazíveis, a ideia de hortas 
urbanas, a protecção legal da reserva natural e 
dos parques naturais, e também a frontal 
denúncia dos empórios do betão, da celulose e 
da energia, acerca dos quais escreveu há já 
trinta anos — premonitoriamente — que “as 
perspectivas de cada um destes poderes 
económicos, comandados ou comandando 
interesses privados, profissionais e c
orporativos, influenciando serviços do 
Estado, são meramente sectoriais e não se 
integram numa visão global do desenvolvimento 
do país” (itálicos meus).
Como muitas vezes acontece, a melhor 
maneira de homenagear pensadores (e Gonçalo 
Ribeiro-Telles foi-o também; veja-se o seu Para 
Além da Revolução, Salamandra, 1985) é lê-los. 
Por isso, além de recomendar o recente Textos 
Escolhidos, um livro organizado pelo arquitecto 
Fernando Santos Pessoa e publicado pela 
Argumentum, e de A Árvore em Portugal — esgotado, 
talvez apareça numa biblioteca, num alfarrabista —, 
escrito em parceria com o seu mestre Francisco 
Caldeira Cabral (Assírio e Alvim, 1999) e 
bibliografia essencial em cursos de paisagismo, 
fomos buscar ao fundo das prateleiras dois textos de 
Ribeiro-Telles que merecem atenção.
LER ARTIGO COMPLETO EM:
telles-aos-95-um-visionario-utopico/

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