Cadernos Templários Outubro/Novembro 2009
A TRAÇOS LARGOS – SORTELHA
Praça da vila |
Num enquadramento perfeito com a velha fortaleza, erguem-se casas em pedra, cuja construção se perde na memória dos tempos, com ruas calcetadas pelos romanos.
Cobiçada pela sua posição geográfica e pelos terrenos ricos em minérios, esta região foi sucessivamente ocupada por romanos, visigodos e muçulmanos, até ser definitivamente reconquistada pelos cristãos.
Repovoada por D. Sancho I em 1187, Sortelha viu ser-lhe concedido foral por D. Sancho II em 1228 que dela fez doação à Ordem do Templo, juntamente com os municípios de Castelo Mendo e Salvaterra do Extremo.
O castelo, praticamente inexpugnável, dos confrontos a que foi sujeito nunca conheceu derrota. A sua construção apresenta um estilo românico e gótico bem como alguns traços manuelinos, em sinal de adaptação às novas tecnologias militares.
As suas muralhas irregulares serpenteiam ao longo dos penedos em que assentam, e são percorridas no topo por adarve (caminho atrás do parapeito) com acabamento biselado e seteiras cruciformes.
Matacães |
Caminho de ronda |
Vista panorâmica |
A vila é cercada por uma muralha desprovida de merlões e possui quatro portas, duas das quais designadas de portas falsas.
Perto de uma das portas falas do perímetro defensivo urbano, encontra-se a Torre do Facho, de onde se avista Castelo Branco, de planta quadrada com envasamento escalonado e desprovido de vãos.
Junto à porta da vila, eleva-se sobre o adarve, um torreão ou vigia, de planta circular e coroamento cónico.
Vale a pena visitar esta singular vila, que nos transporta a um passado glorioso da nossa história, e que deverá perdurar nas nossas memórias e, perpetuar-se pelas gerações vindouras, porque isto, meus irmãos, é PORTUGAL!
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