quarta-feira, 16 de março de 2011

SABUGAL

Cadernos Templários                                                                           Fevereiro 2010


A TRAÇOS LARGOS SABUGAL


Remontando ao período Neolítico e da Idade do Bronze, encontram-se expostos no museu Municipal do Sabugal vestígios da permanência de comunidades humanas, que outrora aí teriam erguido um castro que, desta forma exploraram e defenderam o Alto Côa.

A presença romana deixou vestígios marcantes na região, como a construção de pontes e calçadas. Após uns séculos mais tarde, a população submeteu-se à invasão dos povos germânicos e pelos muçulmanos, até atingir a época da Reconquista cristã.

Nos tempos de Afonso IX de Leão, foi criado o Concelho do Sabugal, dando origem à fundação da vila em 1224, época em que se iniciou o reforço das muralhas.

A vila de Sabugal recebeu Carta de Foral em 1296, entregue por D. Dinis, e isentará de portagem os seus habitantes em 1 de Janeiro de 1297.
Foi no reinado de D. Dinis que se celebrou o Tratado de Alcanizes, 12 de Setembro de 1297, recebendo oficialmente as terras da região leonesa de Riba-Coa, entre elas a de Sabugal, assim como várias parcelas do território alentejano e, ficou acordado entre o rei D. Fernando IV de Castela, e o soberano português fixaram a delimitação das fronteiras entre os dois reinos.
D. Dinis e a Rainha Santa Isabel fazem doação, em 27 de Setembro de 1298 a D. Frei Vasco Fernandes, Mestre do Templo provincial, de algumas casas que possuíam no Sabugal.

E em posição altaneira ergue-se o castelo de formato quadrangular. Percorrido por um largo “Caminho de Ronda”, protegido por merlões, nos quais se destacam as troneiras cruzetadas, cujo acesso se faz por quatro escadas internas.

Matacães
Reforçados por quatro sólidos torreões, um dos quais se centra a meio do pano de muralha a lado sudoeste rematadas por ameias em formato piramidal, bem como a torre de menagem de invulgar planta pentagonal que protege a entrada principal. Desta última torre, salienta-se o estilo gótico, com três andares com tetos abobadados, arrematados por escudos com as quinas nacionais. O piso superior é banhado pelas portas que acedem aos balcões misulados com matacães.

Entre a torre de menagem e o torreão leste, encontra-se inserido um balcão ameado, vigiando a entrada principal da praça de armas.
Na zona exterior ergue-se um segundo pano defensivo de muralhas, igualmente rematados maciços merlões com aberturas de troneiras cruzetadas. De apoio apoio às duas muralhas, dois pequenos cubelos em arco circulares, abrindo-se próximo de um deles um pequeno portal de arco em ogiva.

Adaptação ao texto do Instituto Português de Arqueologia


*++Fr. João Duarte − Grande Oficial/Comendador Delegado da Comendadoria Sta. Maria do Castelo de C. Branco

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