A TRAÇOS LARGOS − SABUGAL
Remontando ao período Neolítico e da Idade do Bronze, encontram-se expostos no museu Municipal do Sabugal vestígios da permanência de comunidades humanas, que outrora aí teriam erguido um castro que, desta forma exploraram e defenderam o Alto Côa.
A presença romana deixou vestígios marcantes na região, como a construção de pontes e calçadas. Após uns séculos mais tarde, a população submeteu-se à invasão dos povos germânicos e pelos muçulmanos, até atingir a época da Reconquista cristã.
Nos tempos de Afonso IX de Leão, foi criado o Concelho do Sabugal, dando origem à fundação da vila em 1224, época em que se iniciou o reforço das muralhas.
A vila de Sabugal recebeu Carta de Foral em 1296, entregue por D. Dinis, e isentará de portagem os seus habitantes em 1 de Janeiro de 1297.
Foi no reinado de D. Dinis que se celebrou o Tratado de Alcanizes, 12 de Setembro de 1297, recebendo oficialmente as terras da região leonesa de Riba-Coa, entre elas a de Sabugal, assim como várias parcelas do território alentejano e, ficou acordado entre o rei D. Fernando IV de Castela, e o soberano português fixaram a delimitação das fronteiras entre os dois reinos.
D. Dinis e a Rainha Santa Isabel fazem doação, em 27 de Setembro de 1298 a D. Frei Vasco Fernandes, Mestre do Templo provincial, de algumas casas que possuíam no Sabugal.
E em posição altaneira ergue-se o castelo de formato quadrangular. Percorrido por um largo “Caminho de Ronda”, protegido por merlões, nos quais se destacam as troneiras cruzetadas, cujo acesso se faz por quatro escadas internas.
Matacães |
Reforçados por quatro sólidos torreões, um dos quais se centra a meio do pano de muralha a lado sudoeste rematadas por ameias em formato piramidal, bem como a torre de menagem de invulgar planta pentagonal que protege a entrada principal. Desta última torre, salienta-se o estilo gótico, com três andares com tetos abobadados, arrematados por escudos com as quinas nacionais. O piso superior é banhado pelas portas que acedem aos balcões misulados com matacães.
Entre a torre de menagem e o torreão leste, encontra-se inserido um balcão ameado, vigiando a entrada principal da praça de armas.
Na zona exterior ergue-se um segundo pano defensivo de muralhas, igualmente rematados maciços merlões com aberturas de troneiras cruzetadas. De apoio apoio às duas muralhas, dois pequenos cubelos em arco circulares, abrindo-se próximo de um deles um pequeno portal de arco em ogiva.
Adaptação ao texto do Instituto Português de Arqueologia
*++Fr. João Duarte − Grande Oficial/Comendador Delegado da Comendadoria Sta. Maria do Castelo de C. Branco
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