O Blogue de EMRC do Colégio de Lamas teve a honra de entrevistar S.A.R,
Dom Duarte de Bragança. Dom Duarte Pio nasceu em Berna, na Suíça,
e é o filho primogénito de Dom Duarte Nuno e Dona Maria Francisca
de Orléans e Bragança. Com o falecimento de seu pai em 1976, passou a ser
o Chefe da Casa Real Portuguesa. Nessa qualidade, tem procurado
corresponder às numerosas iniciativas para que é solicitado, quer de
representação dos Reis de Portugal, quer para fazer viver o rico património
cultural que eles incarnavam, quer de ajuda e promoção da ajuda
aos mais desfavorecidos, quer em diligências junto de entidades
estrangeiras, nomeadamente nos países da CPLP.
Em 2006, um parecer do Departamento de Assuntos Jurídicos do
Ministério dos Negócios Estrangeiros reconheceu Duarte Pio de Bragança
como o único e legitimo herdeiro do trono de Portugal. Esse parecer foi
fundamentado pelo ‘reconhecimento histórico e da tradição do Povo
Português’, pelas ‘regras consuetudinárias da sucessão dinástica’,
e pelo ‘reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do
Mundo com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de
consanguinidade’. Recordou, ainda, ter sido conferido pela República
Portuguesa a D. Duarte Pio a representatividade política, histórica e
diplomática, e foi lembrado que os pretendentes ao título de duque de
Bragança ‘são várias vezes enviados a representar o Povo Português em
eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa no estrangeiro, altura
em que lhes é conferido o passaporte diplomático’. Agradecemos a
disponibilidade de Dom Duarte de Bragança e desejamos-lhe as maiores
felicidades.
1. O que significa para si ser o herdeiro da Coroa portuguesa?
R: É ter a responsabilidade de manter viva a memória de uma família que
presidiu aos destinos do País desde D. Afonso Henriques e dar a
oportunidade aos Portugueses de estudarem as diferenças entre a
Chefia de Estado republicana e a Chefia de Estado Real.
2. Faz sentido hoje desejar o regresso da Monarquia em Portugal? Portugal
seria melhor com um Rei?
R: Se compararmos o que foi Portugal durante as três Repúblicas, que se
sucederam desde 1910, com a situação dos Países Europeus que preservaram
as suas monarquias, fará certamente muito sentido. Aliás, pode-se perguntar
se faz sentido manter um regime republicano que só conseguiu evitar a falência
do País no período não democrático da Segunda República. Certamente que
Portugal seria melhor com um rei. Basta comparar as actuais Monarquias e
Repúblicas Europeias.
3. Para si, o que é que distingue essencialmente uma República e uma Monarquia?
R: O facto do Chefe de Estado ser verdadeiramente independente dos
interesses económicos e políticos e de ser capaz de representar toda a nação
e não só as forças políticas do momento.
Fonte: emrc colegio de lamas
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