A posição portuguesa durante a guerra civil americana, embora não tenha sido uma posição essencial, foi sem dúvida relevante. Muito mesmo.
Durante a guerra civil, Portugal teve uma politica pró-união e favorável a Abraham Lincoln, ao contrário de por exemplo a Espanha, a França e o Reino Unido cujas posições eram bastante ambíguas.
Já em 1861, D. Pedro V, na altura do inicio do conflito Rei Português, em resposta ao ministro residente americano disse, "esperar que a unidade do País se mantivesse preservada e que seria uma pena ver um País tão bom (os EUA) arruinados."
Pelo contrário, Lord Palmerston líder do império britânico e Napoleão III, líder do império Francês, chegaram a ponderar entrar no conflito, a favor do Sul, devido ao bloqueio efectuado pelos Estados do Norte, aos do Sul, o que estava a provocar uma crise económica na Europa.
Por diversas vezes navios de guerra americanos usaram os portos portugueses e no final do conflito, isso mesmo foi reconhecido pelo representante diplomático de Washington em Portugal, ao afirmar "Portugal nunca declarou a neutralidade durante a guerra (...) e nunca concedeu direitos de beligerantes a comunidades que se revoltaram contra a autoridade constituída dos Estados Unidos. Os nossos navios de guerra usaram estes portos (portugueses) com a mesma liberdade e completa ausência de restrições, como os seus próprios e foram acolhidos com uma generosa e amigável hospitalidade, durante todo o tempo"
Já mesmo depois do conflito, a administração americana salientava a importância estratégica dos portos portugueses recordando "quando as Nações marítimas se combinaram para fechar as portas aos EUA, durante os anos do conflito, não existia um único porto livremente aberto em toda a costa da Europa, excepto o de Lisboa ou nas ilhas no meio do Atlântico, excepto as de Portugal."
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