Cadernos Templários Maio 2008
A TRAÇOS LARGOS – PENHA GARCIA */**
Do cimo da serra, esta simpática aldeia acena-nos com gestos convidativos a passear pelas suas ruas estreitas e floridas, pelos pátios e escadinhas com moradias de pedra.
A caminho do castelo podemos admirar um magnífico vale, por onde se passeia o rio Pônsul bordejado por um conjunto de antigos moinhos.
Moinhos do Pônsul |
Chegamos ao castelo, o último edificado pelos templários na Beira Baixa.
Possivelmente construído sobre as antigas ruínas de uma fortaleza árabe, recebe foral de D. Afonso III em 1256 e outro em 1510 atribuído por D. Manuel.
A antiga fortaleza |
A fortaleza era constituída por uma cerca circular exterior com uma porta defendida por um torreão quadrangular, possuindo um outro entre as rochas. Para além desta cerca, a parte residencial era também defendida por um reduto.
Pequeno mas sólido e inacessível pelo rio Pônsul, este castelo era constituído pela residência do alcaide, em formato quadrangular, à qual estava adossada a torra de menagem de forma exagonal, possuindo também um pátio de entrada, uma cisterna e duas salas no andar térreo, mais um andar superior com várias salas.
Simples, eficiente e nunca conquistada, é como melhor se pode definir esta fortaleza.
A traços largos assim é Penha Garcia que, do alto da serra com o mesmo nome, mantém tradições e lendas, pagãs e religiosas, das quais se salienta a de Nossa Senhora do Leite, cuja imagem classificada como monumento nacional pode ser admirada na sua igreja matriz.
*Consulta: “Castelos Templários da Beira Baixa de António Lopes Pires Nunes”.
**++ Frei João Duarte – Grande Oficial/Comendador Delegado da Comendadoria Sta. Maria do Castelo de C. Branco.
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