BERNARD DE TREMELAY (1151 − 1153)
Nasceu no castelo Dramelay próximo de Saint-Claud no Jura, condado de Bourgogne, e era filho de Humbert, Senhor de Trémelay.
Foi comendador do Templo perto de Dole em Franche-Comte.
Morreu durante o cerco de Ascalon na noite de 16 de Agosto de 1153.
Foram muitas as petições que Mestre Evrard recebeu durante o período em que meditou acerca do abandono da Ordem, mas o chamamento de Deus foi mais forte; a partir de 1150 as actas emudecem.
Depois de meses de negociações, o Capitulo Geral optou eleger Bernard de Tremelay como seu novo mestre.
O seu mestrado foi essencialmente dedicado à fortificação das principais praças-fortes da Ordem no Oriente, e a um contínuo confronto armado contra egípcios e turcos pela manutenção dos territórios; assim, tornaram-se fundamentais os sistemas de defesas costeiras nas cidades de Jaffa, Arsus, La Roche Taillée e Le Daron para a sobrevivência do Reino Latino do Oriente. A cidade de Gaza após ter sido reconstruída, foi entregue à Ordem do Templo por Balduíno III de Jerusalém.
O CERCO DE ASCALON
Todo o exército de Jerusalém foi mobilizado para cercar a cidade de Ascalon, assim como os Templários, os cavaleiros de Raymond du Puy de Provence da Ordem de São João de Jerusalém (segundo Mestre da Ordem), fazendo-se acompanhar pelo Patriarca Fulcher portador de uma relíquia da Verdadeira Cruz, e outros barões do reino, entre eles Renaud de Châtillon.
Durante os cinco longos meses em que sitiaram Ascalon, os confrontos entre as duas forças eram contínuos; na noite de 16 de Agosto de 1153 os Templários precedidos pelo Mestre Bernard, investem uma vez mais contra as muralhas da fortaleza. Uma vez mais os muros resistem e os sitiados defendem ferozmente a cidade; durante o combate, o Mestre Bernard de Tremelay pereceu juntamente com quarenta Templários.
Contudo o esforço não tinha sido em vão; o rei de Jerusalém três dias depois entra vitorioso na cidade, e o estandarte templário ondeava sobre as muralhas de Ascalon.
A coragem manifestada pelos templários valeu-lhes novos privilégios concedidos pelo Papa Anastácio IV.
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