quinta-feira, 22 de novembro de 2018

«POR QUE RAZÃO ME INTERESSO TANTO PELA HISTÓRIA DE PORTUGAL?»

A imagem pode conter: 1 pessoa
Rainer Daehnhardt explica a relação profunda e histórica entre os alemães e os portugueses, e avança com uma Missão para o futuro de Portugal!

«A meu ver, e salvo melhor critério, Portugal alberga, consciente disso ou não, a chave para guiar os sobreviventes de uma grande catástrofe, que se pode abater sobre a Humanidade !

Portugal nasceu dos planos de um iniciado borgonhês, São Bernardo do Claraval, que teve a visão de criar uma Europa, concretamente uma Europa unida pela Fé Cristã. O Conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, era da mesma cidade e seu amigo. Foi São Bernardo quem escreveu os estatutos da Ordem Tempária e interveio junto do Papa para que um grupo de 9 cavaleiros se transformasse numa Ordem Religiosa Militar, de dimensão e poder como o mundo nunca tinha visto. Foi este São Bernardo quem também criou a ORDEM TEUTÓNICA. Enquanto a Templária reestabeleceu a governação cristã nas costas atlânticas da Peninsula Ibérica, ocupando grande parte da antiga Lusitânia, a Teutónicacriou uma barreira protectora no lado oriental da Europa, para impedir mais invasões asiáticas ou muçulmanas.

A secção Lusitâna da Ordem Templária e a Ordem teutónica, mantiveram estreitos laços durante séculos. Lisboa tornou-se cidade ligada à Liga Hanseática. Cavaleiros portugueses, que acabaram por vencer os castelhanos na batalha de Aljubarrota, fizeram-se ao Mar Báltico para oferecer os seus serviços à Ordem Teutónica, com o intuito de salvar a Europa, facto pouco conhecido entre nós.

Mesmo após a dissolução da Ordem Templária, ordenada pelo Papa e a sua transformação em Ordem de Cristo, podemos seguir uma linha de contactos constantes, secretos ou não, entre os cavaleiros portugueses e os alemães. Permito-me mencionar apenas alguns nomes para que mesmo o menos prevenido leitor, começe a ver como encaixam as peças do grande "puzzle":
A) A Rainha Santa Isabel, infanta de Aragão, era descendente do Imperador Frederico Barbaroxa, do Sacro Império Romano de Nação Germânica. Foi sua tia-avó, a Santa isabel da Turíngia ( infanta da Húngria), a quem 1º se atribuiu o Milagre das Rosas. Ambas introduziram, em época de aflição, O Culto do Espírito Santo, que se encontra patente em todas as versões do cristianismo, surgidas por acção directa dos verdadeiros apóstolos de Jesus Cristo;

B) Martinho da Boémia ( cartógrafo de D. Joao II );

C) Os irmãos Reinel ( cartógrafos de D. Manuel I );

D) Damião de Góis, que recebeu carta de nobreza do Imperador Carlos V e contactou os maiores cérebros alemães da sua época; 

E) O Infante D. Pedro, que recebeu as suas esporas de ouro por combater ao serviço do Imperador Alemão;

F) E muitos milhares de alemães, que acompanharam a expansão portuguesa, tanto nas horas de glória como nas de derrota. Milhares já tinham caído na tomada de Lisboa, em 1147, e o Papa declarou que a Igreja de São Vicente de Fora fosse construída por cima das suas ossadas; o túmulo do cavaleiro teutónico, Henrique de Bona, deu origem à Rua da Palma ( dos milagres ); grande parte dos tipógrafos, espingardeiros, artilheiros ao serviço luso, eram de origem germânica.

Geralmente não se fala disso, mas morreram mais de dez mil guerreiros alemães para que se erguesse o Mundo português. Basta estudar mais a fundo o papel do Duque de Schomberg no século XVII; o do Conde Reinante de Schaumburg-Lippe no século XVIII; o do Rei Regente D. Fernando II ( von Sachsen Coburg Gotha), para se ver a continuação de interligações de cavaleiros teutónicos com Portugal.

Fala-se muito dos 2 casamentos régios entre a Grã-Bretanha e Portugal e de outros 2 entre a Itália e Portugal e de 1 entre a França e Portugal, mas poucos se dão conta de que houve onze Casamentos entre as Casas Reinantes Lusas e as alemãs, tendo duas infantas portuguesas ocupado o trono imperial alemão.

Isto são apenas "dicas" para quem quiser estudar um pouco a ligação entre estes dois povos fronteiriços da antiga Europa, que se encontra agora perante o perigo de desmoronar. Não será simplesmente lógico esperar que estas Ordens Religiosas Militares, entradas na clandestinidade há muito, ainda existam e teçam os seus contactos?

Nunca houve uma nação geograficamente tão pequena, que, com tão pouca gente, escreveu páginas tão significativas na evolução do ser humano, como a portuguesa!
Não terá havido quem quisesse compartilhar e integrar-se nesta tarefa ? Por alguma razão Fernando Pessoa disse: " ...A alma portuguesa deve estar com a sua irmã, a alma germânica..." e "...a meu ver, nada pode ter tão férteis resultados como uma aliança espiritual com a Alemanha, que, por ser nossa análoga psíquica, nos deve legar a continuação espiritual ..."

Talvez isto explique um pouco as razões que me levam ao estudo da História de Portugal. Todavia, há outra, muito mais simples e de maior peso: AMO PORTUGAL !»


Rainer Daehnhardt

Sem comentários:

Enviar um comentário