segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

D.Dinis, poeta na folha e na ordem

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé

El Rey D.Dinis ocupa um trono justo no Olimpo da Portugalidade. Conhecido como rei-poeta (autor de mais de 173 poemas em galaico-português) ou rei-lavrador (grande impulsionador do trabalho agrícola), valências que lhe conferiram grande prestigio entre as coroas do Velho Continente.

Filho de D. Afonso III e de Beatriz de Castela, nasceu em pleno dia de S. Dinis, a 9 de Outubro de 1261, em Lisboa. O seu nome foi, portanto, um tributo ao santo comemorado nessa data.

Sucedeu a Afonso III a 16 de fevereiro de 1279, com 17 anos, notabilizando-se como um lider revolucionário quase sem paralelo. O seu legado governamental é úbere como estrelas em dias estivais. Vejamos: definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, oficializou a lingua portuguesa como lingua da corte, criou a primeira Universidade Portuguesa, incentivou a exploração de minas de cobre, fomentou a agricultura, centralizou o poder régio, criou variados concelhos e galvanizou o conceito das feiras em Portugal. Torna-se fundamental referir o seu contributo profético para os Descobrimentos Portugueses, através da plantação do Pinhal de Leiria e a fundação da Marinha Portuguesa. 

Seria injusto não escrever sucintamente o apoio que prestou à Ordem dos Templários. Contra os designios papais, rejeitou extinguir a Ordem do Templo, num sentido de gratidão pelo serviço prestado na fundação e defesa do país. Através de uma ação diplomática, logrou proteger a Ordem através de um escudo verbal. Que quer isto dizer? A Ordem alterou o nome para Ordem Cristo, privilegiando a antiga estrutura, ritos, método e, membros. Em 1319, através da Bula Ad ea ex quibus, do Papa João XXII, fundava-se a Ordem de Cristo. 

D. Isabel de Aragão, sua esposa, revelou-se uma das rainhas mais amadas pelas gerações lusas, da qual falaremos isoladamente numa outra oportunidade. Casaram a 11 de Fevereiro de 1282, em Barcelona, tendo-se comemorado a boda na passagem da fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de junho do mesmo ano. 

Em 1322, o Rei Poeta sentira algumas complicações cardiacas que, 3 anos mais tarde, originaram a sua morte. Partiu a 7 de Janeiro de 1325, em Santarém. Os seus restos mortais encontram-se no Mosteiro de São Dinis, Odivelas.

Apóstolo Viriato



Sem comentários:

Enviar um comentário