quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Esplendores portugueses: a sala dos embaixadores

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Inicialmente designada por Barraca Rica, Sala das Colunas, das Serenatas, dos Serenins e Galeria, esta dependência passou a ser conhecida, depois de 1794, como Sala das Talhas e Sala dos Embaixadores.

A sua construção iniciou-se em 1754, sob risco do arquiteto Jean-Baptiste Robillion e com a colaboração dos franceses Jacques Antoine Colin, entalhador, e Jean François Cragnier, ensamblador, e os portugueses Bruno José do Vale e Francisco de Melo, que pintaram o teto e a sanca com motivos alegóricos e de chinoiserie.

A pintura do painel central, de grande efeito cenográfico, representa a família real participando num serenim (concerto). É uma réplica da tela original atribuída ao pintor italiano Giovanni Berardi, concluída em 1762, que se perdeu no incêndio de 1934, que afetou particularmente esta zona do palácio.

Este é o espaço do Palácio onde melhor se sente a influência da decoração em chinoiserie, tão ao gosto da segunda metade do século XVIII. A existência de dois dosséis para tronos, delimitados pelas colunas em espelho, justificava-se pelas cerimónias em que os reis eram acompanhados pelos Príncipes do Brasil, título pelo qual eram conhecidos os príncipes herdeiros.

Desde 1794, altura em que Queluz passou a ser a residência permanente da Família Real, até 1807, ano da partida para o Brasil, esta sala foi utilizada pelo Príncipe Regente para o seu Beija-Mão e audiências do corpo diplomático e ministros estrangeiros, pelo que passou a ser conhecida por Sala dos Embaixadores.

Luís Vasconcelos


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