Foi a primeira coroação de um Soberano britânico transmitida em directo pela Televisão britânica, a BBC.
Nascida Elizabeth Alexandra Mary, em Londres, a 21 de Abril de 1926, enquanto neta do soberano, com o nascimento adquiriu a condição de Princesa da Grã-Bretanha, recebendo o tratamento de Sua Alteza Real a Princesa Isabel de York, ocupando a terceira posição na linha de sucessão ao trono, imediatamente atrás de seu pai o Príncipe Albert (Bertie), Duque de York e de seu tio David, o herdeiro presuntivo, o Príncipe de Gales, mais tarde Rei Eduardo VIII. A jovem princesa Isabel foi educada em casa sob a supervisão de sua mãe Elizabeth Bowes-Lyon, a então, Duquesa de York. A Sua ama era Marion Crawford. Estudou história e línguas modernas, falando fluentemente francês.
Apesar de seu nascimento gerar um grande interesse público, não era esperado que ela se tornasse a Rainha, pois era a terceira na linha de sucessão ao trono Britânico, e o Príncipe de Gales era jovem e presumivelmente, ascenderia ao trono e teria seus descendentes, fazendo assim sua linha de sucessão. Em 1936, quando seu avô paterno, o Rei George V, morreu e seu tio David Eduard o sucedeu como Eduard VIII, a Princesa Elizabeth tornou-se a segunda na linha de sucessão ao trono, atrás de seu pai. Após um ano no Trono, Eduard VIII abdicou, ante a não-aceitação pela família real e do estableshiment britânico de um casamento seu com a socialite americana, duas vezes divorciada, Wallis Simpson, gerando uma crise constitucional. O pai de Isabel tornou-se Rei e ela tornou-se a heredeira presuntiva, sob o título de Sua Alteza Real A Princesa Isabel. Em 1943, aos 16 anos de idade, SAR a Princesa Isabel fez sua primeira aparição pública, desacompanhada, numa visita aos Grenadier Guards, de qual foi nomeada Coronel-em-Chefe. Em Fevereiro de 1945, ingressou no Serviço Territorial Auxiliar das Mulheres, como uma honorária Segunda Subalterna, com o número de serviço 230873. Foi treinada como motorista e mecânica, dirigindo um camião militar, e foi promovida a Comandante Junior cinco meses depois, o que faz, portanto, de Sua Majestade, hoje, a última Chefe de Estado viva a ter servido na Segunda Guerra Mundial. A Guerra terminou e dois anos depois, a Princesa Isabel fez a sua primeira viagem ao exterior, acompanhando os Reis, Seus Pais, à África do Sul. No seu 21º aniversário, em Abril de 1947, em um pronunciamento à Comunidade Britânica da África do Sul, declarou: “Eu declaro diante de todos vocês, que minha vida inteira, seja ela longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço de nossa grande família imperial, a qual todos nós pertencemos”.
Isabel reencontrou, o Príncipe Philippos Schleswig-Holstein Soenderburg-Glucksburg da Grécia e Dinamarca, filho do Príncipe André da Grécia (tio do actual Rei Constantino – não reinante) e da Princesa Alice de Battenberg e neto do Rei da Dinamarca. O casal de primos de segundo grau por parte do Rei Cristiano IX da Dinamarca e primos de terceiro grau por intermédio da Rainha Vitória do Reino Unido contrai matrimónio, em 20 de Novembro de 1947, na Abadia de Westminster. Antes do casamento, Filipe renunciou ao seus títulos Gregos e Dinamarqueses, convertendo-se da Igreja Ortodoxa Grega ao Anglicanismo e Philip Mountbatten adoptou o nome anglicizado de sua mãe, transformando Battenberg em Mountbatten e foi-lhe concedido o tratamento de Sua Alteza Real e o título de Duque de Edimburgo.
Entretanto, em 1951, a saúde do Rei começa a esmorecer, e quando Isabel e Filipe se deslocavam numa visita real à Austrália e Nova Zelândia, com passagem pelo Quénia, a herdeira real é informada do falecimento do Rei George VI, Seu Pai. Imediatamente, proclamada Rainha com o Nome Real de “Isabel, é claro”, regressa com o Duque de Edimburgo para a cerimónia de ascensão ao trono no Palácio de St. James e depois mudam-se para o Palácio de Buckingham. Tiveram 4 filhos: Carlos, Príncipe de Gales e herdeiro do Trono, Ana, André e Eduardo.
A Dinastia Windsor é a Casa Real de Inglaterra, descendente da Casa de Saxe-Coburgo-Gotha, sendo presentemente a Dinastia reinante no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos países da Commonwealth. O seu actual soberano é a Rainha Isabel II. Com o fim da Casa reinante de Stuart, pois a Rainha Ana de Inglaterra não teve descendência, em 1714, o Eleitor Jorge de Hanôver, tornou-se Jorge I da Grã-Bretanha. A sua pretensão, que assegurava a sucessão protestante, baseou-se no facto de ser bisneto do Rei Jaime I de Inglaterra (VI da Escócia) através da sua mãe a Condessa Palatina, Sofia de Simmern. Embora, ainda houvesse membros mais chegados da Casa de Stuart, como James Francis Edward Stuart, como eram católicos, o Príncipe (um dos Nove Príncipe Eleitores Germânicos, donde era escolhido o Kaiser) de confissão protestante foi preferido pelo Parlamento britânico. Depois, com o casamento da Rainha Vitória a Casa de Hanôver deu lugar à de Saxe-Coburgo-Gotha.
A Família Real Britânica passou a ter a denominação actual de Windsor no ano de 1917, durante a I.ª Grande Guerra, altura em que um sentimento exacerbado anti-germânico no povo inglês fez com que o Rei Jorge V – brilhante estratega em relações públicas e em modernizar a Monarquia; pode-se mesmo dizer que foi Sua Majestade que a trouxe para o século XX – alterasse para versões em inglês todos os seus títulos e sobrenomes alemães. E nada melhor do que Windsor, pois o Castelo homónimo remonta aos tempo de Guilherme I, o Conquistador.
O nome alemão reporta ao casamento da Rainha Vitória com o Príncipe Albert, filho do Duque Ernesth de Saxe-Coburgo-Gotha, em Fevereiro de 1840. Todavia, Saxe-Coburgo-Gotha não era o sobrenome pessoal do Príncipe Consorte, mas o sobrenome dinástico da sua família – o seu apelido era von Vettin. Desta forma, através de uma Ordem ao Conselho (Order-in-Council) o Rei Jorge V transformou o von Vettin em Windsor. Porém, a Ordem ao Conselho, como era costume, aludia apenas “aos” descendentes da Rainha Vitória, e não inevitavelmente “às” descendentes.
Em Abril de 1952, dois meses volvidos da sua ascensão ao trono, a Rainha Isabel II terminou o descuido do lapsus lingue com o nome dinástico e decretou ao seu Conselho Particular a sua “vontade e satisfação de que eu e meus filhos sejamos chamados e conhecidos como membros da Casa e Família de Windsor, e que meus descendentes que se casem e seus respectivos descendentes carreguem o nome Windsor.”
Coroada a 2 de Junho de 1953 como Elizabeth II Pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos Seus Outros Reinos e Territórios, Chefe da Comunidade Britânica e Defensora da Fé, na cerimónia de Estado de maior pompa e aparato que existe no Mundo, a Coroação de um Soberano Britânico, Isabel II do Reino Unido, perante os Pares e os deputados do Reino e o governo – que será sempre de Sua Majestade – entronizada no trono dos Seus antepassados, recebeu a Coroa Imperial, o Ceptro e o Orbe e fez o juramento do Soberano.
Ulteriormente, a 8 de Fevereiro de 1960, a Soberana Elizabeth II proclamou outra Ordem ao Conselho corroborando que Ela e os seus quatro filhos seriam conhecidos como Dinastia, Casa e Família de Windsor e que Ela e outros descendentes da linhagem masculina (exceptuando aqueles que fruíam do título de Príncipe ou Princesa e eram conhecidos como “Sua Alteza Real”) seriam conhecidos pelo nome de Mountbatten-Windsor. Mountbatten é o apelido do Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, depois de adoptar a nacionalidade inglesa e de renunciar a todos os seus títulos reais estrangeiros, pois era Príncipe Real da Grécia e da Dinamarca.
É a monarca de todos os recordes: já cumpriu o Jubileu de Diamante; é a mais antiga Monarca do Mundo e Britânica e em breve ultrapassará a idade da Rainha Vitória.
Cerca de 125 milhões de pessoas vivem em países onde é soberana e sem nunca sofrer uma desaprovação pública numa vida de serviço incólume dedicada unicamente à Missão de Reinar. Só no Reino Unido o seu reinado passou pelo governo de doze Primeiros-ministros, e com Sua Descendência, o filho Príncipe Carlos, o neto Príncipe William e o bisneto Príncipe George está assegurado que a Casa de Windsor reinará por mais de uma centena de anos, e que, a Família Real, se perpetuará pelo próximo milénio, aludindo ao desejo de Elizabeth II de que a Casa Reinante Inglesa atravesse este e o novo século e os seguintes no Trono do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte assim como Chefe de Estado dos outros quinze Estados soberanos independentes conhecidos como os reinos da Commonwealth: Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Barbados, Bahamas, Granada, Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda, e São Cristóvão e Nevis.
A relevância de um símbolo é patente: é bastante enunciar a expressão “A Rainha” e ninguém terá dúvidas que se refere a Isabel II. 81% de Popularidade numa Monarquia com 80 % de aceitação!
Vivat Regina! God Save The Queen!
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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