Chamava-se A Abelha da China, era patrocinado pelos deputados liberais do Leal Senado de Macau e o primeiro número saiu em Setembro de 1822 dos prelos existentes na cave da Igreja de São Domingos. De vida curta e acidentada, A Abelha, animada pela loja maçónica existente na cidade, assumiu posições liberais radicais, próprias do Vintismo, pelo que desencadeou forte reacção dos sectores católicos da cidade. Proibido em Dezembro de 1823, o jornal foi substituído em 1824 pela Gazeta de Macau, orgão que se assumiria como próximo do partido encabeçado pelo Infante Dom Miguel. A imprensa em língua inglesa então editada na Ásia, sobretudo aquela de natureza religiosa, propriedade de missionários anglicanos, seguiu os passos da Abelha e da Gazeta, mas por falta de meios tecnológicos, teve de recorrer aos prelos de Macau. Os primeiros jornais britânicos impressos no Extremo Oriente só inciariam publicação regular trinta anos depois, ou seja, no início da década de 1850, já os ingleses se haviam estabelecido pela força das armas em Hong Kong, no rescaldo da chamada Primeira Guerra do Ópio.
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