sábado, 20 de outubro de 2018

Despertai, nobres soberanos

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Despertai, nobres soberanos, que queimaram vossas naus!

Fizeram arder vossas verdes muralhas, há séculos erguidas contra a sanha árida das areias.

Despertai, Dom Afonso III, acordai, Dom Dinis, que vossas terras e vossas gentes padecem desgovernadas.

Despertai, reis, e despertai essas gentes -aqueles mesmos que no passado domaram as águas do mundo, fazendo das ondas as suas estradas, hoje se esquecem de sua grandeza e apenas assistem, impotentes, à espera dos milagres.

Despertai então, ó Santa Rainha, e derramai vossas pétalas sobre as feridas na terra e nas almas, nos troncos calcinados dos pinhais que nos deram as naus, e nos corações e pulmões das gentes sofridas das aldeias e dos nobres animais que povoam as vossas florestas.

Despertai: a vós mesmos e a nós todos, herdeiros da grandeza Lusa, viva onde quer que se respire nossa rica língua camoniana (pois o Português não se fala, se vive!).

Despertai, reis: não como mero ideal, não como bandeira a defender, mas em cada um de nós como interior centelha divina de coragem: para enfrentar, prevenir, reerguer, reconstruir, replantar.

Despertai e vede que vossos herdeiros hão-de devolver o Pinhal, aquele das naus, a vosso e nosso amado Portugal.

Claudio Quintino


Associação dos Autarcas Monárquicos

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