‘Venho agradecer reconhecidíssimo o bilhete e a carta que V.M. houve por bem enviar-me e o interesse que V.M. continua a tomar pelos seus operários. Mal sabem eles do alto patrocínio que tão eficazmente os está auxiliando neste momento.’, declarou Azedo Gneco, dirigente do Partido dos Operários Socialistas de Portugal, tendo como interlocutor S.M.F. El-Rei Dom Manuel II de Portugal.
Com os desfiles do 1.º de Maio, desde 1897, sem qualquer perturbação e sem intromissão das autoridades, o líder sindical Luís Figueiredo afirmou:
‘A Monarquia tem a virtude de actuar como instituição moderadora’.
No dia 1 de Maio de 1910, em plena Monarquia, 50.000 operários desfilaram livremente e sem qualquer incidente, em Lisboa. Recorde-se que em 1852 surgiu o Centro Promotor dos Melhoramentos Laboriosos, aquele que se pode apelidar do primeiro sindicato português, que reunia socialistas como Azedo Gneco, Batalha Reis, etc. Também, em 1871 é fundada a Fraternidade Operária, e em 1875 o Partido Socialista denominado a partir de 78 de Partido dos Operários Socialistas de Portugal.
Faziam-se comícios livremente e estava consagrado o direito à greve.
Dois meses depois da proclamação da república velha, que instalou a balbúrdia, o medo e a corrupção, o jornal O Sindicalista, num artigo de sugestivo título, levanta uma importante questão: ‘Quem tem ganho com a República? Quem Tem Ganho?´, fazendo eco das queixas dos operários e dos sindicatos relativamente às limitações impostas pelo governo ao direito à greve e ao direito à manifestação.
Plataforma de Cidadania Monárquica
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