Em 1710, o escritor Valentim da Costa Deslandes, descreve as origens dos Macaenses : "Devido à falta de esposas, os portugueses se mesclaram com mulheres trazidas de Malaca, Índia, China e, principalmente, mulheres Japonesas. De 1626 a 1640, 1.227 jovens mulheres cristãs de Nagasaki que tomaram refúgio em Macau, se casaram com portugueses.
Em 1636, Peter Mundy, um mercador, viajante e escritor britânico em Macau, descreveu os filhos de portugueses e mulheres chinesas: "eram crianças muito bonitas, [...] ensinadas pelos jesuítas que cuidavam [...] da educação dos jovens e dos bebés desta cidade, especialmente os da alta hierarquia."
Em 1638, o italiano Marco d'Avalo, em sua Descrição da Cidade de Macaou ou Maccauw, escreve: "Malaias, chinesas, japonesas e outras mulheres tornaram-se parceiras no casamento com os portugueses. Sua descendência é diferenciada pela denominação de 'Mestiços', ou mestizos. Ao lado dessa classe estão aqueles cujos antepassados não eram portugueses, mas malaios, chineses ou japoneses que se convertem, mas, como a posteridade dos portugueses, são cidadãos livres, somando mais de 40.000 almas ".
O Historiador Jorge Morbey descreve Macau: "Índia, Malásia, Filipinas, Sião, Cochinchina, Japão, Timor, Bengala, China, Rússia Asiática, Arábia e litoral africano, eis as principais origens não europeias dos macaenses. Em boa parte dos casos, os oriundos dessas paragens eram já mestiços com ascendência portuguesa.
Do ponto de vista étnico, a variedade das origens que em quatro séculos e meio se mesclaram nos macaenses estruturou-se em redor do carácter e das manifestações culturais e religiosas próprias dos portugueses, muitas vezes recriadas localmente. Portanto festejar a Historia de Macau é um dever patriótico de todos os portugueses"
Fonte: Nova Portugalidade
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