Desde o primeiro dos dias, em que se constituiu a
consciência de uma individualidade portuguesa como Nação e os infanções
portucalenses quiseram eleger o mais egrégio dos Infantes como seu primus inter
pares, para que a liderasse até à Independência enquanto Estado, nos 771 anos
que durou o Reino de Portugal, o Rei dos Portugueses assegurou o apoio de toda
a Comunidade Portuguesa, reinando sempre de acordo com a vontade declarada de
todo o Reino.
A Monarquia Portuguesa resultava de uma convenção entre a Comunidade
dos Portugueses – primeiro, reunidos em Cortes, depois, na vigência da
Monarquia Constitucional, através da representação nas duas câmaras das Cortes
– e o Rei, sendo que, o poder régio, nesta tão abençoada Nação, ainda que Pela
Graça de Deus, também, o não era menos por Vontade dos Homens, pois nunca
assentou as suas bases na teoria medieval absoluta da origem divina do poder,
mas antes erigiu o seu trono nas bases do sólido apoio de toda a Grei
Portuguesa.
Miguel Villas-Boas
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