Como escreveu Raul Brandão: ’Se o deixam viver, tinha sido um dos maiores reis da sua dinastia.’ (I, 228). Segundo o mesmo autor, novamente sobre El-Rei Dom Carlos I de Portugal, ‘Se o rei tratava os políticos como lacaios, tratava a gente do povo com extrema bondade. Terá mesmo dito viver em um país de bananas governado por sacanas.’ Continuando a citar Raul Brandão,’ D. Carlos aponta a África a uma plêiade brilhante de oficiais, que ele próprio incita, compreendendo que o grande Portugal é outro, e que esta faixa de terreno, com um clima agrícola horrível, só pode ser vinha e um lugar de repouso e prazer. De lá, desse novo Brasil – dos extensos planaltos de Angola, que duas vezes por ano produzem trigo -, tem de nos vir o oiro e o pão. O resto é visão de pequenos estadistas de trazer por casa. Só ele fala (e sonha) num Portugal Maior, e num Portugal esplêndido.’ (I, p. 229).
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