segunda-feira, 31 de março de 2014

JOGAR COM AS CORES DE PORTUGAL



Pode ser que com o depoimento de Cristiano Ronaldo, quando este diz “O novo equipamento alternativo é impressionante, o branco tem muito estilo e mal posso esperar por o usar em campo”, os portugueses possam começar a ver o atentado que foi a usurpação das cores tradicionalmente Portuguesas: o branco, depois o azul, na cruz armada, posteriormente o azul e branco com as armas medievais e a coroa. As "nossas cores" não são o vermelho e verde da carbonária terrorista, cores assumidas pelos dois partidos republicanos, no séc. XIX, e adoptadas para a bandeira da República.
 
A beleza deste equipamento alternativo é relevante e o contraste com o equipamento verde-tinto é surpreendentemente motivador para outros desempenhos. Serei espectador de todos os jogos que a selecção de futebol jogar com este equipamento alternativo, simbolicamente, também alternativo no devir de um novo regime, e não desdenharei de uma gravação, para não esquecer! É que não vá o diabo tecê-las e o povo gostar, este será um equipamento para um campeonato e já será muito que a atrofiante propaganda republicana não perdoa.

JOÃO AMORIM

domingo, 30 de março de 2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

"VALORES CÍVICOS PARA UM PORTUGAL MAIS JUSTO"



Fonte: Sábado

25 DE MARÇO DE 1646 | 25 DE MARÇO DE 1996 | 25 DE MARÇO DE 2014


ORAÇÃO LIDA POR S.A.R. O SENHOR DOM AFONSO NA CELEBRAÇÃO DA SUA MAIORIDADE


Senhor Deus do Universo,
ao celebrar os dezoito anos da minha vida,
nesta terra que é a minha Pátria,
agradeço-Vos pelo Povo a que pertenço por inteiro,
e por toda a minha Família

No meu sangue transporto a Missão de servir o bem comum
Diante de Vós venho pedir o dom de, com a Vossa Graça,
corresponder ao que se espera de mim.

Dai-me, Pai de Misericórdia,
Sabedoria para intervir a favor dos mais fracos.
Iluminai os meus passos,
na fragilidade insegura dos tempos.
Fortalecei o meu ânimo,
na fidelidade criativa a que me inspirais.

Nesta terra de Santa Maria, ó Deus de bondade
eu vos confio a minha vida
Amen

SAR o Senhor Dom Afonso de Bragança
  Príncipe da Beira
Duque de Guimarães

Oração lida na Missa de Acção de Graças pelos seus 18 anos celebrada na Igreja da Encarnação em Lisboa.
Lisboa, 25 de Março 2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

TV MONARQUIA LEVA CELEBRAÇÕES DE LISBOA A TODO O MUNDO, EM DIRECTO



A monarquia.tv - TV Monarquia Portuguesa, vai efectuar Cobertura em directo no dia 25 de Março, 18:30 horas, a partir da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação em Lisboa.

Missa Solene de Acção de Graças
 
Apresentação e oferta da imagem a S.A.R. O Senhor Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira 
 
 
Apresentação de cumprimentos ao Príncipe 
 

Siga-nos em www.monarquia.tv
ou em um blogue monárquico perto de si.
(Emissão exclusiva em plataforma Livestream) 

O CÂNCRO DA REPÚBLICA


 
por Luís Lavradio, em 21.03.14

Numa entrevista ao Diário de Notícias ontem, S.A.R. o Duque de Bragança realçava, e bem, a ubiquidade da corrupção e as suas consequências nocivas à nossa sociedade. Se é incontestável que a grande maioria dos nossos governantes, independentemente da suas capacidades pessoais, é honesta e bem-intencionada, concorde-se ou não com a sua política, é igualmente indiscutível que há uma minoria que abusa da sua posição descarada e impunemente, quer em mérito próprio quer por objectivos menos claros. A forma como o faz sugere uma extensa rede de interesses obscuros, e transmite um exemplo de facilitismo e impunidade, um câncro rapidamente espalhado por quem não entende estar a ser profundamente desrespeitado. Refere também o Senhor Dom Duarte estudos internacionais que poriam Portugal ao nível da Dinamarca não fosse este problema endémico à nossa realidade republicana. Acrescenta ainda que no caso dos países europeus com chefias de estado independentes (as monarquias modernas), os níveis de corrupção são menores.

A Transparency International é uma organização internacional, presente em mais de 100 países, financiada de forma aberta e gerida por um conjunto de profissionais reconhecidamente independentes. Em Portugal é representada pela associação cívica "Transparência e Integridade". O seu único objectivo é o combate à corrupção e publica anualmente um Índice de Percepção de Corrupção que mede níveis de corrupção nos sectores públicos de 177 países e territórios. Recentemente publicou o índice para 2013. A Dinamarca aparece em primeiro lugar. Portugal no 33º.
 
Dos cinco países com maior transparência, que demonstram um maior respeito pelos seus concidadãos, quatro são monarquias constitucionais. Dos primeiros 10, sete são monarquias. Mais notável é o facto de todas as monarquias ocidentais - com a excepção de uma - estarem entre os 20 países menos corruptos a nível mundial.

Não se trata de um mero acaso ou acidente estatístico, mas sim resultado da influência da isenção política e representatividade suprageracional da Instituição Real.
 
A monarquia funciona.
 
http://monarquia-portugal.blogs.sapo.pt/o-cancro-da-republica-2424

"A PARTIR DE CERTA ALTURA PASSEI A DORMIR FORA DE CASA"



Dom Duarte Pio de Bragança nasceu em Berna, Suíça, em 1945, em período de exílio da Família Real. Cumpriu o serviço militar em Angola como tenente piloto-aviador da Força Aérea entre 1968 e 1971 (foto a preto e branco).  Detentor actual do título de Duque de Bragança (Leonardo Negrão/Global Imagens)

Onde é que estava no 25 de Abril?
Estava em Saigão e na véspera tinha jantado com o presidente do Parlamento, o senhor Tram van Lang, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros. Na manhã de 25, telefona-me a dar a notícia dizendo “boas notícias: a sua revolução ganhou”. Eu tinha-lhe dito que provavelmente um grupo de militares patriotas, como  Spínola, Silvério Marques, Galvão de Melo, iriam provavelmente mudar a situação em Portugal. Daí o senhor pensar que eu estava dentro do movimento!
Qual foi a sua reacção? 
Mandei um telegrama ao marechal Spínola  felicitando-o e informando-o de que estava à disposição para o que fosse útil.
Que episódio o marcou mais? 
O ambiente festivo e alegre que rodeou o golpe militar e que me parece uma característica única portuguesa.
Qual é a figura que na sua opinião marcou o 25 de Abril? 
O marechal António de Spínola.
O que mudou na sua vida pessoal? 
Passei a ter a possibilidade de transmitir as minhas opiniões políticas nos meios de comunicação,  quando antigamente só o semanário monárquico O Debate é que me entrevistava. Por outro lado, a angustiante situação que se começou a viver nos antigos territórios ultramarinos, assim como o facto de o COPCON (Comando Operacional do Continente) ter invadido o meu escritório, também me marcaram bastante. A partir de certa altura, passei a dormir fora de casa.
O que de positivo trouxe o 25 de Abril? 
Obviamente, as novas liberdades políticas que a II República nunca tinha aceitado foram um dado altamente positivo. Mas a participação cívica dos portugueses na construção do nosso futuro ainda está muito longe do que deveria ser, apesar de já terem passado quase 40 anos.
E de negativo? 
O mais grave foi o modo altamente irresponsável como foi transferido o poder nos antigos territórios ultramarinos para os “movimentos de libertação armados” sem qualquer consulta democrática das populações. Essa situação levou às guerras civis que destruíram a maioria desses países e durante anos provocaram centenas de milhares de mortos, comprometendo gravemente o seu desenvolvimento económico e político. A própria economia portuguesa sofreu um enorme atraso do qual ainda não recuperámos. Este atraso tem de ser calculado comparando-nos, por exemplo, com a Espanha, que em 1974 não estava mais desenvolvida do que Portugal e que entretanto nos ultrapassou graças a uma transição democrática pacífica, que ficou a dever-se ao facto de ser uma monarquia.
O que falta mudar? 
Falta uma verdadeira educação cívica e moral (ou ética, como preferem dizer os politicamente correctos) para que as liberdades e instituições democráticas sejam utilizadas para o bem da sociedade e não para o enriquecimento pessoal e imoral de muitos, o que desacredita profundamente esta III República e tem sido a causa do nosso deficit e económico.
A desresponsabilização e a impunidade dos desonestos são, em parte, provocadas pela nossa obsoleta e viciada legislação.
Ainda faz sentido falar nos ideais de Abril? 
Os ideais de liberdade e progresso e etc. fazem todo o sentido continuar a ser defendidos. As utopias políticas e económicas que contribuíram para o Estado entrar em falência fraudulenta é que fazem menos sentido.
O que acha quando se diz que Portugal precisa de uma nova revolução? 
Eu tenho defendido a necessidade de uma revolução cultural e moral. Cultural, para que consigamos perceber que os responsáveis do drama que vivemos somos nós próprios. Por ignorância e por falta de raciocínio lógico, tomámos decisões económicas e políticas erradas. Moral, porque a imoralidade, causa da corrupção, é o principal factor do deficit das contas públicas. Uma entidade internacional especialista nos problemas da corrupção calculou que se esta tivesse sido controlada  Portugal estaria hoje ao nível económico da Dinamarca. Com uma excepção, que acaba por confirmar a regra, nos países europeus onde a chefia de Estado é independente, nomeadamente onde é assumida por reis e rainhas, os desvios dos governos têm sido melhor controlados.

sábado, 22 de março de 2014

Como encarar o artigo 288.º b) da Constituição da República Portuguesa?


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Do que se trata?
O artigo 288.ºb) da Constituição da República Portuguesa, situa-se nos Limites Materiais de Revisão Constitucional e diz o seguinte: “As Leis de Revisão Constitucional terão que respeitar: b) a forma republicana de governo”.
O que são os “Limites Materiais de Revisão Constitucional”?
É uma parte da Constituição que consagra irrevogáveis vários princípios considerados basilares para o regime político e que alterando-os significaria alterar grande parte da Constituição da República Portuguesa.
Mas, o que é a “forma republicana de governo”?
Segundo alguns teóricos republicanos significa que os cargos têm que partir de uma eleição, não podem ser vitalícios e terá que haver separação de poderes. Ou seja, no que diz respeito, em concreto, ao sistema republicano, todos os cargos políticos têm que partir de uma eleição. Desde uma Assembleia de Freguesia, até ao Presidente da República, passando pela Assembleia da República, etc.
Mas há uma “forma republicana de governo”?
A forma republicana de governo, tanto pode existir, em abono da verdade, tanto no seio de uma República consagrada como a Portuguesa, assim como pode existir nas Monarquias Constitucionais Europeias.
O que ambas têm em comum?
São formas democráticas de governo. Agora o que temos que ter em atenção, é o facto de que, em termos positivos, a “forma republicana de governo”, tal como está consagrada nos Limites Materiais de Revisão Constitucional, impede o pronunciamento democrático, em referendo, colocando como hipótese uma Monarquia, porque é um regime antagónico ao republicano, mesmo sabendo, que todas as Monarquias Europeias actuais são regimes democráticos.
Mas a Monarquia não pode ser um bom serviço à república, no sentido clássico do termo?
Na prática sim! Todas as Monarquias actualmente existentes na Europa, são autênticas republicas. Pelo simples facto de que os cargos políticos são elegíveis. Ora, O Trono não é elegível, não é um cargo político. Alguns poderão dizer que houve na Europa Monarquias Electivas, como no Sacro Império Romano Germânico ou no Reino da Polónia. Mas mesmo no primeiro, a Dinastia Habsburgo desde o século XV até ao início do século XIX assumiu a Hereditariedade desse Império. A Monarquia Portuguesa de algum modo também era electiva, embora, fosse também hereditária! As Cortes confirmavam sempre o Sucessor Natural do Rei ou da Rainha anteriores! Podemos, perfeitamente considerar que os Reis e as Rainhas são os que mais transparentemente assumem com independência, equidistância e isenção, o melhor serviço ao bem comum, precisamente por não estarem dependentes de eleições ou de grupos de interesse variados, nomeadamente partidos ou grupos económicos. A Coroa tem apenas como único objectivo servir o bem comum, incentivando os Cidadãos às boas práticas de serviço público nos mais variados quadrantes da sociedade e responsabilizando sempre os Governantes, procurando muitas vezes compromissos e consensos fundamentais para a boa governança das Nações.
Então, mas assim, como encarar o artigo 288.ºb) da Constituição da República Portuguesa?
Em primeiro lugar, considerando que se trata de uma profunda injustiça, dando a entender que há portugueses de primeira (republicanos) e portugueses de segunda (monárquicos), é preciso denunciar esta espécie de discriminação passiva de uma cada vez maior parte da população portuguesa que se revê e/ou tem simpatias pela Família Real Portuguesa e pela Monarquia.
Em segundo lugar, no plano estritamente institucional, todos os portugueses que se envolverem numa tentativa de proposta de alteração da Constituição, propondo uma dupla revisão constitucional que consagre a “forma democrática de governo”, não devem logo apresentar a ideia de um referendo sobre a Monarquia. Devem primeiro, com base no primeiro ponto, dizer que o que deve estar sempre consagrado é a Democracia, é a alternativa Democrática também no que toca ao regime político democrático.
Em terceiro lugar, considero que não cabe a nenhum partido político e muito menos aos Deputados da Nação, dizerem, em nome do povo, o que faz ou o que não faz sentido, ou que querem dar a entender que o Povo Português quer a República, quando esta nunca foi referendada e foi imposta como muito bem sabemos. Considero ser um abuso de poder inqualificável e ofensivo à Soberania Popular da Nação, consagrada, aliás, curiosamente, na própria Constituição da República! Em todas as circunstâncias, deve caber ao Povo Soberano, de poder decidir se um dia quer ter a Monarquia como regime político democrático e não cabe a nenhum grupo de interesse decidir isso, em nome desse mesmo povo!
Finalmente, é importante referir, que o combate, já começou há muito tempo. E foi logo em 1910! Trata-se de um combate duro e implacável. Como Monárquico não fujo a este combate, pois recordo-me dos muitos que morreram ao acreditar na Bandeira Azul e Branca e nos princípios por ela representados, e por outro lado, tendo em consideração o estado a que a República trouxe Portugal, apelo a todos os Monárquicos para se unirem em torno da Família Real Portuguesa, que serremos fileiras, e que de Norte a Sul, passando pelas Regiões Autónomas e pela Diáspora, afirmemos claramente o nosso propósito de Salvação da Pátria, enquanto é tempo!

David Garcia 

sexta-feira, 21 de março de 2014

18º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., DOM AFONSO DE SANTA MARIA, PRÍNCIPE DA BEIRA


 
No próximo dia 25 de Março, Terça-feira, pelas 19h, iniciam-se as celebrações da maioridade de S.A.R.,  Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, com uma Missa de Acção de Graças na Igreja da Encarnação ( ao Chiado, Metro : Baixa-Chiado ) organizada pela Família Real e presidida pelo Exmo. e Rev. Cónego João Seabra. Apelamos à participação dos nossos associados e amigos, que poderão a seguir apresentar os seus cumprimentos ao nosso Príncipe.

quinta-feira, 20 de março de 2014

EM MONARQUIA, OUTRA JUSTIÇA!

 

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Um País para se projectar na senda do desenvolvimento tem que consolidar três pilares fundamentais de qualquer Estado de Direito: saúde, educação e Justiça. Ora, a Justiça em Portugal é, nos dias que correm, o paradigma da inépcia e, muitas vezes, da inércia. A Justiça tem forçosamente que dar resposta célere aos problemas que lhe são colocados, sob pena de serem suscitadas as maiores injustiças.

Uma vez que, desde que surgiu, o Homem sempre se organizou em comunidade, em sociedade, foi necessário criar normas que o subtraíssem do arbitrário e definissem a conduta humana em sociedade, daí “onde há sociedade, há direito”. Se há ordem, tem que haver ordem jurídica! Tem que haver normas jurídicas para dirimir os conflitos de interesses que fatalmente surgem nas relações sociais.
Todos vivem sob o Direito!
Assim, direito será o conjunto de normas de conduta social, emanadas pelo Estado e asseguradas pelo seu ius imperium.
Assim, uma ordem jurídica visa atingir dois valores: a segurança e a Justiça!
Se é certo que o Direito é o mínimo ético, não é menos verdade que entre Moral e Direito existem grandes zonas de convergência, sendo mesmo insustentável uma sociedade alheia aos conceitos morais dessa sociedade, devendo ficar de fora do direito os usos prejudiciais, e, acautelados os que tiverem bondade.
Assim ao Direito impende a organização das relações sociais segundo a Justiça – seu grande objectivo – o que faz através de normas jurídicas. As normas jurídicas possuem três características são: Imperativas; Gerais e Abstractas; e Coercivas!

É da análise da generalidade que constatámos que a norma jurídica refere-se a toda uma categoria mais ou menos ampla de pessoas e não a destinatários singularmente determinados. Já a abstracção implica que a norma se aplique a um número indeterminado de casos ou a uma categoria mais ou menos ampla de situações e não a situações concretas e abstractas, por isso a Justiça é caracterizada com os olhos vendados e uma balança equilibrada, pois tem de garantir a imparcialidade, de ser igual para todos, não caindo na injustiça do tratamento diferenciado, garantindo o princípio da igualdade.
É nos momentos de legislar e de aplicar o direito que se tem que ter especial cuidado para que seja garantido o princípio da igualdade, ou seja garantir que a Lei é igual para todos, independentemente, da classe ou qualquer outro elemento diferenciador dos sujeitos, sob pena de negação do Direito e da Justiça.

A falta de Celeridade processual nas instituições que aplicam a Lei, os Tribunais, é hoje o principal obstáculo à realização de uma Justiça recta e imparcial.
Ora esta falta de celeridade sempre foi considerada um dos principais óbices ao “fazer justiça”, pelo que no tempo dos nossos antigos e amados Reis, os próprios monarcas sempre recomendaram aos agentes judiciais que tivessem em atenção essa questão que poderia perigar a justiça efectiva.
O ceptro era não só o símbolo do poder real, conceito herdado do tempo dos Césares, mas o símbolo que representava a Justiça. O Rei injusto seria um castigo enviado ao Povo, pelo que o próprio monarca cuidava para que tal maleita não viesse de forma alguma a acontecer.

O primeiro conjunto de leis portuguesas é da autoria de Afonso II e visaram principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda.
Mas o pai do “Estado Português”, foi sem dúvida Afonso III, pois determinado a não cometer os mesmos erros do irmão, El-Rei dedicou especial cuidado à classe média de mercadores e pequenos proprietários, auscultando os seus queixumes. Também, distribuiu alcaides pelos castelos e juízes pelas diferentes vilas e terras do reino com o propósito de estabelecer um poder legal com o qual todos os habitantes do Reino português mantivessem uma relação de igualdade. O Rei foi muito querido pelos portugueses por essas decisões e outras como a da abolição da anúduva – imposto do trabalho braçal gratuito, que obrigava as gentes a trabalhar na construção e reparação de castelos e palácios, muros, fossos e outras obras militares, ou, ainda, por nas Cortes de Leiria, em 1254, na primeira destas assembleias gerais do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Dom Afonso III preparar legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida.

Depois, socorramo-nos das palavras de Fernão Lopes, in Crónicas, descrevendo a actividade de Juiz Supremo d’ El-Rei Dom Pedro I: “Trabalhava-se quando podia de as gentes não serem gastadas, por azo de demandas, e prolongados preitos”. Ou seja nas suas Ordenações, o Rei cuidava para que as pessoas não andassem demasiado tempo em conflito judicial, nem tão pouco gastassem muito dinheiro com o pleito.

Bem diversa é a situação contemporânea em que o acesso ao Direito é negado pela forma mais limitativa: as custas judiciais. Incapazes de fazerem face às despesas com a justiça – sobrecarregada com taxas judiciais – poucos são os que têm capacidade de recorrer aos tribunais para realizar os seus direitos, e muitas vezes recai nos Advogados que exercem o patrocínio oficioso o ónus de defender esses direitos quase em regime pro bono e sem poder lançar mão de todas as “ferramentas” necessárias à justa composição da lide, limitados que estão pelo defeito do sistema que onera demasiado a produção de prova não testemunhal.

Bem diferente era pois a posição do Reformador, Dom Pedro I, que ordenava que fosse logo despachado o que estava nessas condições para que as partes in casu concreto não andassem em “demanda prolongada nem façam despesas grandes”, ou seja, El-Rei exigia uma justiça célere e que não fosse dispendiosa quer para as partes quer para o Estado.
Parece-nos pois que noutros tempos, os da Monarquia, também, eram outros os exemplos!
 
Miguel Villas-Boas
 
Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica

terça-feira, 18 de março de 2014

DESMITIFICANDO A MONARQUIA


A Causa Real tem vindo a desenvolver um trabalho de análise e divulgação de estudos e dados referentes às realidades sociais, políticas e económicas a nível mundial, tendo o cuidado de recorrer apenas a fontes fidedignas, apolíticas e de reconhecida credibilidade a nível internacional.
 
O objectivo principal destes estudos publicados pelo Economist Intelligence Unit, a OECD, as Nações Unidas, o Banco Mundial, e outras entidades, é realçar, da forma mais clara e objectiva possível, situações dramáticas de quem sofre pesadas restrições e violações aos seus direitos e liberdades elementares, dando assim maior visibilidade a estas tristes realidades. Consequentemente, temos hoje acesso a uma série de bases de dados independentes e actuais, quantificando e relativizando os níveis de desenvolvimento humano, económico, social e político de cerca de 190 países à volta da Terra.
 
O combate da Causa Real tem sido sempre em prol de Portugal, uma realidade que vemos maior do que qualquer regime, grupo ou ideologia. Não sendo uma solução ideal ou uma panaceia para todos os nossos males, estamos convictos de que a Instituição Real é a forma de Chefia de Estado que melhor serve os interesses de Portugal e dos portugueses. Sustentando esta convicção, para além da nossa profunda tradição monárquica e da riquíssima literatura publicada ao longo dos últimos 100 anos defendo o nosso ideal, temos os resultados visíveis da nossa infeliz experiência “republicana” e, cada vez mais, os exemplos claros de sucesso que vemos nas monarquias modernas.
 
“Monarquia e democracia é uma conjugação política de sucesso, de sucesso social, de sucesso democrático, de sucesso económico” escrevia Pedro Correia recentemente e reproduzido nestas páginas. Continuaremos a demonstrá-lo com factos e exemplos concretos, pois a tão necessária e urgente desmitificação do ideal monárquico passa por aqui.
 

domingo, 16 de março de 2014

O REI SÓ VEM SE O CHAMARMOS. DE QUE ESTAMOS À ESPERA?

 


O Rei só vem se o chamarmos. Trabalha todos os dias e há muitos anos em prol de Portugal, cá dentro e lá fora. Espera por nós e está pronto a servir o país e todos os portugueses, sem excepção. O Rei nesta república está de certo modo "manietado", e somos nós quem o pode libertar. Se o queremos, temos que exigir ao Estado que nos permita escolher em consciência o regime em que queremos viver. Eis a mensagem que S.A.R. O Senhor Dom Duarte nos deixa, e que considero um pedido feito a todos nós:
"Só aceitarei a chefia do Estado se ela resultar da vonta­de popular livremente expressa. Como sabe, de acordo com a tradição e as leis da Monarquia portuguesa, um príncipe só passa a ser rei depois de aclamado pelas Cortes, ou seja, no Parlamento, isto é, pelos representantes do povo português".

 
S.A.R. Dom Duarte de Bragança


D. JOSÉ POLICARPO (1936-2014). O CARDEAL DO DIÁLOGO E DA ESPERANÇA



Pensador e académico com vasta obra publicada, D. José Policarpo morreu esta quarta-feira aos 78 anos. Foi Cardeal Patriarca de Lisboa durante 15 anos. 

Acreditava que "os homens se podem entender, porque o que têm em comum é prévio ao que os separa", disse numa carta ao filósofo Eduardo Prado Coelho.

"O diálogo intercultural e inter-religioso continua a aparecer-me como a única saída digna do homem", escreveu a Prado Coelho. "A fé cristã, na sua autenticidade profunda, gera uma necessidade de abertura ao outro, pois só conhecendo-o eu o posso amar, e só amando-o eu lhe posso testemunhar a alegria inaudita de ser cristão."
O Patriarca D. Manuel Clemente diz que “mantém-se viva a feliz memória do seu trabalho e do muito que a Igreja de Lisboa e a Igreja em Portugal deve à sua generosidade e à sua lucidez, à sua grande bondade com que exerceu o seu Ministério."

D. José Policarpo cresceu no seio de uma família numerosa, com oito irmãos, e descobriu a vocação no dia em que foi crismado.

“A recordação mais antiga que tenho do desejo de ir para o seminário é o do dia do meu Crisma”, recordava D. José Policarpo numa entrevista concedida ao jornal “Voz da Verdade”, em Outubro de 2011.
Tinha como sonho ser o Padre da aldeia, mas a Igreja chamou-o sempre para outras funções.

Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa a 26 de Maio de 1978, recebeu a Ordenação Episcopal a 29 de Junho do mesmo ano e, em Março de 1997, tornou-se arcebispo coadjutor do Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, a quem sucedeu como Patriarca a 24 de Março de 1998.

Natural da pequena aldeia do Pego, na freguesia de Alvorninha, concelho das Caldas da Rainha, Policarpo cresceu no seio de “uma família cristã muito piedosa”, como o próprio refere, e acabaria por entrar para o seminário de Santarém.

Passou, depois, pelo seminário de Almada, um tempo que recorda com saudade e boa disposição: “Tive dois cargos no seminário de Almada. Um deles era ser o encarregado da loja onde a rapaziada comprava as coisas. Depois, fui encarregado do laboratório. Tinha a chave e ia para o laboratório sempre que quisesse! Uma vez, ia lá ficando, porque me pus a fazer uma experiência por minha conta e risco e apanhei um choque enorme”.

Formou-se em Filosofia e Teologia, no seminário maior do Cristo-Rei, dos Olivais, e passou por Roma e pela Pontifícia Universidade Gregoriana, antes de regressar a Portugal, para ocupar vários cargos na Universidade Católica, desde docente a director da Faculdade de Teologia e, até, a reitor da Universidade, tendo deixado o cargo em 1996.

Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo nunca deixou de ter um olhar crítico para com o país e a sociedade que o rodeava.

“Estamos num tempo em que isto já não vai lá com lutas sectoriais e soluções parciais”, afirmou em Dezembro de 2009. “Estamos num tempo em que o grande desafio é de correcção de rota em termos de civilização.”

A preocupação com as famílias e a justiça social também foi sempre uma constante. Na abertura de uma conferência episcopal em Fátima, em 2011, afirmou: “A solidariedade exige a equidade dos sacrifícios que se pedem, dos contributos que se esperam de cada pessoa ou de cada grupo social”.

Os problemas que a própria Igreja atravessou nos últimos anos, como os casos de pedofilia, também não foram indiferentes ao seu discurso e foram abordados com frontalidade.

Durante o seu mandato, a sociedade portuguesa passou por profundas transformações e, por várias ocasiões, Igreja e Patriarca opuseram-se às decisões políticas. São exemplos a liberalização do aborto e aprovação do casamento homossexual.

Foram vários os momentos polémicos de D. José Policarpo. Uma das suas declarações irritou, em particular, a comunidade muçulmana.

“Cautela com os amores. Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmano. Pensem muito seriamente. É meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou em Janeiro de 2009, num debate ocorrido na Figueira da Foz.

Em Outubro de 2012, em pleno clima de contestação social no país, criticou os protestos, afirmando que não se resolve nada protestando nas ruas. “Estes problemas foram criados ao longo e muito tempo, por nós e por quem nos governou”, defendeu.

Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo recebeu duas visitas papais. João Paulo II veio a Portugal no ano 2000 e, dez anos depois, foi a vez de Bento XVI.

Enquanto cardeal participou no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, e, em 2013, na eleição do Papa Francisco, que tinha sido feito cardeal por João Paulo II no mesmo consistório que D. José Policarpo (a 21 de Janeiro de 2001).

Durante o seu mandato, Lisboa acolheu também, em 2005, o Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que levou milhares de pessoas às ruas da cidade. Uma oportunidade para debater os novos desafios lançados à Igreja, mas também o que é necessário mudar para que se adapte aos tempos actuais.
A vontade de estar perto das pessoas levou o Patriarcado de Lisboa a abrir-se às novas tecnologias e, em 2011, foi lançado um novo portal na Internet.

No mesmo ano, D. José Policarpo assinalou 50 anos de sacerdócio. Uma das várias iniciativas que marcou a data foi a publicação de um livro sobre os seus pensamentos. “Atraídos pelo infinito” conta com textos de D. Manuel Clemente, que agora lhe sucede como Patriarca de Lisboa.

Por essa altura, já o Cardeal Patriarca tinha apresentado a resignação ao Papa, por ter atingido o limite de idade de 75 anos. Fê-lo oficialmente numa carta dirigida a Bento XVI a 17 de Fevereiro, mas Bento XVI pediu-lhe que prolongasse o seu ministério “por mais dois anos”.

D. José Policarpo acabaria assim por ficar até à resignação do próprio Bento XVI – notícia que, confessou na altura aos microfones da Renascença, também o apanhou de surpresa.

Foi já depois da eleição do Papa Francisco que a sua resignação foi aceite, a 18 de Maio de 2013. O Papa nomeou para o cargo de patriarca D. Manuel Clemente, até à data bispo do Porto.

Terminada a missão como Patriarca de Lisboa, fica a memória de um dos vários convites à acção que fez durante o mandato. “Convido-vos a todos, a partir do nosso bairro, a sermos verdadeiramente cidadãos activos deste mundo novo que queremos construir”, afirmou na conferência “Portugal, o país que queremos ser”, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

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D. José Policarpo "influenciou a forma de ser Igreja em Portugal", afirmou D. Manuel Clemente na homilia da missa exequial.


"Foi uma bússola de Norte firme". O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, na homilia da missa exequial por D. José Policarpo, na Sé Catedral de Lisboa, referiu que o Patriarca Emérito viveu à imagem do Bom Pastor, como Cristo disse: "Eu sou o Bom Pastor, o pastor dá a vida pelas ovelhas".

Recordando "décadas de convívio próximo e colaboração directa", D. Manuel Clemente começou por agradecer tudo o que fez por si e pelos seus colegas.

"Foi uma bússola de Norte firme", mesmo em alturas mais difíceis. "Não seríamos o que somos sem ele".
Lembrou "a serenidade, prudência activa do Padre Policarpo", que, depois, já como Bispo, “influenciou a forma de ser Igreja em Portugal". D. José operou uma "alta síntese de lucidez e bondade que ilustra o que é ser Igreja em Portugal".

"Não seríamos como somos, convivência Igreja-Estado, sem a sua marca forte e a grandeza do seu coração, um pastor sempre disponível para todas as ovelhas", acrescentou, salientando "o seu certeiro magistério e bondade de coração".

D. Manuel Clemente espera "continuar o caminho" traçado pelo seu antecessor no Patriarcado de Lisboa.
A celebração eucarística abriu com a leitura pelo Núncio Apostólico de uma mensagem do Papa. No texto, Francisco salienta "a preciosa colaboração nos organismos da Santa Sé" de D. José Policarpo e o seu trabalho à frente da Universidade Católica portuguesa. O Papa enviou a sua benção apostólica a todos os que participaram na celebração.

Fonte: RR

sexta-feira, 14 de março de 2014

UM REI COMO CHEFE DE ESTADO


www.causareal.pt
“Temos que incentivar uma mudança de atitudes, uma abertura de espírito, para que haja um franco e alargado debate de ideias ... para que os portugueses possam escolher livremente, e em boa consciência, o regime que melhor defenderá os seus interesses e os interesses do seu País.

Achamos que esse regime é aquele que tem o Rei como Chefe de Estado. É nossa obrigação apresentar essa alternativa aos portugueses. Por Portugal."


Luis Lavradio, Presidente da Causa Real


ASSOCIE-SE À CAUSA REAL, INSCREVA-SE NA REAL ASSOCIAÇÃO DA SUA REGIÃO

domingo, 9 de março de 2014

UNAM-SE PELA PÁTRIA! (LIÇÕES DA HISTÓRIA)



"Portugueses, unam-se pela Pátria: sejamos fortes e mostremos ao mundo e àqueles que nos seguem atentamente com cobiça, que Portugal há-de renascer ainda, numa era de grandeza e prosperidade. Pensemos no País, sem outras ideias do que a quedevemos ter sempre presente: Nascemos Portugueses, queremos reviver as glórias passadas, queremos levantar bem alto o nome de Portugal, queremos viver e morrer Portugueses!"

Rei Dom Manuel II no exílio (1919)
BASTA DE REPÙBLICA! 
VAMOS RESTAURAR PORTUGAL!

sábado, 8 de março de 2014

II CONGRESSO DA JMP - JUVENTUDE MONÁRQUICA PORTUGUESA



Como já foi anunciado, realiza-se dia 29 de Março, o II Congresso da JMP, em Coimbra.

A reunião magna dos jovens monárquicos é aberta a todos os que queiram participar, sejam, ou não, associados da JMP.

A Comissão Organizadora (COC) é consituída por Catarina Felisberto, Maria Inês Carvalho, Manuel Barata de Tovar, Carlos Galante e Pedro Miranda.

A JMP Coimbra está a preparar um evento memorável! Marca já na tua agenda e fica atento!

Novidades a qualquer momento!



PROGRAMA 2º Congresso da JMP (em actualização)

29 de Março (Sábado)

9:30 - Credenciação dos Congressistas
10:15 – Abertura do Congresso e intervenção do Presidente da Mesa
10:20 – Boas vindas da Comissão Organizadora (COC)
10:25 – Votação da Acta do I Congresso
10:35 – Apresentação, discussão e votação da Proposta de alteração de Estatutos
11:15 – Coffe break
11:30 – Apresentação, discussão e votação do Relatório de Contas e do Parecer do Conselho Fiscal
12:00 - Apresentação, discussão e votação do Programa de Actividades para 2014
12:30 - Apresentação, discussão e votação do Orçamento para 2014

13:00 - Almoço (local a designar)

15:00 – Painel: “Como é que a História da Monarquia é ensinada nas escolas e universidades?” (oradores a designar)
16:30 – Apresentação, discussão e votação das Moções de Estratégia Sectoriais sobre o tema “como pode a JMP alterar a forma como a História da Monarquia é ensinada nas escolas e universidades”
18:00 – Sessão de Encerramento

20:30 - Jantar e festa (local a designar) (programa opcional, não regulamentar/estatutário)

30 de Março (Domingo) (programa opcional, não regulamentar/estatutário)

- Visita à Universidade de Coimbra (hora a designar)




quarta-feira, 5 de março de 2014

Portugal não depende de outros, D. João V


“Não temos de fiarmos
das outras potências,
mas sim de nós próprios”
D. João V

Rei D. Joao V

«D. João V era muito jovem e há pouco tempo rei, quando aprendeu todo o significado que a citação encerra. Foi ensinamento colhido durante a Guerra da Sucessão de Espanha, uma daquelas contendas europeias a que Portugal, pela sua posição geopolítica, não conseguiu ficar neutral. Este ensinamento foi sempre válido nos quase 900 anos que levamos de vida própria e continua a sê-lo hoje em dia, sem embargo das elites portuguesas nem sempre o terem presente.» Tenente‑Coronel PilAv João José Brandão Ferreira


Fonte: O manto do Rei

terça-feira, 4 de março de 2014

REAL COLÉGIO MILITAR



REAL COLÉGIO MILITAR FEZ ONTEM 211 ANOS



O Colégio Militar, que devia continuar a chamar-se Real, comemora hoje (03/03/2014) os 211 anos da sua fundação.
 
O processo de criação do Colégio Regimental da Artilharia da Corte, também conhecido por Colégio da Feitoria, e que deu origem ao actual Colégio Militar, prolongou-se entre 1802 e 1803, tendo sido fixada, mais tarde, a data oficial de 3 de Março de 1803 de modo a assinalar a efeméride.

Foi fundado pelo então Coronel António Teixeira Rebelo, comandante do Regimento de Artilharia da Corte sito no Forte da Feitoria, em Oeiras, com o objectivo de educar os filhos dos oficiais daquele regimento. Preocupado com a ocupação e educação das crianças e jovens familiares da sua guarnição e de civis da região, cria, desse modo, uma escola cujos agentes de ensino seriam os próprios militares do seu Regimento. Os alunos eram inicialmente cerca de vinte.

Em 1805, o Príncipe Regente, futuro D. João VI, manda conceder uma pensão aos educandos daquela escola; e, no ano seguinte, ele próprio visita as instalações da Feitoria, atraído pela fama do pequeno colégio, e ordena que seja aumentada aquela pensão e concedida uma gratificação mensal aos professores. Sempre interessado pelo colégio, o mesmo soberano confere, em 1807, um louvor a Teixeira Rebelo e aos seus colaboradores.

1807 é igualmente o ano em que Teixeira Rebelo deixa o comando do Regimento de Artilharia da Corte, sendo nomeado inspector dos Corpos de Artilharia. O Governo, certamente interessado no prosseguimento da acção educativa de Teixeira Rebelo, autorizou-o a manter-se nas suas funções directivas do Colégio, dando-se os primeiros passos para a autonomização da escola.

Em 1813, o colégio passa a ter existência oficialmente autónoma, adoptando a designação de Real Colégio Militar, com Teixeira Rebelo como director, entretanto promovido a Marechal de Campo.

O Real Colégio Militar foi transferido em 1814 do Forte da Feitoria para o edifício onde desde 1618 funcionara o Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, no sítio da Luz, em Lisboa, aí permanecendo até 1835.

Entre 1835 e 1859, o colégio mudou várias vezes de local (para o sítio de Rilhafoles, no centro de Lisboa, e para o Convento de Mafra). Em 1859 voltou para a Luz, onde ainda hoje se mantém. Desde essa época que os alunos do Colégio Militar recebem o epíteto de "Meninos da Luz".

Com a implantação da República em 1910, o colégio perdeu o título de "Real", passando a denominar-se Colégio Militar.
 
 


Na memória de Portugal ficará sempre o seu Real Colégio Militar.
O 211º Aniversário é hoje celebrado, contribuído por uma tão grande entrega de todo o Batalhão Colegial e de quem o integrou na sua história, ao serviço de Portugal.
É também nele que se inspira a JMP na dedicação certa ao valor pátrio.

Um grande ZACATRAZ neste 3 de Março!