segunda-feira, 30 de abril de 2018

Um manifesto político e ideológico em ouro à Portugalidade

Foto de Nova Portugalidade.

A Custódia de Belém, a grande obra prima da ourivesaria portuguesa do Renascimento, hoje presente nas colecções do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi realizada pelo mestre-ourives Gil Vicente, o dramaturgo a quem se atribuiu a paternidade do teatro português. A peça em ouro e esmalte com 73 cm de altura e pesando seis quilos, foi encomendada por Dom Manuel I e destinava-se à Capela Real. Na base inscreve em friso "o muito alto príncipe e poderoso senhor Rei Dom Manuel I a mandou fazer das páreas de Quíloa", ou seja, o ouro proveniente do pagamento feito pelo Rei de Quíloa (Kilwa, hoje na Tanzânia) em vassalagem ao Rei de Portugal.
A peça, em forma de coluna em estilo gótico que lembra uma árvore que ascende aos céus e anuncia a arquitectura do que viria a ser o Mosteiro dos Jerónimos, apresenta serafins, os doze Apóstolos, a pomba do Espírito Santo em ouro esmaltado em branco e o Deus Pai que sustém o universo. Na base da coluna, as duas esferas armilares de D. Manuel representam o mundo natural e o mundo sobrenatural, alicerces da ideologia manuelina da Expansão.

Foto de Nova Portugalidade.

Nova Portugalidade

DEUS - PÁTRIA - REI

domingo, 29 de abril de 2018

Santidade para todos, santidade em saldo?

Um santo não é um cristão excepcional, mas um não-santo é um cristão fora do normal, porque a santidade é a normalidade da vida cristã.

O Papa Francisco, pela exortação apostólica Gaudete etexsultate, sobre a chamada à santidade no mundo actual, agora publicada, recorda que a perfeição da vida cristã é para todos. Quer isto dizer que a santidade cristã está em saldo?
Poucos foram os fiéis reconhecidos como santos pela Igreja, se comparados com a totalidade dos cristãos. A razão prende-se com a exigência do correspondente processo canónico que, não só requer a demonstração de que o candidato aos altares viveu heroicamente todas as virtudes cristãs, mas também a prova científica de um facto extraordinário atribuído à sua intercessão. Como, em geral, estes milagres são de natureza médica, é imprescindível que uma competente autoridade clínica, de preferência não confessional, declare que a cura obtida não teve, nem poderia ter, explicação natural, em cujo caso não serviria para o efeito.
É verdade que a prova do martírio é mais simples, porque basta demonstrar que a morte foi causada por ódio à religião, como foi a do Padre Jacques Hamel, barbaramente assassinado em pleno altar, a 26-7-2016, por terroristas islâmicos, em Saint-Etienne-du-Rouvray, França. Talvez também seja o caso do igualmente francês tenente-coronel da polícia, Arnaud Bellarme, que, apesar de ter sido maçonda Grande Loja de França (Jornal i, 26-03-2018), estava em processo de conversão ao Cristianismo e preparava-se para contrair matrimónio católico, com a mulher com quem já estava casado civilmente. Como S. Maximiliano Maria Kolbe, que foi morto a 14-8-1941 em Auschwitz e que a Igreja venera como mártir, também Bellarme deu heroicamente a sua vida pelo próximo.
São relativamente poucas as pessoas que são beatificadas ou canonizadas, mas convém não confundir a santidade cristã com esse reconhecimento formal. Ou seja: quando a Igreja católica a todos os fiéis convida à santidade – nomeadamente pela exortação apostólica Alegrai-vos e exultai, do Papa Francisco – não banaliza a santidade, porque a todos é pedida a perfeição da caridade no exercício do apostolado cristão. Que a excelência da sua virtude venha, ou não, a ser posteriormente reconhecida pela máxima autoridade eclesial é, na realidade, de somenos importância. Até porque a glorificação de um fiel serve, precisamente, para promover a santidade e não o próprio: não se chega a santo pela ‘vaidade’ de sê-lo, mas por amor a Deus e pelo serviço aos irmãos.
Mas, o que é a santidade? É frequente ouvir-se dizer: ‘Eu cá não sou santo nenhum!’ Dizem-no os que assim se desculpam dos seus defeitos mas, mais do que desculpa, essa afirmação, dita por um cristão, é uma confissão de culpa, porque todos os fiéis deveriam ser santos e, se o não são, é por sua única responsabilidade, pois a graça do baptismo e demais sacramentos é suficiente para o efeito. Um santo não é um cristão excepcional, mas um não-santo é um cristão fora do normal, porque a santidade é a normalidade da existência cristã. Os primeiros cristãos assim pensavam e diziam: tratavam-se por santos e, de facto, muitos deles vieram a ser mártires da fé.
Outro equívoco comum é o de supor que os santos o foram porque fizeram coisas que não são deste mundo. De um santo esperam-se aparições e visões, êxtases, grandes jejuns, penitências insofríveis, curas espantosas, vozes estranhas e levitações … E, quando nada disso constava na biografia de um bem-aventurado, não faltavam hagiógrafos menos escrupulosos que inventassem fenómenos rocambolescos. De São João de Deus, apesar de ter nascido normalmente numa família alentejana, disse-se depois que, quando foi dado à luz, resplandeceu um clarão incrível em Montemor-o-Novo, sua cidade natal, ao mesmo tempo que, misteriosamente, começaram a repicar os sinos da terra, anunciando o nascimento do santo …
Desde tempos imemoriais, a Igreja teve a preocupação de expurgar as hagiografias de tudo o que, por não ser verdadeiro, afasta os santos do comum dos mortais. De nada nos servem colecções de super-homens ou de ‘misses’ mundo da santidade se, afinal, nada têm a ver connosco. Precisamos, pelo contrário, do exemplo de gente comum que, apesar das suas imperfeições, alcançou o ideal da caridade cristã.
Assim eram, com efeito, aqueles primeiros santos que o próprio Cristo escolheu para seus discípulos. Homens e mulheres normais, que nunca deixaram de o ser. Eram pecadores – como Maria Madalena, Pedro e Paulo – mas maior foi a sua caridade, porque a santidade não radica tanto na ausência do pecado, como na grandeza do amor. Por isso, Jesus de Nazaré preferiu a mulher que amou muito, mesmo tendo sido pecadora, em detrimento do irrepreensível fariseu, que talvez nunca tivesse cometido nenhuma falta grave, mas que pouco amava (Lc 7, 36-50). A santidade cristã é isso: saber-se infinitamente amado por Deus e amar Deus e os outros com esse mesmo amor.
Este nosso mundo tem muita necessidade de santidade, precisamente porque tem uma enorme carência de amor. O aborto, a guerra, o divórcio, a eutanásia, etc., são os pecados do egoísmo e do desamor: não se superam só com melhores leis, mas sobretudo com mais caridade, ou seja, mais espírito cristão, mais santidade.
Todos os domingos e festas, a Igreja canta a Deus: “Só vós sois o Santo”. Só Deus é santo: as criaturas apenas participam da santidade divina e, por isso, não são adoradas, mas apenas veneradas. Também se honram os notáveis da pátria e se preza a memória dos familiares defuntos. A Igreja é um povo que louva os seus heróis e uma família que não esquece os seus melhores filhos.
De todas as criaturas santas, há uma só que mereceu o superlativo da santidade: a ‘santíssima’ virgem Maria, mãe de Jesus. E, contudo, não só nunca foi beatificada, nem canonizada, como também não se lhe conhece nenhum milagre, porque até o das bodas de Caná não foi feito por ela, embora por sua intercessão. Porque é, então, ‘santíssima’?! Porque, mesmo não tendo feito coisas extraordinárias, tudo fez extraordinariamente bem, ou seja, com muito amor a Deus e aos homens!

Fonte: Observador

sexta-feira, 27 de abril de 2018

D. Duarte Pio: “Desde 1910 que a moral republicana só funciona em ditadura”


Apesar de ser um adepto da democracia e da liberdade, D. Duarte Pio, duque de Bragança e chefe da Casa Real Portuguesa, defende que o país seria mais livre e menos corrupto se voltasse a ser governado por um regime monárquico. Ou seja, por ele, dado que é o herdeiro do trono português. “Há uma tolerância geral no país para a pequena corrupção. E isto tem que ver com a falta de motivações morais e espirituais.” Sobre o actual chefe de Estado português chega a dizer: “O Presidente Marcelo actua como um rei, pela sua inteligência política”. E revela que um Presidente dos Estados Unidos chegou um dia a incentivá-lo a candidatar-se à Presidência da República. Uma conversa onde fala ainda do seu amor, Isabel de Herédia, das razões para uma paternidade tardia, e em que ficamos a saber que até se ri das caricaturas que fazem dele. “Desde que não me ponham gago. Que é uma coisa que eu não sou.” Para ouvirem neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

Jornal Expresso

Autarcas Monárquicos entregam Medalha de Honra a Miguel Albuquerque


Autarcas Monárquicos entregam Medalha de Honra a Miguel Albuquerque


A APAM - Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos, de Braga, distinguiu o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, com a Medalha de Honra, a mais alta condecoração da instituição.
A condecoração, que foi entregue pessoalmente pelo presidente da APAM Manuel Beninger, teve em conta “os altos serviços prestados ao país, e, em especial, ao labor que tem desenvolvido em prol da autonomia e do desenvolvimento da região autónoma da Madeira”, refere um comunicado da APAM, que sublinha o facto de Miguel Albuquerque ser conhecido pela sua simpatia para com a causa monárquica.
A Medalha de Honra havia já sido entregue a D. Duarte Duque de Bragança, Chefe da Casa Real de Portugal, a Mário Vaz, Presidente da República da Guiné-Bissau, e a D. Luís de Orleães e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, entre outras individualidades.
A Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos é uma associação que reúne autarcas eleitos de inspiração monárquica numa vertente multipartidária.
Segundo Beninger “a APAM tem como objectivos principais os da criação de laços de cooperação entre os municípios onde participamos em especial no âmbito da ecologia, história, cultura, acção social, empreendedorismo e turismo, bem como na capacitação dos autarcas e na defesa de uma democracia plena”.
A Associação prima pela transversalidade em termos políticos, sendo a única em Portugal com este cariz, o de albergar no seu seio membros de vários partidos.
DEUS - PÁTRIA - REI

quarta-feira, 25 de abril de 2018

KLM Portugal - Flashmob Aeroporto de Lisboa - Vídeo Oficial


Lisboa, uma cidade inesquecível!

Lisboa é uma cidade que dá vontade de ir descobrindo, vendo o que aparece em cada bairro, em cada rua. É uma cidade simpática e segura. Com muita coisa para ver, mas relativamente pequena. É ideal para passar vários dias ou um ponto de partida para passear pelo país. É antiga. É moderna. É, sem dúvida, sempre surpreendente.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Podemos escolher um tópico ou um tema para a explorar. A oferta é vasta: Lisboaromana, manuelina, barroca, romântica, literária, boémia, noturna, a cidade do Fado. E as formas, também as há muito diferentes: a pé, de elétrico, de segway, em autocarro hop-on-hop-off, num tuk tuk, vista do rio num passeio de barco ou na outra margem, depois de atravessar o Tejo num cacilheiro… as sugestões são infindáveis.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
No entanto, há locais obrigatórios, que não se podem perder e fazem sempre parte da lista. Como o bairro histórico de Alfama e do Castelo, com uma das vistas mais fabulosas sobre a cidade e o rio.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Temos de passar pela Baixa, em direção a Belém, o bairro dos Descobrimentos, com a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos Património Mundial. Mas também com o original Museu dos Coches ou o moderno Centro Cultural de Belém. Ah, e não nos podemos esquecer de provar os deliciosos pastéis de nata!
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Guardamos o fim da tarde e a noite para conhecer o Chiado e o Bairro Alto, polos de animação garantida. Assim como o Cais do Sodré, mais próximo do rio.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Mas a parte nova da cidade também não pode ser esquecida. Seja para visitar alguns museus de referência como o Museu Calouste Gulbenkian, na zona norte, ou continuando pelo rio, o Museu Nacional do Azulejo. Fica a caminho do Parque das Nações, a zona portuária que foi completamente reconstruída para a Exposição Universal de 1998. É hoje um espaço de lazer importante, com uma nova paisagem urbana.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Para além de todos os locais para visitar, ao longo de todo o ano Lisboa é palco de muitos eventos que animam a cidade e se anunciam na nossa agenda. E em 2017, Lisboa é Capital Ibero-americana de cultura, facto que é celebrado num programa com cerca de 150 atividades que inclui exposições, teatro, concertos, dança, colóquios, roteiros e eventos de gastronomia.
Espetacular Surpresa no Aeroporto de Lisboa
Uma coisa é certa, Lisboa é uma cidade inesquecível!

Os portugueses são livres e não sabem ser outra coisa

Foto de Nova Portugalidade.

Independência, liberdade, quer dizer vida; e vida quer dizer – concordância entre o meio e o fim, obediência do condicional ao absoluto, sacrifício do inferior ao superior, do criador individual e animal à criatura espiritual.

O antigo português foi livre no sentido verdadeiro da palavra. As descobertas nasceram da sua própria força criadora. Nas cortes, falava, rosto a rosto ao Príncipe, e a sua lança, cravada na fronteira, assegurou a Portugal a nobre independência garantida pelo espírito de sacrifício.

Portugal foi livre, enquanto foi português nas suas obras; enquanto soube realizá-las, obedecendo apenas à sua Vontade vitoriosa.
Sem actividade criadora não há liberdade nem independência. Cada instante de liberdade é preciso construí-lo e defendê-lo como um reduto. Representa um estado de esforço alegre e doloroso; alegre, porque dá ao homem a consciência do seu valor; e doloroso porque lhe exige trabalho nos dias de paz e vida nas horas de guerra.
A escravidão é feita de descanso e de tristeza.

Teixeira de Pascoaes in «Arte de Ser Português».



Nova Portugalidade

DEUS - PÁTRIA - REI


Samaritana ( Fado )

terça-feira, 24 de abril de 2018

A ALVORADA VIRÁ EM PAZ

Foto de TV Monarquia Portuguesa.

"Sosseguem os republicanos e todos os amantes da liberdade, pois nós não somos como os homens do 5 de Outubro: nós não recorreremos a pistoleiros e bombistas, não assassinaremos Chefes-de-Estado, não armaremos paisanos, não faremos tábua-rasa de resultados eleitorais, não faremos medições frenológicas nem desterraremos opositores, não teremos prisões privativas nem juízes nomeados pelo governo, não faremos assaltos à imprensa livre, não viciaremos resultados eleitorais, não proibiremos partidos políticos, não empurraremos ninguém para o exílio, não lançaremos a polícia sobre os sindicatos, não teremos Olímpios nem Camionetas Fantasma.
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Se a Restauração vier, virá para aprofundar a liberdade e a união de todos os portugueses. Foram cem anos perdidos, de bagunça seguida de ditadura e ditadura seguida de bagunça. 
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As pessoas sabem que a coisa está por um fio e antes nós - essa maioria silenciosa que esperou e começa a despertar - que a violência do povo à solta, entregue às paixões irracionais do saque e da vingança. 
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Mudaremos em paz, com todos, com as leis, os tribunais e em ordem.
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Nuno Castelo-Branco







Prove Portugal HD

A Alma e a Gente - A Capital mais Antiga

Reais conversas

DEUS - PÁTRIA - REI: Reais conversas: É já na próxima Sexta-feira, dia 27 de Abril que terão lugar na Casa da Cultura da Ponte da Barca, sita na Rua Dr. Joaquim Moreira de...

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Terra de Santa Cruz

 Pintura “A Primeira Missa no Brasil” de Victor Meirelles (1860). A celebração da primeira Missa na Terra de Santa Cruz foi feita pelo bispo português Henrique de Coimbra, onde hoje é a cidade de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia.

Há 518 anos atrás, as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegavam em Porto Seguro, no litoral sul do estado da Bahia, onde nasce a Terra de Santa Cruz. Portugal pisava nas Américas e criava o primeiro império continental da história. Através da Ordem de Cristo e, posteriormente, da Companhia de Jesus (os jesuítas), os portugueses transformaram o Brasil em uma nação católica, tendo formado o país e introduzido na Civilização Cristã. 


Como dizia Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei Dom Manuel I, Portugal não veio para explorar ou escravizar os povos nativos e, sim, para cristianizar e enriquecer o Brasil. A Coroa Portuguesa teve, inegavelmente, papel crucial na história do Brasil. O Brasil sem Portugal não existe, não existe Brasilidade sem Portugalidade, negar isso é negar o país e nossas raízes, ao negar isso não temos referência, muito menos história.

Danilo Pinheiro dos Santos




Feliz 22 de Abril, feliz dia do descobrimento do Brasil

Foto de Nova Portugalidade.

Foi a 22 de Abril que chegaram a Porto Seguro as treze embarcações da armada de Pedro Álvares Cabral. Começou naquele dia a aventura de evangelização e civilização que construiria através dos séculos, sob a sombra da cruz e do estandarte português, a imensa nação brasileira. Esse Brasil - português, centenário, bastião da Portugalidade nas Américas - é a grande herança de Cabral ao povo brasileiro. E é dever do povo brasileiro preservá-lo, salvar-lhe a raiz lusíada e projectá-lo para o futuro como o maior e mais forte dos países portugueses.


DEUS - PÁTRIA - REI

sábado, 21 de abril de 2018

Interview de la duchesse de Bragance



Dans un entretien au magazine portugais Flash, la duchesse de Bragance évoque l’éducation de ses trois enfants et confie qu’elle insiste pour qu’ils fassent des études en vue d’avoir ensuite des perspectives professionnelles. Afonso, prince de Beira suit des études en relations diplomatiques et sciences politiques, la princesse Francisca étudie la communication et Diniz, le cadet termine ses études au lycée et semble s’orienter vers des études de gestion d’entreprises.
La duchesse évoque aussi la place de la religion dans leurs vies et l’attention médiatique qui fut parfois difficile pour les trois princes. Cliquez ici pour prendre connaissance de l’interview en portugais.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Almancil, uma maravilha de Portugal

DEUS - PÁTRIA - REI: Almancil, uma maravilha de Portugal: Embora pequena, a Igreja de São Lourenço de Almancil, no Algarve, é um dos mais belos exemplos da arte barroca em todo o mundo portug...

quinta-feira, 19 de abril de 2018

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Por favor, privem-se de dizer disparates

Foto de Nova Portugalidade.

Insistem alguns historiadores desonestos no argumento de um “racismo português” igual àquele praticado por ingleses, holandeses e outros europeus e que só a ascensão de Obama à presidência dos EUA constituíra a primeira grande demonstração de paridade de direitos. A ignorância tem destas coisas, pois lembraria aos mais afoitos mistificadores que Portugal teve no século XVI os primeiros bispos negros, no século XVII um grande diplomata e príncipe das letras que dava pelo nome de António Vieira - mestiço muito escuro - e no século XVIII o primeiro primeiro-ministro misto da Europa. Obama foi, assim, como produto promocional sem novidade, apenas tido como excepção para os ignorantes da história portuguesa. Lembro que Ronald Daus - historiador de grande fôlego infelizmente pouco conhecido do público português - estudou durante décadas a antropologia racial portuguesa dispersa pelos azimutes do planeta e chegou a conclusões espantosas; a saber, que o império português foi, durante séculos, mantido, regido e administrado por negros, indianos, chineses, mistos de todos os cruzamentos e até, pasmem-se os ouvidos pudibundos, por escravos. Foi esse o segredo da nossa longevidade. Ao quebrá-lo, em 1820, com a invenção da cidadania - e depois, com a criação das colónias e províncias ultramarinas, acto de estupidez a reboque o colonialismo europeu - perdemos essa grandeza que nos fazia detestados e temidos pelos inimigos de Portugal.

MCB

terça-feira, 17 de abril de 2018

Notícias sem destaque nos jornais

Vitrais.JPG

Por ocasião dos 100 anos da batalha de La Lys, foram inaugurados há dias na Igreja de St. James, em Twickenham nos arredores de Londres, estes vitrais em memória de S.M.F. D. Manuel II e dos combatentes portugueses na I Grande Guerra que o nosso último rei, apesar de no exílio, foi incansável no apoio. Twickenham foi a morada de exílio de D. Manuel II depois da revolução de 5 de Outubro e St. James a igreja que frequentava. Os seus paroquianos nunca o esqueceram. 

por João Távora

DEUS - PÁTRIA - REI 

domingo, 15 de abril de 2018

CAFÉ MAJESTIC Porto

CAFÉ MAJESTIC Porto CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo Em 17 de Dezembro de 1921 pela autoria do Arquitecto João Queiroz, abriu um luxuoso café com o nome de Elite, situado na rua Santa Catarina, o local mais central da cidade. Mais do que um café, o Café Majestic conta a história do Porto. O Porto dos anos vinte, das tertúlias políticas e do debate de ideias. O Porto da “Bélle Époque”, dos escritores e dos artistas. Situado na rua de Santa Catarina, avenida pedonal de comércio e passeio da sociedade de então e de agora, iluminava o passeio com a sua decoração Arte Nova. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo O café teve honras e distinções e recebeu uma visita distinta, o piloto aviador, e mais tarde almirante, Gago Coutinho (que consta sempre acompanhado de belíssimas mulheres), acabado de chegar de mais uma arriscada jornada à ilha da Madeira. Tão agradavelmente surpreendido ficou com o esplendor do novo estabelecimento que lá regressou várias vezes para poder contemplar a beleza de todos os pormenores que o compunham, uma das quais na companhia da famosa atriz Beatriz Costa. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo Embora a abertura ao público fosse um sucesso, a denominação atribuída ao estabelecimento dava-lhe uma aura monárquica que não condizia com o ambiente republicano, burguês e chic dos portuenses contemporâneos. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo O glamour e a elite cultural parisiense eram referências para a cultura portuguesa da altura, tendo influído a escolha do novo nome – Majestic – impregnado de charme “Belle Époque”. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo Sob a égide dos Barrias, em 1992, o café foi encerrado para a execução de um projeto de recuperação que ficou a cargo da arquiteta Teresa Mano Mendes Pacheco. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo Em 1994, depois da substituição do pavimento interior e da reposição do mobiliário original, o Café Majestic foi reaberto. Fotografias encontradas por Fernando Barrias permitiram conservar a alma do local, transportando, com sensibilidade, um passado luminoso para o presente. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo Os inúmeros prémios e o reconhecimento internacional do Café Majestic – “Prémio Especial de Café Creme” (1999), “Medalha de Prata de Mérito Turístico” (2000), “Medalha de Prata de Mérito Municipal – Porto” (2006), “Certificado do Prémio Mercúrio – O melhor do Comércio na área das empresas na categoria Lojas com História” (2011) e “Medalha Municipal Mérito – Grau Ouro” (2011), classificado pelo site cityguides como o sexto café mais belo do mundo e o Certificado de Excelência da TripAdvisor – surgiram com naturalidade, devolvendo-lhe, finalmente, a justa notoriedade que, durante tantos anos, havia sido esquecida. CAFÉ MAJESTIC Um Café do Outro Mundo

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Quando os asiáticos pediam tratados de amizade a Portugal

Foto de Nova Portugalidade.
Imagem: pintura mural existente no templo Wat Boromniwat, em Bangkok, representando a chegada de um vaso da armada portuguesa à capital do Sião.

Isidoro Francisco Guimarães, Governador de Macau, encabeçou em Fevereiro de 1859 uma missão ao Sião, investido nas funções de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário para ali discutir e assinar um novo tratado entre Portugal e o Sião, correspondendo a desejo formulado pelo Rei Rama IV ao então Cônsul-Geral de Portugal no Sião, António Frederico Moor. 


O Sião assinara recentemente tratados com a Grã-Bretanha, Estados Unidos e França e queria renovar a velha relação com Portugal, afeiçoada ao novo quadro das relações com as potências ocidentais.

"S.M. exprimiu a sua satisfação pela chegada do Embaixador d'El-Rei de Portugal, informou-se da saúde de S.M. e da Família Real, e depois [de] várias perguntas a Sua Exa [Isidoro Francisco Guimarães] sobre diversos objectos fez sinal para lhe ser entregue a carta d'El-Rei. Sua Exa tirou a caixa que continha a carta de dentro do vaso de oiro em que tinha sido conduzida, e subindo os degraus do trono a entregou a S.M., bem como o seu discurso. S.M. entregou a Sua Exa um documento em que declarava ter recebido a carta de S.M.F., com todas as honras devidas e na presença da sua Corte e Nobreza. Sua Exa voltou a sentar-se no seu lugar, e S.M. leu um longo discurso em siamês, em que fazia a história das relações dos portugueses com Siam desde o seu princípio, e exprimia a sua satisfação por vê-las estabelecidas de um modo mais formal e permanente durante o seu reinado".

MCB



Nova Portugalidade

DEUS - PÁTRIA - REI






quinta-feira, 12 de abril de 2018

‘Depois de Vós, Nós’ – Divisa D’El-Rei D. Manuel II de Portugal


O Rei tem um papel histórico: o de personificar o carácter nacional; porque o Monarca é o primeiro depositário da tradição dos antepassados dos homens e dos costumes da Nação. Além disso, a função Real é, de facto, um Serviço que é desempenhado com sentido de missão, pois constantemente sobre o escrutínio público o Rei procura exercer o melhor possível o seu Ofício dirigido no sentido do aperfeiçoamento constante e da defesa do bem comum.
Por isso, mesmo empurrado para o exílio pela ação deletéria da revolução republicana do 5 de Outubro de 1910, Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II de Portugal desempenhou um papel muito cativo na Grande Guerra de 1914-18. Com Portugal impelido para o conflito pela república velha, o Monarca português exilado, em Inglaterra, colocou-se à disposição dos Aliados para combater. Não lho permitiram e, então, serviu o como oficial da Cruz Vermelha Britânica, o que fez com grande empenho e dedicação cooperando em conferências e na recolha de fundos, visitando hospitais e mesmo os feridos na frente, foi-Lhe muito gratificante. Todavia, a sua solicitude nem sempre foi reconhecida, equipando a sala de operações do Hospital Português, em Paris, e montando o departamento ortopédico do hospital de Sheperds Bush, Inglaterra, que por firmeza e generosidade do Monarca prolongou o funcionamento até 1925, dando assistência aos estropiados da guerra. Esta dedicação foi reconhecida com lugar cativo ao lado da Família Real Inglesa, na tribuna real, durante o Desfile da Vitória dos Aliados, em Julho de 1919, em Londres.
Uma prova de reconhecimento dos britânicos para com D. Manuel II de Portugal foi quando o Rei britânico Jorge V – primo do Monarca português pelos laços da Casa de Saxe-Coburgo e Gotha – o colocou, e à Rainha Augusta Vitória, a seu lado, da Rainha Mary, do Príncipe de Gales e da Rainha- mãe Alexandra, na tribuna real, durante o Desfile da Vitória
De facto, como mais ninguém, a figura do Rei exprime a virtude da dedicação ao bem da comunidade e tem uma superior consciência dos assuntos nacionais, representando da forma mais ética possível a Nação, a Comunidade confia no Rei e revê-se nele, e quererá seguir-lhe o exemplo o que vai fazer repercutir nas instituições democráticas essa ordem.
Na primeira fotografia, sem qualquer ressentimento para com os seus conterrâneos, Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II de Portugal, de uniforme de oficial da Cruz Vermelha Britânica, em 1918, confraternizando com um oficial e um soldado do Corpo Expedicionário Português para a Flandres, ou não fosse a divisa de Sua Majestade, ‘Depois de Vós, Nós’.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Horizontes da Memória, Sátão, tesouros desconhecidos, 2002

O Cristo das Trincheiras no Mosteiro da Batalha

Quando visitares o Mosteiro da Batalha, não te esqueças de procurar esta imagem mutilada de Cristo, tão carregada de História...
Reconheço a minha ignorância, pelo que partilho.
Quando lá voltar vou olhá-lo de forma diferente.
O "Cristo das trincheiras": uma História que vale a pena ver e contar!

  
 Na Guerra de 14-18, no sector português da Flandres, entre as localidades de Lacouture e Neuve-Chapelle, encontrava-se um cruzeiro com um Cristo pregado numa cruz de madeira, que dominava a paisagem da planície envolvente.
A imagem deste Cristo não era, obviamente, portuguesa, mas encontrava-se na zona defendida pelo Corpo Expedicionário Português durante a ofensiva alemã que quase destruiu a 2ª Divisão de Infantaria.
No dia 9 de Abril de 1918, durante horas a fio, sobre aquela planície caiu uma tempestade de fogo de artilharia, que a metralhou, a incendiou e a revolveu.
Era a ofensiva da Primavera de 1918 do exército alemão.
A povoação de Neuve-Chapelle quase desapareceu do mapa, de tão transformada em escombros.
A área ficou juncada de cadáveres e, entre estes, jaziam 7.500 portugueses da 2ª Divisão do CEP, mortos ou agonizantes.
No final da luta apenas o Cristo se mantinha de pé, mas também mutilado: a batalha decepou-lhe as pernas, o braço direito e uma bala varou-lhe o peito.
Mas, no meio do caos, foi trazida pelos militares que conseguiram reagrupar-se e regressar às linhas aliadas
É quase inimaginável que, debaixo das barragens de artilharia alemãs, que dizimaram grande parte do contingente português, a opção de alguns militares fosse a de trazer consigo a imagem de Cristo, severamente danificada, e a colocassem em local seguro onde pudesse ser novamente venerada.
Em 1958 o Governo Português fez saber ao Governo Francês o desejo de possuir aquele Cristo mutilado : tornara-se um símbolo da Fé e do Patriotismo nacional e passou a ser conhecido como o "Cristo das Trincheiras".
A imagem foi acompanhada desde França por uma delegação de portugueses, antigos combatentes da Grande Guerra, que residiam em França, e por uma delegação de deputados franceses, chefiada pelo Coronel Louis Christian.
Chegou a Lisboa de avião no dia 4 de abril de 1958, uma Sexta-feira Santa, e ficou em exposição e veneração na capela do edifício da Escola do Exército até 8 de Abril - as cerimónias foram apoteóticas, milhares de portugueses desfilaram perante a imagem em Lisboa.
No dia 8 de Abril a imagem foi transportada num carro militar para o Mosteiro da  Batalha, sem qualquer cerimonial especial, e aí ficou exposta na sala do refeitório do mosteiro para no dia seguinte, 9 de Abril, se efectuar a entrega oficial.
No dia 9 de Abril, pelas 11 horas, começaram a concentrar-se junto ao Mosteiro numerosas entidades civis e militares, entre elas os Embaixadores de Portugal em França e de França em Portugal, os Adidos Militares da França, da Bélgica e dos Estados Unidos, as altas patentes portuguesas do Exército, Marinha e da Força Aérea.
Ao meio-dia iniciaram-se as cerimónias com a chegada do Coronel Louis Christian (França) e o Ministro da Defesa de Portugal Coronel Santos Costa.
A guarda de honra foi prestada por um Batalhão do Regimento de Infantaria N.º 7, Leiria.
O "Cristo das Trincheiras" foi então levado para a sala do Capítulo, estando o andor que o transportou ao cuidado de representantes da Liga dos Combatentes da Grande Guerra.
Aí deposto sobre um pequeno plinto adamascado, à cabeceira do túmulo do "Soldado Desconhecido".
Terminadas as orações, o Adido Militar Francês, Coronel Revault d'Allonnes, conferiu aos dois "Soldados Desconhecidos" duas Cruzes de Guerra, as quais foram depositadas sobre a campa rasa.
A fanfarra do Regimento de Infantaria n.º 19, de Chaves, tocou a silêncio no final da cerimónia, enquanto uma Bateria de Artilharia do Regimento de Artilharia Ligeira de Leiria, salvava com 19 tiros.
Mais do que um episódio ocorrido durante a 1ª Guerra Mundial, o "Cristo das Trincheiras" simboliza a fé que manteve os militares portugueses na linha de frente durante um par de anos, praticamente sem licenças, mal abastecidos, sentindo-se abandonados por quem os enviou para combater por algo que a maioria não entendia.



Fonte: O Adamastor


DEUS - PÁTRIA - REI