terça-feira, 31 de maio de 2016

ACREDITO PROFUNDAMENTE NA MONARQUIA, NA INSTITUIÇÃO REAL...


"(...) Acredito profundamente na Monarquia, na instituição Real como a solução mais civilizada para a chefia dum Estado europeu e quase milenar como o nosso. Num tempo de relativismo moral, de fragmentação cultural e de enfraquecimento das nacionalidades, mais do que nunca há urgência numa sólida referência no topo da hierarquia do Estado: o Rei, corporização dum legado simbólico identitário nacional, garante dos equilíbrios políticos e reserva moral dum povo e seus ideais.O Rei, primus inter pares, é verdadeiramente livre e, por inerência, assim será o povo.
 
Sou modesto: espalhar a doutrina e fazer mais monárquicos é o meu único objectivo. Que floresça nas mentalidades o sonho duma nação civilizada e de futuro, ciosa da sua identidade e descomplexada da sua História. De resto, o seu curso é sempre imprevisto e, quem sabe, um dia, num instante, tudo poderá mudar."
 
- João Távora, presidente da Real Associação de Lisboa in " Liberdade 232", Aldeiabook, Abril de 2013, p.104.

Foto de perfil de CAUSA REAL  
CAUSA REAL

FESTA DO DIA DO VIZINHO NO JARDIM DAS AMOREIRAS



Na próxima sexta-feira dia 3 de Junho a Real Associação de Lisboa estará representada com um espaço de exposição na “Festa do Vizinho” que decorre no Jardim das Amoreiras entre as 12,00hs e as 22,00hs.

S.A.R. o Senhor Dom Duarte de Bragança pelas 18,30 marcará presença com uma visita a esta festapromovida pela “Associação Boa Vizinhança” com o apoio da Junta de Freguesia de Santo António e onde se juntam os mais diversos expositores e bancas de diferentes produtos e actividades, com as presenças das instituições desta área de Lisboa, de entidades do terceiro sector, além dos mais variados tipos de animação (musical, artes circenses, poesia etc.).

Desafiamos os nossos associados a visitar este espaço e a nossa banca, apoiando assim esta louvável iniciativa que pretende promover a importância dos vizinhos e das boas relações de vizinhança, apoiando ainda uma IPPS desta comunidade, a Fundação Jorbalán.

Junte-se a nós nesta iniciativa, Não falte!


Fonte: Família Real Portuguesa




segunda-feira, 30 de maio de 2016

ENTREVISTA A DOM DUARTE, O HOMEM QUE SÓ QUER SERVIR PORTUGAL


D. Duarte não dá entrevista em que não refira os países da CPLP e esta não foi excepção.

Parte da entrevista fez parte de um especial sobre monarquia elaborado pelo i no início do mês. Ficou muito por publicar e aqui não está tudo. Falou horas, sem impor regras ou limites. Mesmo a constipação que o incomodava não o impediu de falar dos seus ideais, ideias e inspiração familiar. Concorde-se ou não com as suas convicções, D. Duarte é um homem simpático, sereno e, aparentemente, de bem com uma vida preenchida com histórias e peripécias.

Sendo hoje em dia o chefe da casa real, quais são as suas actividades?

O que nós pretendemos é servir Portugal, como diria o meu pai. Trabalho na direcção da Fundação D. Manuel II e, actualmente, as actividades em Portugal já não são muitas, com excepção de algumas obras de solidariedade. O nosso grande empenho é com os países da comunidade de língua portuguesa (CPLP). Os povos sentem-se esquecidos por Portugal. E quando sabem que há portugueses que vão lá, nem que seja como turistas, ficam muito satisfeitos.

Nasceu a 15 de Maio de 1945 na Suíça, no exílio. Veio novo para Portugal?

Vim mais cedo que os meus pais. Vim para Serpins, na Lousã, onde fiquei em casa da tia Filipa, que já tinha podido regressar antes. Aprendi a nadar no rio Ceira, com os filhos da moleira, e aprendi a caçar.

Ficou com ligações à sua terra natal? Regressa com alguma frequência?

Infelizmente, muito pouco, mas tenho uma grande admiração. Considero que é o único regime republicano verdadeiramente democrático e que assume essa grande preocupação democrática. Em certa medida, a Suíça podia servir de modelo para a União Europeia. É um modelo de um país bem governado.

Não tem nacionalidade suíça?


Podia ter tido, mas os meus pais nunca quiseram. Mas agora já tenho tripla nacionalidade. Também a brasileira.

Portuguesa, timorense e brasileira?

Sim. Tenho passaporte diplomático timorense que me foi dado o ano passado; votaram por unanimidade a atribuição da nacionalidade timorense. A minha mãe era brasileira e perguntei a uns amigos do governo se achavam que eu podia obter a nacionalidade, apesar de não residir lá. Dilma Rousseff concordou. O motivo, segundo me foi dito, foi que o primeiro brasileiro foi D. Pedro I do Brasil, quarto avô da minha mãe. Antes havia os portugueses que viviam no Brasil, as nações índias, guaranis, tamoios, etc. Concederam-me nacionalidade a mim, aos meus filhos, à minha mulher e aos meus irmãos.

Regressa a Portugal com seis anos. Como foram os primeiros anos?

Primeiro em Serpins, perto da Lousã. Depois, quando os meus pais voltaram, fomos viver para Coimbrões, uma casa muito simpática que foi emprestada pela D. Maria Borges, da família dos vinhos Borges, e passámos lá anos muito agradáveis. Os meus irmãos e eu fomos à escola primária local. Depois fomos para o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, e posteriormente os meus pais acharam que o ensino era melhor no Colégio Nuno Álvares em Santo Tirso, colégio dos jesuítas. Curiosamente, o meu sogro também estudou lá.

Cruzou-se com o presidente do FC Porto, Pinto da Costa? Ou com o social--democrata Eurico de Melo?

Cruzaram-se com o meu sogro.

O que recorda com mais intensidade desses anos?

Era um pouco maçador ser um colégio interno, mas tinha muitas compensações. O ensino era muito bom, o ambiente simpático. Não era muito bom do ponto de vista desportivo. Havia ginástica, claro, e futebol. E nunca gostei de futebol. Começámos a introduzir outros desportos, o râguebi, e achei mais divertido.

Qual era o seu desporto favorito?

Gostava muito de patinagem em patins de rodas. Ainda hoje acho que é um desporto interessantíssimo e acho uma pena estar um pouco desprezado.

Sabia andar?

Sabia e ainda hoje ando. Nunca mais se esquece, é como andar de bicicleta. Também sempre fui bom em corridas de longa distância, porque tenho umas pernas muito compridas. Aprendi a montar antes de ir para o colégio, com o mestre Nuno de Oliveira, um dos grandes professores de equitação clássica.

Ainda hoje monta?

Gosto de montar. Mas não como desporto, como passeio. Gosto de montar no Brasil porque os cavalos brasileiros são muito mais confortáveis. Não fazem o trote. Passam do passo para o galope. Em Portugal não tenho tido muito tempo.

O curso de Agronomia em Lisboa veio depois?

Estudei no Instituto Superior de Agronomia, mas entrei para a Força Aérea no último ano e não cheguei a acabar o curso. Queria ser piloto da Força Aérea e havia um limite de idade, e pensei em acabar o curso depois. Quando saí das Forças Armadas, depois de Angola, achei mais interessante fazer um curso na Universidade de Genebra, no Instituto de Estudos do De-senvolvimento, que na altura se chamava Instituto de Estudos Africanos. Tive professores muito bons, como Jean Zigler, e fiquei conhecedor da história e dos problemas económicos em África. Conheci lá dirigentes responsáveis do MPLA, FRELIMO. Na primeira aula perguntavam aos alunos porque tinham querido vir para este curso e eu respondi que admirava muito os países africanos. Quando me perguntaram o que estive a fazer em África, disse que estive na Força Aérea: o horror geral. Lá fui dizendo que fiz o meu papel tal como eles tinham feito o deles. Acreditava no futuro desses países com democracia e liberdade mas, tanto quanto possível, ligados a Portugal.

O que fazia exactamente na Força Aérea?

Pilotava sobretudo helicópteros, mas também aviões mais pequenos, de observação. Mas a minha formação foi de piloto de helicóptero. Sobretudo transportava feridos, fazia evacuações e outros transportes.

Muitas horas de voo? Muitas missões?

Bastantes. Entretanto, o ministro da Defesa na altura, já no tempo do governo de Marcelo Caetano, mandou uma ordem confidencial que me proibia de voar. Foi um dos poucos que no parlamento votou contra o fim da lei que nos impunha o exílio, quando era deputado da União Nacional. E por preocupação republicana de que a Força Aérea me desse algum prestígio, proibiu-me de voar. O comandante da base onde estava, Negage, disse que não sabia o que se passava. O meu pai protestou junto do governo e combinei que iria fazer uma acção com a população civil. Tinha uma moto checa, uma Jawa, que comprei em Angola, e um Volkswagen. Conforme as estradas, num ou noutro ia visitar as aldeias africanas, conversar com o chefe da aldeia, com o professor, onde ficava às vezes durante a noite. Durante quase um ano dei a volta toda ao norte e sul de Angola. Fiquei a conhecer o país profundamente. De repente, em Lisboa, ficaram muito preocupados e deram ordens para regressar.

Estamos a falar de que ano?

Creio que 1970. Saí da Força Aérea e voltei a Angola, e continuei o trabalho que estava a fazer com um projecto político na altura das eleições para a Assembleia Nacional. Criámos um movimento eleitoral com angolanos negros e brancos, de todas as origens, protestantes, católicos e até pessoas próximas da UNITA. Tínhamos muitas possibilidades de ganhar os lugares de deputados por Angola.
O prof. Marcelo Caetano tomou conhecimento e expulsou-me de Angola em 1972.

Assinou uma ordem?

Não sei se assinou uma ordem. O director-geral da DGS (ex-PIDE) falou comigo e disse que tinha de sair de Angola naquele próprio dia. Perguntei os motivos e disse que não sabia. Que eram ordens de Lisboa. Perguntei se tinha a ver com o que estava a fazer e respondeu que até era positivo, que iam mostrar ao mundo que, afinal, havia liberdade política em Angola e que os angolanos não queriam a independência. Isto porque a nossa lista defendia a democracia, liberdade, justiça social, direitos iguais para os territórios ultramarinos em relação ao território português, mas defendíamos que Angola não estava preparada para a independência. No fundo, criar uma espécie de Commonwealth lusófona, com progressivamente mais autonomia, era o projecto desta lista.

O que lhe disse Marcelo Caetano?

Marcelo Caetano convidou-me e começou por explicar que tinha havido um equívoco e que não era uma expulsão, mas que tive de sair de Angola por razões de segurança pessoal... ficou muito aborrecido, zangado, falou em forças vivas, que achava inadmissível o que estava a fazer. Depois das independências, depois de 1974, encontrei pessoas próximas que me disseram que Caetano estava a organizar a independência em Angola e Moçambique em colaboração com os Estados Unidos e África do Sul. E, portanto, o meu projecto estava a estragar este plano.

Na altura do 25 de Abril creio que fez um comunicado a apoiar o Movimento das Forças Armadas.
Estava em Timor um pouco antes e no dia 25 estava no Vietname a convite do presidente do parlamento. Foi ele mesmo que me disse “a sua revolução ganhou”. Falou-me no general Spínola, Galvão de Melo, Santos e Castro, pessoas conhecidas, amigas. Referiu que estavam todos na nova junta, por isso “a minha revolução” tinha ganho. Fiquei satisfeito com os generais, gente séria, honesta e patriota, e mandei logo um telegrama de parabéns. E achei que era finalmente a revolução democrática.

Depois foi um pouco diferente? Como viveu esses tempos conturbados até Novembro de 1975?
Nunca dormia em casa. Dormia sempre em casas de amigos. Porque o COPCON (Comando Operacional do Continente) ia buscar as pessoas a casa à noite.
O meu escritório foi assaltado pelo COPCON. Foi complicado. Por outro lado, os meus amigos da Força Aérea iam-me dando notícias.

Nunca pensou num novo exílio?

De todo. Tinha esperança que mudasse e até comprei a casa de Sintra. Não estava a ver um país na Europa, apoiado pelos Estados Unidos, com a população a favor das liberdades, dos direitos, da propriedade, com uma percentagem de católicos elevadíssima.

Alguns anos mais tarde, em 1995, casou com Isabel Herédia. Como a conheceu?

Sou amigo da Isabel desde que ela tinha seis anos. Encontrei-a em Angola, os pais estavam lá a trabalhar, o pai como engenheiro na Força Aérea. Nessa altura ensinei-a a nadar. Ficámos sempre muito amigos. A família teve de ir para o Brasil e foram muito acolhidos por primos e amigos meus no Brasil. Na altura, ia praticamente todos os anos ao Brasil e acabava quase sempre em casa deles, em São Paulo. Fomos mantendo esta relação de amizade até que, a dada altura, chegámos à conclusão de que havia coisas mais interessantes a fazer do que sermos só amigos. Perguntei se ela tinha pensado na possibilidade de casar comigo e pediu-me para pensar. Nunca mais dizia nada e convenci-me de que não queria, mas não queria dizer para não ser desagradável. Apanhei um susto.

Quanto tempo passou?

Seis ou sete meses. Fui ao Brasil e ela tinha de dar uma resposta, não podia continuar assim. Ela disse que eu nunca mais lhe perguntava. Estava à espera que lhe perguntasse. Mas quando a pedi em casamento foi em Santiago de Compostela. Tínhamos feito uma peregrinação e à saída da Basílica perguntei--lhe. E ela dizia que tinha de pensar. Seis meses depois, no Brasil, finalmente deu a resposta. Houve umas questões engraçadas, mas são mais do âmbito familiar.

Disse que comprou a sua casa em Sintra?

Foi comprada por mim, foi a minha “conquista revolucionária”. Em 74/75 havia casas boas e eu comprei uma em Sintra por um preço justo e razoável. As casas de família, as únicas, são no Chiado e fazem parte do testamento da rainha Dona Amélia, minha madrinha.

Tem hobbies?

Gosto de aprender, mas quando termino acabo por não praticar. Quando era novo tirei o brevê de planadores, mas depois não continuei a voar. Uma vez ou outra voo na base aérea de Sintra, mas pouco. Não tenho essas paixões. O meu filho Afonso é apaixonado pela pesca e agora ficou apaixonado pela caça também. Cacei, pesquei e de vez em quando estou com ele e também pesco, mas mais pela companhia. Não tenho propriamente hobbies. Tento fazer actividades físicas o mais possível para me manter em forma, desde a ginástica no Ténis Clube do Estoril. Ando bastante de bicicleta, se possível com os filhos. Tenho necessidade de me manter ao nível dos meus filhos, mas à medida que os anos passam vai ficando mais difícil, porque eles progridem, e nós não tanto assim. Também me ocupo da minha horta de Sintra, onde temos quase todos os legumes que se consomem em casa.

Vê televisão? Vê séries como, por exemplo, “A Guerra dos Tronos”?

Vi uma vez. Engraçada, mas não creio que valha a pena perder tempo com isso. Gosto de ver coisas onde aprendo. Como o Discovery, o National Geographic. Gosto imenso de ver as culturas e paisagens doutras regiões. Procuro bons filmes. Procuro na internet e depois compro-os, mando-os vir por correio.

Por exemplo?

Há filmes que são praticamente boicotados em Portugal. Houve um que considero de altíssima qualidade que em inglês se chama “For Greater Glory”.
É a história da grande revolta católica no México, em 1926, contra um governo que decidiu fechar as igrejas, e em que os mexicanos, durante mais de um ano, dois anos, controlaram metade do país, e o governo acabou por negociar com a população um acordo. Um filme que não conhecia, “King Maker”, que é como os portugueses salvaram a independência da Tailândia. Gostei do “Rien a declarer”, passado na fronteira franco--belga. Achei óptimo “A Gaiola Dourada”, que tenho oferecido aos meus primos no estrangeiro. Há filmes portugueses bons, mas os cineastas portugueses têm a mania de ser intelectualmente muito correctos e não se interessam muito pela opinião do público.

Gosta de música?

Gosto de todos os géneros desde que seja boa. Encontro música boa e música muito maçadora, inútil. Há música contemporânea popular muitíssimo boa e há outra que é simplesmente barulho e ruído, e não tem nenhuma qualidade estética.

Se tivesse de escolher…

A vantagem da música clássica é que já foi esquecida há muito tempo. A que sobreviveu até hoje é porque realmente é muito boa. É por isso que há tão poucos músicos clássicos. Os antigos continuam a ser tocados ainda hoje.
A música clássica mais antiga baseia-se nos ritmos do nosso cérebro e, por isso, dinamiza e melhora o nosso pensamento, o raciocínio. Todos os cientistas estão de acordo que na música clássica há um efeito fantástico sobre o nosso cérebro.

O seu filho Afonso já tem 18 anos. Considera-o preparado para assumir uma responsabilidade histórica e familiar?
Está preocupado com isso. Gosta muito de participar nas diferentes actividades mas, ao mesmo tempo, insisto com ele que a preocupação dele não é essa. Agora é ser o mais bem preparado academicamente, escolher o curso de que verdadeiramente ele gosta e que possa ser-lhe útil na prática, e os irmãos a mesma coisa. A grande paixão do Afonso sempre foi a biologia marinha. Agora interessa--se por plantas medicinais e compra livros sobre a matéria. Por outro lado, acha mais útil para o futuro ciências políticas. Agora está um pouco dividido entre biologia e política.

Em Portugal?

Preferia que fosse cá. Tenho medo de que perca os contactos com os amigos e depois porque as boas universidades no estrangeiro são muito caras. Passou dois anos num colégio em Inglaterra e fizeram-lhe muito bem em todos os aspectos mas, realmente, foi uma facada no orçamento familiar.

E se um dos seus filhos fosse republicano?

Apesar de não concordar, mas acho graça, houve alguém que disse que se pode ser republicano e inteligente e republicano e honesto, mas era muito difícil ser as três coisas ao mesmo tempo. Um republicano que discuta inteligentemente, sem preconceitos, comparando os países com repúblicas e monarquias, acaba por concordar que os países monárquicos funcionam, melhor. O dr. João Soares diz isso e não é o único.

Não corre, por isso, o risco de ter um republicano em casa.

Não, mas se tivesse pensava que seria uma questão de oposição aos pais. Respeito, mas não é muito lógico ou inteligente, ou então teria sido algum erro na nossa educação. Dito isto, conheço e tenho muitos amigos republicanos convictos e sinceros que têm bons argumentos. Houve um que me disse concordar que as monarquias funcionam melhor que as repúblicas, mas ainda achava que um dia podia ser Presidente da República, o que para mim é o melhor argumento de todos. Teoricamente, o facto de todos poderem ser Presidentes da República é um símbolo de igualdade e democracia, mas na prática não acontece. Na prática precisa de apoio de partidos, muito dinheiro, os melhores publicistas brasileiros. Se não tiver isso, pode ser óptimo mas não ganha.

Há partidos europeus socialistas e liberais que defendem a monarquia.

Também é a minha posição. Um governo republicano e uma chefia de Estado monárquica é uma boa combinação.

Se tivesse de aconselhar o governo sobre as políticas de austeridade, o que diria?

Os meus conhecimentos de economia são dos livros que leio de economistas sérios em todo o mundo e, precisamente por causa disso, fui contra a entrada de Portugal no euro. Todos os economistas sérios diziam que Portugal não estava em condições de ter como moeda o “marco alemão”. Infelizmente, na altura, quase ninguém estava de acordo comigo.

Portugal devia regressar ao escudo?

Se podemos ou não regressar a uma moeda nacional, é outra história. Hoje há opiniões muito diversas e aparentemente bem fundamentadas, e não sei dizer qual seria a melhor solução. Admito que as duas opções têm a sua razão de ser. A terceira opção seria um grupo de países da União Europeia saírem do euro em conjunto e terem uma moeda multinacional. Há uma alternativa muito interessante que não sei se é viável: é ter uma moeda dos países da CPLP. Poderia ser uma ideia interessante. Há muito mais solidariedade e empatia entre os países da CPLP que entre os países da União Europeia. A UE é uma união de interesses, enquanto a CPLP é uma união de afectos. Ainda sobre a crise, acho que o governo não pode viver abusivamente à custa dos cidadãos. A obrigação do governo é diminuir os seus custos e tentar cobrar aquilo que é justo, mas sem estrangular a capacidade económica das empresas e das famílias. Aí, a oposição tem razão quando diz que se as famílias têm menos rendimentos, também gastam menos no país.

Como podíamos alterar o estado das coisas?

Todos nós devíamos tomar muito mais cuidado e preferir os produtos nacionais. Desde o automóvel fabricado em Portu gal até à comida, roupa. Era a nossa melhor contribuição contra a crise.

E as mentalidades?

A base de todos os problemas portugueses é a falta de raciocínio lógico, que não é ensinado no sistema escolar. O sistema ensina a decorar aquilo que vem nos livros e a responder como um papagaio amestrado. Nos países de formação anglo--americana têm mais sistemas em que privilegiam o raciocínio, a compreensão, o esforço, muito mais do que as respostas dadas nos testes. É a grande evolução que temos de fazer.

Mora em Sintra numa casa que comprou por “um preço justo”
Mora em Sintra numa casa que comprou por “um preço justo” 
Bruno Simões Castanheira Augusto Freitas de Sousa 28/05/2015 12:00:00  
 

RUMO AO EURO: FORÇA PORTUGAL!!





APOIO MONÁRQUICO À SELECÇÃO NACIONAL, A ONDA AZUL E BRANCA

Vamos todos torcer para mais uma vitória Portuguesa, a caminho da Fase Final do Europeu 2016. Seja em que Rede Social estiver, divulgue estas imagens! Vamos criar uma onda Azul e Branca, bem Portuguesa, para dar ânimo ao nosso Povo que bem precisa! 

Força Portugueses! Força Portugal!

CONVITE PARA A VISITA DE S.A.R. O DUQUE DE BRAGANÇ...

Real Associação da Beira Litoral: CONVITE PARA A VISITA DE S.A.R. O DUQUE DE BRAGANÇ...:  Visita de S.A.R. Duque de Bragança à Feira Nacional Agricultura em Santarém CONVITE A Real Associação do Ribatejo e...

Quando a Ciência crê em milagres…

Para o crente, o milagre é, de certo modo, irrelevante, porque, como sabe que tudo é, de algum modo, milagre, não o espanta que algumas coisas o sejam de uma forma mais espectacular.


Há muito boa gente que pensa que isto dos milagres é mais um artifício clerical para enganar as pessoas simples e as convencer a aderir à supersticiosa religião dos dogmas, dos mistérios e de outras indecentes superstições. Nada mais falso, até porque não é a Igreja, mas sim a ciência, quem acredita em milagres, porque a noção de facto extraordinário decorre da comprovação científica da inexplicável anormalidade de um fenómeno que, por contrariar as leis que regem a realidade, tem que ser forçosamente atribuído a uma intervenção sobrenatural. Só quem conhece, com rigor, as leis a que obedecem os fenómenos naturais pode, portanto, ajuizar uma tal excepção, pelo que a noção de milagre, mais do que religiosa, é essencialmente científica.
Não só o milagre é, por definição, um facto apenas constatável cientificamente como, para um crente, é um acontecimento dispensável. Com efeito, para um fiel, tão milagroso é o nascimento do sol todos os dias como seria, porventura, o seu não aparecimento porque, por força da sua própria fé, acredita que todas as coisas têm, como sua última causa, Deus, a quem tanto dá que o sol descreva todos os dias a mesma órbita ou que, para variar, dela se distancie. Para o crente, o milagre é, de certo modo, irrelevante, porque, como sabe que tudo é, de algum modo, milagre, não o espanta que algumas coisas o sejam de uma forma mais espectacular.
História breve de um milagre recente: no dia de Natal de 2013, o pároco do santuário de S. Jacek, na diocese de Legnica, na Polónia, inadvertidamente deixou cair ao chão uma partícula consagrada, ou seja, uma sagrada hóstia. Segundo a fé cristã, depois da consagração, o pão converte-se no corpo de Cristo, presente real e verdadeiramente na Eucaristia, muito embora a aparência de pão se mantenha inalterada. Como essa presença divina se conserva enquanto se mantiverem as características do pão, quando uma hóstia não pode, por qualquer motivo, ser consumida é colocada num recipiente com água, dentro do sacrário porque, enquanto não se dissolver completamente, a presença de Cristo, segundo a doutrina católica, também se mantém.
Ora aconteceu que, passada mais de uma semana, a dita hóstia, em vez de se dissolver na água, o que costuma acontecer passados dois dias, evidenciava uma coloração sanguínea, que de modo algum podia ser atribuída ao líquido, que era apenas água. Informado o bispo da diocese, tomou este a decisão de ceder, para investigação, algumas amostras daquela hóstia, a uma professora de medicina e a um histopatologista, que fizeram a recolha, sabendo portanto a sua proveniência. Mas os restantes investigadores que, depois, analisaram a hóstia e sobre ela se pronunciaram, desconheciam a sua origem. A conclusão de uns e outros foi unânime: “Na imagem histopatológica descobriu-se que os fragmentos do tecido contêm partes fragmentadas de músculo estriado. O conjunto da amostra é muito semelhante ao músculo cardíaco, com as alterações que acompanham muitas vezes a agonia. Os estudos genéticos indicam a origem humana do tecido”.
No mesmo sentido se expressou, em conferência de imprensa, a 12 de Abril de 2016, a prof. Bárbara Engel, cardiologista, que também declarou que a coloração da hóstia não se pode cientificamente explicar pela eventual acção de bactérias. Depois de realizados estes exames pelos investigadores da Universidade de Breslávia, os mesmos foram repetidos por peritos da Universidade da Pomerânia, em Szczecin, também na Polónia, cujo veredicto foi coincidente: as fibras correspondem a tecidos do miocárdio e aquilo que as envolve é tecido conjuntivo.
Também chamaram a atenção dos estudiosos outras incongruências científicas. O tecido observado apresentava as características exclusivas das fibras não necróticas, ou seja, era um tecido ainda vivo, e mostrava sinais de espasmos rápidos do músculo cardíaco, típicos da fase extrema que precede a morte, a agonia. Por outro lado, tendo a hóstia permanecido uma semana dentro de água, deveria apresentar os efeitos próprios de um organismo que sofreu um processo de autólise, isto é, a autodestruição provocada por acção das enzimas intracelulares, o que, contudo, não aconteceu. Mais ainda, depois de secado naturalmente, o fragmento de cor sanguínea manteve, desde então, o seu aspecto, apesar de não ter sido estabilizado ou conservado a uma temperatura especial. “Isto significa – segundo o parecer do prof. Stanislaw Sulkowski, da Faculdade de Medicina da Universidade de Bialystok – que, se se atribuísse a uma bactéria, o material se teria desintegrado, fragmentado e mudado de aspecto. Qualquer cultura microbiana, ainda que colocada no material mais limpo possível, depois de uma semana tem um aspecto completamente diferente”.
Embora a Igreja seja, por princípio, céptica em relação a milagres ou outros fenómenos sobrenaturais, até porque, nestas coisas, geralmente o que parece extraordinário raramente o é, não pode contudo deixar de neles crer, quando é a evidência científica que os impõe. O milagre é isso mesmo: uma constatação científica que a Igreja se limita a acatar e não uma imposição da Igreja de algo que, por se opor às leis científicas, é contrário à ciência e à razão. A fé cristã é racional: quem não acredita nos milagres que a ciência prova, opõe-se à razão e à ciência e, portanto, à fé. É essa atitude anticientífica que está na base de um certo ateísmo militante e irracional, que alguns confundem com a verdadeira fé. Foi a essa falsa fé que Dostoievsky aludiu quando, referindo-se aos seus conterrâneos, disse que alguns tinham tanta fé que até eram ateus!

Fonte: Observador

JÁ ESTÁ QUASE PRONTO O CORREIO REAL Nº 13, A NÃO PERDER


Já está na fase final de paginação o Correio Real nº 13 que inclui uma crónica de S.A.R. D. Duarte de Bragança sobre a sua recente viagem ao Oriente e um destacável sobre uma Constituição para a Monarquia em Portugal pelo Prof. Manuel Braga da Cruz. 

domingo, 29 de maio de 2016

REAL FRASE DO DIA

Feira Quinhentista em Torres Novas


Pelo sétimo ano consecutivo, as Memórias da História dão lugar à recriação dos mais importantes momentos do passado de Torres Novas. Este ano, de 2 a 5 de Junho, sob o tema «D. Jaime de Lencastre – no tempo das confrarias», o centro histórico da cidade recua até ao século XVI numa feira quinhentista.
Filho de D. Jorge de Lencastre, marquês de Torres Novas e duque de Coimbra, D. Jaime de Lencastre era neto bastardo de D. João II. Ilustre figura da Casa de Aveiro, que tinha o paço junto a Sant’Iago, Jaime de Lencastre foi padroeiro das quatro paróquias de Torres Novas e exerceu cargos eclesiásticos de relevância junto da corte de D. João III.
Estamos na época dos Descobrimentos, surgia a Inquisição, era o tempo das confrarias, já antigas, e da fundação das primeiras misericórdias. Reinaram D. Manuel I e D. João III. O reino teve prosperidade, consequência das viagens marítimas e das riquezas de África, do Oriente e do Novo Mundo.
A vila vive uma grande agitação com a chegada do novo prior, D. Jaime de Lencastre, futuro bispo de Ceuta. Funda-se o convento do Espírito Santo e anunciam-se novos templos, no rossio do Carrascal erguer-se-á depois um novo convento. Os homens bons do concelho fundam a Misericórdia, reunindo os bens das sete confrarias da vila (Santa Maria do Vale, Santa Maria dos Anjos, S. Pedro, S. Bento, de Jesus, do Salvador e de S. Brás), facto bem revelador da forte rede de coesão social de então. Torres Novas agita-se com a passagem de peregrinos e com a chegada do visitador, que castiga quem vive à margem das normas e vigia os costumes. O povo resiste, divertindo-se com os autos e farsas de António Prestes, dramaturgo torrejano da escola vicentina.
É este o contexto histórico que está na base da edição de 2016 das MH. Através de momentos de recriação, actividades lúdicas, performances musicais e teatrais, será criado um verdadeiro ambiente quinhentista que permitirá uma viagem no tempo repleta de magia, de diversão e de experiências inesquecíveis.
Experienciar a vida quotidiana da época, empunhar espadas na praça d’armas, viver num acampamento militar, cozinhar com os ingredientes e utensílios de antigamente e provar as iguarias nas muitas bodegas do recinto, ou entrar no submundo dos mendigos, doentes e prostitutas são apenas algumas das vivências que lhe propomos para estes quatro dias.
E é para esta viagem a um universo de cores, sons, cheiros e sabores de uma época longínqua que o queremos convidar. Venha viver e experimentar o quotidiano quinhentista no coração de Torres Novas!

VISITA PARTICULAR DOS PRÍNCIPES DO BRASIL AO DISTR...

Real Associação da Beira Litoral: VISITA PARTICULAR DOS PRÍNCIPES DO BRASIL AO DISTR...:  Suas Altezas Imperiais do Brasil, Dom António de Orleães e Bragança e Senhora Dona Cristina, na Clínica de Santo António em Albergari...

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Real Associação da Beira Litoral: URGENTÍSSIMO! RECOLHA DE ASSINATURAS CONTRA SANÇÕE...: Obispos sirios y organizaciones religiosas reúnen firmas contra las sanciones a Siria Más de 5 años de guerra, cerca de 400...

Há 90 Anos Acabava a 1.ª República

O Golpe 28 de Maio de 1926

A lúgubre noite de pesadelo que foi a sanguinolenta 1.ª República acabaria a 28 de Maio de 1926 com o Golpe de Estado iniciado, em Braga, pelo general Gomes da Gosta e por Mendes Cabeçadas, sendo instituída uma ditadura militar que viria a dar origem ao Estado Novo.
O País nunca tinha recuperado do Regicídio e a subsequente revolução que implantou o despotismo nada esclarecido da República Velha sacrificaria o Povo atirando-o para miséria, reprimiria os grevistas com os Capacetes de Aço, coarctaria a imprensa pelo ‘visado pela censura’, lançaria os monárquicos para o Limoeiro depois de ‘julgados’ pelos Tribunais Políticos, desterraria o Patriarca de Lisboa, prenderia e assassinaria padres, assaltaria centros católicos no Porto, ergueria a forca caudina em Campolide para os condenados monárquicos, suspenderia as garantias, e, imolaria toda uma geração de jovens, em holocausto, no altar da Guerra a que chamaram Grande, talvez pela mortandade que provocou, e que custaria a vida de entre Europa e África a 7.500 militares portugueses. Ao todo só em La Lys morreram 1.643 militares portugueses do Corpo Expedicionário e os que não foram mortos ou feitos prisioneiros retiraram desorganizadamente para a retaguarda feita de trincheiras podres de lama e sangue. 200 mil Portugueses foram mobilizados e combateram na Europa e em África, mais de 55.000 no Corpo Expedicionário Português na Flandres. Ao todo, reitere-se, 7.500 soldados portugueses perderam a sua vida e 14.062 foram de alguma forma vítimas da Iª Guerra Mundial, seja como mortos, feridos ou prisioneiros. Além destas baixas foram desmedidos os custos sociais e económicos que tiveram consequências extremas para a capacidade nacional, e, os objectivos que levaram os responsáveis políticos da 1ª República a empurrar a juventude para a guerra saíram gorados em toda a linha.
Fernando Pessoa, em 1919, conseguiu, como ninguém, contar a tragédia em forma de verso:
Anda o Povo a passar fome
E quem o mandou para a França
Não tem barriga para o que come
Nem mãos para o que alcança.

Os ladrões já não andam na estrada,
Moram na pele dos ministros.

Não é português quem come
À custa do português pobre.

Nasceram aqui porque tinham
Que nascer em qualquer parte.

Ninguém odiava o alemão.
Mais se odiava o francês.
Deram-nos uma espada para a mão
E uma grilheta para os pés.

Podiam vender negócios
Sem vender a nossa pele.

É inglesa a constituição,
E a república é francesa.
É de estrangeiros a Nação,
Só a desgraça é (que é) portuguesa.

Venderam Portugal
Para ter dinheiro em notas.
Meteram-nos na guerra a mal
Só para termos derrotas.

Não nos davam de comer,
Nós é que éramos a comida,
Para eles poderem viver
Que lhes estorvava a nossa vida?

Metade foi para a guerra,
Metade morreu de fome,
Quem morre, cobre-o de terra.
Quem se afoga, o mar o some.

A 1.ª República ou República Velha (5/10/1910 – 28/06/1926) foi, também, um período em que a política interna se destacou negativamente pela deliquescência, pelo sistema do partido único, o que em último grau comprovou a impossibilidade de subsistência, por defeito natural, do regímen republicano que foi marcado pela falta de prestígio e enfraquecido por incompetência e impreparação técnica e política, escândalos de corrupção, lutas intestinas, violência, perseguições, censura, nepotismo, favorecimento, privilégio, despesismo, sem que os criminosos que sobraçavam as pastas do poder ministerial assumissem as responsabilidades pelos próprios erros e ilicitude. Afonso Costa, Ministro da Justiça do governo provisório não eleito de 5 de Outubro de 1910, anula as derradeiras eleições do constitucionalismo Monárquico e no programa político de 29 de Agosto de 1911, anuncia o partido republicano como o partido único da República. Aliou-se no governo à família Rodrigues, com Rodrigo a ministro e Daniel como governador civil de Lisboa, a dupla que fomenta a formiga branca. Segundo João Chagas,  a sua obra política é sempre dirigida contra alguma coisa ou contra alguém. Para Machado Santos,  o líder militar da revolução: ‘o mais audaz, o mais inepto e o mais imoral de todos os tiranos.’ Enfim, apenas um daqueles que Antero de Quental, classificou de ‘garotos’ e de ‘raça pérfida’.
Pode ler-se num excerto d’O Jornal, em 1915, da autoria de Fernando Pessoa que descreveu o estado das coisas republicano:
‘A situação de Portugal, proclamada a República, é a de uma multidão amorfa de pobres-diabos, governada por uma minoria violenta de malandros e de comilões. O constitucionalismo republicano, para o descrever com brandura, foi uma orgia lenta de bandidos estúpidos’
Por isso, o Coup… a Revolução se fez sem um tiro, só com um desembainhar de espadas aclamado pelo Povo.
A República Velha foi, portanto, nas palavras do historiador Douglas L. Wheeler a parteira do mais longo sistema europeu de sobrevivência autoritária’.
Entretanto, no que respeita a repúblicas os republicanos, como têm dificuldade em acertar, já vão em três.
Miguel Villas-Boas

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Bem-vindos Sejam os Reis!

Reis bem-vindos

Por todo o Mundo, onde já reinou a Monarquia o Povo começa a reclamar o Regresso do seu Rei! No nosso País, Portugal… não é diferente!

O partido do Rei é o interesse nacional e como tal não é indiferente aos projectos dos nacionais e do Estado, mas o suporte do edifício que é a Nação, pois representa uma linha contínua e natural que deseja e tem obrigação de acautelar.

Os nossos antigos Reis co-adjuvados pelos Barões e Povo Portucalense recortaram as nossas fronteiras pela coragem da Espada e com o sonho e empreendorismo criaram um Império de espanto e os que descrêem e desertaram desse Passado, neste Presente só de garganta, renegam o nome não só dos seus maiores, mas também negam a grandeza, no futuro, aos seus filhos, pois existe um tronco directo que liga Passado, Presente e Futuro.
O Rei fala, e um seu gesto tudo prende,
O som da sua voz tudo transmuda.
E a Sua viva Majestade esplende.
– Fernando Pessoa, 31/07/1935
Garantir a continuidade da realização do projecto nacional é uma qualidade original e exclusiva da Realeza. A mística real é fruto da relação instantânea e afinidade natural que se estabelece entre o Rei e o seu Povo, porque o Soberano encara todos como iguais!

Viv’ó Rei!, era o grito nacional do Povo fiel à instituição real e à independência da Monarquia Portuguesa.

Por isso o Povo acorre, sempre, a ver e a saudar com manifestações de enorme afeição a figura régia. A Monarquia é uma instituição que comporta uma carga simbólica sem paralelo; com admiração, o Povo reconhece o valor que ele julga o melhor e o mais poderoso da Nação: O REI!

Miguel Villas-Boas – Membro da Plataforma de Cidadania Monárquica

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

BOM FERIADO DO CORPO DE DEUS!


    Foto de Plataforma de Cidadania Monárquica.

      El-Rei Dom Manuel II, conforme era tradição dos Reis de Portugal, segurando a 1.ª Vara do Pálio na Procissão do Corpo de Deus e fardado com o uniforme de Almirante-General (posto privativo do Rei de Portugal) e envergando o manto de San'Tiago, de cuja Ordem era Grão-Mestre.





    Corpo e Sangue de Cristo


    quarta-feira, 25 de maio de 2016

    MAIO DE 1886 - CASAMENTO DE D. CARLOS E D. AMÉLIA


     
    O casamento real entre o Príncipe Real de Portugal Dom Carlos, Duque de Bragança e a Princesa Dona Amélia de Orleães, Princesa de França, foi celebrado no dia 22 de Maio de 1886, na Paroquial Igreja de Santa Justa e Rufina, vulgo Igreja de São Domingos, e foi acompanhado por uma imensa multidão popular que saiu às ruas de Lisboa engalanada para acompanhar o cortejo nupcial.

    O cortejo do noivo encimado por um Esquadrão de Lanceiros n.º 2 da Rainha, saído da Ajuda, chegou às 12 horas à Igreja de S. Domingos, onde hasteado no balcão nobre estava o Pavilhão Real, com as Armas Reais sobre fundo vermelho-púrpura. Em torno da praça, vários bandeiras do Reino e estandartes bipartidos com as cores Azul & Branco da Monarquia Portuguesa, rematados por Coroa Real. A noiva com os pais, os Condes de Paris, e respectiva comitiva, vindos do Palácio das Necessidades, chegaram às 12h45m.

    22 de Maio de 1886 Casamento de D. Carlos e D. Amélia

    A cerimónia começou às 13 horas e foi oficiada pelo Cardeal Patriarca Dom José Neto. Junto ao altar, na capela-mor do templo, sob um pálio vermelho bordado a ouro, com os brasões de armas da Casa Real Portuguesa e da Casa Real de França, estavam os noivos: D. Carlos fardado de uniforme de gala de Major de Lanceiros n.º 2 e a seu lado, vestida de noiva, uma encantadora Dona Amélia que dominava a atenção. À esquerda, guardados por dois alabardeiros, nos respectivos tronos os Reis D. Luís I e D. Maria Pia. O Rei trajando de grande uniforme de Marechal-General e a Rainha um vestido de gala e sobre os ombros um majestoso manto cor-de-rosa que foi realizado tendo como inspiração o pintado num quadro de Peter-Paul Rubens intitulado ‘Triunfo de Maria de Médicis’. Ao lado o sólio e a cadeira gestatória para o Cardeal Patriarca capelão-mor da casa real, que oficiava auxiliado pelo cabido patriarcal.

    À direita ficavam os Coxins para o Mordomo-mor, Duques e Marqueses, e lugares reservados para as damas de Sua Majestade a Rainha, oficiais-mor, ajudantes de campo, oficiais às ordens e médicos da real câmara. Do lado da epístola, cadeiras para o cardeal bispo do Porto, para os arcebispos e demais bispos.

    Defronte do trono real, os Príncipes representantes dos soberanos estrangeiros e demais príncipes.
     
    Atrás da realeza europeia, lugares para o seu séquito e lugares para os Presidente e Membros do Ministério (governo), Conselho de Estado, ministros e secretários de estado honorários.
     
    Atrás e acostados à parede os cónegos, protonotários, desembargadores, beneficiados e capelães cantores. No cruzeiro do templo, junto da capela-mor e do lado do evangelho, ficaram os membros do corpo diplomático e senhoras de sua família, assim como as Duquesas e mais Senhoras da Grandeza do Reino, mulheres dos Ministros de Estado efectivos, dos Conselheiros de Estado, dos Ministros de Estado honorários e dos oficiais-mor, bem como as filhas solteiras de todos. Defronte ficaram as deputações dos corpos legislativos e tribunais superiores.

    Em frente destes e do lado oposto, ficaram o governador civil de Lisboa e a deputação da junta geral do Distrito de Lisboa. Do mesmo lado estavam os assentos para os Condes, viscondes e barões, e demais pessoas da corte. Do lado oposto ficaram o comandante da divisão militar e mais oficiais de mar e terra. No corpo da igreja e tribunas laterais, além do espaço destinado para estrangeiros de distinção, ficaram, do lado do evangelho, os lugares para senhoras e para as deputações de quaisquer corporações, e do lado da epístola para funcionários públicos e para a imprensa. O resto do templo ficou franco para o público. O coro ao fundo do templo foi destinado para a música da capela e casa real.

    Casamento de D. Carlos e D. Amélia saída do cortejo de casamento da igreja de Santa Justa e Rufina

    Terminada a cerimónia de celebração do casamento de D. Carlos e D. Amélia de Orleães, os recém-casados saíram da Igreja de S. Domingos e receberam as honras da Guarda Real que apresentou as armas. Precedidos por dois Reis-de-Armas a cavalo, arautos, passavantes e acompanhados pelos criados da Casa Real nas vistosas librés vermelhas e amarelas, os noivos seguiram no coche do Papa Clemente XI, dentro do qual acenavam para a multidão popular que enchia as ruas da Capital, em especial num mar de gente sem fim nos Restauradores. A Monarquia mostrava a sua popularidade junto do Povo honesto e bom!

    Depois do copo-de-água no Palácio da Ajuda, e terminada a idílica lua-de-mel em Sintra, os Duques de Bragança mudaram-se para a sua nova residência, o Palácio de Belém.

    Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica