segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

PROCLAMAÇÃO D'EL-REI DOM MANUEL II

‘PORTUGUESES! Um abominável atentado veio oprimir, com a maior amargura, o meu coração de filho amantíssimo e de irmão extremoso, e enlutou a Família Real e toda a Nação, pondo o mais prematuro termo à preciosa vida de Sua Majestade El-Rei o Senhor Dom Carlos I, meu augusto e muito amado Pai, e de Sua Alteza Real, o Senhor Dom Luís Filipe, meu muito querido irmão. Sei que a Nação compartilha a minha extrema dor, e detesta indignada o crime horrendo, sem precedentes da história portuguesa, que assim, inesperada e tristemente deu fim ao reinado de um soberano bom, ilustrado, justo e querido, e malogrou o de um príncipe tão esperançoso pelos seus eminentes predicados e virtudes.
Nesta desventurada conjuntura sou chamado, pela Constituição da Monarquia, a presidir aos destinos do Reino, na sua conformidade e no desempenho dessa elevada missão, empenharei todos os Meus esforços pelo bem da Pátria, e por merecer a afeição do povo português.’
Assinado: Manuel Rei
– Proclamação de Dom Manuel II, Rei de Portugal, no Diário do Governo do dia 2 de Fevereiro de 1908
Recolha texto: Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

domingo, 29 de janeiro de 2017

PAÇOS DOS DUQUES DE BRAGANÇA ACOLHE 8ª GALA DO JANTAR DE REIS


A 8ª edição do Jantar de Reis, agendada para o próximo dia 4 de Fevereiro, vai realizar-se no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. Como já é tradição deste evento vai estar presente Dom Duarte, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa.
Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, Casa Real do Ruanda, Casa Real do Havai e Casa Real do Egipto, esta iniciativa assenta numa vontade transversal a muitos actores locais, movimentos e associações monárquicas, bem como a individualidades com relevância política e social na região.
Estará presente também a presença de Sua Majestade o Rei Yuhi VI do Ruanda, a Princesa Owana Salazar, Chefe da Casa Real do Havai, e o Príncipe Osman Rifat Hibrahim da Casa Real Egípcia.
O jantar e espectáculo será novamente apresentado pelo Mestre de Cerimónias Carlos Evaristo, Produtor e conhecido Comentador da RTP, History Channel, National Geographic Channel, entre outros e a animação ficará a cargo do consagrado Cantor "Clemente" e da "Princesa Owana Salazar", várias vezes vencedora do Grammy Award.
A anteceder o Programa deste ano em Guimarães, há todo um programa complementar para recepção e peregrinação dos Chefes das Casas Reais, a Santarém, Fátima, Ourém e Braga.  Haverá ainda no dia 4 a inauguração de uma exposição, patente nos Claustros do Paço dos Duques de Bragança, do escultor Dinis Ribeiro.
As Receitas destes eventos este ano revertem a favor do Projecto "Meninos de Bissauzinho" na Guiné-Bissau, sendo que todos os donativos extraordinários no valor mínimo de 100 Euros recebidos para esta causa humanitária, terão um reconhecimento especial com a concessão de um Diploma e uma Medalha de Benfeitor.

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OITAVA EDIÇÃO DO TRADICIONAL JANTAR DE REIS NO PAÇO DOS DUQUES


Com a presença, já habitual, de SAR D. Duarte e tendo, como sempre, o mote da solidariedade, o tradicional Jantar de Reis realiza-se este ano num dos locais mais simbólicos de Portugal como nação: o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. Mas estende a sua actividade a Fátima, num programa recheado de iniciativas.
O tradicional jantar de Reis realiza-se este ano em Guimarães mas o seu programa estende-se por dois dias e associa-se ao Centenário das Aparições de Fátima, decorrendo assim um programa complementar para Recepção e Peregrinação dos Chefes das Casas Reais, a Santarém, Fátima, Ourém e Braga. Haverá ainda no dia 4 a inauguração de uma Exposição, patente nos Claustros do Paço dos Duques de Bragança, do escultor Dinis Ribeiro, sendo que no sábado as iniciativas restringem-se a Braga e Guimarães, berço da Portugalidade.
O Jantar de Reis decorre sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa e contará com a presença de elementos da Casa Real do Ruanda, Casa Real do Havai e Casa Real do Egipto, nomeadamente Sua Majestade o Rei Yuhi VI do Ruanda, a Princesa Owana Salazar, Chefe da Casa Real do Havai, e o Príncipe Osman Rifat Hibrahim da Casa Real Egípcia.
Esta iniciativa mantém o seu carácter solidário e transversal a muitos actores locais, movimentos e associações monárquicas, bem como a individualidades com relevância política e social na região. Mais uma vez as receitas do evento são canalizadas para uma iniciativa meritória de acção social: o Projecto “Meninos de Bissauzinho” na Guiné-Bissau, sendo que todos os donativos extraordinários no valor mínimo de 100 Euros recebidos para esta causa humanitária, terão um reconhecimento especial com a concessão de um Diploma e uma Medalha de Benfeitor.
Se a solidariedade continua a ser o mote que nos une, também o é apresentação do melhor que Portugal nos dá com a organização, mais uma vez da VI Mostra de Vinhos e de Produtos Regionais e Nacionais, um momento singelo de promoção do património cultural, gastronomia e vinhos.
O Jantar e espectáculo será novamente apresentado por Carlos Evaristo e a animação ficará a cargo do cantor Clemente e da Princesa Owana Salazar.
Foto: DR
Mais Guimarães

sábado, 28 de janeiro de 2017

AMANHÃ EM ALCOBAÇA: MISSA SOLENE CELEBRADA POR ALMA D'EL REI D. PEDRO I


Missa Solene

Celebrada por Alma d'El Rei D. Pedro I

Pelo 650º Aniversário do seu Falecimento
1367 - 2017

Com a Presença do 
Chefe da Casa Real Portuguesa 

  Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça
     
29 de Janeiro de 2017 - Pelas 18:00 Horas

Participação do Coro Municipal da Lourinhã

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Por Que Assassinaram El-Rei?

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El-Rei Dom Carlos I sabia que a solução para a salvação de Portugal era um Poder Real forte, um Rei a governar segundo os princípios da Carta Constitucional, que sem abandonar o parlamentarismo, fosse o Monarca o chefe-executivo nominal, embora obrigado pela Constituição a actuar no conselho do Gabinete, orientasse e aconselhasse o ministério, zelando pelo cumprimento criterioso do bem da coisa comum pelo executivo. O Monarca exerceria o poder executivo de forma significativa, embora não absoluta. A Monarquia sob esse sistema de governo seria uma poderosa instituição política e social. Por outro lado, nas Monarquias cerimoniais, o monarca tinha pouco poder real ou influência política directa o que dava grande margem de manobra aos políticos para tornarem a política a fonte de todos os males.
‘É El-Rei a única força que no País ainda vive e opera.’, registou o insuspeito Eça de Queiroz, nesses fins de século XIX, sobre Sua Majestade o Rei Dom Carlos I de Portugal.
De facto, Dom Carlos, senhor de uma enorme e reconhecida inteligência via a situação política nacional com uma enorme clareza: o rotativismo partidário do parlamentarismo liberal era um rotundo fracasso e jamais resolveria os problemas do País. Isto posto, urgia pôr fim a essa permanente alternância no poder, cobiça de lugares, e ao ‘ora governas tu, ora governo eu’, embocada numa permanente luta entre partidos que eram uma mesma coisa e que visavam unicamente a satisfação das ambições pessoais, sem resultados práticos que melhorassem a sociedade e muito menos a política.
‘Considerando que as coisas aqui não iam bem, e vendo os exemplos de toda a Europa, onde não vão melhor, decidi fazer uma revolução completa em todos os procedimentos do governo daqui, uma revolução a partir de cima, fazendo um governo de liberdade e de honestidade, com ideias bem modernas, para que um dia não me façam uma revolução vinda de baixo, que seria certamente a ruína do meu país. (…) Até ao momento, tenho tido sucesso, e tudo vai bem, até melhor do que eu julgava possível. Mas para isso, preciso de estar constantemente na passerelle e não posso abandonar o comando um minuto que seja, porque conheço o meu mundo e se o espírito de sequência se perdesse por falta de direcção, tudo viria imediatamente para trás, e então seria pior do que ao princípio.’,escreveu El-Rei D. Carlos I ao seu amigo e companheiro das lides oceanográficas, o Príncipe Alberto I do Mónaco, em Carta datada de Fevereiro de 1907.
Aproveitando essa desorganização política do rotativismo, com consequências sociais evidentes, começaram a medrar as organizações secretas republicanas – como a Carbonária – e o Partido Republicano Português que aproveitava a liberdade de imprensa para acções de propaganda cada vez mais arrojadas – dizia Brito Camacho: ‘quanto mais liberdades nos derem, mais delas usaremos contra eles’.
‘Como se, no jogo mais ou menos imperfeito das instituições vigentes, houvesse alguma espécie de tirania! Como se o homem, que ontem se sentou no trono, pudesse ser responsável pelos erros acumulados em dezenas, em centenas de anos! Como se a desesperança, a apatia, o abandono com que a sociedade portuguesa se submete à oligarquia das clientelas e cabalas que a exploram, fossem filhas da acção perniciosa da Coroa! Como se, pelo contrário, não pudesse o rei queixar-se de tantos que desertam o seu posto…’ constatou F.A. Oliveira Martins in “El-Rei D. Carlos I”, “Semana de Lisboa”, 1/1/1893.
A unidade na Maçonaria permitiu a formação de uma organização secreta sediciosa e armada, a Carbonária liderada por Luz de Almeida que alistava grupos de civis que treinava nas técnicas de combate urbano e anarquista e procedia ao recrutamento de fidelidades nos quartéis entre os soldados e os sargentos. Apoiada pelo próprio grão-mestre do Grande Oriente Lusitano Unido, lançou-se mesmo em atentados bombistas como os do anarquista João Borges.
A Carbonária foi uma organização terrorista secreta, oriunda de Itália, e que se instalou em Portugal em 1822. Era paralela da Maçonaria, embora sem vínculo orgânico à Maçonaria Portuguesa, não obstante utilizava algumas lojas do então Grande Oriente Lusitano Unido para aquartelar os seus órgãos superiores, os seus membros eram na maioria também maçons, e colaborou oficialmente com esta Obediência para a tentativa de revolução republicana falhada de 28 de Janeiro de 1908 – conspiração urdida pelos republicanos, pela Carbonária e pelos dissidentes progressistas -, para o Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, e, para a implantação da República, em 5 de Outubro de 1910. A Carbonária era uma organização política, mas de cariz armado, uma espécie de brigada de artilharia, inimiga da Monarquia, do clero e das congregações religiosas. A Carbonária impunha aos seus filiados que ‘possuíssem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos’.
O órgão supremo da Carbonária Portuguesa era a Venda Jovem-Portugal, tão secreta que os seus membros não se conheciam uns aos outros e que apenas se reunia em caso de deliberações importantes. O seu Presidente honorário era o Grão-Mestre que era o único dos seus membros que comunicava com a Alta-Venda e que assistia a todas as sessões deste órgão. Continuando com a descrição do organigrama da organização, a Alta-Venda era composta pelo Grão-Mestre eleito na Venda Jovem-Portugal e mais quatro Bons Primosnomeados e escolhidos por este de entre os membros da Carbonária Portuguesa. Este era o órgão de gestão da Carbonária Portuguesa e o seu pólo dinamizador principal.
João Franco, o Presidente do Conselho (primeiro-ministro) anunciara no início de mandato o intento de governar à inglesa, ou seja, energicamente, mas com equidade, dentro do espírito das leis, com harmonia mas também com firmeza. Em 25 de Maio 1906, João Franco anuncia o seu programa de governo:  ‘tolerância e liberdade para o país compreender a monarquia’, tendo o Conselho de Estado amnistiado os crimes de imprensa. Aproveitando a onda de liberdade, a oposição desencadeia uma vaga de ataques a João Franco e ao Rei Dom Carlos – novamente, a falsa questão dos Adiantamentos. A questão dos adiantamentos, isto é, das supostas dívidas da Casa Real ao Estado, foi reavivada pelo próprio presidente do Ministério, que contrariando a intenção que antes manifestara de resolver o assunto no Parlamento, decide por Decreto de 30 de Agosto de 1907, tratar a questão sem ele.
Ora esta Questão era problema de longa data, porque nesta nossa boa Terra, dá-se grande atenção ao que não merece cuidado, ficando sempre o principal para segundo plano. Claro que não houve prodigalidade do Rei Dom Carlos I, que era Monarca bem frugal nos gastos, ou da Família Real que vivia modestamente, mas antes era um erro que vinha de longe, do tempo das Constituintes de 1821, que ao colocarem um terminus no Absolutismo, decretam a separação do Tesouro Público do Erário Régio, que até aí se confundiam.
Assim, para manutenção e subsistência da Família Real e despesas com a Chefia do Estado por parte do Rei criaram uma Dotação chamada de Lista Civil que haveria de se manter inalterada durante quase 90 anos, tornando definitiva uma situação que deveria ser temporária – conforme haviam acautelado as próprias Cortes Constituintes -, pois o parco montante fora fixado de acordo com as especiais circunstâncias que o País vivia: depauperado pelas Invasões Francesas e pela Guerra Civil.
Depois, a Carta Constitucional de 1826 estabeleceu que as Cortes deviam fixar no início de cada reinado a Dotação do novo Monarca, atendendo aos factores que poderiam contribuir para o aumento do custo de vida, mas, a disposição, mais uma vez, foi ignorada!
O Estado nos reinados de Dom Pedro V e Dom Luís I empreendeu as obras públicas estruturantes que modernizaram o País e, necessariamente, tudo isso degeneraria em inflação e em desvalorização da moeda tornando, porque quase irrisória, insuficiente a Dotação Real.
O pretexto de João Franco em trazer a Questão a jogo era válida para resolver a insuficiência da dotação real, e justa, em nome da transparência que anunciara no início do mandato de Presidente do Ministério, o problema é que escolheu mal o momento, pois os republicanos do PRP lançaram-se na propaganda demagógica contra o Rei e Brito Camacho profere a famosa frase que expõe, claramente, a agenda  republicana:  ’havemos de obrigá-los às transigências que rebaixam ou às violências que comprometem’.
Na sessão de 12 de Novembro de 1906, João Franco divulga no Parlamento os Adiantamentos feitos à Coroa. A oposição republicana que há muito aguardava o casus que lhe daria o motivo para atacar a Casa Real, clamou violentamente; Afonso Costa, surdo às admoestações do Presidente da Câmara Baixa, e já a merecer sabre da Guarda, como prenúncio do que estava a ser urdido, proferiu o ignóbil vitupério: ‘E mais ordena o Povo, solenemente, que logo que esteja tudo pago, diga o senhor Presidente do Conselho ao Rei: Retire-se Senhor, saia do País, para não ter de entrar numa prisão, em nome da lei. Por menos do que fez o Senhor D. Carlos I, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XIV.’
Era o princípio do calvário que levaria ao trágico episódio do Magnicídio, atentado a que depois chamaram de Regicídio, no qual o Rei Dom Carlos I e o Príncipe Real Dom Luís Filipe tombariam, em serviço da Pátria e do Reino, às balas do terrorismo.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

MISSAS DE SUFRÁGIO POR EL-REI D.CARLOS E PELO PRÍNCIPE REAL D.LUIZ FILIPE



A Real Associação de Lisboa informa V.Exa de que manda celebrar,

 como habitualmente, Missa de Sufrágio pelas almas de Sua 

Majestade El-Rei Dom Carlos I e de Sua Alteza Real O Príncipe Real

 Dom Luiz Filipe, no próximo dia

 1 de Fevereiro de 2017, pelas19:00, na Igreja de São Vicente de

 Fora, com a celebração eucarística a cargo do Reverendo Padre

 Gonçalo Portocarrero de Almada.

Depois da celebração eucarística terá lugar a romagem ao Panteão

 Real, onde Suas Altezas Reais Os Senhores Duques de Bragança

 deporão uma coroa de flores junto aos túmulos reais.

Para mais esclarecimentos contacte-nos através do 

endereçosecretariado@reallisboa.pt, pelo telefone 21 342 81 15 

ou presencialmente na nossa Sede nos horários habituais.

Contamos consigo!


A DirecçãoReal Associação de Lisboa
Praça Luís de Camões, 46 2° Dto
1200-243 Lisboa
Tlf.: (+351) 21 342 81 15
http://www.reallisboa.pt

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A Real Associação de Coimbra informa que no

 próximo dia 1 de Fevereiro (4.ª feira), pelas

 18,00 horas, será celebrada na Igreja da 

Rainha Santa Isabel (Mosteiro de Santa 

Clara-a-Nova), em Coimbra, Missa de

 Sufrágio por Sua Majestade, El-Rei Dom

 Carlos I, e Sua Alteza Real, o Príncipe Real 

Dom Luiz Filipe.

(Sua Majestade Fidelíssima, El-Rei Dom 

Carlos I, foi Irmão da Confraria da Rainha 

Santa Isabel)

  
Na mesma Cerimónia serão igualmente 
sufragadas as almas de todos os Portugueses
 monárquicos recentemente falecidos.

A Missa será celebrada pelo Pároco de Santa
 Clara e Capelão da Confraria da Rainha Santa 
Isabel, Rev.º Pe. António Sousa.
Convidam-se todos os Portugueses a estarem
 presentes neste piedoso acto em memória do
 Soberano e do Herdeiro da Coroa de 
Portugal.

    Que Deus Guarde Portugal e a Família
 Real!

 Com os melhores cumprimentos,
Joaquim Costa e Nora
Real Associação de Coimbra

ANTEESTREIA DO FILME "SILÊNCIO" DE MARTIN SCORESS ...

Família Real Portuguesa: ANTEESTREIA DO FILME "SILÊNCIO" DE MARTIN SCORESS ...: SS.AA.RR., Dom Duarte e Dom  Afonso  no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, à antestreia do filme “Silêncio” de Martin Scor...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

sábado, 21 de janeiro de 2017

O Desejado Rei D. Sebastião

O Desejado



A 20 de Janeiro de 1554 nascia Dom Sebastião de Portugal. Pelo facto, de ser o herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis foi cognominado O Desejado; mas é também recordado como O Encoberto, devido à lenda que prevê o seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a Nação Portuguesa.
Neto do Rei D. João III, torna-se herdeiro do trono depois da morte de D. João de Portugal, seu pai, apenas duas semanas antes do seu nascimento. Em 1557, com a morte do avô, ascende ao trono – Rei com apenas três anos. Na menoridade de Dom Sebastião a regência é assegurada pela avó D. Catarina da Áustria e depois pelo tio-avô Cardeal D. Henrique.
Aos 14 anos, Dom Sebastião I de Portugal é Coroado, Aclamado e Alevantado e assume os destinos e governação do Reino!
O Rei de Portugal ia combater em Pessoa, não mandava os soldados sozinhos, era o Comandante-em-Chefe e o primeiro a avançar. Adiantava-se mesmo, não ficava no conforto dos gabinetes, assarapantado em hesitações. De resto com quase todos os Reis foi assim, para sempre servir os interesses supremos da Nação. Por isso não se pense que guerrear era um impulso básico, mas uma forma de manter a paz: si vis pacem, para bellum (lat) – se queres a paz, prepara a guerra. Gnoma ainda, hoje, seguido pelas nações, que procuram fortalecer-se a fim de evitar uma eventual agressão.
Mens sana in corpore sano (lat) – mente sã em corpo são. Frase de Juvenal, utilizada para demonstrar a necessidade de corpo sadio para serviços de ideais elevados. Os nossos Reis conciliavam a capacidade e a capacitação inerentes a um soldado apto para comandar um teatro de guerra, sem descurar as faculdades intelectuais – a educação de Dom Sebastião fora entregue aos Jesuítas -, até porque o melhor dos generais é o mais inteligente dos homens. Nisso seguiam os exemplos clássicos de Alexandre e de César, os mais brilhantes generais e os mais ilustrados das respectivas épocas.
Muitas vezes, e não poucos, atribuem ao corajoso Rei Dom Sebastião I de Portugal a imaturidade na sua resolução na empresa de Alcácer-Quibir, ora que injustiça chamar irreflectido ao Rei-menino que com tão exemplar acto de bravura procurou manter o Império que herdara e que sofria as investidas das hordas mouriscas. A Coroa sempre serviu o Império português fosse em que parte fosse da sua dilatada extensão e que estivesse disso necessitada.
No Reinado de D. Sebastião os ataques dos piratas e corsários eram constantes na rota para o Brasil e a Índia, e os Almorávidas ameaçavam as possessões em Marrocos, pelo que investiu muito na protecção militar dos territórios construindo ou restaurando fortes e fortalezas ao longo do litoral, para proteger a marinha mercante.
Porventura, ficou o Desejado, na penumbra de uma tenda de comando jogando xadrez com as suas peças de cavalaria ou com os seus peões?! Não, não ficou, avançou temerário! Não se conte o que sucedeu em seguida lançando o nome Sebastião no auto dos arrebatados, mas sim como o resultado de uma maquinação estrangeira para anexar o Portugal que havia perdido e cobiçava desde os tempos em que Aquele Dom Afonso I Henriques Rei de Portugal, ilustre descendente dos Reais Capetos de França e dos Imperadores da Hispâbia, formou a mais Augusta e Antiga Dinastia Peninsular, pois caso único no Mundo é um facto que a Monarquia Portuguesa conheceu quatro Dinastias, mas todas elas pertencentes à mesma Família.
E não foi no Reinado de Dom Sebastião que se avançou pela África e foi fundada a cidade de Luanda, e não foi, também, no Seu Reinado que se consolidou o domínio da costa brasileira?! E se adquiriu Macau?! Pergunta retórica, pois, necessária resposta não é!
A História diz qu’El-Rei Dom Sebastião I morreu em combate juntamente com o escol da Nobreza portuguesa, na Batalha de Alcácer Quibir, em 1578, a Lenda diz que voltará numa manhã de nevoeiro para nos libertar do jugo verde-rubro!
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

MONÁRQUICO ITALIANO ELEITO PRESIDENTE DO PARLAMENTO EUROPEU

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António Tajani, italiano de Ferentino, acaba de ser eleito presidente do Parlamento Europeu, é um monárquico.

António Tajani (nascido em 04 de Agosto de 1953, em Roma) é um político italiano e presidente do Parlamento Europeu desde Janeiro de 2017. Antes disso, foi um dos catorze vice-presidentes do Parlamento Europeu e Comissário Europeu da Indústria e Empreendedorismo, e também foi um dos vice-presidentes da Comissão Europeia.

Depois de frequentar o Liceo Torquato Tasso, em Roma, se formou em Direito pela Universidade Sapienza de Roma .

Tajani era um oficial na Força Aérea Italiana. Depois de frequentar um curso de defesa aérea especializada em Borgo Piave di Latina, tornou-se controlador de radar para a defesa aérea na base de radar da Força Aérea Italiana de San Giovanni Teatino.

Tajani é jornalista profissional, foi editor de assuntos parlamentares do semanário Il Settimanale, apresentador da Radio Rai 1 programa de notícias, e chefe do escritório editorial de Roma do jornal Il Giornale. Foi enviado especial para o Líbano, a União Soviética e Somália. Além de italiano, fala inglês, francês e espanhol.

Em sua juventude Tajani foi um militante do Fronte monárquica Giovanile (Juventude Frente Monárquica), uma organização estudantil do partido monárquico da Itália. Mesmo mais tarde, sempre defendeu o retorno do exílio da Casa de Sabóia (proibida de acordo com a Constituição italiana até 2002, quando o Parlamento italiano levantou a proibição)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Regicídio Descrito Por D. Manuel II

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«Há já uns poucos de dias que tinha a ideia de escrever para mim estas notas íntimas, desde o dia 1 de Fevereiro de 1908, dia do horroroso atentado no qual perdi barbaramente assassinados o meu querido Pai e o meu querido Irmão…No dia 1 de Fevereiro regressavam Suas Majestades El-Rei D. Carlos I a Rainha a senhora D. Amélia e Sua Alteza o Príncipe Real de Villa Viçosa onde ainda tinha ficado…
Meu Pai não tinha nenhuma vontade de voltar para Lisboa. Bem lembro que se estava para voltar para Lisboa 15 dias antes e que meu Pai quis ficar em Villa Viçosa: Minha Mãe pelo contrário queria forçosamente vir. Recordo-me perfeitamente desta frase que me disse na véspera ou no próprio dia que regressei a Lisboa depois de eu ter estado dois dias em Villa Viçosa. “Só se eu quebrar uma perna é que não volto para Lisboa no dia 1 de Fevereiro. Melhor teria sido que não tivessem voltado porque não tinha eu perdido dois entes tão queridos e não me achava hoje Rei! Enfim, seja feita a Vossa vontade Meu Deus! (…) houve uma pessoa minha amiga (que se não me engano foi o meu professor Abel Fontoura da Costa) que disse a um dos Ministros que eu gostava de saber um pouco o que se passava, porque isto estava num tal estado de excitação. O João Franco escreveu-me então uma carta que eu tenho a maior pena de ter rasgado, porque nessa carta dizia-me que tudo estava sossegado e que não havia nada a recear! Que cegueira!
Mas passemos agora ao fatal dia 1 de Fevereiro de 1908, sábado. De manhã tinha eu tido o Marquês Leitão e o King. Almocei tranquilamente com o Visconde d’Asseca e o Kerausch. Depois do almoço estive a tocar piano, muito contente porque naquele dia dava-se pela primeira vez “Tristão e Ysolda” de Wagner em S. Carlos…Um pouco depois das 4 horas saí do Paço das Necessidades num “landau” com o Visconde d’Asseca em direcção ao Terreiro do Paço para esperarmos Suas Magestades e Alteza. Fomos pela Pampulha, Janelas Verdes, Aterro e Rua do Arsenal. Chegámos ao Terreiro do Paço. Na estação estava muita gente da corte e mesmo sem ser. Conversei primeiro com o Ministro da Guerra Vasconcellos Porto, talvez o Ministro de quem eu mais gostava no Ministério do João Franco. Disse-me que tudo estava bem.
Esperamos muito tempo; finalmente chegou o barco em que vinham os meus Pais e o meu Irmão. Abracei-os e viemos seguindo até a porta onde entramos para a carruagem os quatro. No fundo a minha adorada Mãe dando a esquerda ao meu pobre Pae. O meu chorado Irmão deante do meu Pai e eu diante da minha mãe. Sobretudo o que agora vou escrever é que me custa mais: ao pensar no momento horroroso que passei confundem-se-me as ideias. Que tarde e que noite mais atroz! Ninguém n’este mundo pode calcular, não, sonhar o que foi. Creio que só a minha pobre e adorada Mãe e Eu podemos saber bem o que isto é! vou agora contar o que se passou n’aquella historica Praça.
Sahimos da estação bastante devagar. Minha mãe vinha-me a contar como se tinha passado o descarrilamento na Casa-Branca quando se ouviu o primeiro tiro no Terreiro do Paço, mas que eu não ouvi: era sem duvida um signal: signal para começar aquella monstruosidade infame, porque pode-se dizer e digo que foi o signal para começar a batida. Foi a mesma coisa do que se faz n’uma batida às feras: sabe-se que tem de passar por caminho certo: quando entra n’esse caminho dá-se o signal e começa o fogo! Infames! Eu estava olhando para o lado da estátua de D. José e vi um homem de barba preta , com um grande “gabão”. Vi esse homem abrir a capa e tirar uma carabina. Eu estava tão longe de pensar n’um horror d’estes que me disse para mim mesmo, sabendo o estado exaltação em que isto tudo estava “que má brincadeira”. O homem sahiu do passeio e veio se pôr atrás da carruagem e começou a fazer fogo…Quando vi o tal homem das barbas que tinha uma cara de meter medo, apontar sobre a carruagem percebi bem, infelizmente o que era. Meu Deus que horror. O que então se passou só Deus minha mãe e eu sabemos(…) porque mesmo o meu querido e chorado Irmão presenceou poucos segundos porque instantes depois também era varado pelas balas. Que saudades meu Deus! Dai-me a força Senhor para levar esta Cruz, bem pesada, ao Calvário! Só vós, Meu Deus sabeis o que tenho sofrido! Logo depois do Buíça ter feito fogo (que eu não sei se acertou) começou uma perfeita fuzilada, como numa batida às feras! Aquele Terreiro do Paço estava deserto nenhuma providência! Isso é que me custa mais a perdoar ao João Franco (…)
Imediatamente depois do Buíça começar a fazer fogo saiu de debaixo da Arcada do Ministério um outro homem que desfechou uns poucos de tiros à queima-roupa sobre o meu Pai; uma das balas entrou pelas costas e outra pela nuca, que O matou instantaneamente. Que infames! para completarem a sua atroz malvadez e sua medonha covardia fizeram fogo pelas costas. Depois disto não me lembro quase do resto: foi tão rápido! Lembra-me perfeitamente de ver a minha adorada e heróica Mãe de pé na carruagem com um ramo de flores na mão gritando àqueles malvados animais, porque aqueles não são gente «infames, infames».
A confusão era enorme. Lembra-me também e isso nunca poderei esquecer, quando na esquina do Terreiro do Paço para a Rua do Arsenal, vi o meu Irmão em pé dentro da carruagem com uma pistola na mão. Só digo d’Ele o que o Cónego Aires Pacheco disse nas exéquias nos Jerónimos: «Morreu como um herói ao lado do seu Rei»! Não há para mim frase mais bela e que exprima melhor todo o sentimento que possa ter…Quando de repente já na Rua do Arsenal olhei para o meu queridíssimo Irmão vi-O caído para o lado direito com uma ferida enorme na face esquerda de onde o sangue jorrava como de uma fonte! Tirei um lenço da algibeira para ver se lhe estancava o sangue: mas que podia eu fazer? O lenço ficou logo como uma esponja.
No meio daquela enorme confusão estava-se em dúvida para onde devia ir a carruagem: pensou-se no hospital da Estrela, mas achou-se melhor o Arsenal. Eu também, já na Rua do Arsenal fui ferido num braço por uma bala. Faz o efeito de uma pancada e um pouco uma chicotada: foi na parte superior do braço direito…Deus quis poupar-nos! Dou Graças a Deus de me ter deixado a minha Mãe que eu tanto adoro. Sempre foi a pessoa que eu mais gostei neste mundo e no meio destes horrores todos dou e darei sempre graças a Deus de me A ter conservado!
Quando a Minha adorada Mãe saiu da carruagem foi direita ao João Franco que ali estava e disse-lhe ou antes gritou-lhe com uma voz que fazia medo «Mataram El-Rei: Mataram o meu Filho». A minha pobre Mãe parecia doida. E na verdade não era para menos: Eu também não sei como não endoideci. O que então se passou naquelas horas no Arsenal ninguém pode sonhar! A primeira coisa foi que perdi completamente a noção do tempo. Agarrei a minha pobre e tão querida Mãe por um braço e não larguei e disse à Condessa de Figueiró para não a deixar.
De meu Pai e mesmo meu Irmão não tinha grandes esperanças que pudessem escapar. As feridas eram tão horrorosas que me parecia impossível que se salvassem. (…) já lá estava o Ministério todo menos o Ministro da Fazenda Martins de Carvalho…Preveniu-se para o Paço da Ajuda a minha pobre Avó para vir para o Arsenal. Eu não estava quando Ela chegou. Estavam-me a tratar o braço na sala do Inspector do Arsenal…A minha pobre e adorada Mãe andava comigo pelo Arsenal de um lado para o outro com diferentes pessoas: Conde de Sabugosa, Condes de Figueiró, Condes de Galveias e outros falando de sempre num estado de excitação indescritível mas fácil de compreender. De repente caiu no chão! Só Deus e eu sabemos o susto que eu tive! Depois do que tinha acontecido veio aquela reacção e eu nem quero dizer o que primeiro me passou pela cabeça…Minha Mãe levantou-se quase envergonhada de ter caído. É um verdadeiro herói. Quem dera a muitos homens terem a décima parte da coragem que a minha Mãe tem.
Pouco tempo depois de termos chegado ao Arsenal veio ainda o major Waddington dizendo que os Queridos Entes ainda estavam vivos; mas infelizmente pouco tempo depois voltou chorando muito. Perguntei-lhe «Então?» Não me respondeu. Disse-lhe que tinha força para ouvir tudo. respondeu-me então que já ambos tinham falecido! Dai-lhes Senhor o Eterno descanso e brilhe sobre Eles a Vossa Luz Eterna Ámen!
Pouco depois vi passar João Franco com o Aires de Ornelas (Ministro da Marinha) e talvez (disso não me lembro ao certo) com o Vasconcelos Porto, Ministro da Guerra, dirigindo-se para a Sala da Balança para telefonarem que se tomassem todas as previdências necessárias. São isto cenas, que viva eu cem anos, ficarão gravadas no meu coração. Agora já era noite o que ainda tornava tudo mais horroroso e sinistro: estava já então muita gente no Arsenal, e principiou-se a pensar no regresso para o Paço das Necessidades. No presente momento em que estou escrevendo estas linhas estou repassando com horror, tudo no meu pensamento! Entrámos então para o landau fechado, a minha Avó, minha Mãe e o Conde de Sabugosa e eu. Saímos do Arsenal pelo portão que deita para o Cais do Sodré onde estava um esquadrão da Guarda Municipal comandado pelo Tenente Paul: Na almofada ia o Coronel Alfredo de Albuquerque: à saída entregaram ao Conde de Sabugosa um revólver; minha Avó também queria um.
Viemos então a toda brida para o Paço das Necessidades. À entrada esperavam-nos a Duquesa de Palmela, Marquesa do Faial, Condessa de Sabugosa, Dr. Th. de Mello Breyner, Conde de Tattenbach, Ministro da Alemanha e a Condessa, e muitos criados da casa. Foi uma cena horrorosa! Todos choravam aflitivamente. Subimos muito vagarosamente a escada no meio dos prantos e choros de todos os presentes. Acompanhei a minha pobre e adorada Mãe até ao seu quarto e deixei a minha pobre Avó na sala.»
– Transcrição de Extractos das «Notas Absolutamente Íntimas» d’El-Rei Dom Manuel II de Portugal, 21 de Maio de 1908
Mataram o Rei de 44 anos, mataram o Príncipe Real de 20! O Rei morreu… duas vezes!!!
O Rei morreu! Viv’ó Rei!
Pelos mais altos decretos do destino e execráveis actos dos homens que colocaram, nesse infernal dia 1 de Fevereiro de 1908, extemporaneamente, fim às existências d’ El-Rei o Senhor Dom Carlos I e do Príncipe Real Dom Luís Filipe, Dom Manuel II era o novo Rei de Portugal.
A Sua Majestade El-Rei Dom Manuel II, obrigava-o o dever do trono e destino dos Reis: reinar sobre a morte de quem Lhe deu vida!
Recolha texto e conclusão: Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica