terça-feira, 30 de junho de 2020

domingo, 28 de junho de 2020

Nagasáqui portuguesa

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O território onde viria a ser fundada Nagasáqui foi cedido a Portugal por Ōmura Sumitada, importante Daimyo convertido ao catolicismo com o nome de Dom Bartolomeu. Como possessão portuguesa, desenvolver-se-ia a grande ritmo. A Companhia de Jesus ergueria lá uma capela e um colégio, chamados "de São Paulo" como os de Macau e Goa, uma academia de pintura e uma Misericórdia. As casas eram caiadas de branco "à moda portuguesa". E a jovem Nagasáqui tornou-se conhecida pelas ilhas japonesas por lá serem numerosas as crianças - na cidade nipo-portuguesa e católica, ao contrário do que sucedia no resto do país do sol, não se praticava o infanticídio. O controlo directo da Coroa portuguesa sobre a cidade foi de pouca duração, estendendo-se por apenas sete anos. Contudo, a cidade manter-se-ia pelas décadas futuras como o principal porto para o comércio com Macau, gerido então como monopólio da Coroa portuguesa. E a cidade não mais perderia a posição como centro do cristianismo japonês, depois tão severamente perseguido.

Fonte: Nova Portugalidade

DEUS - PÁTRIA - REI

sábado, 27 de junho de 2020

O erro do materialismo histórico

DEUS - PÁTRIA - REI: O erro do materialismo histórico: A teoria materialista da História, segundo a qual toda a política e ética são expressões da economia, é de facto uma falácia muito simples. ...

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Batalha de São Mamede: 24 de Junho de 1128 - Dia Um de Portugal

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Nesse 24 de Junho de 1128 acontecia ‘A primeira tarde portuguesa’, o dia um de Portugal que num acto de vontade se conquistou e fundou Nação nessa Batalha de São Mamede, em Guimarães, onde o Infante Dom Afonso Henriques à frente dos barões portucalenses se torna Princeps ao derrotar a facção estrangeira capitaneada pela própria Mãe.
Quando o Conde D. Henrique faleceu, em 1112, o governo do condado foi assumido por Dona Teresa, uma vez que, o Infante D. Afonso Henriques, o filho de ambos, tinha apenas três anos de idade.
Mais tarde Dona Teresa vê a sua posição enfraquecida pois associa ao governo Fernão Peres de Trava, que Dona Teresa faz de seu valido.
A relação da ‘rainha’ - apesar de ser apenas Condessa, D. Teresa, que entendia que Portucale era seu e não do marido o Conde D. Henrique, a partir de 1117 passa a assinar como “Ego Regina Taresia de Portucale regis Ildefonssis filia” - com o nobre galego acicata contra si a reprovação do filho, os ódios da nobreza portucalense afastada do círculo de poder e a antipatia do povo que recordava com carinho D. Henrique e do clero que exigia outro tipo de comportamento à princesa da Hispânia.
Com a oposição dos Três Estados Portucalenses àquele governo estavam reunidas as condições para ser afastada a auto-intitulada Rainha D. Teresa, e, no dia 24 de Junho de 1128, à dianteira dos barões e fidalgos portucalenses, Dom Afonso Henriques defronta no campo de São Mamede, perto de Guimarães as forças galegas comandadas pela Mãe e pelo seu valete Fernão Peres de Trava, derrotando-os naquela que ficou conhecida pela Batalha de São Mamede e que marcou o 1° passo para a Fundação da Nacionalidade Portuguesa, uma vez que o Infante Dom Afonso Henriques avoca a si o governo do Condado Portucalense, com pretensões de independência, embora não se denominando ainda Rex, mas Dux.

Miguel Villas-Boas 

Adenda: D. Teresa, que entendia que Portucale era seu e não do marido o Conde D. Henrique, a partir de 1117 assina como “Ego Regina Taresia de Portucale regis Ildefonssis filia”; além disso, o próprio filho a tratava assim: - «Eu, Infante D. Afonso, neto de D. Afonso, imperador da Hispânia, de boa memória, filho do Conde Henrique e da Rainha Teresa, dou e concedo ou couto a ti, Monio Rodrigues, o mosteiro chamado S. Pedro de Arouca, para remédio da minha alma e remissão dos meus pecados e dos dos meus parentes, em honra de S. Salvador, de Santa Maria Virgem e de S. Pedro, príncipe dos apóstolos, e também por um bom cavalo, dou e faço couto ao dito mosteiro....» 1132, Abril.

DEUS - PÁTRIA - REI

quinta-feira, 25 de junho de 2020

660 anos do maior dos portugueses

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Maior dos portugueses, Nun'Álvares nasceu a 24 de Junho de 1360. Há 660 anos. A história pátria celebra-o como herói e santo, reunindo a dupla condição da alma portuguesa, como também lembrou António Sardinha, a defesa do reino contra a ameaça de Castela e a defesa da fé. Empossa a espada e a cruz. Na sua vida acompanha momentos derradeiros para a afirmação de Portugal como nação independente. Um dos momentos mais empolgantes, exactamente, a eleição e respectiva aclamação de D.João I, Mestre de Avis como rei de Portugal, encontra em D. Nuno um protagonista, empresa árdua que a Batalha de Aljubarrota consagrará com a heróica vitória face ao inimigo quantas vezes mais poderoso.
Na sua conduta vivifica todas as virtudes da gesta portuguesa, como notavelmente Fernão Lopes recordou na sua "Crónica de D.João I": “assim no temporal como espiritual, vivo e depois da morte, sempre foi havido em grande reverência por todo o povo…” Esta imagem profunda releva a conduta da vida do Condestável. Por um lado, a forma como a vida militar não obscurecia nele as virtudes cristãs, testemunhando o povo as provas de caridade, de sacrifício e de dedicação ao bem comum que praticava e, por outro, a forma como respondia às crises com a mesma profundidade da fé: depois da guerra ordenava aos militares que tratassem dos feridos e dos mortos. Em nome da paz fazia a guerra.

Os seus dotes de guerra eram acompanhados por uma espiritualidade profunda: dedicado à Oração Mariana, jejuava sempre em honra da Virgem Maria, assistia diariamente à missa, e, às suas custas, erigiram-se inúmeras igrejas e mosteiros. Depois, distribuindo parte dos seus bens e das suas terras, e doando aos mais necessitados, exerceu a mais pura virtude cristã: a caridade, conduzindo a vida na verdade dos ensinamentos de Cristo. Percebe-se como a literatura positivista no século XIX, no seu anti-clericalismo, não procurou perceber e atacou esta imagem do Condestável, Oliveira Martins não terá sido particularmente generoso. Porque a santidade implica o exercício heróico da vontade, implica uma introspecção activa do ser e uma relação superior com as adversidades do mundo.

No final da vida, já desprendido dos bens materiais, mendigou o sustento pelas ruas e recusou títulos e benesses, ganhando entre o povo o nome de "Pai dos pobres". Encarnou o carácter luso na sua expressão superior, no lado místico e no lado terreno, na dedicação a Deus e na defesa da Pátria, na defesa do rei e na defesa da fé. O seu amor pela Virgem do Monte Carmelo levou-o a promover o culto mariano, reunindo assim a primeira Confraria de Leigos em Lisboa, a “Confraria do Bentinho”, origem da futura Ordem Terceira Secular.

Assim a vida de Nuno Álvares foi o exemplo da virtude e do sacrifício, do despego e da renúncia aos bens materiais, ao mesmo tempo herói de gesta cavaleiresca, figura onde o povo encontrou a identidade da sua comum vocação histórica.

Daniel Sousa


Fonte: Nova Portugalidade

DEUS - PÁTRIA - REI

quarta-feira, 24 de junho de 2020

SÃO JOÃO BAPTISTA


Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Baptista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus.
Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos, como o "precursor"do prometido Messias, Jesus Cristo.

A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Baptista" pelo facto de pregar um baptismo de penitência (Lucas 3,3).
Baptizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.

É o único santo cujo nascimento e martírio, em 24 de Junho e em 29 de Agosto respectivamente, são evocados em duas solenidades pelos cristãos.

Fonte: Wikipedia



Natividade de São João Baptista

A história de São João Batista

DEUS - PÁTRIA - REI

terça-feira, 23 de junho de 2020

Cara ou Coroa?

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Mais de cem anos volvidos sobre a implantação da república, seria de esperar que o regime tivesse tido a capacidade de sarar as feridas que a sua sanha destrutiva rasgou no coração das nossas terras. Que a paisagem urbana, agitada pelo ímpeto revolucionário, conseguisse incorporar de modo minimamente harmonioso os novos símbolos do novo Estado que se anunciava progressista e estribado na ciência.
Passado todo este tempo, as chagas perduram. Permanecem à vista de todos como testemunho da brutalidade inconsequente que se abateu sobre edifícios, pinturas e esculturas. Uma sombra de coroas destruídas e o espaço que estas ocupam mantém-se. Falam com a clareza de um sepulcro vazio.
Nenhuma tentativa de as substituir ou emendar resultou minimamente credível ou esteticamente aceitável. Algumas coroas ainda resistem, partidas: o furor destrutor foi menos consequente que a obstinação que estas demonstraram em se perpetuarem.
São pedras que falam. Sobretudo as que lá não estão. A tentativa da sua substituição por esferas armilares tornou o novo conjunto simbólico incôngruo e assumidamente remendado. A opção esférica gorou-se. Nos sítios em que o rigor da demolição foi mais tenaz, rapidamente se compreendeu que melhor seria deixar que nada encimasse as nossas armas. E o nada lá ficou.
As coroas destruídas contam-nos a história da arrogância humana e da crença fanática no progresso. Demonstram até que ponto se procurou arrasar e desfear, para refazer tudo. Mas a violência e o opróbrio demonstraram, como demonstram sempre, total incapacidade para darem origem a qualquer coisa que seja, simultaneamente, nova e nossa.
Os estilhaços das coroas que ainda resistem por todo o país são o testemunho, pétreo e silente, de um povo que viu serem-lhe impostos, uma e outra vez, regimes políticos sem que tivesse aderido a eles e que se acomodou às mudanças com resignação, mas sem coração. O Portugal das coroas partidas é o dos brutos que nos querem salvar de nós próprios. Daqueles que querem civilizar-nos à força. Dos que desdenham e rejeitam aquilo que somos e, mais ainda, o que sempre fomos. 
A ruína das coroas coroa a ruína do país. Cada coroa partida ou eliminada e o espaço que delas ficou demonstra como as instituições estruturantes não se apagam com a mesma facilidade que as suas manifestações exteriores. O Portugal simbólico que nos legou a república é o da pilhagem, da perseguição e do vazio espiritual. O país da compressão das liberdades em nome da Liberdade. Um lugar profanado. Um sítio onde as pedras se vergaram ao escopro tal como as pessoas deveriam vergar-se à apregoada ordem nova. Um lugar desmemoriado. Velho sem ser antigo.
Cada coroa que subsiste recorda outro tempo, um outro país e uma outra história que, por desdita, não fomos capazes de merecer. Cada uma destas marcas de equilíbrio e completude do todo nacional e da sua dimensão transcendente recorda-nos o que poderíamos ter sido. São sobreviventes e profetas infelizes. Pedra feita palavra.
Não se criam relações partindo pedras, mas as múltiplas caras da república demonstraram não ser capazes de muito mais. 
Antes uma coroa de rosto humano.
João Vacas
In Correio Real nº 18

Fonte: Real Associação de Lisboa

DEUS - PÁTRIA - REI

domingo, 21 de junho de 2020

sábado, 20 de junho de 2020

Anda a mentira em pés de verdade

DEUS - PÁTRIA - REI: Anda a mentira em pés de verdade: Muito tempo há que a mentira se tem posto em pés de verdade, ficando a verdade sem pés e com dobradas forças a mentira; e é força que, suste...

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Vera Lynn - We'll Meet Again

Alexandre de Serpa Pinto (1846-1900) - um inimigo eminente da escravatura

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Alexandre de Serpa Pinto em 1884, depois de uma cerimónia na Sociedade de Geografia de Lisboa

O relato da travessia de África de Serpa Pinto (1877-1879), é de conteúdo extasiante, revelador da sociedade profundamente violenta, racial e etnicamente hierarquizada, profundamente escravocrata, e onde o tribalismo não era um paraíso fechado, mas sim uma floresta de crimes hediondos e perseguições terríveis. Quando as primeiras colunas de homens entraram na África por desbravar, já muitos anos tinham passado da abolição legal do tráfico negreiro. Os ditos objectivos coloniais já eram outros, e “civilização” não era chicote. Lembramos por isso hoje as palavras do mais popular e carismático explorador português da centúria de oitocentos.

“A causa [do ataque ofensivo inesperado] estava na minha missão e na guerra que, em nome do meu Portugal, eu fazia, sem tréguas, ao comércio da escravatura. Alguns exploradores africanos, e sobre todos o commander Cameron e David Livingstone, têm apontado muitos factos horríveis e verdadeiros do comércio da escravatura, feito no interior de África por sertanejos portugueses. Por muitas vezes, a opinião pública em Portugal tem levantado a sua voz potente contra as asserções vilipendiosas dos acusadores estrangeiros, querendo negar factos que eles asseveram e em que ela não acredita, porque, na sua índole bondosa, é incapaz de os compreender e de os admitir.
Infelizmente, eles são verdadeiros e, mais ou menos romantizados, não deixam de conter um germe de realidade. Mas serão esses factos uma nódoa para Portugal? Não são. Afirmo-o e sustento-o.

Os sertanejos portugueses que mais se aventuram no interior do continente africano, quando o fazem, deixaram de ser portugueses.
São condenados, fugidos dos presídios da costa, são homens a quem a sociedade suprimiu as garantias do cidadão, são réprobos a quem a sentença infamante da justiça imprimiu um indelével ferrete de ignomínia; são os salteadores e assassinos, a quem a pátria baniu do seu seio com horror, que puderam quebrar o grilhão de ferro com que estavam acorrentados ao patíbulo aviltante e, fugindo a um mundo onde só os espera o desprezo da gente civilizada, vão ao longe buscar entre selvagens a guarida que perderam e continuar ali a sua vida de crimes.
Tais homens não desonram a sua pátria porque não têm pátria.
Querer tornar Portugal solidário dos crimes dos sertanejos africanos é querer tornar a França responsável dos actos da Comuna, a América do assassínio de Lincoln, a Itália dos salteadores dos Abruzos.
Há réprobos em toda a parte, e não podem ser nódoas nos povos que os esmagam não sua justa indignação.
Dos sertanejos europeus que têm estado estabelecidos no Bié, de dois apenas tenho notícia que não pertencessem a tal ordem de gente. São eles Silva Porto e Guilherme José Gonçalves; mas estes foram sempre queridos e estimados do indígena e do Europeu, gozaram sempre da consideração que a sua honradez e probidade lhes granjearam, foram cidadãos prestantes, que, com um tráfico legal e digno, nem chegaram a fazer fortuna, e foram muitas vezes vítimas dos outros.
O nome da Silva Porto é respeitado pelo gentio e conhecido numa grande parte da África central pela corrupção da palavra “Proto” e mais de uma vez me servi dele para desfazer obstáculos.
Em Caçange, como em Tete, outras duas portas da África central, há portugueses dignos e nobres que têm feito um grande serviço à Humanidade no comércio lícito com o interior, esse comércio que é o mais seguro mensageiro da civilização na terra dos negros.
Não confundamos, pois; não confundamos, e será pouco nobre ir buscar a autoridade do explorador para lançar, apontando factos verdadeiros, mas nada de producentes, um labéu sobre um povo nobre, o primeiro que deu mão forte à Inglaterra contra o tráfico infame; sobre um povo que sacrificou os seus interesses africanos legislando a abolição da escravatura; contra um povo, o mais livre do mundo, que estendeu a sua liberdade até à África, mandando para lá as leis que o regem na metrópole; chegando ao excesso de abolir ali a pena de morte e de lhes mandar um código que, por libérrimo, é impossível entre gente mais que semibárbara.”

In Como Eu Atravessei a África, 1881

Fonte: Nova Portugalidade

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Vivemos a ordem revolucionária

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Pacificamente, os povos partilharam a sua sorte política, sabendo que cada poder se limitava à consecução dos seus próprios fins, um poder livre e oposto ao carácter absoluto e único da nova doutrina da soberania.

Os poderes locais, inferiores e superiores, movimentavam-se cada qual dentro do seu âmbito até ao momento em que o superior, abusivamente, condicionasse o inferior. Assim aceitava-se prestar-lhes lealdade sem qualquer problema, sendo que tal não significava submissão ou mesmo renúncia aos seus direitos, mas tão só para dar o devido acordo a cada ordem conforme a sua natureza.

Esta correlação que existiu outrora entre as políticas nacionais e multinacionais do Império Português e a autonomia subsidiária foi destruída pela ordem revolucionária instituída pela Revolução Francesa.

Esta acabou com as sociedades intermédias e criou um vínculo directo e despótico entre o Estado e o indivíduo, instituindo o postulado da não separação entre o Estado e a Nação.

L.L.


DEUS - PÁTRIA - REI

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O QUE FAZER COM OS TALENTOS QUE LHE SÃO CONFIADOS?

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A parábola descrita por Jesus falando sobre os talentos, é uma demonstração do compromisso que deve se ter com os talentos que o Senhor confia ao homem.
A Ordem dos Cavaleiros Templários sofre perseguição ao longo dos séculos, quer por inveja, maldade, maledicência e até crueldade como aconteceu em 1314, com a morte na fogueira do Grão-Mestre Jacques De Molay.
A partir da década de 60, quando o Grão-Mestre Dom Fernando de Sousa Fontes (in memorian), assumiu a OSMTH Magnum Magisterium, após a morte de Dom Antonie Campello, vários ataques foram promovidos por muitos que se diziam irmãos Templários, mas que na verdade, eram pessoas ambiciosas, maldosas, irresponsáveis e inconsequentes, pois não observam às regras da Ordem do Templo, o Código Templário, as sete virtudes de um Cavaleiro Templário e o Estatuto da Ordem, agiam como infiéis e covardes. Dom Fernando resistiu aos ataques e conseguiu governar a Ordem por 59 anos, até a sua morte em 18 de maio de 2018.
Geralmente tais ataques são promovidos por infiéis, cujo objectivo está muito longe de ser o de servir à Ordem e ao próximo, de seguir os passos de Jesus, como Soldados de Cristo. Os infiéis, mesmo disfarçados como pessoas do bem, tinham um só objectivo, ou seja, os títulos e as pompas, se esquecendo dos compromissos assumidos diante do altar de Deus. Blasfemadores que juraram em vão com as mãos sobre as Escrituras Sagradas, como diria Jesus “fariseus hipócritas”, muitos dos quais viviam na própria casa e que, na primeira oportunidade, cuspiram no prato que comeram.
Geralmente são plantadores de discórdia e agem sorrateiramente como as cobras, sempre procurando traiçoeiramente, causar mal aqueles que os acolheram com carinho, respeito, amor e fraternidade no seio da Ordem. Revelaram-se verdadeiros seguidores de Guilherme Nogaret!
Quem age com falta de dignidade, compromisso e honra é como aquele que preferiu enterrar o talento que o senhor lhe confiou, ao invés de fazer com que tal talento, se multiplicasse.
Os infiéis preferiram fundar pseudas ramas Templárias, para que lhes atendesse o desejo do ego, das vaidades, da ganância e de um falso poder.
Geralmente os infiéis roubaram um pouco da Ordem, achando que com as migalhas que cataram no chão, seriam capazes de alimentar o ardente desejo dos que buscam a verdade. Mal sabem eles que a verdade só liberta os homens que abrem o seu coração para Deus, os que buscam agir com dignidade, honra e justiça, como seguidores do Cristo. Tais homens recebem a inspiração do divino Espírito Santo, não para a sua honra, mas para a honra e glória de Deus.
Aqueles que cuidam dos talentos que lhes são confiados fazem com que os talentos se multipliquem, ao fazerem isso, se mostram homens de carácter, dignos de confiança, honrados, honestos e de bons princípios, o que assegura serem homens de bem.
Quem cuida do talento tem a consciência de que o servir é a grande graça, de que o receber é apenas a consequência e não a finalidade.
Os que cuidam bem do talento, disse o Senhor, que “são servos bons e fiéis, por serem fiéis no pouco, muito lhes serão concedido”.
Já aqueles que escondem o talento, diz o Senhor que são “servos maus e negligentes e por essa razão lhes são tirados o talento”. Tais são considerados “servos inúteis e lançados fora, nas trevas” onde o Senhor assegura que “ali haverá choro e ranger de dentes”.
Apesar dos infiéis terem saído pelas estradas blasfemando contra a Ordem e seus dirigentes, suas palavras voaram junto ao vento e só foram escutadas por aqueles que possuem os mesmos princípios e carácter. Enquanto que a Ordem, sempre se manteve de pé, após a separação do “joio do trigo”, sem que fosse necessário o uso da espada ou das mesmas armas dos infiéis, por esta razão, Dom Fernando sobreviveu como seus antecessores aos ataques dos infiéis.
Aqueles que traíram e se afastaram de Dom Fernando, queriam tomar-lhe o poder, sem saber o peso que representa manter uma Ordem com nove séculos de existência em pé. Juntaram em torno de si, os seus iguais ou aqueles que não conhecendo a verdadeira essência da Ordem, foram enganados pelos de maus princípios e carácter.
Toda a história da Ordem foi devidamente guardada. Dom Fernando com sua experiência e sabedoria, não permitiu que a Ordem caísse em mãos erradas, com o risco de ser destruída, assim, confiou o trabalho a quem era de sua confiança e tinha obras realizadas, colocando junto a este, homens de bem, fiéis Soldados de Cristo, entregando a todos, não apenas a direcção da OSMTH Magnum Magisterium, mas também, os cuidados de sua filha, a Princesa Regente Susana Fontes.
À Susana, Dom Fernando confiou todo o arquivo da Ordem, contendo todas as fichas de todos os filiados, nas dezenas de países do mundo, ou seja, entregou-lhe o “coração” da Ordem, que continua vivo e pulsante como sempre. Os cuidadores continuam no trabalho de construção de um mundo melhor para todos, respeitando e observando o Estatuto da Ordem, suas regras e o Código de honra, visto que sem tais observações, não existe dignidade e nem honra. O arquivo geral foi colocado em segurança, onde os infiéis não podem colocar as mãos.
Viva a Ordem do Templo.
Viva os Cavaleiros Templários.
Juntos, somos mais fortes.
Onde existe a verdadeira irmandade, não existe a cobiça de cargos.
Onde existe a verdadeira irmandade, existe fidelidade e respeito.
Onde existe a verdadeira irmandade, toda sua estrutura é regida pelo amor, pela verdade e pela justiça. Tudo que foge a isso faz parte do inimigo. Não são Soldados de Cristo os que se fantasiam e usam inúmeras medalhas, mas os que observam os princípios da Ordem. Templário é todo aquele que trabalha pela honra e glória do Senhor.
Informamos que este trabalho faz parte de uma série de trabalhos que vem sendo apresentados aos Cavaleiros e Damas Templário da Ordo Supremus Militaris Templi Hierosolymitani - OSMTH Magnum Magisterium.
Non Nobis Domine, Non Nobis Sed Nomini Tuo da Gloriam
Não a nós Senhor, não a nós, mas a Tua glória.
Recebam o Fraternal Abraço.
S.A.E. Grão-Mestre Dom Albino Neves

Jamais Apagarão a Gloriosa História de Portugal

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O Infante Dom Henrique era o quinto filho d’El-Rei Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre, e, nasceu na cidade do Porto a 4 de Março de 1394. O Infante Dom Henrique de Avis foi o 1.° Duque de Viseu – a par do seu irmão D. Pedro (O Infante das Sete Partidas), foram os primeiros a receber título de Duques – e 1.° Senhor da Covilhã e ficou conhecido pelo epíteto d’O Navegador, pois o Infante teve um papel determinante na expansão portuguesa ultramarina que principiou em 1415, com a conquista de Ceuta.

Nem vamos abordar o papel guerreiro que o Infante D. Henrique teve nos Descobrimentos portugueses, mas sim o seu papel como patrocinador da criação de uma cadeira de Astronomia na Universidade de Coimbra, ou o seu empenho no desenvolvimento da Caravela, de portulanos, de roteiros e de instrumentos náuticos que facilitassem essas mesmas descobertas por parte dos navegadores. "O Navegador" investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos. Esta descoberta geográfica do Mundo empreendida pelos portugueses que se expandirá por séculos, é reflexo do paradigma do Renascimento na medida que o humanismo não se trata apenas de um ideal de cultura, mas um ideal de pensamento de confiança no Homem. Com os Descobrimentos, Portugal participou na primeira linha da construção de um admirável Mundo Novo.


O sabant italiano Poggio Bracciolini compara os feitos do Infante Dom Henrique aos de Alexandre, o Grande, ou aos de Júlio César, exaltando-os ainda mais por serem descobertas de lugares até, então, desconhecidos da Humanidade.


O Infante D. Henrique era um dos homens mais poderosos da sua época, mas apesar disso regia-se por princípios da mais rigorosa ética. Tal como toda a Ínclita Geração recebeu uma esmerada educação, mas sem descurar a vertente religiosa. A sua moral enquadra-se dentro do moralismo puritano inglês, por influência da Mãe que antes de ser Rainha de Portugal era neta do Rei inglês e filha do Duque de Lencastre - o homem mais poderoso de Inglaterra que Rei não fosse.


Ao Infante Dom Henrique devem-se feitos como a tomada de Ceuta em conjunto com seu pai e irmãos; a armada das Canárias; a guerra que os seus navios faziam aos piratas; o povoamento das "descobertas" ilhas Atlânticas, sobretudo da Madeira. Foi ele quem mandou vir da Sicília a cana-de-açúcar e os "peritos" para monitorizarem o seu cultivo e a sua transformação, fazendo da Madeira uma relevante região produtora de açúcar.


Partiu para a sua derradeira viagem a 13 de Novembro de 1460.

Nunca O esqueceremos, nunca deixaremos apagar da memória colectiva portuguesa os Seus feitos.

MVB 
Fernando Pessoa in 'Mensagem' dedicou-lhe o poema “O INFANTE”:

‘Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!’

Fonte: Plataforma de Cidadania Monárquica

DEUS - PÁTRIA  - REI

terça-feira, 16 de junho de 2020

E Se a Maior Parte da Imprensa for Apenas Uma Agência de Informação e Propaganda?

E Se a Maior Parte da Imprensa for Apenas Uma Agência de Informação e Propaganda?

“A imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
Millor Fernandes

A fazermos fé na frase em epígrafe, o que temos são armazéns de secos e molhados. Quando a imprensa recebe dinheiro do Estado ou está submetida ao conselho de direcção de um grande grupo económico privado não é oposição mas megafone de interesses específicos.
Houve um tempo em que a imprensa foi fundamental para a construção da cultura Ocidental. Informação, liberdade e pluralidade de pensamento e opinião, debate, espírito critico, divulgação literária, científica, política, etc., eram comuns nos projectos singulares da imprensa e havia uma verdadeira liberdade, independência e diversidade. O jornalismo era incómodo. Esse tempo é passado, a importância da imprensa tem outro sentido, significa algo perturbador.
Autores como Karl Kraus (Viena, 1874-1936) começaram a perceber algo que destruíra o papel fundamental da imprensa (por imprensa hoje consideramos não só os jornais mas todos os media).
O diagnóstico de Kraus não só se foi confirmando como os sintomas e as causas se agravaram a níveis impensáveis. A importância que atribuía à linguagem e ao sentido permitiam-lhe perceber como a banalização e manipulação dos mesmos eram cada vez mais decisivas para se compreender o mundo contemporâneo. A imprensa e a política eram exemplos acabados de uma decomposição acelerada do melhor da cultura Ocidental e da transformação desta numa obra sofisticada de uniformização e manipulação de um pensamento totalitário. Os meios de comunicação tornaram-se principalmente negócios e instrumentos de propaganda. Não é fácil actualmente distinguir um jornal de uma agência de comunicação e a informação de press release. A imprensa morreu, o ideal do “jornalista” é uma memória longínqua, as grandes investigações e até a defesa apaixonada de causas fazem parte de um passado distante. Grupos económicos com mais ou menos poder e em estreita relação com o poder político ou mesmo indistintos destes, as respectivas castas mediáticas que nasceram à sombra da decomposição das auto-intituladas democracias liberais Ocidentais, dominam a imprensa (os tudólogos, especialistas em generalidades, os políticos disfarçados de jornalistas, e os jornalistas disfarçados de políticos, os amigos e conhecidos, formam um grupo que vive para propagar e difundir, não o que são as coisas ou o seu ponto de vista, mas aquilo que é a narrativa oficial, diabolizando tudo o que não segue o guião pré-escrito da realidade).
A degradação da imprensa é uma consequência de uma decomposição mais profunda, mas também um sintoma como tudo se transformou em negócio e manipulação. Tudo é objecto de consumo e técnica publicitária, sejam objectos ou ideias. Não há muito a permitir distinguir o trabalho jornalístico corrente da promoção de um produto, com a exaltação das suas qualidades, as respectivas campanhas e promoções, assim como a desqualificação mais ou menos velada dos produtos rivais. As técnicas de adestramento e a obra de uniformização das massas transformaram os media num veículo fundamental. Quem quer ser livre, morrerá à fome, como escrevia Cioran.
Os media subjugaram-se e ou foram assimilados por interesses económicos, políticos e até culturais. A sua função é debitar de modo repetido determinadas mensagens e slogans para que o consumidor interiorize que ideias deve repetir e aceitar. A sociedade da informação é agora a sociedade da manipulação massiva. Kraus no seu tempo chegou a falar da imprensa como “A grande prostituta de Viena”, agora provavelmente falaria da “maior prostituta do mundo”. Escrevia Kraus, «…longe de servir de maneira desinteressada os ideais universais de onde se reclama, a imprensa propõe e reserva os seus favores àqueles que têm meios de os pagar e os pagam efectivamente.» (in Jacques Bouveresse, Schmock Ou Le Triomphe Du Journalisme ; La Grande Bataille De Karl Kraus, 2001) Não se trata tanto do fim do ideal, e do domínio do real, mas do triunfo de um falso real, o real construído para consumo obrigatório.
Os media, salvo excreções honrosas, abandonaram a sua principal função de informar, de transmitir conhecimento e ideias, e até de pontos de vista diversos e mesmo opostos e polémicos ou considerados intoleráveis. O debate, a argumentação e contra-argumentação, as ideias por mais benignas ou não devem ser totalmente livres e debatidas. O que temos é apenas uma função, a mais degradante: formatar, manipular, servir de veículo a um determinado tipo de poder político e económico.
O problema sintomático dos média, agrava-se ainda mais em países pequenos e com um certo atraso, como é o caso de Portugal, ainda mais monolítico em termos políticos e da sua pequena, medíocre e obediente elite mediática.
Que diferença existe, mesmo em termos editoriais, entre a RTP, a SIC e a TVI? Ou o Expresso, o Observador, e mesmo o Público ou o JN? O meio é pequeno e o trânsito das pessoas, sempre as mesmas a dizerem as mesmas coisas, entre os diferentes meios, é frequente, constituindo uma espécie de confraria. Temos mesmo que ser muito meticulosos para percebermos alguma diferença.
Escrevo este texto para o Notícias Viriato (NV). O que sucedeu recentemente em relação ao NV demonstra como essa confraria tem a sua coutada que defende de modo intransigente. Já não se trata de pluralidade de informação e opinião, mas de uma versão que é a correta, a boa, e que é única, e a outra, a inaceitável, que tem que ser silenciada e punida por todos os meios e truques. O pensamento único, típico do pior dos totalitarismos, aparece travestido de democracia, de liberdade, mas agora numa formulação execrável: “podes ser livre e democrata, mas se repetires o que queremos que repitas”.
O NV na sua dimensão e crescimento foi uma novidade no panorama português. A prova que se tornou incómodo, foi a barragem de disparates, calúnias e falsificações a que foi sujeito. Como não se vergou ao guião a seguir, não houve malfeitoria, crime, fobia, etc., que não lhe fosse imputado. Da falsidade das acusações pouco interessa, o que conta é o processo, e o acto de amedrontar, denegrir e manchar. A nova ordem, a do “bem” implica uns novos três dês: demonizar, descredibilizar e desqualificar. Tudo o que traz uma visão que não é conforme o poder estabelecido e o que esse poder determina tem que ser destruído de todas as formas.
Estes dados chamam-nos a atenção para a pequenez e atraso do nosso país, que assim é facilmente controlável. A pequenez não se refere à dimensão geográfica. Fazem falta visões efectivamente plurais e divergentes. Só assim há efectivo debate e contraditório, só assim há liberdade de informação, expressão, pensamento e opinião. Ser livre não é repetir a cartilha dos “democratas do bem”, dos “donos da virtude”.
Uma imprensa não estatal, livre e independente não recebe subsídios, pagamentos antecipados por publicidade, não reproduz as agendas do poder nem contribui para processos demonológicos contra os opositores do status quo. Quando a política ajuda a imprensa, a imprensa ajudará a política.
Não vale a pena fingir distinções, é inexistente a fronteira entre os media do sistema, a política e grupos económicos e financeiros. O unanimismo e vinculação de uma visão ideológica única sobre o mundo e o país, portanto totalitária, são o produto final dessas conjugações de interesses.
Temos em Portugal, desde sempre, a obsessão com o ser moderno, europeu e civilizado, ora sem pluralidade nos media, na política e até no ensino não há modernidade de facto. Para se alcançar essas “metas” importa uma verdadeira diversidade, mesmo no plano ideológico, e que se reflicta também nos media. O que temos é de facto um sistema, como um pensamento único, com as mesmas orientações políticas e ideológicas. Ver a SIC, a TVI ou a RTP é ver o mesmo, o mesmo sucede com os jornais, além de uma falta de qualidade cada vez mais gritante. O consenso mediático é o mesmo que o político, todos de acordo nos valores e costumes, desde o CDS liberal até ao Bloco, e com algumas variantes sobre economia.
Mais democracia, mais modernidade, mais desenvolvimento só é possível com novos medias verdadeiramente de direita, conservadores, como até liberais e de esquerda, de extrema direita e extrema esquerda com um outro olhar e abordagem sobre a “realidade”, outras visões e propostas, mas que não sejam mais do mesmo, protegidos e subsidiados e fazendo “favores” e alimentado autênticos clãs e grupúsculos de influência. Um genuíno olhar de direita ou de esquerda não significa o desvirtuar da informação, mas a assunção de um outro olhar sobre o real. O que temos já não é sobre o real, mas o fornecimento de uma teoria sobre o real no qual devemos viver e na qual devemos acreditar.
Mas quem investirá na imprensa independente respeitando a sua liberdade e sem medo da máquina de diabolizar deste centro difuso que tem o poder em Portugal há décadas e décadas? Medias de direita como de esquerda teriam de ser corajosos e arrojados, mas sem cair em caricaturas de si próprios. No caso específico da direita, medias de direita não significa missa em latim, recitação e louvor das obras de Salazar e sermões moralistas de manhã, com meia dúzia de loucos a vociferar diatribes em relação ao mundo e a tudo. Uma direita do século XXI sem vergonha de o ser é clara sobre a sua visão acerca da economia, dos valores, da soberania, da imigração, da europa, etc.
O primeiro grande desafio de medias livres, de direita e esquerda, será o da respectiva afirmação e resistência, para que consigam desconstruir a imagem de si próprios que é sempre recebida, não a partir do que são, mas do que o sistema designa que sejam. Por exemplo, o que é direita não é o que a direita diz que é, mas o que o centro do poder designa que ela seja.

João Brás
Professor e Escritor
DEUS - PÁTRIA - REI

segunda-feira, 15 de junho de 2020

"A Expansão Quatrocentista Portuguesa"

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Palavras do Professor Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011), a mente que melhor estudou os Descobrimentos e a Expansão portuguesa, sem preconceitos, sem anacronismos e sem veneração a seitas, fés e partidos. As palavras do Professor parecem ter sido escritas para os dias de hoje:

"Mas a descolonização posterior à Segunda Guerra Mundial teve inesperada consequência para a historiografia. (...) Entenderam que a história dos descobrimentos, conquistas e colonizações e a etnografia feitas pelos antigos senhores não eram mais do que a tentativa de justificar o seu domínio sobre as populações indígenas e a espoliação de suas terras e bens. Acusaram os Europeus de introduzirem a escravatura, forma última de degradação, a fim de desenvolverem as economias de exportação - e no entanto todas essas sociedades já antes tinham escravos, o tráfico florescia, e depois só pôde florescer porque os régulos vendiam os seus súbditos ou cativos. (...) Exige-se, no entanto, que os antigos colonizadores, ridiculamente, peçam desculpas pelo passado, e apresenta-se uma visão desse passado com uma Idade de Ouro a anteceder a chegada dos intrusos e a Idade de Ferro a viver-se após essa intrusão. Chega-se ao ponto de considerar que a declaração dos direitos do homem e do cidadão e a democracia não representam um passo gigantesco na evolução da humanidade, antes não passariam de hipócrita artimanha para esconder as pretensões imperialistas. (...)

"Uma História isenta, e toda a História, investigação conduzida cientificamente, não pode deixar de o ser, esbarra hoje com o alastrar da intolerância e do fanatismo, escudado no sagrado, sedento (de novo!) de destruir os inimigos da Fé - e inimigos são até os que outra Fé professam. Não vale a pena negar o choque de civilizações, infelizmente demasiado evidente, cada uma delas fechando-se à mudança e recusando o intercâmbio. Orgulhosa da sua verdade absoluta que não desiste de impor à sociedade de acolhimento mesmo quando só representa uma minoria."

Fonte: Nova Portugalidade

Manto restaurado da Rainha Dona Amélia em exposição no Santuário

Um manto da Rainha D.Amélia, última rainha de Portugal, oferecido por esta ao Bispo D.José Alves Correia da Silva, encontra-se em exposição até 15 de Outubro no Santuário de Fátima – Basílica da Santíssima Trindade, no âmbito da exposição “Vestida de Branco”. O manto, um dos maiores que se guardam da monarca e que se encontrava com alguma degradação, foi alvo de um restauro, ao longo de cerca de cinco meses, antes de ser colocado nesta exposição.

Em cetim de seda com aplicação de fio laminado, missangas, pedraria, rendas e plumas e forro de veludo, com data de finais do século XIX, inícios do século XX, o longo manto já esteve exposto na exposição “Fátima Luz e Paz”. Foi oferecido pela rainha ao bispo responsável pelo reconhecimento de Fátima junto da Igreja Católica, D. José Alves Correia da Silva, reconhecido monárquico.


Sendo um dos maiores mantos que se guardam da Rainha D. Amélia, a peça surge num núcleo alegórico da exposição “Vestida de Branco”, que recorda o centenário da escultura de Nossa Senhora de Fátima. Segundo Marco Daniel Duarte, director do Museu do Santuário de Fátima, a peça visa simbolizar o manto de luz da Virgem, que se estendia da cabeça aos pés.

No mesmo núcleo estão ainda expostas algumas peças de grande valor monetário e simbólico, recordando a histórica ligação da realeza ao divino, como as ofertas de ouro a Nossa Senhora ou a coroa da imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

Fonte: mediotejo.net

DEUS - PÁTRIA - REI

domingo, 14 de junho de 2020

A VIDA É DOM DE DEUS

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Deus é o todo de tudo, Criador de todos os seres viventes, de todas as coisas existentes, fonte de todas as vidas e de onde todas as vidas provêm desta feita, nenhum homem tem o poder ou o direito de decidir sobre a vida do outro, sobre quem vive ou quem morre e nem mesmo decidir sobre a sua vida, se deve continuar ou não a viver. Não se pode decidir por aquilo que não nos pertence. Toda vida pertence a Deus, portanto, só Ele pode decidir o que fazer com a vida que Ele criou.
Quando Deus entrega a vida dos filhos aos pais, estes devem guardar tais vidas com amor, carinho e respeito, cuidar delas como se fossem as suas próprias vidas.

Quando o homem possui um animal de estimação, deve cuidar do mesmo com todo amor, pela vida que lhe fora entregue em suas mãos.

Quando um político se coloca diante do povo propondo representá-lo, deve ter a consciência que tem por obrigação de cuidar da vida do povo, como se todo aquele povo fosse os seus filhos, os seus pais, os seus irmãos e os seus entes queridos. Mas, acima de tudo, deve entender que cada vida que vai ser cuidada por ele, pertence a Deus e que Deus irá confiar aquelas vidas, aos seus cuidados.

Quando o homem teme e acredita em Deus, ao se eleger para representar o povo, deve se colocar diante do altar de Deus e pedir a Sua orientação, para que possa cumprir com fidelidade, respeito e amor, a missão que lhe fora confiada.

Quando o homem não teme a Deus e não ama o próximo, não deve se apresentar diante do povo oferecendo-se para representá-lo, pois o povo, em sua maioria, por ser um povo criado por Deus, acredita em seu íntimo que todo aquele que se apresenta diante de si com desejo de representá-lo, também acredita em Deus.

Quando um governante não acredita em Deus e nem ama o próximo, vive para representar a si mesmo, a fim de levar vantagens e enriquecer de forma ilícita, buscando defender sempre os seus interesses, os interesses de sua família, de seus amigos e dos financiadores de sua campanha. Não tem compromisso com o povo e nem com Deus!

Tais homens vivem como se fossem um deus, como se Deus não existisse, como se o outro fosse apenas um objecto, para alcançarem os seus objectivos

A pandemia que assola a todo o planeta está dando uma demonstração à humanidade de quem são aqueles que os representam.

Os governantes que amam e temem a Deus, colocam a vida do povo em primeiro lugar, cuidam de sua protecção e da preservação de sua saúde, reconhecem que ele e o outro são um. Compreende a lei que diz que é preciso “amar ao próximo como a si mesmo”.

Já os demais governantes, vivem apenas na busca dos seus próprios interesses, pois, para esses, a vida do outro não lhes diz respeito, assim sendo, tanto faz se o outro vive ou morre, pois o importante para esse tipo de político é manter-se no poder, mesmo que isto custe a morte de milhares e milhões de compatriotas.

A história da humanidade sempre mostrou através dos homens de mau coração, que a vida para eles não tem valor, daí, temos assistido a tantas guerras, tantas mazelas, tanta fome, tanta miséria, tanto sofrimento, tantas dores, tantos flagelos e até mesmo ao holocausto. É que tais governantes são movidos pelo espírito maligno, que tem como único objectivo, destruir as vidas criadas por Deus, causarem o mal e o extermínio da humanidade.

Todo ser humano deve lembrar-se sempre, que todos os seres são criaturas de Deus, pois todo aquele que tem essa consciência, se preocupa em trabalhar para cuidar da sua vida e das demais vidas criadas por Deus.

A vida é uma jóia rara e preciosa, como tal, deve sempre reflectir a beleza expressa na obra de Deus.
Assim sendo, é preciso que nesta hora em que a humanidade passa por esta grande transformação, que todos, indistintamente, ajudem na preservação da vida, distribuindo amor, vibrando amor, amando e temendo a Deus e amando ao próximo como a si mesmo.

Só o amor pode conduzir o homem ao encontro de Deus.

Se o homem desconhece o amor, o seu coração é duro como uma rocha, mas, se conhece o amor, seu coração é maleável com as águas que descem da montanha contornando as rochas, para desembocarem no oceano, que é o coração da terra.

Só o amor pode salvar a humanidade e tirá-la da penumbra. O amor é fruto que provém de Deus e o desamor é fruto do maligno. Que tipo de ser humano somos nós?

Non Nobis Domine, Non Nobis Sed Nomini Tuo da Gloriam
Não a nós Senhor, não a nós, mas a Tua glória.
Recebam o Fraternal Abraço.

S.A.E. Grão-Mestre Dom Albino Neves

sexta-feira, 12 de junho de 2020

O Príncipe de todos os portugueses

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No argumentário vasto do movimento monárquico consta a possibilidade, que só a Instituição Real confere, de criar uma identificação genuína entre os cidadãos e a Família Real, potenciada pela circunstância dos cidadãos verem os membros da sua Família Real crescerem, geração após geração.

Quando alguém nasce já tem um Príncipe com o qual se identificar e com quem pode crescer.

Olha-se para aquela Família e percebe-se que vivem as mesmas alegrias e anseios de qualquer famíla “comum”. Acabam por fazer parte de casa.

A identificação com o Rei, e com quem lhe sucederá, é absolutamnete natural e baseada num puro afecto de base familiar. A Família Real é a família de todos.

A vantagem é clara: a população ganha estima pessoal pelo seu Chefe de Estado, não tendo que recorrer a eleições para escolher o que já está escolhido desde sempre e permanentemente escrutinado pelo afecto verdadeiramente genuínio (não interesseiro, nem esporádico).

Este fim-de-semana, na Sé de Braga, tivemos a oportunidade de vivenciar esta familiaridade. O Príncipe da Beira, S. A. R o Senhor Dom Afonso de Santa Maria, foi entronizado na Real Confraria de Santa Maria de Braga, criada na altura do seu Baptismo e com o único propósito de o servir, enquanto Príncipe que é um “servo dos servos”.

A experiência de participar nesta cerimónia foi emocionante. Na verdade, quando a teoria passa à prática no plano das emoções, e tudo o que se relaciona com a Pátria está envolto em emoção, ficamos felizes e arrepiados. Ver o nosso jovem Príncipe, agora com 21 anos, assumir as suas responsabilidades na sua Confraria, transportou-nos para o dia em que foi Baptizado, 1 de Junho de 1996.

Recordo-me bem desse dia e da esperança que trouxe a todo o país. Eu, com 12 anos, senti a História renascer, o acordar de uma Nação maltratada por quase um século de três repúblicas. Esperança é dizer pouco. Esse dia foi e é fundamental para a minha crença num país que é capaz de sobreviver se souber aproveitar a sua Família Real.

Aquele momento na Sé de Braga, vivido neste 3 de Junho de 2017, fez-me sentir que de facto o Príncipe é de todos nós, porque do Berço à bravura dos 21 contou com o nosso olhar, estima, afecto e esperança. Continuará a contar.

Assim faz sentido dar a vida pela Pátria e por quem a representa com a legitimidade do afecto dos Portugueses.



Diogo Tomás Pereira.