quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Família Real Portuguesa: ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO 2016

Família Real Portuguesa: ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO 2016

Mensagem de Ano Novo

MENSAGEM DE NATAL DE 2015 DOS ARAUTOS D'EL-REI

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Escreveu Pio XI que a única civilização verdadeiramente digna deste nome é aCivilização Cristã. Esta é uma verdade fundamental para nós, que ainda vemos o que foram os fulgores dessa Civilização, mas que agora assistimos desolados ao seu rápido desmoronamento e à tragédia de um imenso crepúsculo espiritual. Aquilo que virá a seguir -- já se percebe -- não será uma "nova ordem" mas uma suma desordem onde nem sequer os maus tolerarão outros maus. O desfecho será então terrível para nós, se continuarmos nesta marcha. Porque para nós, baptizados, os meios-termos não são possíveis. Ou voltamos à Civilização Cristã ou acabaremos por não ter civilização alguma.

Claro está que não somos fatalistas. Se para o suicida, da ponte ao rio há ainda a possibilidade de uma contrição, certamente também existe para a humanidade, no resto do curto caminho que vai do seu estado actual para a sua aniquilação, a possibilidade de arrependimento, de emenda e de ressurreição.
 
É esse arrependimento e essa ressurreição que neste Natal devemos pedir ao Deus-Menino, ajoelhados diante do Presépio, na contemplação do Seu sorriso misericordioso e da promessa que Sua Mãe Santíssima nos deixou em Fátima: "Por fim o meu Imaculado Coração triunfará".

Arautos d’El-Rei
Coimbra, Natal de 2015

http://www.arautosdelrei.org/index.php?option=com_content&view=article&id=554:mensagem-de-natal-2015&catid=56:tradicao-cultura-civilizacao&Itemid=97

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A Plataforma de Cidadania Monárquica deseja...









QUEM SÃO E O QUE PENSAM OS ARAUTOS D'EL-REI?


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Saber quem somos e o que pensamos, é certamente a pergunta que fazem muitos portugueses quando tomam conhecimento do nosso movimento.
 
Somos uma Associação Monárquica de inspiração católica, cujo objectivo principal consiste em "Restaurar Portugal pela Monarquia". Quer isto dizer que o movimento considera que a Monarquia só será autêntica e sustentável se se apoiar nos valores da nossa Civilização Cristã.

Com efeito, o pensamento económico, o direito internacional, a ciência, a vida universitária, as ideias religiosas, a arte, a moral – que formam no seu conjunto as bases de uma civilização – emergiram todas elas, no Ocidente, a partir do coração da Igreja Católica (*).


Sem dúvida alguma, foi Ela que criou e moldou a nossa Civilização milenar. Foi sob a sua inspiração que germinaram e se desenvolveram as grandes Monarquias que formaram a Europa e que influenciaram o resto do Mundo com o seu modelo de sociedade. Como monárquicos, portanto, os Arautos d'El-Rei nunca poderiam ignorá-la.
 
E como a restauração da Monarquia sem a restaurarão da Sociedade seria um trabalho incompleto e efémero, é também objectivo dos Arautos d'El-Rei agir contra o processo de demolição dos nossos valores cristãos, da nossa História e das nossas tradições.

As grandes transformações sociais que se têm verificado no nosso País e no mundo em geral, conduzidas sob a capa de democracia e liberdade, não são senão uma etapa para minar os alicerces da Civilização Cristã, para corromper as Nações, para enfraquecer a vontade e a razão das pessoas com o derradeiro objectivo de impor um socialismo total, sem Deus, sem Religião, sem Igreja, sem Monarquia, sem família, sem liberdade, sem direito à privacidade, em suma, sem nada do que tivemos durante quase dois milénios e com tudo o que já “amargaram” os infelizes povos que passaram (e os que ainda passam...) pela desastrosa experiência do nacional-socialismo ou do comunismo.

Assim, pois, se formos alheios a essas transformações, de nada nos vale tentarmos construir o edifício da Monarquia sobre o terreno pantanoso e fétido em que já estamos a viver, sob um regime autoritário que manifesta abertamente o seu repúdio à Religião, à Lei Natural, à família, à propriedade privada, etc.e que promove a desigualdade injusta, a corrupção, a manipulação dos meios de comunicação social, a intromissão do Estado na vida privada e na educação, enfim, tudo aquilo que leva à aniquilação da sociedade e da pessoa humana.

Para além de defendermos a forma monárquica de governo, cumpre-nos, pois, abordar os problemas da actualidade, não só os de ordem política, social, e económica, mas principalmente os de ordem moral e ideológica, pois é nestes que estão as causas da crise moderna e da decadência do Ocidente.
 

Arautos d’El-Rei
Outubro de 2009

(*) Cfr. Thomas E. Woods Jr., “O que a Civilização Ocidental deve à Igreja Católica"




OS TEMAS DO NOSSO SITE

Se queremos restaurar Portugal pela Monarquia, não podemos ficar alheios aos problemas que a Monarquia terá de resolver para restaurar Portugal. Veja por que razão devemos abordar no nosso Site todos os temas da actualidade.


Sendo os Arautos d'El-Rei um movimento essencialmente monárquico, poderão alguns leitores achar estranho que as nossas páginas na Internet e no Facebook não se limitem a tratar de temas exclusivamente monárquicos.

A que propósito vimos nós abordar matérias que aparentemente em nada se relacionam com a Monarquia? Não seria mais sensato, por exemplo, restringirmo-nos à divulgação da doutrina monárquica, às matérias históricas ou às notícias relacionadas com a nossa Família Real e com as outras Casas Reais? Não, isso seria um erro!

Se queremos restaurar Portugal pela Monarquia, não podemos ficar alheios aos problemas que a Monarquia terá de resolver para restaurar Portugal. Esses problemas são de ordem política, económica, social, etc., mas principalmente de ordem moral e ideológica. Portanto, a Monarquia que queremos restaurar tem que ser uma forma de governo moderna e sábia, capaz de lidar com os desafios do presente e de reconduzir o País à paz e à prosperidade, no futuro. Por isso, consideramos que é nosso dever abordar todos os temas, com especial destaque para os ensinamentos da Igreja Católica Apostólica Romana, pois estamos certos de que só uma Monarquia baseada em valores cristãos conseguirá tirar-nos do actual estado de degradação espiritual e temporal.

Com efeito, foi a Igreja que criou e moldou a nossa Civilização milenar. Foi sob a sua inspiração que germinaram e se desenvolveram as grandes Monarquias que formaram a Europa e que influenciaram o resto do Mundo com o seu modelo de sociedade. Como monárquicos, portanto, nunca poderíamos ignorá-la. De resto, seguindo atentamente o que se passa em Portugal e no Mundo, procuraremos também registar tudo o que possa beneficiar ou prejudicar a nossa religião, a nossa cultura os nossos costumes, as nossas tradições, em suma, tudo o que se relacione com os valores que pretendemos defender e restaurar através da Monarquia. Contamos, pois, com a compreensão e apoio dos nossos leitores, amigos e colaboradores, pedindo a Deus que a todos ajude nessa difícil e gloriosa tarefa.

Arautos d'El-Rei, Outubro de 2005

 


ORIGEM DO NOSSO MOVIMENTO E RAZÃO PARA A ESCOLHA DA DESIGNAÇÃO "ARAUTOS D'EL-REI"



A ideia de criar o movimento surgiu durante um encontro informal entre 4 amigos monárquicos. Essa ideia, aliás, nem visava a criação de um movimento, mas apenas de uma publicação dedicada essencialmente à juventude e à divulgação da doutrina monárquica. No entanto, mercê do apoio e do entusiasmo de muitos amigos, a publicação começou a evoluir e depressa deu origem a um movimento.

Por que escolhemos o nome "Arautos d’El-Rei"?
Tal como diz o nome, "arauto" é o pregoeiro, o mensageiro, aquele que anuncia. Neste caso, portanto, anuncia o Rei. No primeiro momento, o nome não nos pareceu o ideal, mas a verdade é que "pegou" e já conquistou um lugar no movimento monárquico.

Composição etária, ocupacional, social e política da nossa massa associativa
Os "Arautos d’El-Rei" têm colaboradores de todas as idades, de todas as camadas sociais e com as mais diversas ocupações profissionais. No que toca à composição política, é difícil respondermos com exactidão, porque não perguntamos às pessoas que nos apoiam qual é a sua orientação ideológica. No entanto, se nos apoiam é porque as suas ideias não os impedem de aderir à Causa Monárquica e à nossa linha de pensamento e acção.

Os "Arautos d'El Rei" e as Reais Associações
Os membros dos "Arautos d’El-Rei" não estão necessariamente filiados às diversas Reais Associações espalhadas pelo País. Não existe qualquer tipo de obrigação nesse sentido, embora a maior parte dos membros activos dos "Arautos" já seja espontaneamente filiada a alguma das Reais Associações.

O que pensamos das Reais Associações e da Causa Real?

A Causa Real e as Reais Associações são nossas antecessoras nas lides monárquicas, motivo pelo qual quase todos os nossos membros já eram seus filiados antes de serem "Arautos d'El-Rei". Vários são, inclusivamente, os que ocuparam ou ainda ocupam cargos na direcção de algumas  "Reais". Não existe, pois, qualquer impedimento em estar simultaneamente nos dois movimentos. Pelo contrário, essa presença nas duas frentes revelou-se sempre muito salutar e unitiva, e acreditamos que assim continuará a ser enquanto nos guiarmos todos pela estratégia concertada que as Reais Associações assim delinearam em 1991:

PARA UMA ESTRATÉGIA MONÁRQUICA CONCERTADA

As Reais Associações, reunidas no Porto em 13 de Julho de 1991, reconhecendo S.A.R. o Duque de Bragança como herdeiro da Coroa, e considerando que:

- É desejável que haja uma estratégia concertada entre todos os monárquicos;
- Essa estratégia global envolve diversas formas e meios de intervenção dos monárquicos;
- Em certos pontos fundamentais, que a seguir se enumeram, as actuações dos monárquicos devem ser concertadas respeitando a estratégia globalmente definida;

Aprovam o presente documento.


1. POSIÇÃO DO DUQUE DE BRAGANÇA

Os monárquicos desejam

- Um posicionamento de oposição ao regime vigente por parte do Duque de Bragança, através de declarações expressas do seu desejo de mudança do regime.
- O apoio do Duque de Bragança à estratégia comum preconizada pelos monárquicos.

2. FORMA DE REPRESENTAÇÃO DOS MONÁRQUICOS

- Os monárquicos devem ter uma instituição que os represente na sua totalidade e diversidade,
- Essa entidade, a constituir, será uma federação de associações de âmbito regional – as Reais Associações.
- As Reais Associações estão abertas a monárquicos de todas as tendências.
- Só poderão participar na constituição da federação as associações que tenham sido reconhecidas coma Reais Associações pelo Duque de Bragança.
- Deseja-se que a Causa Monárquica na sua forma actual desapareça, podendo a sua entidade jurídica e denominação ser adaptadas para a Federação.

3. ACÇÃO POLÍTICA
Na sua intervenção política, os monárquicos lutarão pela Restauração da Monarquia em Portugal, concordando em defender os seguintes princípios:

- Adoptar uma postura de oposição clara ao regime.
- Salientar persistentemente as diferenças essenciais entre Monarquia e República.
- Prosseguir os esforços no sentido da revisão dos limites materiais da Constituição.
- Defender a necessidade de realização de um referendo sobre o regime.

A questão da integração política e económica de Portugal na Comunidade Europeia deve ser objecto de esclarecimento e debate nacional.
- Reconhecer o poder local como um direito das populações e não como uma benesse do poder central.
- Contrariar a monopolização da representação política por parte dos partidos.
- Exigir que o Estado contribua activamente no sentido da preservação do património natural e cultural de Portugal.

4. OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DOS MONÁRQUICOS

Independentemente do seu maior ou menor envolvimento na estratégia comum através das Reais Associações e da sua Federação, grande parte dos monárquicos manterá outras actividades, sob a forma de intervenção política, divulgação, doutrina ou outras.
Estas actividades poderão caso a caso ser desenvolvidas quer individualmente, quer através de organizações políticas, eventualmente de índole monárquica, ou ainda pela via de publicações.
Deseja-se que as organizações ou publicações de índole monárquica desenvolvam a sua intervenção dentro dos princípios estabelecidos como estratégia comum.
Deseja-se também que cada um dos monárquicos pessoalmente, na sua actuação, aja ou não em consonância com esta estratégia.
Pretende-se assim obter um aproveitamento integral de todos os esforços e de todas as potencialidades existentes.

REAL ASSOCIAÇÃO DE BRAGA
REAL ASSOCIAÇÃO DE LISBOA
REAL ASSOCIAÇÃO DO PORTO
REAL ASSOCIAÇÃO ESCALABITANA PARA A DEFESA DA COROA
REAL ASSOCIAÇÃO DE VIANA DO CASTELO

(Documento publicado no Jornal "Consciência Nacional, nº 168, Ano XX, Nov./Dez. 1991)
Contacte-nos pelo correio electrónico escrevendo para secretariado@arautosdelrei.org ou arautosdelrei@gmail.com

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ONDE HÁ MISERICÓRDIA, EXISTE O MISTÉRIO DO NATAL

2015.12.17 _mensagemde natal
Onde há misericórdia, existe o mistério do Natal

Mensagem de Natal

Eis o Emanuel, Deus connosco,

o Deus que vem ao nosso encontro.

Nova vida se inaugura, pois vem à terra o Deus do amor.

O filho de Deus vivo, e Senhor da vida,

que está presente, que é próximo, providente, santo e misericordioso,

veio para nos salvar com palavras de amor e esperança;

é presença viva de caridade e paz entre os povos da terra.


Deus fez-se um de nós.

O presépio, imagem de humildade, pobreza, simplicidade, docilidade e fé,

seja fonte de inspiração pessoal, familiar e comunitária.

Que todos os desejos, todas as lágrimas e esperanças

contidos nos nossos corações

ressoem e encontrem eco num ombro e numa mão amiga.

Deixemo-nos abrasar pela proximidade e ternura de Deus.


Fica connosco, Senhor!

Natal é renascer, sentir Cristo dentro de nós.

É compaixão, conversão, aceitação…

porque o Deus incarnado é bom,

é fiel, é misericordioso para com todos.


Venha a nós o Vosso Reino!

Quantos rostos dilacerados, contrastando com a bondade

e a ternura do Menino deitado na manjedoura!

No meio de tanta azáfama e tantos convites comerciais,

permaneçamos atentos e vigilantes no Senhor.

Que nada seja mais forte do que a união dos que brindam ao amor.

Onde há amor, existe o verdadeiro Natal.


Príncipe da Paz,

convertei os corações perturbados,

o coração dos violentos,

para que ponham fim ao ódio e à guerra

e se inicie o caminho da paz duradoira e do diálogo.

Aqui e agora, neste lugar,

abramos aos outros a porta que, em Jesus Cristo, foi aberta.


Eu sou a porta!

Cristo, a Porta que nos introduz no conhecimento do mistério de Deus,

nos dê a conhecer e a abraçar a vocação humana

a que todos somos chamados.

Precisamos de avivar o sentido da nossa identidade cristã,

de promover o sentido de misericórdia

e praticá-la cada dia na nossa vida,

nas nossas famílias, na nossa diocese, no mundo inteiro.

Misericórdia é, pois, o ato último e supremo

pelo qual Deus vem ao nosso encontro.


Jesus, o rosto misericordioso de Deus Pai.

Quando Jesus renascer no coração humano,

a luz surgirá como a aurora e as feridas não tardarão a cicatrizar.

Somos barro, frágeis, mas somos obra das suas mãos.

Diante das circunstâncias que o mundo nos oferece,

imploremos ao Deus de misericórdia o dom do amor e da unidade

para a sua Igreja e para os homens entre si.

Que as festividades não sejam apenas mais uma comemoração,

mas um tempo de graça,

um prelúdio para uma nova geração.


O nosso Natal.

Abramos a porta do nosso coração

para que o amor de Deus,

o Deus connosco, possa entrar.

Ao céu dirijo um cântico de louvor e glória,

aos homens da terra, votos de um santo Natal,

na paz do Deus Menino que em cada ano quer nascer

no coração de cada homem.

Que Jesus encontre em nós e nas nossas comunidades

um lugar para ficar.

Feliz Natal com Jesus Cristo no nosso coração.


Natal 2015

† António Manuel Moiteiro Ramos, Bispo de Aveiro

NATAL - DOM DE DEUS E MISTÉRIO DE MISERICÓRDIA




O Natal é um mistério que não cabe num dia nem se contem num gesto. São muitos os dias que antecipam e continuam o Natal e muitos os gestos que o precedem e o prolongam no tempo. Há mesmo quem sonhe com o Natal todos os dias!
As nossas cidades, vilas, aldeias, ruas e casas já há muito se revestem de cores do Natal, brilham com iluminações de festa e vivem ao som de cânticos de alegria, que nos lembram o feliz anúncio do nascimento de um Menino Deus, nascido em Belém de Judá (Luc 2, 1-14).

Na liturgia da Igreja, o Advento precede no tempo, ao longo de quatro semanas, o Natal e prepara-nos espiritualmente para a celebração do nascimento do Filho de Deus. Por seu lado, o Natal prolonga-se no tempo e conduz-nos à Epifania, ao Baptismo no Jordão e ao início da vida pública de Jesus.


O Natal não se esgota na magia das cores, não se reduz aos sinais externos da festa, não se circunscreve ao apressado ritmo do consumismo, não se limita à habitual troca de prendas nem se confina aos gestos sinceros e solidários que, por uns momentos, nos fazem membros de uma sociedade fraterna e habitantes de um mundo de sonho.
O Natal é dom de Deus; é milagre de vida; é escola do amor humano aprendido no berço do amor divino; é caminho de dádiva da vida (Há mais alegria em dar-(Se); é o mistério da encarnação do Filho de Deus, celebrado no tempo humano, para salvação da Humanidade. O Natal é sempre acontecimento novo e belo!
O Natal é Jesus! É Jesus nascido na humilde manjedoura dos subúrbios da cidade, que os nossos presépios recordam e representam. É Jesus presente no coração de todas as cidades, no berço de todos os corações, no regaço de todas as mães, nas Eucaristias de todas as comunidades, na Palavra viva de Deus, Verbo eterno feito Homem (Jo 1, 14). A Igreja, que transporta em si a Alegria do Evangelho, tem a missão de nos fazer compreender que o Natal é Jesus: “Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor” (Luc 2, 11) .
Celebremos assim Natal, fazendo presépio o nosso coração, alojando Jesus no aconchego das nossas famílias e cantando a alegria do nascimento do Filho de Deus nas nossas comunidades. Queremos prosseguir, na Igreja do Porto, a Caminhada de Advento – Natal, multiplicando em cada dia do ano o milagre do cabaz cheio e do cesto de partilha fraterna a transbordar, transformados em acolhedora manjedoura onde Jesus nasça e em mesa de irmãos onde o pão se reparta com os pobres e as Obras de Misericórdia se cumpram com aumentado empenho neste Ano Santo da Misericórdia.
Há no coração humano das pessoas, no ambiente abençoado das famílias, no agir criativo das instituições e na acção pastoral das comunidades da Igreja do Porto belos sinais de Natal e imensos gestos que a fé em Jesus, Filho de Deus, nascido de Maria de Nazaré, nos inspira.
Lembremos apenas três desses sinais, por entre tantos milagres que no nosso tempo acontecem, sempre que Deus encontra homens e mulheres de boa vontade, disponíveis para acolher os seus dons e realizar os sonhos divinos:
No passado dia 13 de Dezembro abrimos a Porta Santa da Misericórdia na Catedral do Porto, como nos mandou fazer o Papa Francisco, ao anunciar ao mundo o Jubileu da Misericórdia. Antes de abrir a Porta Santa da Catedral e passar a soleira multissecular desta entrada na Casa de Deus, percorremos as ruas íngremes, estreitas e belas do Bairro da Sé.
Deste percurso, acompanhados por uma multidão de gente vinda de toda a Diocese, trouxemos as preces que ouvimos balbuciar, as lágrimas que vimos chorar e a curiosidade feliz de crianças e turistas, que também por ali andavam. Neste caminho da Igreja nas periferias e neste gesto de antecipado Natal, quisemos proclamar, como nos lembra o lema do Plano diocesano de pastoral deste ano e como reflecte a nossa Carta Pastoral: “Felizes os Misericordiosos! (Mt. 5,7).
.São, neste tempo, na nossa Diocese, muitos os cabazes de Natal distribuídos, muitos os apelos à generosidade respondidos, muitas as famílias reunidas e unidas, muitas as ceias de Natal organizadas! Demos graças a Deus por isso!
Numa dessas Ceias, promovida e servida com este espírito na nossa Cidade, eram mais de mil os pobres e, entre eles, muitas crianças sentadas à mesa de Natal. Perguntamo-nos e perguntemo-nos todos: o que fazer e como fazer para transformar estes momentos de festa e estes gestos solidários em verdadeiro Natal, que celebre o nascimento de Jesus e signifique o nascimento de vidas novas, diferentes e felizes para tanta gente?
Chegaram à nossa Diocese, no mês de Outubro, os primeiros refugiados da Síria, agora a viver em Ovar. No passado dia 18 deste mês foi recebida pela Santa Casa da Misericórdia de Penafiel uma família de refugiados. Outros virão mais tarde! Este é o primeiro Natal vivido por eles entre nós. Vai ser felizmente diferente para eles este Natal, mesmo que seja outra a sua fé, porque encontraram casa junto de nós, abrigo na cidade e acolhimento humano em terra de gente de paz e de bem.
Tem de ser, graças a eles, diferente, também, para nós este mesmo Natal, para que os nossos presépios transformem o desespero que bate à porta da Europa em portas de esperança para o Mundo.
Somos chamados a construir com eles um Mundo melhor e uma Humanidade comum onde não haja violência, nem guerra, nem perseguição e onde a Europa cristã possa ser casa, abrigo de todos os que não têm pátria, e refúgio seguro para todos os que sonham com a liberdade e procuram a paz.
Estes sinais vividos à luz da fé em tempo de Natal dizem-nos que os milagres de Deus acontecem, também, nos nossos dias.
Um Santo e Feliz Natal!
Porto, 24 de Dezembro de 2015
+ António Francisco dos Santos, Bispo do Porto
+ António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto

+ Pio Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
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É NATAL

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

SÍMBOLOS DE NATAL E A REALEZA

Em primeiro lugar, e mais importante, a celebração do Natal é a festa do Nascimento do Salvador, do Rei dos Reis, Jesus. Mas para além disso, há uma série de iconografia natalícia que apareceu fruto do querer da realeza fossem como próprios introdutores dos costumes ou como mecenas da sua realização.

Quanto à Árvore de Natal, apesar de originária das culturas e religiões pagãs que celebravam a fertilidade da natureza recorrendo a árvores enfeitadas, a árvore de Natal, da forma que chegou aos hodiernos tempos, desenvolveu-se nos costumes dos povos germânicos cristãos, a partir do século XVI. Porém, só com a intervenção da realeza, no século XIX, é que esta tradição de enfeitar o Pinheiro de Natal, assim como a utilização das demais decorações, se estendeu à restante Europa.

Preponderante na dispersão europeia do costume foi quando, em 1846, o Príncipe germânico Albert de Saxe-Coburgo-Gotha da Casa de Wettin, marido da Rainha Vitória do Reino Unido, instalou uma Árvore de Natal no Palácio de Windsor. A enfeitar o Pinheiro, foram pendurados nos ramos, nozes pintadas de dourado, bolas coloridas, frutas cristalizadas diversas e de múltiplas cores cobertas de açúcar, pacotes de doces, enfeites de correntes de papel colorido. Flores e laços de tecido, também coloriam a árvore. Por fim, como iluminação, penduraram pequenas velas em potes de vidro cuja luz reflectia no pó de vidro espalhado para dar mais luminosidade e efeitos e contrastes de luz à árvore.

Depois, bastou uma gravura da Família Real, junto do Pinheiro de Natal, publicada na revista Illustrated London News, para a tradição se estender por todo o domínio do Império Britânico e por toda a Europa cristã.

Corria, ainda, o mesmo século XIX, quando o Rei-consorte Dom Fernando II, marido da Rainha Dona Maria II, e primo do Príncipe Albert, pois nascera Prinz Ferdinand August von Sachsen-Coburg-Gotha-Koháry, introduzir o mesmo costume no Reino de Portugal, país onde a tradição natalícia decorativa abrangia apenas o Presépio de que eram expoentes os de Machado de Castro, Barros Laborão e António Ferreira. Com o nascimento do Príncipe Real Dom Pedro e os infantes, Dom Fernando II – já Rei-consorte – começou a festejar o Natal segundo o costume germânico que experimentara durante a infância na gélida Alemanha. Para além da Árvore de Natal que enfeitava com bolas de vidro translúcidas de variadas cores e guloseimas, das coroas de advento, o próprio monarca se fantasiava de São Nicolau e distribuía prendas à família – conforme o confirmam gravuras a carvão ilustradas pelo Rei-artista. Depois, até o costume se difundir pela nobreza foi um passo, disseminar-se-ia, então, pela burguesia e, finalmente, pelo Povo, para durar até aos dias de hoje.

Quanto ao Presépio, em Portugal, os primeiros presépios de que há memória datam do século XVI, mas é no século XVIII, que se executam os melhores presépios, alguns dos quais verdadeiras obras de arte – e é disso que, verdadeiramente, se trata.  O Presépio da Basílica da Estrela, no qual figuram cerca de 500 peças, foi uma encomenda da própria Rainha D. Maria I de Portugal – que mandou igualmente construir a Basílica e o Convento – a Machado de Castro. O nome Machado de Castro ou o da sua escola surgem ligados a diversos presépios que se acham dispersos de norte a sul do País, nomeadamente, o da Sé Patriarcal de Lisboa, fabricado em 1776.

Quanto ao Bolo-Rei, é legado dos romanos que, primeiro, persistiu somente em França onde tem duas formas de confecção: no Norte é em massa folhada e, no Sul, um brioche recreado com frutas caramelizadas, tal como o Bolo-Rei português que por isso deriva do segundo. Foi precisamente das suas viagens por França, que Baltazar Castanheiro II, filho do fundador da Confeitaria Nacional, trouxe a receita do Bolo-Rei, mais precisamente de Toulouse.

Mas claro, é mérito da Confeitaria Nacional e do seu entrepeneur de pastelaria pegar numa receita do bolo francês e convertê-la no icónico e típico doce português: o bolo redondo, em forma de coroa, com frutos secos e cristalizados e polvilhado com açúcar. O Bolo-Rei logo se tornou um sucesso, e a Confeitaria Nacional foi nomeada, por El-Rei D. Luís I, fornecedora oficial da Casa Real. Depois até se generalizar, dada a qualidade do produto, foi um ápice: o Bolo-Rei, assim chamado por causa da forma de Coroa, não mais abandonaria as mesas nacionais, sobretudo na época Natalícia.

Já na república velha, aquela instaurada por intermédio de um processo revolucionário, que durou entre 1910 e 1926, Afonso Costa e Bernardino Machado mudaram o nome do Bolo-Rei para Bolo-presidente, mas os portugueses não engoliram… nem a imposição, nem a nomenclatura nascida daquelas mentes intransigentes; e a designaçãoBolo-Rei prevaleceria ad eternum. Afonso Costa, teve que se contentar ao assomo ditatorial de tornar partido único o Partido Republicano Português e todas as demais formas de censura e coacção anti-democrática!

Se o bacalhau é o fiel amigo, o Bolo-Rei é o Real Amigo e sempre permanecerá. Não vale fazê-los de chocolate, recheados de chila e de maçã ou mesmo rebaptiza-los! Não adianta tentarem subterfúgios para mudar isso; inventem quantos pastelinhos quiserem e nomeiem-nos de ‘presidentes’ – como em Cebolais de Cima (história verídica) -, de ministros, de edis, de vereadores, mas o Real pastel perdurará sempre entronizado nos nossos corações e palato como Bolo-Rei!

Há, ainda, uma Canção de Natal, Adeste Fideles, mundialmente conhecido pelo título de Hino Português escrito e composto por El-Rei D. João IV de Portugal, a exemplo de muitas outras obras, na escola de música que fundou no Paço Ducal dos Bragança, em Vila Viçosa. Foram encontrados dois manuscritos desta obra, datados de 1640, no Palácio Ducal de Vila Viçosa, que era propriedade dos Duques de Bragança. Os ingleses atribuíram, erroneamente, a autoria desse hino a John F. Wade que não pode ter composto a partitura, uma vez que o seu manuscrito está datado ulteriormente, de 1760, pelo que Wade se limitou a traduzir o Hino Português, como de resto era designado à época, e usurpado os louros.

Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica

IMAGENS DA INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE DA JMP-PORTO

Real Associação da Beira Litoral: IMAGENS DA INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE DA JMP-PORTO:                                                ...

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A JUVENTUDE MONÁRQUICA PORTUGUESA deseja


50 Castelos Medievais Portugueses!

50 Castelos Medievais Portugueses! | 1001 TopVideos

DIA DE NATAL*



Diálogo entre o Pai Natal e o Menino Jesus

Foi numa esquina qualquer que se encontraram o Pai Natal e o Menino Jesus. Enquanto aquele se preparava para trepar um prédio, com o seu saco às costas, este último, recém-nascido, descia à terra e oferecia-se inerme, num pobre estandarte, que cobria uma mísera janela.

- Quem és tu, Menino – disse o velho – e que fazes por aqui?! É a primeira vez que te vejo!

- Sou Jesus de Nazaré e ando há vinte séculos à procura de uma casa que me receba e, como há dois mil anos em Belém, não há quem me dê pousada.

- Pois não é de estranhar! Não vês que vens quase nu?! Porque não trazes roupas quentes, como as que eu tenho, para me proteger do frio do inverno?

- O calor com que me aqueço é o fogo do meu amor e o afecto dos que me amam.

- Eu trago muitos presentes, para os distribuir pelas casas das redondezas. E tu, que andas por aqui a fazer?

- Eu sou rico, mas fiz-me pobre, para os pobres enriquecer com a minha pobreza. Eu próprio sou o presente de quem me acolher. Não vim ensinar os homens a ter, mas a ser, porque quanto mais despojada é a vida humana, maior é aos olhos do Criador.

- E de onde vens e como vieste até aqui? Eu venho da Lapónia, lá para as bandas do pólo norte.

- Eu venho do céu, de onde é o meu Pai eterno, e vim ao mundo pelo sim de uma virgem, que me concebeu do Espírito Santo.

- Que coisa estranha! Nunca ouvi falar de ninguém que tenha nascido de uma virgem e assim tenha vindo ao mundo! E não tens nenhum animal que te transporte para tão longa viagem, como eu tenho estas renas?

- Um burrinho foi a minha companhia em Belém, e foi também o meu trono real, na entrada triunfal em Jerusalém.

- Um burro?! Não é grande coisa, para trono de um rei…

- O meu reino não é deste mundo e a sua entrada é tão estreita que os meus cortesãos, para lá entrarem, se têm que fazer pequeninos, porque destes é o meu reino.

- E que coisas ofereces? Que tesouros tens para dar? Que prometes?

- Trago a felicidade, mas escondida na cruz de cada dia; trago o céu, mas oculto no pó da terra; trago a alegria e a paz, mas no reverso das labutas do próprio dever; trago a eternidade, mas no tempo gasto ao serviço dos outros; trago o amor, mas como flor e fruto da entrega sacrificada.

- Pois eu trago as coisas que me pediram: jogos e brinquedos para os miúdos e, para os graúdos, saúde, prazer, riqueza e poder. Mas, por mais que lhes dê, nunca estão satisfeitos!

- A quem me dou, quer-me sempre mais na caridade que tem aos outros, porque é nos outros que eu quero que me amem a mim.

- Mais um enigma! De facto, somos muito diferentes, mas pelo menos numa coisa nos parecemos: ambos estamos sós, nesta noite de consoada!

- Eu nunca estou só, porque onde estou, está sempre o meu Pai e onde eu e o Pai estamos, está também o Amor que nós somos e estão aqueles que me amam.

- Bom, a conversa está demorada e ainda tenho muitas casas para assaltar, pela lareira, como manda a praxe.

- Eu estou à porta e bato e só entrarei na casa de quem liberrimamente me abrir a porta do seu coração e aí cearei e farei a minha morada.

- Pois sim, mas eu vou andando que já estou velho e cansado …

- Eu acabo de nascer e quem, mesmo sendo velho, renascer comigo, será como uma fonte de água viva a jorrar para a vida eterna.

O velho Pai Natal, resmungando, subiu ao telhado do luxuoso prédio, atirou-se pela chaminé abaixo e desapareceu.

Foi então que a janela onde estava o estandarte se abriu e uma pobre velhinha de rosto enrugado, como um antigo pergaminho, beijou o reverso da imagem do Deus Menino, que estremeceu de emoção. A seguir, encostou a vidraça, apagou a luz e, muito de mansinho, adormeceu. Depois, o Menino Jesus, sem a acordar, pegou nela ao colo e, fazendo do seu pendão um tapete mágico, levou-a consigo para o Céu.


P. Gonçalo Portocarrero de Almada (2010)


* Os primeiros cristãos chamavam dies natalis, ou seja, natal, ao dia da sua morte, porque entendiam que esse era o dia do seu nascimento para a verdadeira vida.


Fonte: Spe Deus

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Helene Fischer - Ave Maria (German Version - Franz Schubert)

BOAS FESTAS!

Os Seis Órgãos da Basílica de Mafra


A 15 de Maio de 2010, após doze anos de trabalho de restauro, os seis órgãos da Basílica de Mafra soaram juntos pela primeira vez desde a sua inauguração original em 1807.
Este concerto incluiu obras a solo para cada um dos seis órgãos, assim como peças de conjunto, quer instrumentais, quer com coro. Gravado e transmitido pela RTP 2, é agora apresentado em DVD, juntamente com o programa "Câmara Clara" (RTP2) de 9 de Maio de 2010, que inclui entrevistas aos principais intervenientes no restauro daquele conjunto instrumental único: Dinarte Machado (organeiro), João Vaz ( organista e consultor permanente), Rui Vieira Nery (musicólogo e presidente da Comissão Científica de Acompanhamento) e Mário Pereira (director do Palácio Nacional de Mafra).

On May 15, 2010, after twelve years of restoration work, the six organs in the Basilica of Mafra sounded together for the first time since their original inauguration in 1807. This concert included solo works for each of the six organs, as well as ensemble pieces, either instrumental or with choir.
Recorded and broadcasted by RTP 2, it is now available on DVD, together with RTP 2 show "Câmara Clara" (broadcasted on May 9, 2010), which includes interviews with the key players in the restoration of that unique instrumental ensemble: Dinarte Machado (organ builder), João Vaz (organist and permanent advisor), Rui Vieira Nery (musicologist and chairman of the advising Scientific Committee) and Mário Pereira (curator of the National Palace of Mafra).

António Leal Moreira (1758-1819) Sinfonia para a Real Basílica de Mafra ( a seis órgãos/ for six organs)
João Vaz (1963) Ave maris stella (para coro masculino e seis órgãos / for mail choir and six organs)
João José Baldi (1770-1816) Glória (da Missa para Solistas, coro masculino e seis órgãos / from the Mass for soloists, male choir and six organs)
E obras a solo de / And solo works by
Carlos Seixas, Marcos Portugal, Diogo Conceição, Louis Nicols Clérambault, etc.
João Vaz: Órgão do Evangelho
Rui Paiva: Órgão da Epístola
António Esteireiro: Órgão de São Pedro d' Alcântara
António Duarte: Órgão do Sacramento
Sérgio Silva: Órgão da Conceição
Isabel Albergaria: Órgão de Santa Bárbara
Fernando Guimarães e Carlos Monteiro: Tenores
Diogo Oliveira: Barítono
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Jorge Alves: Direcção

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

SAR, O Duque de Bragança inaugura museu em Macedo de Cavaleiros

Com um custo estimado de 150 mil euros, o Museu Municipal Martim Gonçalves de Macedo foi inaugurado este sábado por S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança em Macedo de Cavaleiros.

A 14 de Agosto de 1385, Martim Gonçalves de Macedo afirmou Portugal como um Estado soberano e independente na Batalha de Aljubarrota. Para homenagear o feito heróico desta personagem histórica e celebrar a nacionalidade portuguesa, foi inaugurado este sábado pelas 15h um museu com o seu nome. Martim Gonçalves de Macedo, natural de Macedo de Cavaleiros, ficou intrinsecamente ligado à História de Portugal ao salvar, naquele final de tarde do mês de Agosto, a vida do Mestre de Avis (a seguir, Rei D. João I) que, já atirado ao chão perante o castelhano Sandoval, viu a morte à frente e, com ela, as aspirações da independência de Portugal após a crise de 1383–1385. O Escudeiro Macedense, ordenado depois Cavaleiro, desfere o golpe fatal ao Castelhano, ganhando um lugar na História que, entretanto, o viria a esquecer. O seu feito ficará, agora, imortalizado com a existência deste museu, instalado na antiga escola primária do Toural e que custou à autarquia cerca de 150 mil euros. Presentes na cerimónia estiveram S.A.R. D. Duarte Pio, Herdeiro do Trono Português, D. José Cordeiro, Bispo da Diocese de Bragança – Miranda, João Mareco, o Director da Fundação Batalha de Aljubarrota, e António Ponte, Director Regional de Cultura.
“A partir de Macedo de Cavaleiros afirma-se um legado e fazemos a justa homenagem a um conterrâneo umbilicalmente ligado à manutenção da Nacionalidade Portuguesa. Atribui-se a Martim Gonçalves de Macedo o lugar que lhe pertence por direito próprio na História”, referiu o autarca macedense Duarte Moreno, no início da cerimónia, classificando o momento como o “reencontro de Macedo de Cavaleiros com a sua história”.
Em estreia, o Museu Municipal Martim Gonçalves de Macedo alberga a exposição temporária “Assim se fez Portugal”, um trabalho da Associação Terras Quentes, cujo responsável, Carlos Mendes, opta por destacar que muitas das peças expostas não existem "em mais lado nenhum".

 





Museu de Arte Sacra com nova exposição

 deus menino  a nova exposic a o no museu de arte sacra 1 736 2500

Ainda no sábado, em Macedo de Cavaleiros, o Museu de Arte Sacra acolheu a exposição “Deus Menino”. Uma mostra artística que reúne várias imagens do menino Jesus oriundas de algumas paróquias do concelho, assim como a enigmática figura do Menino Jesus da Cartolinha da Sé Catedral, de Miranda do Douro.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

REAL DE LISBOA VISITOU O PALÁCIO DO MARQUÊS DE POM...

Real Associação da Beira Litoral: REAL DE LISBOA VISITOU O PALÁCIO DO MARQUÊS DE POM...:   Reportagem fotográfica da visita guiada ao Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras organizado pelo NÚCLEO DA COSTA DO ESTORIL no âmbi...

REI DOM CARLOS E OS PESCADORES

"Dom Carlos estimava-os (aos pescadores), e eles ainda hoje se lembram do Rei a quem falavam, não com a subserviência dos políticos, mas de igual para igual, como a um pescador de maior categoria. Às vezes Dom Carlos encontrava-os no mar alto.- Então que tal a pesca? - Nada.- Também vocês estão aqui, e ali em baixo, a três milhas, o peixe anda aos cardumes.- Mas com este vento como é que a gente há-de lá ir? - Botem os cabos!... - E voltando atrás, levava-os a reboque do iate até ao sítio da abundância."

Raul Brandão
in Algarve.