quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Anti-monarquismo e pessimismo, pais da miséria nacional

 

“A haver uma entrada em qualquer Enciclopédia para o termo Anti-Portugal, seria certamente o “República”, em masculino, pois trata-se de um abutre que consome cadáveres e futuros”

Para o título deste post tive de recorrer a uma expressão do Brasil “o monarquismo” que se depreende como a práctica de ser monárquico num tempo verbal que por cá não temos: o “ir andando”.

Pois que “ir andando”…”como Deus quer” é uma frase que todo o português usa para justificar a sua inércia em prol do “ir andando” activamente em busca de uma Demanda (objectivo superior) como andavam os portugueses de quinhentos…que eram certamente mais pobres do que os de hoje.

O pessimismo nacional tem servido para tudo sem que os seus beneficiários (passivos e activos) tenham medido (ou sequer ponderado ) as consequências nas gerações futuras. Basta atentar para o Nobel português , Saramago, que versa em toda a sua literatura uma certa tendência para a miséria humana, para muitos a tendência natural do povo…essa massa disforme desprovida de pensamento que espoliada por poucos procura a salvação:
“Este país preocupa-me, este país dói-me. E aflige-me a apatia, aflige-me a indiferença, aflige-me o egoísmo profundo em que esta sociedade vive. De vez em quando, como somos um povo de fogos de palha, ardemos muito, mas queimamos depressa.”

Mas a realidade é esta: não temos um projecto de país. Vivemos ao deus-dará, conforme o lado de que o vento sopra. As pessoas já não pensam só no dia-a-dia, pensam no minuto a minuto. Estamos endividados até às orelhas e fazemos uma falsa vida de prosperidade. Aparência, aparência, aparência – e nada por trás. Onde estão as ideias? Onde está uma ideia de futuro para Portugal? Como vamos viver quando se acabarem os dinheiros da Europa? Os governos todos navegam à vista da costa e parece que ninguém quer pensar nisto, ninguém ousa ir mais além.”José Saramago

Saramago afirma (com uma vasta legião de ecos) que Portugal não tem futuro. Mas isso é falso.

Portugal tem futuro a partir do momento que abandonar o preconceito do eterno miserável que eternamente espoliado morre sem futuro.

Eis o futuro:


Monarquia é o Portugal optimista que dura, perdura e resiste a todos os pessimistas e profetas da desgraça, que por muito que vendam e prestigio alcancem jamais alcançaram o tempo, o prestigio e aquilo que significa para todos gritar “Viva o Rei” na presença dos maiores desafios.



Portugal republicano, essa degeneração que agora é apelidada de “Republica Portuguesa” nunca conheceu um rasgo de luz, nunca alcançou aquele golpe de génio que fica gravado na consciência do colectivo, que o identifica com uma ideia mais elevada do que a mera sobrevivência. República é ao fim de um século sinónimo de anarquia, miséria, desperdício e voragem.

Fonte: O manto do Rei/Real Associação do Médio Tejo

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