Escreveu Pio XI que a única civilização verdadeiramente digna deste nome é aCivilização Cristã. Esta é uma verdade fundamental para nós, que ainda vemos o que foram os fulgores dessa Civilização, mas que agora assistimos desolados ao seu rápido desmoronamento e à tragédia de um imenso crepúsculo espiritual. Aquilo que virá a seguir -- já se percebe -- não será uma "nova ordem" mas uma suma desordem onde nem sequer os maus tolerarão outros maus. O desfecho será então terrível para nós, se continuarmos nesta marcha. Porque para nós, baptizados, os meios-termos não são possíveis. Ou voltamos à Civilização Cristã ou acabaremos por não ter civilização alguma.
Claro está que não somos fatalistas. Se para o suicida, da ponte ao rio há ainda a possibilidade de uma contrição, certamente também existe para a humanidade, no resto do curto caminho que vai do seu estado actual para a sua aniquilação, a possibilidade de arrependimento, de emenda e de ressurreição.
É esse arrependimento e essa ressurreição que neste Natal devemos pedir ao Deus-Menino, ajoelhados diante do Presépio, na contemplação do Seu sorriso misericordioso e da promessa que Sua Mãe Santíssima nos deixou em Fátima: "Por fim o meu Imaculado Coração triunfará".
Arautos d’El-Rei
Coimbra, Natal de 2015
Arautos d’El-Rei
Coimbra, Natal de 2015
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