Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!
Florbela Espanca
![Foto de José De Almeida Basto.](https://scontent.fopo1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/28661204_1895517860521393_1168611002840397275_n.jpg?oh=a93da186a1918fe0842fbb3342ad5e9d&oe=5B4083EA)
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