quarta-feira, 3 de junho de 2020

Glória da marinha portuguesa: a Nau Nossa Senhora da Conceição

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Lançada à água na Ribeira das Naus em 1707, esta grande nau era armada com 80 peças e dispunha de 700 homens de guarnição. O seu enorme poder bélico permitiu-lhe notável protagonismo no combate e repressão da pirataria barbaresca no Atlântico, antes de ser transferida para operações no Mediterrâneo.

Em 1716 largou para o Mediterrâneo como navio-chefe da esquadra do almirante Lopo Furtado de Mendonça (1661-1730), Conde do Rio Grande que a pedido do Papa Clemente XI, se juntou à de Veneza para dar luta aos turcos que então bloqueavam a Ilha de Corfu. À aproximação da armada cristã, a frota do crescente levantou ferro e evitou o combate. Em 1717, perante nova ameaça turca, a Nau Nossa Senhora da Conceição voltou ao Mediterrâneo, encabeçando uma esquadra de sete naus, dois brulotes, um navio-hospital e uma tartana.

A 9 de Junho uniu-se em Corfu com a armada cristã integrando vasos de venezianos, do papado e da Ordem de Malta. Ao almirante português foi então exigido que arriasse o pavilhão real português, ao que o Conde de Rio Grande se opôs, afirmando que a bandeira portuguesa ficava e seria sob ela que combateria.

No dia 19 de Junho, ao largo do Cabo Matapan, deu-se o embate entre as esquadras cristã e turca. No meio da refrega, os vasos venezianos, malteses e papais retiraram, mas o comando português decidiu permanecer e dar luta ao inimigo. Pela noite, o almirante turco, Ibrahim Paxá de Moreia, ordenou o regresso da sua força a portos seguros.

Fonte: Nova Portugalidade

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