Esta capela, foi encomendada por D. João V aos arquitectos romanos Luigi Vanvitelli e Nicola Salvi, em 1740, e construída entre 1742 e 1747. A 15 de Dezembro de 1744, era sagrada pelo Papa Bento XIV, em Roma, tendo sido, posteriormente, armada para o sumo pontífice nela celebrar missa a 6 de Maio de 1747.
Em Setembro desse mesmo ano, foi desmontada e transportada para Lisboa, em três naus, e assente posteriormente na Igreja de São Roque, no espaço da antiga capela do Espírito Santo. A Capela de S. João Baptista é uma obra de arte única no seu estilo, sem paralelo nem na própria Itália, pois engloba um conjunto de peças de culto de excepcional qualidade artística, nomeadamente as colecções de ourivesaria e paramentaria, que se encontram parcialmente em exposição no Museu de S. Roque.
No seu revestimento, encontramos diversos tipos de mármores: lápis-lazúli, ágata, verde antigo, alabastro, mármore de Carrara, ametista, pórfido roxo, branco-negro de França, brecha antigo, diásporo, jalde e outros. Além do mármore foram utilizados o mosaico e o bronze dourado.
O quadro central e os dois laterais, bem como o pavimento, são em mosaico, trabalho artístico de grande perfeição. O quadro central representa o "Baptismo de Cristo", e os laterais, o "Pentecostes" (do lado esquerdo) e a "Anunciação" (do lado direito). As pinturas modelo dos três quadros são da autoria de Agostino Massucci, e a execução dos mesmos, em mosaico, foi trabalho de Mattia Moretti. Enrico Enuo foi o autor do mosaico do pavimento.
O arco exterior da capela é encimado pelas Armas Reais Portuguesas. As cancelas e as portas laterais, em bronze dourado, ostentam ao centro o monograma de D. João V. O assentamento da capela foi da responsabilidade de Francesco Feliziani e Paolo Riccoli, tendo sido executada a montagem final dos mosaicos "Baptismo de Cristo" e "Pentecostes", em Agosto de 1752, após a morte de D. João V, ocorrida em 31 de Julho de 1750.
in museu-saoroque.com
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