terça-feira, 5 de maio de 2020

Primeiro Triunfo Naval Português

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‘E tão atlântica Nação é, que, sob o Primeiro Afonso, já D. Fuas Roupinho vencia o primeiro combate naval dos portugueses, de galés contra galés!’, escreveu o 2.° Conde de Alvelos in “O Berço Exilado”.

De facto, a primeira batalha naval da Marinha Portuguesa ocorreu no longínquo Julho de 1180, durante o reinado do primeiro Rei e fundador de Portugal, Sua Mercê El-Rei Dom Afonso Henriques.
 
Uma vez que havia sempre “mouro na costa”, piratas sarracenos do Norte de África que atacavam sistematicamente o território português, saqueando e raptando os habitantes (homens e mulheres) com intuito de os escravizar, por ordem do primeiro Monarca português, foi chamado a Lisboa, Fernão Gonçalves Churrichão, o Farroupim que passaria à História como D. Fuas Roupinho, cavaleiro da Ordem dos Templários e um dos companheiros de armas de D. Afonso I Henriques. O Rei português mandou então, com a ajuda da Vereação de Lisboa, aprontar uma pequena armada de 9 galés, que seriam comandadas por D. Fuas Roupinho, destinada a perseguir as Esquadras almorávidas que acossavam, constantemente, o litoral português.

Assim, a Esquadra portuguesa saiu de Lisboa e, a 29 de Julho de 1180, defrontou-se com a Armada moura, diante do Cabo Espichel. Apesar de inexperientes, os marinheiros Portugueses suplantaram-se suprindo com heroicidade o que lhes faltava em experiência, e, contra um inimigo composto por piratas experimentados, que, há séculos, participavam em pirataria e em batalhas navais, ao longo das costas Africana e Europeia. Não obstante, a disparidade de forças e preparação, a Esquadra Portuguesa derrotou a Armada almorávida e apressou muitos dos navios inimigos.

A Armada de D. Fuas Roupinho regressou vitoriosa ao Rio Tejo e Portugal comemorou a primeira vitória naval com júbilo público, em Lisboa. Em sinal de reconhecimento pelo denodo do seu primeiro comandante naval, D. Afonso I de Portugal agraciou D. Fuas Roupinho com o título de primeiro Almirante da Esquadra Portuguesa.

Miguel Villas-Boas


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