Quando ao sol poente daquele dia, há quarenta e nove anos, a anti-nação assassinou o Rei e o Príncipe Real, caíram por terra, na pedra batida ali do Arsenal, dois homens, uma Pátria, o carácter dum povo e um princípio secular de soberania… Se a Maçonaria matou El-Rei D. Carlos, cada português, todos os portugueses, mataram El-Rei segunda vez, na escura cobardia colectiva, na estranha aceitação do crime e das suas consequências políticas…”Governar é prosseguir um ideal político. Para D. Carlos o ideal era viabilizar o liberalismo em Portugal….”O sangue tem um preço. O sangue inutilmente derramado por D. Carlos e D. Luís Filipe pesa sobre nós como herança macabra…Vingaremos o sangue de El-Rei D. Carlos no dia em que soubermos pelos caminhos perdidos da Tradição, reencontrar a alma do povo e a face da Pátria”.
Francisco de Sousa Tavares,” Combate Desigual”, ensaios, Janeiro de 1957
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