segunda-feira, 25 de abril de 2016

O DIA 25 DE ABRIL NA HISTÓRIA DE PORTUGAL

Homenagem D. Afonso Henriques - 24Out11_JPG


O que aconteceu a 25 de Abril de 1112 que não aconteceu no 25 de Abril de 1974?

O 25 de Abril mais próximo - o de 1974 - requer um enquadramento histórico que ultrapassa largamente a estranheza, de passados 42 anos, ainda estarmos a tentar “cumprir Abril” ou a tentar solidificar a Democracia e com ela a República.

Henrique de Borgonha, conhecido como Conde D. Henrique morreu a 24 de Abril de 1112, tendo sido sepultado na Sé de Braga. Seu filho D. Afonso Henriques sucedeu ao pai e tornou-se o segundo conde de Portucale a 25 de Abril de 1112. Por ser menor (3 anos de idade) Teresa de Leão governou o condado durante a menoridade do futuro Afonso I de Portugal.

Nos 42 anos que se seguiram Portugal afirmar-se-ia como Reino independente fixando fronteiras além Tejo.

Henrique de Borgonha (conde D. Henrique) levou 10 anos a implementar a liturgia romana; a escrita carolíngia em Portugal; a restituição da arquidiocese a Braga (que viria a ser fundamental para a formação de Portugal como Reino independente) e a afirmação do Condado como potência independente.

Passados 42 anos é exigível que se faça um balanço sobre o parco resultado que é hoje visível. O País em 74 não saiu de uma guerra devastadora semelhante ao que o resto da Europa viveu, todas as instituições e estruturas permaneceram activas, os governos receberam milhares de milhões de Euros para estruturar o território, a população cumpriu todos os objectivos propostos, passaram-se mais de 40 anos.

Impõe-se uma pergunta perante o desemprego, a falência do Estado, a ausência de um futuro para as novas gerações ou sequer a existência de Portugal num futuro mais longo: 


O que aconteceu a 25 de Abril de 1112 que não aconteceu no 25 de Abril de 1974?
 

omantodorei



 

Viva o 25 de Abril de 1828, quando o Senado aclamou o rei legítimo jurado como tal pelos Três Estados do reino, legitimidade assegurada pelas leis do reino saídas de Lamego e das Cortes de 1641, verdadeiras constituições da pátria e que deram forma à nossa nacionalidade, assim, o último rei da tradição portuguesa. Trágico e heróico, amado e vilipendiado, encarnação sebastianista de um prometido retorno do príncipe desejado, aristocrático e rude, romântico e feroz, espírito que encarnava os vícios e virtudes de um povo ansioso pelo rei amado. Dirá Oliveira Martins que D. Miguel foi "o último rei que o povo amou e compreendeu."

"Oh Porto Impudente, Oh Braga fiel, que sempre quiseste, O Rei D.Miguel"!


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