sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Considerações a respeito de 2017 e mensagem de Ano Novo do Presidente da Comissão Executiva da Nova Portugalidade

Foto de Nova Portugalidade.


1. Quando, no futuro que virá, se escrever sobre este grande esforço que temos feito, o ano de 2017 não poderá deixar de ser abundantemente referido, falado, pensado e estudado. Aquele foi o ano de todos os choques, de todas as dificuldades e de todos os sucessos - dos que vieram até agora, pois os maiores ainda esperam pela nossa mão criadora para saírem do sonho e se fazerem realidade. Logo nos primeiros meses de 2017, a estupefacção, e logo controvérsia e comoção, geradas pela conferência que a NP tentou realizar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa colocou-nos nas bocas de todo o Portugal. Às tentativas de vilificação, de manipulação da opinião pública, de desacreditar e descredibilizar movimento animado por propósitos tão nobres quanto é a Nova Portugalidade, respondemos com elevação, paciência, dignidade e fé no bom senso dos portugueses. Ganhámos plenamente a aposta: contra os melhores esforços de quantos tentaram caricaturizar, minimizar, menosprezar esta ideia - a convicção de que Portugal não é o que parece e de que há um Portugal maior, cultural e sentimental a unir todos os continentes - a NP cresceu como jamais crescera. Éramos nesta página 6000 há um ano. Agora, caminhamos rapidamente para os 21 000. Éramos um grupo informal, trabalhador e trabalhoso, mas mais unido por boa vontade e fome de fazer que por uma estrutura forte e estável. Hoje, somos uma associação legalmente constituída, regida por estatutos, com órgãos eleitos e activos, fervente em ideias e faminta por resultados. Entre membros de pleno direito e simpatizante, somos muitas centenas. Temos, através de acordo com os nossos amigos da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, sede no Palácio da Independência, em Lisboa. Temos um movimento e estamos em movimento. Já ninguém duvida de que tem de levar-nos a sério.

2. Este será um ano de novas conquistas, maiores e mais felizes que as de 2017. Em Portugal, estenderemos a nossa actividade regular do norte a sul do país. O ciclo deste ano de conferências da NP inicia-se já a 19 de Janeiro em Lisboa com conversa sobre a Companhia de Jesus que nos será ministrada pela Professora Maria de Deus Manso. Muitas outras se seguirão, e todas serão reveladas em altura oportuna. Ao Porto, onde a NP já tem um núcleo, chegaremos com actividade no final do mês. E em Coimbra, onde também já temos um grupo de trabalho permanente, a Nova Portugalidade está agora a desenvolver um plano de actividades para a totalidade do ano. Quando o ano terminar, teremos também núcleos em Guimarães, no Alentejo, no Brasil, em Cabo Verde e na Índia. Tentaremos chegar a todos os países da Portugalidade. E, se tudo correr bem, teremos um jornal online capaz de irradiar informação de sensibilidade lusíada para todas as partes do mundo português. Passo a passo, esforço a esforço, tentativa a tentativa, a nossa Portugalidade vai-se erguendo - novamente. Podemos estar orgulhosos: o que fazemos é bom, e o que fazemos está a ser feito. Claro que a lista das conquistas só pode fazer-nos empalidecer se confrontada com a do que está ainda por construir. Mas, para isso, andamos cá nós. Inspirados pelo exemplo grandioso dos portugueses de outras eras, também eles confrontados muitas vezes com dificuldades, números insuficientes, desinteresse ou fraca fé, saberemos triunfar. Para mais, note-se, o vento sopra a nosso favor. A Portugalidade já existe. A nossa missão é resgatá-la do esquecimento. 

Aos membros, simpatizantes e curiosos, a todos os que querem bem à Portugalidade e aos que ainda não a compreenderam e, sobretudo, a todos os povos portugueses do Acre, no Brasil, a Timor, o que a Nova Portugalidade deseja é que 2018 seja o ano de vitórias que sabemos que será. Um feliz 2018 a todos. Que seja o ano da Portugalidade.

Sempre vosso,


Rafael Pinto Borges


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