Em Outubro, passam 100 sobre o nascimento desse grande educador do povo que foi José Hermano Saraiva.
O Professor Saraiva faz muita falta. Quando nos deixou, o país ficou decerto mais pobre, mais cinzento, mais entregue aos barbichinhas de quatro dias e sorriso idiota. O Professor Saraiva era petulante. Adoramos a petulância, adoramos o orgulho e o espectáculo.
Odiaram José Hermano Saraiva, cobriram-no de dichotes, caricaturaram-lhe o gesto largo, o verbo sonoro e redondo, a pose senatorial. Porquê ? Porque tinham inveja; porque este homem ensinava ao povo aquilo que eles não conseguiam ou não sabiam ensinar; porque em cada palavra, em cada pausa, em cada olhar carregava autoridade, mesmo quando improvisava, mesmo quando facilitava uma cronologia.
O intelectual orgânico, o barbichas de quatro dias fala para meia dúzia de patetas com barbichas, perde-se na confusão e no onanismozinho do citacionismo, na exibição do títulozeco académico e nos trabalhos estéreis que ninguém jamais leu. O Professor Saraiva falava para a totalidade da nação portuguesa, era venerado por quantos, humildes, nunca tendo estudado ou lido, o ouviam, aprendiam e reforçavam o espírito cívico sem o qual não há sociedade.
Amigo do povo e patriota, categorias quase extintas em tempos de burguesiazinha desmiolada e globalizada (parvalhizada) e de vende-tudo, Saraiva faz muita falta ao país.
DEUS - PÁTRIA - REI
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