terça-feira, 18 de junho de 2019

O amor da Pátria


A Pátria é a terra que nossos pais nos legaram; é esta gleba riscada à ponta de lança e 
firmada à força de fé por ínclitos avós que a legaram inteira e sagrada ao gozo de seus 
netos; é um património de virtudes morais, de tesouros que recebemos de nossos 
maiores e que devemos transmitir, enriquecido, às gerações futuras. A Pátria é o passado, 
o presente e o futuro do mesmo povo. É uma fonte de riquezas e de alegrias.
(...)
A causa do amor da Pátria – está na paternidade – pertencemos à Pátria pelas raízes 
paternas. Amamos a Pátria, diz alguém, porque vimos aí um sorriso nunca mais visto, e 
bebemos aí um afecto nunca olvidado – o afecto e o sorriso de nossas mães.
– «A fé viva dos nossos pais reverentes aos mesmos altares e genuflexos ao mesmo Deus», 
é o que prezamos de mais precioso e mais belo.
– Se a terra-pátria, por mais modesta que seja, vale para nós o universo é porque «encerra 
uns ossos a que nos prende a alma, e entesoura umas cinzas que nos cristalizam a memória, 
os ossos e as cinzas de nossos pais».
– «O túmulo assemelha-se a um altar, as lágrimas que aí se vertem, as preces que aí ciciam, 
as flores que aí rescendem não se dirigem a uma vulgaríssima poeira, dirigem-se e elevam-se 
à Pátria celeste, até ao trono de Deus Clementíssimo que dá às almas o descanso eterno e 
a luz do perpétuo esplendor».

Cón. Júlio António dos Santos in «O Crucifixo», 1942.

Fonte: Veritatis

DEUS - PÁTRIA - REI

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