segunda-feira, 11 de junho de 2018

Uma profecia de São João Paulo II

A Igreja do terceiro milénio tem o dever de conter esta nova invasão muçulmana. Não com as armas, mas com a fé vivida integralmente.


Quando o jovem sacerdote Karol Wojtyla foi chamado à nunciatura, para que lhe fosse comunicada a sua nomeação episcopal, fez uma pergunta inédita ao núncio:
– Um bispo pode fazer esqui?
O representante diplomático do Papa ficou surpreendido com a questão, que nunca até então lhe tinha sido feita por nenhum outro candidato ao episcopado. Mas não lhe faltou presença de espírito quando respondeu ao futuro São João Paulo II:
– É a primeira vez que alguém me faz esta pergunta, mas uma coisa posso-lhe assegurar: um bispo não pode fazer mal esqui!
A verdade é que Karol Wojtyla veio a ser um óptimo bispo esquiador, um excelente cardeal esquiador e, até, um santo papa esquiador!
Eleito vigário de Cristo com 58 anos e uma óptima saúde, João Paulo II procurava, quando as suas obrigações lho permitiam, fazer uma escapadela para praticar esqui numa estância não muito longe de Roma, perto de Áquila. Para o efeito, costumava pernoitar na sede de verão do seminário internacional da prelatura do Opus Dei, que era posta à sua disposição para esse efeito. Aí, sem outras presenças que não fossem os membros da sua reduzida comitiva, bem como o pessoal que assegurava o serviço doméstico e cuja descrição era absoluta, João Paulo II podia descansar e esquiar à vontade, sem ser importunado pelos ‘paparazzi’, nem pelo fervor dos fiéis.
Um jovem economista italiano, Mauro Longhi, também esquiador, acompanhou São João Paulo II nessas excursões, que aconteceram quatro ou cinco vezes por ano, de 1985 até 1995. Mais tarde, foi ordenado sacerdote e nomeado membro da congregação vaticana para o clero. Actualmente exerce o ministério sacerdotal no norte de Itália.
Foi a propósito da última festa litúrgica de São João Paulo II que Monsenhor Longhi proferiu uma conferência sobre Karol Wojtyla, no ‘Eremo dei Santi Pietro e Paolo’, em Bienno, no norte de Itália. Nessa ocasião, revelou uma surpreendente profecia de São João Paulo II, que lhe foi referida pelo próprio, durante uma pausa de uma dessas excursões: “Vejo a Igreja do terceiro milénio afligida para uma praga mortal. Chama-se Islão. Invadirão a Europa”.
Esta impressionante confidência do Papa que veio do Leste teve lugar em Março de 1993, quando nada fazia ainda prever a avalanche de muçulmanos que, entretanto, entraram na Europa, tendo já uma presença dominante em muitas cidades e regiões do Ocidente. Não é por acaso que Maomé foi, entre os recém-nascidos em Bruxelas, o nome masculino mais vezes registado no ano transacto.
Ainda a propósito desta visão, Mons. Longhi disse que, nessa ocasião, o último Papa a ser canonizado, afirmou: “Invadirão a Europa, a Europa será arruinada, uma sombra do que foi outrora. Vocês, Igreja do terceiro milénio, têm o dever de conter esta invasão. Mas não com as armas, que não serão suficientes, mas com a fé vivida integralmente.”
Não é novidade para ninguém que São João Paulo II era um místico. Desde jovem sacerdote, foi protagonista de fenómenos extraordinários, que eram apenas do conhecimento de poucas pessoas. Uma delas era um seu compatriota e grande amigo, o cardeal Andrzej Maria Deskur que, em conversa com Mons. Longhi, disse que São João Paulo II falava com Jesus e via também o rosto de sua Mãe, Maria. Segundo a mesma fonte, essa graça foi-lhe concedida na sua primeira Missa, no dia 2 de Novembro de 1946, quando o recém-ordenado Padre Karol Wojtyla celebrou a Eucaristia, em sufrágio pela alma de seu pai, na cripta de São Leonardo, na catedral de Wawel, em Cracóvia, a diocese de que era arcebispo e cardeal quando foi eleito bispo de Roma.
Mons. Longhi também foi testemunha de algumas graças especiais concedidas a São João Paulo II, durante as suas breves estadias na modesta casa em que se alojava sempre que ia esquiar: às vezes ficava, “ajoelhado, horas a fio, num desconfortável banco de madeira, em frente ao sacrário” da capela. Nalguma ocasião, Longhi surpreendeu-o de noite, falando em voz alta com Jesus e com Nossa Senhora.
São João Paulo II, não obstante o seu inicial vigor físico, perdeu depois muitas das suas faculdades motoras, embora tenha mantido até ao fim uma extraordinária lucidez. Numa ocasião em que a sua mão tremia – era já um sintoma da doença de Parkinson – disse, resignado:
– Meu caro Mauro, é a velhice!
Longhi, tirando importância à tremura, quis ser simpático com João Paulo II:
– Não, Santo Padre! Vossa Santidade ainda é jovem!
Wojtyla era muito realista e não gostava de ser adulado e, por isso, retorquiu:
– Não é verdade! Se digo que estou velho é porque estou velho!
O Papa Wojtyla era um lutador e um resistente, que fez frente à ditadura comunista no seu país. Foi também o principal artífice da pacífica libertação dos países de Leste, mas não era, de modo nenhum, partidário de guerras santas, nem muito menos de uma nova cruzada contra o Islão. Foi, precisamente, São João Paulo II quem teve a iniciativa de reunir, em Assis, os representantes de todas as religiões, muçulmanos incluídos, para os comprometer com a causa da paz.
São João Paulo II é também o Papa do terceiro segredo de Fátima, que nele se cumpriu, tal como, muitos anos antes, tinha sido dito aos três videntes. Em 1917, Nossa Senhora disse também que “em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da fé”. Se Maria o disse como algo excepcional, que apenas acontecerá no nosso país, é porque no resto da Europa não será assim. Estaria a ‘Senhora mais brilhante do que o Sol’ a aludir à profecia de São João Paulo II, em relação aos outros países europeus?! A história, a seu tempo, o dirá.
Fonte: Observador
DEUS - PÁTRIA - REI

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