A tradição do “Cantar os Reis” é novamente cumprida nos próximos dias 5 e 6 de janeiro, em Ovar. Apresentando uma nova abordagem, o Encontro de Troupes de Reis vai acontecer em diferentes “palcos” municipais: Centro de Arte, Salão Nobre da Câmara Municipal, Escola de Artes e Ofícios e Espaço Empreendedor.
Assim, no dia 5 de janeiro, a partir das 15 horas, o Centro de Arte de Ovar acolhe o Encontro de Troupes de Reis Infantis e, no dia 6 de janeiro, a partir das 21 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal, a Escola de Artes e Ofícios e o Espaço Empreendedor serão o “palco” desta tradição que é parte integrante da identidade vareira.
Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
Troupes de Reis Infantis
5 de janeiro | Centro de Arte de Ovar
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Troupes de Reis
6 de janeiro | Salão Nobre da Câmara Municipal de Ovar
6 de janeiro | Escola de Artes e Ofícios
6 de janeiro | Espaço Empreendedor
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6 de janeiro | Escola de Artes e Ofícios
6 de janeiro | Espaço Empreendedor
Veja aqui a brochura/programa deste evento.
Entrada Livre
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Assim, no dia 5 de janeiro, a partir das 15 horas, o Centro de Arte de Ovar acolhe o Encontro de Troupes de Reis Infantis e, no dia 6 de janeiro, a partir das 21 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal, a Escola de Artes e Ofícios e o Espaço Empreendedor serão o “palco” desta tradição que é parte integrante da identidade vareira.
Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
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Recorde-se que, em pouco mais de cem anos, o tradicional “Cantar os Reis” ganhou características próprias e originais e, progressivamente,adquiriu uma toada harmoniosa, alternando o canto a solo e os coros, acompanhados de instrumentos de corda, produzindo uma agradável atmosfera, capaz de vencer o frio das noites de inverno.
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O início de cada ano trás sempre uma das maiores tradições existentes em Ovar, o Cantar os Reis. Todos os anos sem excepção, no dia seis de Janeiro, têm lugar o Encontro de Troupes de Reis, habitualmente realizado no Cine Teatro de Ovar (hoje em dia no novo Centro de Artes), uma oportunidade única para apreciar as mais belas canções evocativas desta ocasião festiva.
Na verdade, as bases históricas e etnográficas da Epifania (festividade católica na qual se homenageiam os Reis Magos e a sua adoração a Jesus) vêm desde há longos séculos.
E se por todo o País, principalmente nas Beiras e no Minho se cantam as "Janeiras", em Ovar essa tradição foi assumindo um cunho muito próprio e original, evoluindo da cantilena repetitiva dos "Santos Reis, Santos Coroados" (acompanhada pelo simples tanger dos ferrinhos) até uma maneira muito própria cujo aparecimento se localiza no ano de 1893, o que a torna uma tradição secular em Ovar.
O que distingue este "Cantar os Reis" em Ovar é o facto de as Troupes terem surgido de forma espontânea, imbuídas de um saudável amadorismo, integrando indivíduos de diferentes níveis sociais, económicos e intelectuais, exigindo no entanto um mínimo de qualidade interpretativa e melodiosa. De notar que as exibições das Troupes são anteriormente ensaiadas, sendo utilizado um variado naipe de instrumentos (violão, bandolim, banjolim, bândola e violino), onde o desempenho vocal assume uma grande importância, manifestando-se em belas exibições de coros e solistas. Uma outra curiosidade bastante importante é que todas as músicas, que são em jeito de balada, têm letras inéditas e músicas inéditas ou adaptadas.
O repertório, renovado ano após ano, é constituído habitualmente por três trechos, o primeiro "A SAUDAÇÃO" (onde é louvada a Noite Santa dos Reis e são saudados os presentes), o segundo "A MENSAGEM" (onde se celebra o nascimento de Jesus e os seus ensinamentos) e o terceiro "O AGRADECIMENTO" (onde, num tom muito mais ligeiro, são pedidas as habituais ofertas e é agradecida a hospitalidade).
Mas já antes desse encontro as várias Troupes de Reis andam pelas casas particulares, centros de solidariedade, pelos cafés, restaurantes e demais centros de ócio da urbe vareira. Os donativos recebidos, entre eles o apoio financeiro da Câmara Municipal de Ovar (que no ano de 2004 se cifrou em 225 €) destinam-se tradicionalmente a fins caritativos e/ou sociais, excepção feitas às garrafas de vinho do Porto (e outras) que alegram as jantaradas que habitualmente põem fim às festividades.
As Troupes que habitualmente percorrem as ruas da cidade são:
Troupe de Reis da Ovarense
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar
Troupe de Reis do JOC-LOC
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Habitovar
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Oliveirinha
Troupe de Reis da A. C. R. Valdágua
Troupe de Reis da A. Antigos Alunos Escola Oliveira Lopes
Troupe de Reis da EB 1 da Ribeira
Troupe de Reis da Música Nova
Troupe de Reis da A. C. R. da Ribeira (Grupo Folclórico da Ribeira)
Troupe de Reis da A. C. R. Guilhovai (Grupo Folclórico da Região de Ovar)
Troupe de Reis do Grupo Folclórico os "Fogueteiros de Arada"
Troupe de Reis da Ass. Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ovar
Troupe de Reis da Casa do Povo de Válega
Troupe de Reis da "Casa da Amizade"
Troupe de Reis "Tradição e Juventude"
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar
Troupe de Reis do JOC-LOC
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Habitovar
Troupe de Reis da Escola EB 1 da Oliveirinha
Troupe de Reis da A. C. R. Valdágua
Troupe de Reis da A. Antigos Alunos Escola Oliveira Lopes
Troupe de Reis da EB 1 da Ribeira
Troupe de Reis da Música Nova
Troupe de Reis da A. C. R. da Ribeira (Grupo Folclórico da Ribeira)
Troupe de Reis da A. C. R. Guilhovai (Grupo Folclórico da Região de Ovar)
Troupe de Reis do Grupo Folclórico os "Fogueteiros de Arada"
Troupe de Reis da Ass. Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ovar
Troupe de Reis da Casa do Povo de Válega
Troupe de Reis da "Casa da Amizade"
Troupe de Reis "Tradição e Juventude"
OS REIS EM OVAR EM 1910
TEXTO: Maria José Vinga
Noite de Reis: – Cerca das dez horas da noite alguém bateu à porta, convidando minha mãe a ir ouvir os Reis, que cantavam ou deviam cantar, ali perto. Como era coisa que muito apreciava, minha mãe agradeceu o convite e foi agasalhar-se, prevenindo-se contra o frio daquela noite de Inverno, enquanto me ia dizendo:
– Queres vir também comigo, ou queres ir para a cama?
Eu, que tinha cerca de dez anos, disse logo que também ia. Vestiu-me roupa quentinha, pôs-me uma capa com carapuço, e ala, que se faz tarde.
De facto, andava na rua muita gente, apesar do frio áspero de Janeiro. Ali, perto da Senhora da Graça, um grupo cantava no átrio do prédio grande do Sr. Valente (pai da D. Sofia Lagoncha), que era o dono da casa e nela tinha um grande negócio de mercearia e vinhos.
O grupo tinha vozes boas, claras e harmoniosas. Logo nos dispusemos a segui-lo.
Dali foram a casa do Sr. Peixoto, que nesse tempo ainda não tinha feito a obra da loja do outro lado da rua (em frente à casa de viver era campo). Eu, como era pequena, furando a barreira dos curiosos, pus-me ao lado dos cantores, observando os músicos, que afinavam os seus bandolins e violinos antes de começarem.
Junto do Sr. Rosas, sapateiro, que tocava muito bem, consolei-me de ouvir, do princípio até ao fim, todo o canto. Com tanto gosto e agrado o escutei, que aprendi uma pequena parte dele. E de tal modo que nunca a esqueci. A voz do solista (tenor) era clara, macia e forte. A melodia, belíssima e entoada com alma, penetrou de tal forma no meu coração que perguntei quem era o cantor. Era o Joaquim Correia Dias. A sua voz admirável enchia a casa e a rua, e entrava-nos dentro da alma ao dizer-nos com voz firme e aberta:
Santos Reis, oh! que regalo
Ter uma coroa. Não é?
Vós andastes a cavalo
Mas nós andamos a pé!...
Ao que o coro respondia:
Tudo aqui canta
com alma e vigor
até que a garganta
conserve o calor…
Mas se ela arrefece
findou-se o cantar.
Remédio que aqueça
só vós podeis dar!...
No fim deste canto, é claro, vinham garrafas…
Conheci o Sr. Peixoto e a esposa, bem como três filhos e duas filhas. (Hoje já nenhum vive).
Tão entusiasmada fiquei naquela noite de Reis que não consegui pegar no sono, repetindo constantemente as passagens que fixei e que atrás deixei escritas.
Logo de manhã fui convidar umas sete amigas a quem ensinei o número, e à tardinha do dia seis já o fomos cantar a casa de minha Avó paterna e de várias pessoas amigas…
Enfim, entusiasmo de gente nova, que ia levar aos mais velhos a alegria do Menino nascido.
São assim os Reis em Ovar. Dia de festa santa, dia fraterno, esperado com ansiedade por muitos corações.Tempo em que os cristãos se abraçam, em comemoração do nascimento do Menino-Deus.
Abrem-se as portas de par em par. e também as bolsas, que se alargam em generosidades. Produto este que geralmente é aplicado em favor dos desprotegidos.
Artigo publicado no quinzenário ovarense JOÃO SEMANA (1 de Janeiro de 1981)
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar - 1982
Troupe de Reis do Orfeão de Ovar - 2012
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