sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ALFREDO PIMENTA EM DEFESA DA PORTUGALIDADE



(...) Portugalenses, portugaleses, portugueses, assim nos chamamos e nos chamaram, ao nascer; assim nos chamamos e nos chamaram, durante séculos, até que a pedantaria dos humanistas nos crismou de - lusitanos.

Portugueses nascemos, portugueses devemos morrer. Doutrinador de Portugalidade - eis o sector da minha multiforme actividade intelectual, que, como íman fatídico, atrai as dedicações luminosas que me cercam, aqui, e lá fora, e encandeia os ódios e os rancores que me seguem a sombra...

Porque doutrinador de Portugalidade - católico, não católico progressivo, à maneira de Maritain e os seus sequazes portugueses, mas católico português, como sempre foram os portugueses católicos que nunca se envergonharam de o ser, e nunca se esconderam sacrílega e comodamente atrás do termo equívoco, confuso e neutro de cristão, como nunca aceitaram que lhes estendessem a mão os inimigos da sua Fé.

Sou católico, intemeratamente fiel ao Credo fixado na Profissão fidei tridentina, em 13 de Novembro de 1534; católico conscientemente informado no Syllabus; católico português, empregando todos os meus esforços para que a Nação regresse à sua missão de Fidelíssima, mas não tocada dum Fidelismo progressivo, e anarquizante das consciências.

Porque doutrinador de Portugalidade - monárquico, porque foi a Monarquia que fez Portugal, mas a Monarquia pura, a Monarquia tradicional, a que vem de 1128, se afirma em Ourique, se consolida em Aljubarrota, rasga o caminho marítimo da Índia, cria o Império, sucumbe, devagar, em Alcácer, e ressuscita em 1640, para cair, apunhalada pelas costas, em 1834, em Évora-Monte. (...)

Nós não somos solidários com a Vitória que se diz cristã, mas se recusa a confessar-se católica; e que se diz defensora dos Direitos da Pessoa Humana, mas calca os direitos mais sagrados dos homens. (...)

De pé, olhos bem abertos, face ao Inimigo, unidos em bloco firme, os dentes cerrados, resistir, combater até à morte, na defesa do Património sagrado que herdamos, para, ao menos, salvarmos a honra do nosso nome...

Alfredo Pimenta em "Em Defesa da Portugalidade", Guimarães, 1947.

Publicado por Guilherme Koehler no Grupo “A BANDEIRA BRANCA”
 

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