Sobre o triste espectáculo da campanha para as presidenciais, a JMP toma a seguinte posição:
1. O país assiste a uma feira de vaidades em que cada candidato mostra os seus dotes, sempre superiores ao do concorrente, baseados no enaltecimento dos seus egos, como mostraram os recentes debates televisivos;
2. Cada candidato luta por provar que é mais independente do que o outro face aos vários poderes políticos, como se essa independência fosse mesmo possível. Por certo que foram todos varridos por uma amnésia que os impossibilita de recordar o seu próprio passado político, repleto de jogos e contactos acumulados:
3. Portugal é sujeito a uma fantochada política em nome, dizem eles, de mais democracia e justiça. Mas alguém acredita que a democracia e a justiça vivem sem um poder moderador e independente, livre de pressões e interesses?
4. A vergonha e a tibieza não têm limites. Alguns candidatos são tudo e o seu contrário só para conseguir agradar a esquerda e a direita, outros conseguem o apoio de membros do Governo (independência?) e ainda outros concorrem por diversos motivos, mas nenhum ligado à magistratura que está em causa nestas eleições;
5. A JMP constata que esta campanha eleitoral, pela forma vergonhosa como decorre, está a contribuir para que os portugueses olhem para a alternativa monárquica como a solução de que o país precisa. Portugal merece mais do que ser o palco dos egoísmos da velha república.
Lisboa, 12 de Janeiro de 2016
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