Os nossos antigos Reis criaram um Império de espanto através da Fantasia e da Espada e os que descrêem e desertaram desse Passado, neste Presente só de garganta, renegam o nome não só dos seus maiores, mas também negam a grandeza, no futuro, aos seus filhos, pois existe um tronco directo que liga Passado, Presente e Futuro.
O Povo simples e bom sempre soube que para seu Paladino só poderia contar com a solícita ajuda do Rei. Para o bem-estar comum a fórmula nunca foi outra se não o Rei: o Alto Critério, a Mão da Justiça, que sempre acolheu o Povo nas dobras do seu Manto evitando que sofresse nas mãos volúveis e cobiçosas dos políticos.
Ser Rei é ser o Pai da Nação e por isso no Rei está a Pátria inteira, Rei de Todos e para Todos, sem as excepções que os sufrágios criam por defeito de sistema que procura eleger para presidente de todos o representante de alguns. Um Rei justo e recto, duro para a soberba, brando com a fragilidade, Alguém que preze a Gente portuguesa, que possua o Ideal profundo e o alto Sentimento pela História oito vezes secular de Portugal que deu mundos ao Mundo quando quis.
Pulso firme, melhor cabeça, que por brios ter os nossos não quer tirar. Bem sabiam os nossos Reis que, primeiro deviam garantir os súbditos e só depois a Eles mesmos, visto que a Nação incarnavam: El-Rei Dom Manuel II tinha como divisa «Depois de Vós, Nós», premissa de que o Rei serve primeiro os interesses da Nação.
Os monarcas portugueses sempre assumiram o estatuto de “servidores do povo” e não, como outros o fazem, o status de nefelibata. Reinar não é um ganha-pão!
«Nunca esqueci, um instante sequer, quais são os meus deveres para com a minha Coroa e para com o meu querido País», declarou El-Rei Dom Carlos I.
A função do Monarca é personificar o carácter nacional e nenhum Rei esquece que a sua função Real é um Ofício que deve desempenhar com sentido de Missão. Só o Rei terá uma superior consciência dos problemas nacionais, pois o ofício de Rei é encarado pelo Monarca como a forma a reinar da forma mais útil e favorável para o País. Reinar é uma especialização na defesa dos interesses da Nação que nunca podem ser alvo de desdém e indiferença.
O Rei será o «defensor do equilíbrio da Nação», como foi estatuído nas Cortes de 1211.
Um Rei não é uma gótica iluminura, é o incomparável timoneiro-mor que com Sua voz tonitruante durante 771 anos despertou modorras para ir mais avante e espantou invasores quando assomaram ad portis portucalensis. O mais Gentil-homem amado pelos seus, temido pelo estrangeiro, onde o coração de Portugal palpita mais febrilmente, a Voz que solta a rajada de virtudes que como um ciclone barre o que se abastardou para que possa florescer a raiz da virtude.
E Por Isso… O Povo É Monárquico!
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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