À Academia Monárquica
Passa El-Rei. Vai nos braços do seu povo.
O Reino é velho, mas o Rei é novo;
Por isso vai levado
Numa onda de ternura e de carinho,
Que aflui de cada lado,
Enchendo-lhe de bençãos o caminho.
Viva El-Rei! Viva EI-Rei!
E EI-Rei, sorrindo,
− Meu Deus, quando sorri como ele é lindo! –
Afaga a multidão que grita e o aclama;
E no ar, bocas em brasa, olhos em chama,
O ergue na certeza
De que ergue e aclama a Pátria portuguesa.
Viva El-Rei. Viva a Pátria! ... A Pátria nova
Há-de surgir da Pátria velha. O povo,
Se a Pátria é velha, vê que o Rei é novo,
É erguendo o Rei, que a Pátria se renova.
Pompas, flores, damascos, colgaduras,
Tremem no espaço. Vi EI-Rei passando…
Com ele passa o coração sonhando,
Liberto de amarguras.
Passa com ele a Pátria…Mocidade.
Erguei-o, aclamai-o;
Ele é formoso como o mês de Maio
E tem a vossa idade.
E gritai: Viva a Pátria! Viva El-Rei!
Que embora o mar em fúria se encapele.
Ameaçador, se El-Rei viver, sabei
Que a pátria nova há-de viver com ele.
Conde de Monsaraz
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