Na Monarquia Constitucional (ou Parlamentar) a separação entre o Estado, que é permanente, e o Governo, que é transitório, é indiscutível. O Rei é o Chefe do Estado; o Primeiro Ministro é o Chefe do Governo.
O Rei não governa: ele é o moderador e um árbitro neutro, isento, colocado acima das lutas partidárias e da influência dos grupos económicos. O Rei não pensa na próxima eleição, mas na próxima geração. E cuida de educar seu filho para sucedê-lo no trono.
O Monarca (Imperador ou Rei) é o fiel da balança e o fiscal do povo junto ao Governo. Sendo apartidário, convive facilmente com um Primeiro Ministro socialista, como ocorre na Espanha e na Suécia, ou com um Chefe de Governo conservador, como na Inglaterra.
Nós queremos um Rei para nos defender do Governo. Queremos um Parlamento forte e responsável. Porém um Primeiro Ministro descartável. Se ele deixar a desejar, se for ruim, não teremos de aguentá-lo por quatro ou cinco anos. Muda-se o Primeiro Ministro, mas o povo continua no poder através do Rei.
E para se mudar o Governo, não é preciso nenhum golpe de Estado e, menos ainda, uma revolução.
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